ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Abril, Águas Mil
Enquanto lá por fora os meteorologistas europeus nos previnem da chegada de uma nova frente fria que poderá pôr parte da Europa a tremer (Central/Leste), por cá as previsões do IPMA para a cidade de Albufeira (numa previsão de 10 a 19 de Abril) apontam para pouca ou nenhuma precipitação e temperaturas entre os 12⁰C/14⁰C de mínima e os 25⁰C/28⁰C de máxima (com a presença de ventos c/velocidades máxima de 20Km/h) ‒ no fundo um tempo bem aceitável/agradável confirmando-se as previsões.
1
10 Abril 2017
Entrados no mês de Abril (o tal das águas Mil) já com um tempo convidativo para a praia (pelo menos em Albufeira já se vendo os turistas nos seus caminhos habituais até ao areal, antecedendo as tão desejadas águas tranquilas e amenas do mar), com os raios do Sol a começarem a aquecer-nos o corpo e com os mesmos a sugerirem-nos (de uma forma inconsciente e contra reprodutiva) a uma prolongada estadia pelo areal das praias do nosso litoral (por sinal num momento de maior atividade solar e com os raios ultravioletas a manifestarem mais intensamente a sua presença ‒ UV6 e UV7 numa escala até 10),
2
14 Abril 2017
Ainda-por-cima com todas estas circunstâncias associadas à quadra festiva da Páscoa a convidarem-nos ao usufruto destas delícias a todos nós propostas pela Natureza (as quais devíamos aproveitar respeitando os limites de segurança, já que tudo o que é feito em excesso é prejudicial) é natural que induzidos por todos estes parâmetros positivos (atmosféricos e não só) e entusiasmados com as boas condições climatéricas que o nosso ecossistema (ou microssistema local) nos proporciona, interiorizem que o bom tempo já começou e que o Verão já aí está.
3
18 Abril 2017
E não é que agora e para nos contrariar e estragar a época festiva que parecia estar já aí a rebentar, eis que os meteorologistas nos vêm alertar que segundo os seus modelos de previsão meteorológico (que em geral costumam estar corretos) a Europa irá começar a sofrer nos próximos dez dias de uma acentuada queda nas temperaturas, o que se por um lado significará o regresso do frio e de piores condições climatéricas, para as regiões mais afetadas poderá significar também danos irreversíveis para a agricultura ‒ e segundo os mesmos podendo arrastar estas condições meteorológicas bem para além do mês de Maio.
4
22 Abril 2017
Com as regiões da Europa Central/Leste a serem previsivelmente as mais atingidas, mas com a mudança repentina do tempo a afetar outras zonas (mais limítrofes mas também atingidas pela sua passagem) como o da Península Ibérica (incluindo pois Portugal). E se hoje (dia 10/quadro 1) a temperatura ao longo da Europa se mantem ainda num nível aceitável (apesar de algum frio que ainda incomoda), já lá para o dia 14 (quinta-feira/quadro 2) e com toda a Europa Central/Leste sob a ação do mau tempo (acompanhada de temperaturas abaixo de zero), tudo piorará para toda esta área do continente europeu ‒ evoluindo no mesmo sentido para dias posteriores (dia 18/quadro 3).
5
25 Abril 2017
Com a Península Ibérica segundo as previsões a apanhar com estas condições meteorológicas talvez uns dias mais tarde (de início limitando-se às possíveis influências vindas da periferia ocidental da tempestade), ao ser apanhada por uma nova frente fria por cá fazendo-se sentir mais intensamente depois de passada a quadra religiosa (dia 22/quadro 4) ‒ por essa altura (fim-de-semana seguinte ao da Páscoa) com Portugal de norte a sul podendo estar a tremer com temperaturas baixas ou até negativas. Mas no que nos toca, meteorologicamente falando e relativamente a Portugal, com o tempo a poder melhor na semana seguinte (dia 25/quadro 5 ‒ restando-nos pois esperar para ver o que acontece depois (se o mau tempo passa ou se assim continua durante todo o mês de Maio).
(imagens: gfycat.com)
Autoria e outros dados (tags, etc)
Jupiter by Others Not Juno
Aproveitando o que temos mais à mão (o Telescópio Espacial Hubble) e não ficando à espera que nos transmitam informações sobre o que se poderá estar lá a passar (através da sonda Juno), a NASA aproveitando a ocasião da Terra e de Júpiter estarem em oposição (com a Terra entre o Sol e Júpiter e alinhada com o planeta, atingindo o ponto de maior aproximação entre eles, estando ambos perto do seu periélio e com os raios do Sol a exportem bem o Gigante), oferece-nos agora mais uma imagem do maior planeta do Sistema Solar circulando a cerca de 666 milhões de Km de nós, justificando a sua presença, imponência e notícia, dado só ele ter uma massa superior à soma de todas as massas dos outros 7 planetas juntos:
A 3 de Abril de 2017
(com Júpiter a uns 670 milhões de Km da Terra e bem iluminado pelo Sol)
Com a Terra e Júpiter em oposição
Num colorido extraordinário que só poderá significar um processo ainda decorrendo em bruto e talvez ainda com muito tempo para evoluir e se transformar, em torno de um corpo celeste que se por um lado parece indicar estar ainda num programa inicial de desenvolvimento interno (ou então no seu extremo oposto e como alguns dizem na continuação da saga de uma espécie de estrela falhada), por outro já se mostrou como uma primeira muralha de proteção para a Terra como o demonstrou ao receber e absorver o impacto de um cometa vindo do exterior – o cometa Shoemaker-Levy 9 que na sua aproximação a Júpiter e no cumprimento do seu trajeto orbital em torno do Sol acabou por colidir com o planeta (em Julho de 1994), deixando todo o Mundo suspenso mas com Júpiter a absorve-lo com poucas ou nenhumas repercussões relevantes (para a Terra só visual).
Com a sonda Voyager 1 na sua viagem para além do Sistema Solar
Aquando da sua passagem por Júpiter (há pouco mais de 38 anos)
E a apresentar-nos a Grande Mancha Vermelha
No caso desta imagem com todo o protagonismo a ser dado a um posto de observação localizado numa região do Espaço a cerca de 600Km da superfície da Terra (exterior à nossa atmosfera de modo a eliminar todas as interferências provocadas pela mesma – o Hubble estando a fazer quase 27 anos desde o seu lançamento) com o mesmo a debruçar-se sobre um objeto a centenas de milhões de Km de nós, subalternizando uma sonda automática viajando da Terra para Júpiter e já estando aí colocada e em trajeto orbital e que apesar da proximidade ao seu alvo poucas imagens nos tem enviado e em alternativa com os técnicos em Terra escalpelizando até à exaustão as poucas imagens recolhidas (e pelo público em geral recebido): e por segundos pondo em causa os fundamentos justificativos da missão JUNO (interessa sempre lá estar mesmo que não presencialmente), já que um colega seu aparentemente também o faz confortavelmente instalado num local perto da c asa (Hubble).
Em Julho de 1994 o cometa Shoemaker-Levy 5 e já depois de se ter fragmentado, acabou por colidir com Júpiter (no seu Hemisfério Sul) ‒ sendo as manchas provocadas pelos impactos (que duraram cerca de 1 semana) bem visíveis da Terra
Para além da enormidade do planeta Júpiter (capaz de só na área da sua Grande Mancha Vermelha engolir todo o planeta Terra), de o mesmo possuir uma espessa camada de nuvens cobrindo toda a sua superfície (sendo percorrida por violentas tempestades com ventos na ordem das centenas de Km/h) e de toda ação se desenrolar numa atmosfera carregada de elementos como o hidrogénio (H < 90%), o hélio (He < 10%), metano, amónia e fósforo (em conjunto < 1%) – e logo agora que a Grande Mancha Vermelha parece estar decaindo em atividade parecendo ir ser substituída brevemente por uma nova, mais pequena, mas em crescimento e mais violenta Mancha Vermelha (antes com ventos na ordem de 400Km/h ou mais agora alcançando os 700Km/h ou mais) – sendo inevitavelmente estre astro um dos de maior referência de todos os deste Sistema: naturalmente para além da Terra onde a Vida existe, mas talvez sendo ele um dos marcos para todo o nosso futuro (um tipo de farol faltando saber ao serviço de quem – interiores ou exteriores?).
(imagens: nasa.gov)