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Visões de Fora da Terra

Domingo, 16.04.17

"Thanks to VIIRS, we can now monitor short-term changes caused by disturbances in power delivery, such as conflict, storms, earthquakes and brownouts," said Román. "We can monitor cyclical changes driven by reoccurring human activities such as holiday lighting and seasonal migrations. We can also monitor gradual changes driven by urbanization, out-migration, economic changes, and electrification. The fact that we can track all these different aspects at the heart of what defines a city is simply mind-boggling." (Michael Carlowicz/nasa.gov)

 

Talvez para nos entretermos nesta quadra festiva da Páscoa a observar como se fossemos um observador exterior o aspeto da face não iluminada do nosso planeta (noite nesse lado, dia do lado oposto), a NASA vem-nos agora oferecer imagens da Terra num mapa global da mesma como vista durante o período noturno ‒ imagens tendo sido divulgadas ao longo do ano passado e agora formando um conjunto demonstrativo das áreas mais e menos iluminada do nosso planeta Terra.

 

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1

Terra

 

Para qualquer observador exterior ao nosso planeta, seja ele de origem terrestre (como os astronautas a bordo da ISS) ou oriunda de zonas do Espaço mais ou menos profundas (mesmo não se conhecendo para já a existência de outros seres vivos, optando por um transportador de vida como por exemplo um cometa), uma prova de que na Terra para além da existência de um Mundo Mineral extremamente ativo algo de mais aí existirá, em plena atividade, demonstrando iniciativa, conhecimentos e tecnologia e capaz de iluminar artificialmente um corpo celeste destas dimensões ‒ o Homem.

 

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2

Mundo

 

Num trabalho de já mais de um quarto de século levado a cabo por diversos satélites (como por exemplo o maior deles a ISS) num exercício de visualização da Terra quando não iluminada pelo Sol (e quando muitos de nós estão a dormir), mostrando-nos através de imagens recolhidas em Terra e simultaneamente facultando-nos o espetáculo a que qualquer um assistiria ao se aproximar deste planeta (terrestre ou extraterrestre), algo nada parecido com os demais (7 planetas).

 

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3

Europa

 

Não só pelo ecossistema apresentado (ainda em funcionamento/o seu núcleo interno, intacto/sem impactos definitivos e protegido/pelo campo magnético), como e sobretudo pelo seu cartão de apresentação (de identidade) com uma linda imagem colada (fotografia) e ainda-por-cima bem focada e iluminada (com o contraste bem vincado e definido entre a escuridão natural da noite e a iluminação artificial aí presente). Significando não só ser este o único Mundo (conhecido) com Vida Inteligente e organizada em todo o Sistema Solar (como talvez nas suas extensas vizinhanças), como também pela sua realidade, beleza e contexto (um sinal brutal de presença/Vida num ponto tão minúsculo do Universo/impercetível mas único) levando-nos ao outro lado (da Realidade) e lançando-nos no tão produtivo Imaginário ‒ interiorizando-o, sobressaltando e revolucionando a cultura, abrindo ainda mais portas e caminhos à ciência e com isso, suscitando novas experiências, novos métodos, novas aprendizagens e assim de uma forma simples e dinâmica (mas envolvendo sempre Movimento - Energia e Matéria já cá estão) prosseguindo a Evolução.

 

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4

Portugal

 

Num empreendimento inicialmente concebido (em conjunto) pela NASA, NOOA e pelo Departamento de Defesa dos EUA (presença militar) ‒ pretensamente para previsão das condições atmosféricas ‒ e hoje em dia entregue nas mãos da sociedade civil e como tal livre para nos apresentar estes tão pouco vistos e por isso mesmo deliciosos registos.

 

Suomi NPP observes nearly every location on Earth at roughly 1:30 p.m. and 1:30 a.m. (local time) each day, observing the planet in vertical 3000-kilometer strips from pole to pole. VIIRS includes a special “day-night band,” a low-light sensor that can distinguish night lights with six times better spatial resolution and 250 times better resolution of lighting levels (dynamic range) than previous night-observing satellites. And because Suomi NPP is a civilian science satellite, the data are freely available to scientists within minutes to hours of acquisition. Armed with more accurate nighttime environmental products, the NASA team is now automating the processing so that users will be able to view nighttime imagery within hours of acquisition. This has the potential to aid short-term weather forecasting and disaster response. (Michael Carlowicz/nasa.gov)

 

(imagens: nasa.gov)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 22:23

Salada em Encelados

Domingo, 16.04.17

[Confusão, Trapalhada, Salgalhada]

 

No sentido em que continuamos a oferecer uma resistência por vezes inexplicável senão mesmo incompreensível, ao aparecimento dos mais diversos sinais e incontornáveis vestígios da possível existência de Vida noutros locais que não a Terra ‒ e isto apesar de tudo o que lá acontece parecer (pelo menos à distância) tão semelhante (ou mesmo idêntico) ao que se passou/passa por cá: Evolução certamente com algum sentido (talvez acompanhada de Vida Orgânica como sempre apoiada pelo Mundo Mineral).

 

Se quisermos encontrar água seja doce seja salgada (rodeados de natureza e de tecnologia como é o caso da Terra) vasta mesmo olhar para o lado ou então abrir uma torneira. É claro que se não nos preocuparmos muito com isso, seja no passado seja no presente (enquanto a vemos é porque ainda existe), mas sabendo de antemão que um local não é para sempre (todo o sistema é dinâmico seja na Terra/Explorando os Oceanos seja no Espaço/Explorando o Universo), convém sempre olhar para mais longe e procurar o que já aqui temos: não só porque o conhecemos bem, como “de nós fazendo parte e procura-lo ser ciência mas também um pouco de arte”. Só sendo possível ao artista projetando livremente outros cenários sugerir ao cientista a importância da persistência na antecipação dos mesmos, de modo a assim se realçar os pré-existentes, destacando-os um pouco mais (retirando-os do esquecimento adquirido) e na concretização de um novo ciclo projetando-os (replicando-os) no Futuro ‒ à procura e sempre do mesmo, senão aqui (na Terra) um pouco mais longe (Encelados).

 

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Neste momento com a distância a ser apenas um pormenor: entre a Terra e Encelados separando-os mais de 1280 milhões de Km: viajando-se à velocidade da luz (300.000Km/s) demorando-se mais de 71 minutos a lá chegar. O que significa que em função da nossa longevidade/resistência e do comportamento/atitude de outros astronautas noutras situações semelhantes ‒ tomemos como um caso exemplar as missões Apollo à Lua ‒ uma viagem de 15 dias seria na realidade o ideal: sendo apenas necessário arranjar uma nave espacial capaz de atingir velocidades na ordem dos 1000Km/s (somente umas 20X/40X a velocidade de alguns asteroides/cometas) ‒ Impossível? Caso contrário o melhor será mesmo esperar mais uns bons anos pela concretização da viagem (ao ritmo de decadência atual uns 50 a 100 anos) e irmo-nos entretanto e como pretende Elon Musk entretendo (com pretensas aventuras e colonizações), explorando e fritando os nossos neurónios em Marte. E logo com a Lua aqui tão perto.

 

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Ou então optar por outra visão de Elon Musk, provável e irremediavelmente desiludido com as limitadas capacidades do homem de resistir a extremas provações (o tempo da utilização de escravos para acelerar à bruta o processo eventualmente já acabara), nos dias de hoje e infortunadamente com o mesmo a não ter os necessários tomates (dos escravos) como no tempo ainda tão próximo dos Descobrimentos, então com frágeis caravelas enfrentando o oceano e aí desaparecendo para sempre, nunca se contabilizando vidas mas aspirando-se sempre a grandes lucros: ligando-nos à corrente através de periféricos e utilizando a inteligência da máquina, sobrepondo-nos nós à mesma e fundindo-nos com ela. Eliminando excessos (de hardware atualizando o corpo) e potenciando virtudes (de software reprogramando a mente) ‒  e fazendo durar mais tempo o novo protótipo do Homem (um modelo talvez obrigatório de aplicação pelo menos enquanto andarmos entre simples apeadeiros e não entre Estações utilizando tecnologia pré-histórica).

 

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Tudo isto porque num dia em que Donald Trump fez mais uma gloriosa demonstração de todo o seu poder de fogo enviando uma Bomba Elefante sobre o Afeganistão (de modo a meter a tromba em qualquer gruta que pudesse albergar terroristas ‒ mas e se não forem?), obliterando tudo numa extensão de terreno de pelo menos 1Km, alguém se lembrou de falar de água (uma coisa tão comum) descoberta num mundo distante (quando aqui basta abrir a torneira): por um lado dando para se perceber qual o verdadeiro interesse no Espaço de políticos como Ted Cruz e como Marco Rubio, que parecendo muito interessados no desenvolvimento do Programa Espacial da NASA tem os seus olhos bem presos no desenvolvimento de foguetões poderosos, rápidos e de longo alcance. Para chegar onde e dominar quem? Mas voltemos a Encelados e deixemos os milionários entretidos com os seus terroristas (sejam máquinas como teme Musk sejam homens como teme Trump).

 

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Um dos satélites do longínquo e gigante-gasoso corpo celeste conhecido como Saturno (um dos 8 planetas do Sistema Solar em dimensão só superado por Júpiter), ainda hoje sob a observação da sonda norte-americana Cassini na sua já longa estadia nas imediações do mesmo (em sua órbita desde 2004) e que desde os primeiros dados recolhidos sobre essa lua (Encelados), refletindo a sua atmosfera, a sua superfície e até a sua possível estrutura interna, encontrou sinais senão mesmo evidências da possível existência de oceanos líquidos (subterrâneos), por vezes perfurando a camada superficial cobrindo a lua (devido ao exercício de fortes pressões internas) e acabando por ejetar material para o exterior sujeito a grande pressão, temperatura e velocidade, atingindo altitudes bem visíveis mesmo que observadas a muitos milhares de km pelas câmaras da minúscula sonda Cassini. E tal como se estivéssemos numa região hidrotermal, com a água quente surgindo por vezes à superfície e criando as condições ideais para nela evoluir e se instalar algo mais ‒ vida orgânica.

 

(imagens: nasa.gov)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 17:32