ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
E ao Fim de 37 Anos os Motores voltaram a Bumbar
A Sonda Interestelar
“A set of thrusters aboard the Voyager 1 spacecraft successfully fired up Wednesday after 37 years without use. Since 2014, engineers have noticed that the thrusters Voyager 1 has been using to orient the spacecraft, called "attitude control thrusters," have been degrading.”
(NASA/JPL)
Trajetória das 4 sondas Interestelares
(Pioneer 10 e 11 e Voyager 1 e 2)
Lançada em 5 de Setembro de 1977 (há 40 anos) pela Agência Espacial Norte-Americana (NASA) tendo como objetivo JÚPITER, SATURNO e finalmente o ESPAÇO INTERESTELAR (localizado para lá do nosso SISTEMA SOLAR), a sonda VOYAGER 1 (sendo a 1ª a atravessar os limites do nosso Sistema Planetário num facto confirmado em Setembro de 2013) ‒ tendo ainda visitado ÚRANO e NEPTUNO ‒ passados 37 anos sobre a última operação semelhante (registada no ano de 1980) e continuando (por ainda ativa) a ser operada a partir da Terra (atualmente a mais de 141 UA de distância), voltou de novo a ativar os seus PROPULSORES numa operação bem-sucedida (executada na passada 3ªfeira) ajudando na reorientação da sonda e no prolongamento da vida da mesma.
E sabendo-se antecipadamente que o sistema se tinha vindo progressivamente a degradar (ligado aos propulsores de controlo de altitude da sonda) e que era fundamental para a continuação da missão (agora Interestelar) fazer a reorientação da VOYGER 1 (antes propulsionada entre outros pelo planeta gigante Júpiter), sendo com enorme satisfação que os responsáveis pela mesma cerca de 19 horas e 35 minutos depois (já na 4ªfeira) receberam a confirmação da ignição (dos propulsores) transformando este último episódio (dos 40 anos de vida da Voyager 1) num Sucesso absoluto: para além da continuação da comunicação de dados entre a sonda e o nosso planeta (nunca interrompida) ficando-se agora com a certeza que mesmo a mais de 20 biliões de Km de distância da Terra e 4 décadas passadas sobre a sua partida de Cabo Canaveral, ainda é possível interagir e ter uma resposta da mesma (pensando na tecnologia de há 40 anos um acontecimento apenas Fantástico e uma confirmação das grandes e ilimitadas capacidades do Homem) ‒ já agora aplicando-o à VOYAGER 2.
Convertendo Dados em Música
“A ideia da dupla (convertendo os dados da Voyager 1 em música), assim como Kepler tinha em mente, é fazer com que possamos entender melhor como funciona o cosmos de maneiras pouco convencionais. Dessa forma, a viagem cósmica proporcionada pela bela trilha descreve o trajeto da Voyager 1, incluindo o épico momento dramático de sua aproximação a Júpiter e Saturno e a entrada no espaço interestelar.”
(Claudio Yuge/tecmundo.com.br)
Transformando dados recolhidos durante 40 anos pela Voyager 1
(Em música a 4 instrumentos)
Como tudo tem a ver com tudo e algo ligado à VOYAGER 1 poderá ainda ter a ver com algo conhecido (mas ainda não correlacionado) ou então desconhecido (por ainda não observado), nestes últimos dias de protagonismo (dado à sonda norte-americana) e com a mesma na ribalta (ativando os propulsores colocando o Homem no pódio), com um grupo de cientistas convertendo os dados (recebidos da sonda) em música (segundo eles) Espacial e Incrível: e a partir dos dados transmitidos durante 40 anos (1977/2017) entre a VOYAGER 1 e a TERRA criando a sua Música (Domenico Vicinanza/GÉANT e Genevieve Williams/Universidade de Exeter), espelhada numa faixa de 3 minutos e utilizando (para a sua transformação) 4 tipo de instrumentos ‒ violino, flauta, trompa e percussão de Glockenspiel (podendo ser escutada em Digital Trends/Music created using data measurements sent from the Voyager 1 spacecraft/soundcloud.com).
Numa missão levando a sonda VOYAGER 1 (tal como com as outras 3 sondas interestelares) a lugares do Espaço onde o Homem nunca esteve, atravessando os limites (extremos) do Sistema Solar (a sua zona fronteiriça) ‒ local onde a influência do Sol diminui drasticamente (face à presença dos raios cósmicos) justificado pela influência do Espaço Infinito que o rodeia ‒ e levando esta e outras sondas automáticas a distâncias para além dos 84UA/Voyager 2 e 94 UA/Voyager 1. Um Sistema Planetário (onde a Terra se integra) rodeando uma estrela (o Sol) e pertencendo a uma galáxia (Via Láctea) com mais de 200 milhões de estrelas, provavelmente com muitas delas estando rodeadas por planetas mas devido à pequenez destes e à distância a que se encontram (e não sendo brilhantes como as estrelas) não sendo detetados e passando despercebidos ‒ e até podendo possuir algum tipo de Vida e situar-se numa zona habitável relativamente à posição da sua respetiva estrela.
Talvez um dia quando o Homem assumir de vez a sua necessidade imperiosa de partir (se quiser sobreviver e persistir, pois a Terra não é eterna) e ultrapassar os Limites do Sistema Solar, possa finalmente utilizando as suas naves interplanetárias, interestelares e intergalácticas (e por aí fora, viajando no Espaço/Tempo) descobrir Outros Mundos e aí se estabelecer ‒ talvez com outras espécies talvez mesmo semelhantes ao Homem. Só faltando ao Homem (decidir e) partir como o fazem todas as espécies na Terra.
(imagens: nasa.gov e tecmundo.com.br)