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Abril, Águas Mil

Segunda-feira, 10.04.17

Enquanto lá por fora os meteorologistas europeus nos previnem da chegada de uma nova frente fria que poderá pôr parte da Europa a tremer (Central/Leste), por cá as previsões do IPMA para a cidade de Albufeira (numa previsão de 10 a 19 de Abril) apontam para pouca ou nenhuma precipitação e temperaturas entre os 12⁰C/14⁰C de mínima e os 25⁰C/28⁰C de máxima (com a presença de ventos c/velocidades máxima de 20Km/h) ‒ no fundo um tempo bem aceitável/agradável confirmando-se as previsões.

 

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10 Abril 2017

 

Entrados no mês de Abril (o tal das águas Mil) já com um tempo convidativo para a praia (pelo menos em Albufeira já se vendo os turistas nos seus caminhos habituais até ao areal, antecedendo as tão desejadas águas tranquilas e amenas do mar), com os raios do Sol a começarem a aquecer-nos o corpo e com os mesmos a sugerirem-nos (de uma forma inconsciente e contra reprodutiva) a uma prolongada estadia pelo areal das praias do nosso litoral (por sinal num momento de maior atividade solar e com os raios ultravioletas a manifestarem mais intensamente a sua presença ‒ UV6 e UV7 numa escala até 10),

 

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14 Abril 2017

 

Ainda-por-cima com todas estas circunstâncias associadas à quadra festiva da Páscoa a convidarem-nos ao usufruto destas delícias a todos nós propostas pela Natureza (as quais devíamos aproveitar respeitando os limites de segurança, já que tudo o que é feito em excesso é prejudicial) é natural que induzidos por todos estes parâmetros positivos (atmosféricos e não só) e entusiasmados com as boas condições climatéricas que o nosso ecossistema (ou microssistema local) nos proporciona, interiorizem que o bom tempo já começou e que o Verão já aí está.

 

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18 Abril 2017

 

E não é que agora e para nos contrariar e estragar a época festiva que parecia estar já aí a rebentar, eis que os meteorologistas nos vêm alertar que segundo os seus modelos de previsão meteorológico (que em geral costumam estar corretos) a Europa irá começar a sofrer nos próximos dez dias de uma acentuada queda nas temperaturas, o que se por um lado significará o regresso do frio e de piores condições climatéricas, para as regiões mais afetadas poderá significar também danos irreversíveis para a agricultura ‒ e segundo os mesmos podendo arrastar estas condições meteorológicas bem para além do mês de Maio.

 

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22 Abril 2017

 

Com as regiões da Europa Central/Leste a serem previsivelmente as mais atingidas, mas com a mudança repentina do tempo a afetar outras zonas (mais limítrofes mas também atingidas pela sua passagem) como o da Península Ibérica (incluindo pois Portugal). E se hoje (dia 10/quadro 1) a temperatura ao longo da Europa se mantem ainda num nível aceitável (apesar de algum frio que ainda incomoda), já lá para o dia 14 (quinta-feira/quadro 2) e com toda a Europa Central/Leste sob a ação do mau tempo (acompanhada de temperaturas abaixo de zero), tudo piorará para toda esta área do continente europeu ‒ evoluindo no mesmo sentido para dias posteriores (dia 18/quadro 3).

 

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25 Abril 2017

 

Com a Península Ibérica segundo as previsões a apanhar com estas condições meteorológicas talvez uns dias mais tarde (de início limitando-se às possíveis influências vindas da periferia ocidental da tempestade), ao ser apanhada por uma nova frente fria por cá fazendo-se sentir mais intensamente depois de passada a quadra religiosa (dia 22/quadro 4) ‒ por essa altura (fim-de-semana seguinte ao da Páscoa) com Portugal de norte a sul podendo estar a tremer com temperaturas baixas ou até negativas. Mas no que nos toca, meteorologicamente falando e relativamente a Portugal, com o tempo a poder melhor na semana seguinte (dia 25/quadro 5 ‒ restando-nos pois esperar para ver o que acontece depois (se o mau tempo passa ou se assim continua durante todo o mês de Maio).

 

(imagens: gfycat.com)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 20:48

Jupiter by Others Not Juno

Segunda-feira, 10.04.17

Aproveitando o que temos mais à mão (o Telescópio Espacial Hubble) e não ficando à espera que nos transmitam informações sobre o que se poderá estar lá a passar (através da sonda Juno), a NASA aproveitando a ocasião da Terra e de Júpiter estarem em oposição (com a Terra entre o Sol e Júpiter e alinhada com o planeta, atingindo o ponto de maior aproximação entre eles, estando ambos perto do seu periélio e com os raios do Sol a exportem bem o Gigante), oferece-nos agora mais uma imagem do maior planeta do Sistema Solar circulando a cerca de 666 milhões de Km de nós, justificando a sua presença, imponência e notícia, dado só ele ter uma massa superior à soma de todas as massas dos outros 7 planetas juntos:

 

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A 3 de Abril de 2017

(com Júpiter a uns 670 milhões de Km da Terra e bem iluminado pelo Sol)

Com a Terra e Júpiter em oposição

 

Num colorido extraordinário que só poderá significar um processo ainda decorrendo em bruto e talvez ainda com muito tempo para evoluir e se transformar, em torno de um corpo celeste que se por um lado parece indicar estar ainda num programa inicial de desenvolvimento interno (ou então no seu extremo oposto e como alguns dizem na continuação da saga de uma espécie de estrela falhada), por outro já se mostrou como uma primeira muralha de proteção para a Terra como o demonstrou ao receber e absorver o impacto de um cometa vindo do exterior – o cometa Shoemaker-Levy 9 que na sua aproximação a Júpiter e no cumprimento do seu trajeto orbital em torno do Sol acabou por colidir com o planeta (em Julho de 1994), deixando todo o Mundo suspenso mas com Júpiter a absorve-lo com poucas ou nenhumas repercussões relevantes (para a Terra só visual).

 

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Com a sonda Voyager 1 na sua viagem para além do Sistema Solar

Aquando da sua passagem por Júpiter (há pouco mais de 38 anos)

E a apresentar-nos a Grande Mancha Vermelha

 

No caso desta imagem com todo o protagonismo a ser dado a um posto de observação localizado numa região do Espaço a cerca de 600Km da superfície da Terra (exterior à nossa atmosfera de modo a eliminar todas as interferências provocadas pela mesma – o Hubble estando a fazer quase 27 anos desde o seu lançamento) com o mesmo a debruçar-se sobre um objeto a centenas de milhões de Km de nós, subalternizando uma sonda automática viajando da Terra para Júpiter e já estando aí colocada e em trajeto orbital e que apesar da proximidade ao seu alvo poucas imagens nos tem enviado e em alternativa com os técnicos em Terra escalpelizando até à exaustão as poucas imagens recolhidas (e pelo público em geral recebido): e por segundos pondo em causa os fundamentos justificativos da missão JUNO (interessa sempre lá estar mesmo que não presencialmente), já que um colega seu aparentemente também o faz confortavelmente instalado num local perto da c asa (Hubble).

 

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Em Julho de 1994 o cometa Shoemaker-Levy 5 e já depois de se ter fragmentado, acabou por colidir com Júpiter (no seu Hemisfério Sul) ‒ sendo as manchas provocadas pelos impactos (que duraram cerca de 1 semana) bem visíveis da Terra

 

Para além da enormidade do planeta Júpiter (capaz de só na área da sua Grande Mancha Vermelha engolir todo o planeta Terra), de o mesmo possuir uma espessa camada de nuvens cobrindo toda a sua superfície (sendo percorrida por violentas tempestades com ventos na ordem das centenas de Km/h) e de toda ação se desenrolar numa atmosfera carregada de elementos como o hidrogénio (H < 90%), o hélio (He < 10%), metano, amónia e fósforo (em conjunto < 1%) – e logo agora que a Grande Mancha Vermelha parece estar decaindo em atividade parecendo ir ser substituída brevemente por uma nova, mais pequena, mas em crescimento e mais violenta Mancha Vermelha (antes com ventos na ordem de 400Km/h ou mais agora alcançando os 700Km/h ou mais) – sendo inevitavelmente estre astro um dos de maior referência de todos os deste Sistema: naturalmente para além da Terra onde a Vida existe, mas talvez sendo ele um dos marcos para todo o nosso futuro (um tipo de farol faltando saber ao serviço de quem – interiores ou exteriores?).

 

(imagens: nasa.gov)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 12:17