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A Colonização da Europa

Quinta-feira, 27.04.17

Na sua Cruzada para derrotar os Infiéis Ocidentais, os Asiáticos aplicando toda a sua Sabedoria Oriental em vez de nos Conquistarem com armas, Conquistaram-nos com Produtos e outras Bugigangas ‒ tal como o Europeu fez (o Evoluído) quando descobriu as Américas (os Atrasados).

 

Para quem ainda tem dúvidas sobre qual o papel e a posição da China na Economia Global atual e simultânea e indiretamente de que parte do Mundo são originais esses e outros grandes Investidores Financeiros ‒ com a China naturalmente no comando e com um contingente adicional Asiático integrando essas poderosas fileiras ‒ basta olhar para o Gráfico de Investimentos Diretos concretizados pela China desde o início do século XXI na Europa (mais propriamente na EU) para ficar devidamente esclarecido:

 

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Investimento Direto da China na EU de 2000 a 2016

(de um total de mais de 100 biliões €)

 

Com os investidores chineses a gastarem no ano passado 4X mais na Europa do que os seus colegas europeus na China (aproximadamente 35 biliões para 8 biliões de dólares) ‒ a que não é estranho o acesso vedado a investidores estrangeiros a certas áreas apetecíveis da sociedade chinesa ‒ confirma-se que os EUA não foram o único alvo dessa estratégia de dominação económica e financeira (a China investiu na América em 2016 o dobro de 2015 ou seja 200 biliões): mas no caso da Europa e dado a longa crise económica que a tem afetado, tornando-a não só um parceiro mas também um dependente (pelo desequilíbrio tóxico da balança) ‒ com ingleses (23%) e alemães (19%) à cabeça e até Portugal de mão bem esticada (6%).

 

E assim, enquanto de um lado do Mundo os EUA vão exercendo a sua Supremacia Global alicerçada sobre o peso do Dólar (e das suas insaciáveis rotativas) e do seu elaborado (por estratégico e eficaz ao longo do tempo) e avançado (a nível científico e tecnológico) Complexo Militar ‒ com a Europa como sempre estática, observando o que se passa e tentando manter a toda a força esta nova Aristocracia (ignorando não só o que se passa fora, como o que se passa dentro das muralhas do seu Castelo) e o seu visceral Status quo (ou seja deixando andar) ‒ do outro lado desse mesmo Mundo a China numa associação com a outra grande potência Militar e Económica Mundial (a Rússia) e numa relação comercial cada vez mais estreita com os outros seus grandes parceiros asiáticos (tendo cada vez menos dúvidas na escolha entre “produtos” norte-americanos e chineses, sejam económicos ou financeiros ‒ ou não tivesse a China a sua versão do Banco Mundial o AIIB), mesmo não investindo fortemente na área Militar continua a estender inexoravelmente a sua influência (e orientação) por todos os 5 continentes, não só expandindo as suas fronteiras (comerciais e mais próximas) como continuando a infiltrar-se em todas as infraestruturas mais longínquas (externas) de modo a serem potencialmente neutras quando os políticos chineses lá chegarem (como grandes acionistas).

 

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EUA vs. CHINA

(com a Rússia sempre presente)

 

Como o afirma o Financial Times com o crescimento destes Investimentos Diretos começando a deixar a EU cada vez mais preocupada e a pensar um pouco mais sobre esta corrente interminável de dinheiro oriundo da Ásia, entrando de uma forma bastante intrusiva e por vezes estrategicamente descontrolada (causada pela necessidade urgente de dinheiro para Investimentos Internos devido à crise Económica que a Europa atravessa) no coração de um dos maiores Mercados Mundiais.

 

Com o tempo a passar e a posição da China na Europa a ser cada vez mais poderosa, influente e bem visível ‒ “a quem tem dinheiro toda a gente abre a porta nem perguntando de onde vem” ‒ transportando atrás de si não só toda a sua força de ser já hoje muito provavelmente a maior potência Económica Mundial (maior mercado, maior produtor, maior exportador, dos maiores detentores de dólares e de ouro), como de a ela irem também atrelados outros interesses paralelos, com os mesmos objetivos e muito dinheiro (de mero investimento mas com imediato retorno) e com toda esta operação (levada a cabo em conjunto pelo Bloco Asiático) a ser concretizada com a finalidade de cumprir mais uma etapa na sua introdução oficial e certificada no Mercado (cada vez mais) Livre (para eles) Europeu (através da lavagem de dinheiro mas de uma forma legal).

 

Um Presente de que já deveríamos estar à espera, quando no Passado escolhemos estes políticos, para definirem o nosso Futuro: indivíduos sem Ideias, apenas com ambições e vendendo-nos apenas por uns trocos, como objetos numa Loja Chinesa. E o problema não está naqueles que designamos como sendo os Invasores, quando estes ainda não sabendo que o eram, foram convidados a Invadirem por candidatos voluntários a se tornarem potenciais invadidos (em troca de vantagens para certos/alguns e desvantagens para incertos/todos).

 

(imagem: Rhodium/Merics/ft.com e tdcvideo.com)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 23:57