Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]



Júpiter sob os olhos de Juno

Terça-feira, 11.07.17

Se o Homem pretende sobreviver às dimensões do Espaço e do Tempo (no nosso caso ao Sol ‒ vivemos num ponto impercetível do Espaço, num Tempo equivalente ao de uma mosca) o nosso destino será sempre o de partir: mesmo que seja no interior do Sistema (Solar) e preparando a primeira Viagem Exterior (junto de outras estrelas).

 

Ficando, nunca teremos existido.

(provavelmente como muitas espécies, vivendo num tempo relâmpago e nunca tendo comunicado ‒ e com todas estas pensando, terem sido elas as únicas).

 

Agora que se aproxima o fim definitivo da missão Cassini-Huygens com o suicídio da sonda CASSINI sobre o corpo do gigante e gasoso planeta SATURNO (programado para meados de Setembro e deixando-nos isolados desta região do nosso sistema), viramo-nos agora para um seu semelhante (também gigante) considerado o maior dos oito planetas integrando o nosso sistema planetário (Sistema Solar) e recentemente começando a ser orbitado pela sonda JUNO ‒ o planeta JÚPITER.

 

PIA21713.jpg

Jupiter With Great Red Spot, Near Infrared, May 2017

(PIA21713)

 

Nesta primeira imagem de 18 de Maio de 2017 com as diferentes partículas constituindo a espessa camada exterior de nuvens rodeando o planeta Júpiter, a apresentarem-se com cores diferenciadas conforme as respetivas altitudes pelas mesmas atingidas.

 

Com a Grande Mancha Vermelha (GMV aqui aparecendo num branco brilhante) a ser uma das mais altas regiões (acima da região de convecção) do planeta Júpiter o maior do Sistema Solar.

 

E devido aos ventos extremamente intensos circulando a altíssimas velocidades no interior da GMV, observando-se outros fenómenos a ela associados e estendendo a tempestade para oeste (braço da espiral) e para este (em forma de ondas).

 

E com outras regiões rodeando a GMV a registarem uma menor densidade de nuvens/partículas na atmosfera de Júpiter, como as zonas mais escuras situadas a norte (as ovais) e situadas a sul (os blocos) ‒ mas sempre com a presença de grandes tempestades ciclónicas e com a particularidade de rodarem no sentido dos ponteiros do relógio (ao contrário da GMV).

 

Mais a norte e acima da linha do equador com mais uma extensa camada em forma de onda atravessando como uma faixa todo o norte do planeta, nela incluindo mais duas ovais (brancas) referenciadas como anticiclones e registadas em Janeiro deste ano (2017).

 

Num recrudescimento das tempestades atmosféricas detetadas em Júpiter desde essa altura, como o demonstra a nova tempestade referenciada ainda mais a norte do equador (outra oval branca).

 

PIA21714.jpg

Jupiter With Great Red Spot, Mid-Infrared, May 2017

(PIA21714)

 

Nesta segunda imagem igualmente de 18 de Maio de 2017 utilizando um filtro infravermelho, sendo possível observar algumas características da troposfera de Júpiter, como a temperatura e a maior ou menor espessura das camadas de nuvens que o rodeiam (nuvens localizadas nas proximidades do nível de condensação do gás de amónia).

 

Segundo os especialistas da NASA pela cor induzida nessa região do planeta com a GMV a representar uma zona mais fria da troposfera jupiteriana, caraterizada por apresentar uma fina camada de nuvens ‒ por sua vez sendo rodeada por uma zona mais quente localizada mais a nordeste (turbulenta e com partes quentes e secas alternando com outras mais frias e húmidas) no seu conjunto e perante os contrastes de cores emitidas oferecendo-nos uma imagem mais rigorosa deste Gigante.

 

De modo a compreender-se melhor toda a estrutura e mecanismo de funcionamento e desenvolvimento da GMV (assim como de todas as outras manchas ovais), como simultaneamente das áreas a ela adjacentes e estruturas aí existentes.

 

Contando agora com a presença da sonda Juno no dia de hoje (entre 10/11 de Julho) fazendo a sua 6ª aproximação ao planeta: agora que estamos tão perto de perder a sonda Cassini, a pouco mais de 2 meses da sua viagem final em direção ao outro gigante o planeta Saturno.

 

O que nos deixará ausente de uma das zonas mais importantes do nosso Sistema Solar, região onde a probabilidade de existência de água será uma das mais altas em todo este sistema planetário, sabendo-se que perto de nós e à exceção da Terra a mesma não é visível (nos Planetas Interiores pelos menos à vista desarmada e em depósitos relevantes).

 

E que por outro lado as certezas da existência da mesma mais longe de nós, na e para além da Cintura (de Asteroides) ‒ onde se situam os planetas Exteriores e as suas inúmeras luas ‒ são cada vez maiores e cada vez mais evidentes (e com muitos candidatos entre tantos luas e outros corpos).

 

(dados, imagens e legendas: nasa.gov)

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado por Produções Anormais - Albufeira às 22:33