ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Vem aí a Tempestade Félix
A caminho do fim da estação do Inverno (20 de Março) e com a grande maioria do território do continente a atravessar um período de seca severa/extrema, eis que finalmente chega a chuva (diminuindo mesmo que ligeiramente os efeitos da seca) mas infelizmente (no que toca à região do Algarve e ao Sotavento Algarvio uma das zonas mais afetadas pela seca) acompanhada por fenómenos (outros) atmosféricos extremos ‒ como os Tornados.
Um fenómeno para o Futuro (e como se vê para o Presente) já falado há anos atrás (até no Algarve como uma das zonas a poder ser atingida) ou já não tivéssemos tido outros fenómenos semelhantes como resultado do Aquecimento Global e das Alterações Climáticas (que se vão registando um pouco por todo o Mundo): como o de 2012 entrando por Lagoa (Carvoeiro), derivando de seguida para o interior (atravessando Lagoa e prosseguindo) e atingindo ainda e violentamente a cidade de Silves (já no interior algarvio).
Para já com as Entidades Locais (públicas e privadas e como numa grande parceria) parecendo mais preocupadas com o impacto turístico ‒ dirigindo desde logo a sua atenção (para eles Obrigatória) para a recuperação das estruturas de praia (veremos o que acontece aqui na Praia do Peneco) ‒ mas agora com outras (só porque algo de óbvio já se passou na Praia do Vau/Portimão) como a de Queda das Falésias.
Evolução meteorológica prevista
Este mês entre as 18:00 do dia 8 (5ªf) e as 18:00 do dia 9 (6ªf)
Nos dias 8/9 apresentando piores condições do tempo em Portugal
(fonte: sat24.com)
Depois de Ana, Bruno, Carmen, David e finalmente Emma ‒ isto para só falarmos de tempestades batizadas pelos serviços meteorológicos Portugueses (IPMA), Espanhóis (AEMET) e Franceses (METÉOFRANCE), já que outras tempestades também nos acabaram por atingir (mesmo que em menor grau) como Eleanor (oriunda do norte/Reino Unido) e mais recentemente a Besta de Leste (oriunda do Ártico/Síbéria) ‒ eis que o Oráculo Coletivo da Nova Tríade Meteorológica acaba de nos anunciar a chegada de uma nova tempestade (respeitando religiosamente a ordem alfabética): equiparando as tempestades quanto ao género (masculino/feminino), depois de 2 nomes masculinos e de 3 nomes femininos surgindo agora a Tempestade FÉLIX (e logo no Dia da Mulher/8 de Março aproveitando o género masculino a oportunidade ‒ ou não estivesse já em desvantagem de género por 2-3 ‒ de forma a não deixar distanciar ainda mais o feminino).
É difícil prever ocorrência de tornados em Portugal
Previstas (5ª/6ª feira) rajadas de vento superiores a 100Km/h no nosso país
Com o IPMA em alerta e anunciando uma situação mais crítica para o fim-de-semana
(fonte: sabado.pt)
E assim com a palavra Meteorologia por tantas vezes repetida e introduzida na nossa cabeça (como se algo de extraordinário e de inesperado se passasse a nível do clima e do tempo ‒ ou não se constatasse já há muito tempo o aparecimento de fenómenos contribuindo para o Aquecimento Global e para as Alterações Climáticas), chegando-se ao ponto (por vezes ao seu cúmulo) de transformar o que seria no passado um período de mero Meu Tempo (muitas vezes suportando-se condições meteorológicas mais extremas e sem grandes condições económicas para as combater prevenindo-se) ‒ ainda-por-cima ocorrendo na estação de Inverno (em geral fria e com muita precipitação sobre a forma de chuva ou de gelo) ‒ numa ocorrência quase extrema (ou com grandes probabilidades de em determinadas condições de evolução puder vir a ser) e sendo equiparada (adjetivada) a uma Tempestade: apesar de aqui adjetivada (como tempestade) sendo apenas mais um período temporal e banal apresentando condições de mau tempo (chuva, vento e agitação marítima) que ainda há poucos anos atrás nos levaria (normalmente e sem grandes avisos e olhando apenas para o céu) a prevenir nos agasalhos, nos transportes, nas habitações e na especial proteção a crianças e idosos - como hoje mas sem alvoroço mediático.
Chuva com congelação ocorrida a 27 de Fevereiro de 2018 ‒ 10:00 ‒ Lamego/Viseu
Quando a chuva com temperaturas acima de 0⁰C atinge superfícies com temperaturas negativas
(fonte: IPMA)
Com a chegada da depressão FÉLIX em formação em torno do arquipélago dos Açores (recordando-nos no passado como referência para a previsão meteorológica em Portugal e na Europa, da importância do Anticiclone dos Açores) prevendo-se para os próximos dias o agravamento do estado do tempo (mas com subida das temperaturas), com mais chuva e mais vento (o parâmetro mais intenso em terra) e agitação marítima. Mantendo-se assim as condições atmosféricas atuais, por vezes com mais chuva e tendo-se que dar particular atenção ao vento: podendo ser forte e sob a forma de rajadas e suscitando a preocupação sobre o possível aparecimento de outros fenómenos atmosféricos extremos ‒ como os ocorridos no Algarve (de novo exposto a condições semelhantes) com 2 tornados entre 1 e 5 de Março (deste ano) e rajadas de vento chegando a atingir os 180Km/h.
(imagens: sat24.pt ‒ sábado.pt ‒ João Canelas/ipma.pt)