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Monotonia de Fim de Verão

Quinta-feira, 31.08.17

No Hemisfério Norte com o Verão a terminar já a 21 de Setembro (e com as férias da maioria acabando já hoje), começando no dia seguinte a estação do Outono (estendendo-se até 21 de Dezembro).

 

A menos de 24 horas do fim de mais um mês de Agosto (das nossas vidas) a Terra continua tranquilamente a rodar em volta do Sol (o seu centro virtual) acompanhada na sua translação pela Lua (a acompanhante de luxo) sempre com o mesmo lado virado para nós: com o período de rotação da Lua (a acompanhante) igual ao de translação aplicado ao cliente (a Terra) uma vez parecendo o cú de outras vezes as mamas.

 

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A morte de um jornalista desparecido

(e só encontrado na mala do carro depois da viatura já ter sido rebocada)

 

No sul de Portugal e por esta altura com uma grande parte dos seus residentes (temporários ou não) tendo como o objetivo comum o turismo, as praias, a comida e o prazer, deixando-se levar nos dias pela sonolência do calor e arrastando no tempo a impossibilidade de modificar: com idiotices de Verão apenas para passar tempo (quando não se tem nada para fazer o tempo custa a passar), propostas alternativas usando trilhos idênticos (mal definidos pelas ondas verticais de calor), apenas maquiadas por um encontro fortuito (todos os anos pela mesma altura e no entanto sem continuidade) e queimando mais um ano de cronologia.

 

A 30 de Agosto de 2017 com Portugal a mergulhar no seu habitual silêncio noturno (de inveja e de indiferença), com o país entretido com outras coisinhas supérfluas (agora que os incêndios parecem ter sido suspensos enquanto o Outono não chega ou José Sócrates não é julgado) como eleições autárquicas (à porta) e transferências de futebol (a terminar): com a monotonia que atravessa o nosso corpo (lobotomizado mesmo antes dos primeiros testes feitos pelo nosso Nobel da Medicina) a fazer-se sentir até nos Média (cheios de inocentes e manipuláveis estagiários), caindo a notícia no charco dada a fonte pantanosa ‒ ficando-nos pelo submundo da perfeita estupidez (consequências de Verão e dos seus raios nocivos). Com notícias propensas a mirones propondo-nos o desaparecimento/assassinato de um jornalista em Portugal ou o desaparecimento/rapto de uma criança em França (a nível nacional); e a nível internacional tanto pela catástrofe presente como pelo possível apocalipse futuro, as inundações no Texas ou os mais de 1000Km percorridos por um míssil norte-coreano (passando por cima dos céus do Japão).

 

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Impacto do Furacão Harvey nas proximidades de Rockport/Texas

(antes e depois da passagem da tempestade)

 

Graças à América e com a ajuda dos Asiáticos (e sobretudo com a Estação Idiota atualmente em vigor no Hemisfério Norte, onde tudo se faz e onde todo o Mundo se concentra) entretendo-nos com as vítimas da meteorologia do Texas (e do oportunismo e incompetência do Homem na manutenção das condições mínimas de sobrevivência) e com as ações teatrais oriundas da Coreia do Norte (mas por ação geopolítica/estratégia da China podendo-se transformar numa confrontação entre os dois mais fortes blocos atuais, condicionando tudo no Mundo e as condições de Vida na Terra): os EUA e a China.

 

No caso das inundações nos EUA com o número de vítimas mortais a ter já ultrapassado as 25 (e a crescer), com muitas localidades do estado do Texas completamente inundadas (e não se prevendo um recuo das águas nas próximas horas), com explosões a registarem-se numa zona de indústrias químicas pondo em alerta máximo todos os aí residentes (e nas suas proximidades) e como se ainda já não bastasse com tantas situações imprevistas (e preocupantes) surgindo a todo o instante, agora com um novo e desastroso cenário face ao possível colapso de duas grandes barragens: colocando a vida de muitos mais em causa e dando-lhes apenas duas opções, fugir ou morrer.

 

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 O Foguetão Norte-Coreano Huxasong-12 do ditador Kim Jong-un

(um míssil balístico de meio-alcance a caminho de Guam/EUA)

 

Completando-se o cenário deste final de Estação de Verão (no sempre explosivo Hemisfério Norte) com a Coreia do Norte e o seu líder Kim Jong-un e com os EUA e o seu líder Donald Trump. Numa história cansativa arrastando-se há já dezenas de anos, com diversas personalidades de um lado e do outro como protagonistas (Presidentes norte-americanos e ascendentes do Grande Líder), envolvendo duas das maiores potências Mundiais uma diretamente (defendendo unicamente os seus interesses de manutenção da supremacia na região neste caso no continente Asiático) e outra indiretamente (defendendo a integridade do seu território e as suas potenciais áreas de expansão fronteiriças, vizinhas e continentais), tentando-se sobrepor em poder e influência uma relativamente à outra (dois blocos lutando pelo controlo do Mundo atualmente com o epicentro na Ásia) e julgando tal como algo de adquirido e dando-lhes os seus respetivos direitos e privilégios. Hoje com os Estados Unidos num caos (democrata/republicano, derrotados/vencedores, cidadãos/corporações) e com a Coreia do Norte a aproveitar (com o seu líder a testar mísseis, tentando o Intercontinental ‒ colocando lá dentro algo ‒ e assim a curto prazo podendo atingir a América pelo menos na cabeça dele). Na prática com o último episódio desta interminável saga agora sendo emitida (início da Temporada Donald Trump) a ocorrer na passada terça-feira (dia 29), com a Coreia do Norte a lançar do interior do seu território um míssil balístico na direção do Japão, sobrevoando o país cerca de 9 minutos depois (a 547Km de altitude) e acabando por se desintegrar caindo no mar por volta do 15º minuto após o seu lançamento (a 2.736Km do ponto de partida).

 

(imagens: FLASH, CM, GOOGLE, NOAA e STR/AFP/Getty Images)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 17:06