ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Cassini, Saturno, Marte e Titã
Num adeus ao planeta SATURNO (o Gigante Gasoso e 2º maior planeta do Sistema Solar) a NASA vem oferecer-nos (à falta de melhor, dado já não estar por lá) mais uma imagem recolhida pela defunta sonda Cassini.
Imagem de Saturno tendo como origem as câmaras da sonda Cassini quando a mesma se encontrava a pouco mais de 1 milhão de Km do planeta
(PIA 17218)
Agora (mês de Novembro) que o planeta SATURNO se encontra a cerca de 1,61 biliões de Km (10,7 UA) do (nosso) planeta TERRA, ainda mais se sente a ausência da sonda que durante mais de 13 anos (2004/2017) circulou naquela região do SISTEMA SOLAR orbitando o seu 2º maior planeta: desde o dia 15 de Setembro (deste ano de 2017) e com o fim da missão CASSINI-HUYGENS (com a sonda CASSINI na execução do seu ultimo trajeto ‒ THE GRAND FINALE ‒ a entrar na atmosfera rodeando Saturno acabando por se desintegrar) a ficarmos isolados daquela região (presencialmente e através de um periférico comandado da Terra) limitando-nos agora a observá-la de longe (através de telescópios terrestres ou situados nas suas proximidades) ou então a recordar dias (e registos) de tempos passados.
Ainda-por-cima no Momento que entre interesses PÚBLICOS (Governamentais) e PRIVADOS (e Internacionais) se discute o Futuro da Exploração do Espaço, com os objetivos (da MISSÃO) ainda bastante indefinidos assim como o seu destino e Evolução: com uns a privilegiarem a continuação do envio de Sondas Automáticas (sobretudo as Agências Governamentais) opondo-se ao regresso dos voos tripulados, às suas consequências (por vezes mortais) e ao enorme gasto Financeiro (associado) ‒ motivos invocados há quase meio-século para justificar o fim do Projeto Apollo (último voo em 1972); e com outros (os PRIVADOS) a dirigirem todos os seus recursos (deles e do Estado) para a Exploração de regiões de Espaço mais distantes (para já no interior do nosso SISTEMA) apontando (quase todos) os seus HOLOFOTES para MARTE ‒ com o envio de seres Humanos em voos tripulados (já programados no Tempo/próxima década e não faltando candidatos) para aí instalarem uma base e seguidamente Colonizarem o Planeta.
Mas sabendo-se antecipadamente de como todos estes processos e projetos são de difícil preparação, planeamento e execução (para além dos múltiplos interesses associados ‒ ideológicos, políticos, económicos, tecnológicos, etc. ‒ impondo um grande investimento Financeiro de grande risco inicial) e de como teremos (como sempre) de esperar e de Acreditar (provavelmente ainda por muitos anos) ‒ com muitos de nós a não irem assistir certamente (em vida) à proeza da Exploração e da Conquista pelo Homem do primeiro território Exterior ao nosso Território, Lar e Planeta ‒ sendo ainda maior o nosso sentimento de isolamento, a nossa tristeza pela perceção de perda e sobretudo o Convencimento de que tal como as Coisas Hoje se Apresentam (no nosso Planeta e observando como as nossas Sociedades/Civilizações têm evoluído e transformado), ao contrário dos Primeiros Aventureiros, Exploradores e Conquistadores da Terra (os Navegadores desafiando os Oceanos), os do Presente e do Futuro demorarão a partir e a convencer-se de que se o não fizerem (rapidamente) arriscam-se a desaparecer e a Extinguir-se como Espécie (já que a Terra tal como o Homem não durará para sempre).
E nos espaços (restringindo-nos para já aos EUA e à Europa) de intervenção envolvendo a Futura Conquista do Espaço (inevitável), de um dos lados a termos os Privados a oparem pelos voos espaciais comerciais locais (em torno da Terra como será a opção da Virgin Galatic) ou interplanetários (tendo como destino final Marte a opção da Space X ‒ e ainda contando com a Blue Origin) e do outro lado com muitas maiores restrições financeiras dado um grande controlo orçamental por parte do Governo (de modo a limitar ao máximo as despesas), com o setor Público (veja-se o caso da NASA e da ESA) a evitar invariavelmente o retorno aos voos tripulados, ficando-se pelas sondas automáticas e por uma hipotética concorrência às ambições de Elon Musk (e da sua Space X): com planos por parte da NASA (mais longos e comedidos) de se lançar também para Marte.
Para já e apesar de todas as limitações financeiras (já que o próprio Privado irá sempre aproveitar fontes de investimento inicial e exclusivamente atribuídas ao Público) destacando-se o setor Público em detrimento do Privado: com os cientistas das diversas organizações/missões tendo ainda como base as Agências Governamentais (dos EUA, Europa, Rússia, China, Japão e Índia, entre outras) a optarem pela exploração e pela descoberta de bens preciosos para o Homem (até para facilitar a exploração do Espaço ao descobrir depósitos de bens fundamentais), como será o caso da Água constituindo 00% do nosso corpo ‒ um produto fundamental para a continuação da Vida na Terra e imprescindível para acompanhar o Homem na sua (já marcada nas Estrelas) Aventura pelo Cosmos. Falando-se de novo em Titã e também em Encélado (duas das luas de Saturno). Depósitos de Água (relevantes) talvez existentes noutras luas (mais próximas como as de Júpiter) e que existindo em Marte (como poderiam ser na Lua) só mesmo sendo limitadas (em localização e volume) assim como subterrâneas: e faltando unicamente (para lá dos vestígios e dos indícios) a sua confirmação.
(imagem: nasa.gov)