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Vulcões Morando Por Perto

Sexta-feira, 15.06.18

Hoje dia 15 de Junho com o vulcão evidenciando maior atividade (última erupção registada a 23 de Maio com algumas explosões e formação de alguns rios de lava) e mais próximo de nós a ser o italiano Stromboli (Ihas Eólicas/Mar Tirreno) ‒ localizado a pouco mais de 2000Km de distância de Lisboa; mas por outro lado e sem qualquer tipo de dúvida (e muita certeza) com o vulcão mais perigoso localizado mais perto de nós aqui a cerca de 1000Km de Lisboa (não só perigoso para Portugal como para todas as costas banhadas pelo oceano Atlântico), a ser o espanhol (Ilhas Canárias) Cumbre Vieja: num registo de uma violenta erupção (e existindo desabamentos) podendo originar um Mega Tsunami (no Atlântico).

 

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Um Vulcão às portas da cidade

(erupção no ano de 2015 do vulcão chileno Calbuco)

 

Tendo em consideração que o nosso país pela sua situação geográfica e proximidade de falhas tectónicas (inserido na placa Euroasiática, a norte da falha de contacto com a placa Africana) tem uma superfície marítima e terrestre bastante suscetível ao aparecimento periódica de sismos de alguma intensidade ‒ deslocando-nos para sul com todo o litoral português a partir da região de Lisboa e até à fronteira do Guadiana a poder ser (caso tal sismo aconteça) o mais afetado ‒ como se comprovou no Terramoto seguido de Tsunami de 1755 ‒ torna-se também interessante verificar para além destes fenómenos sismológicos (envolvendo Portugal e todo o território vizinho) todos os fenómenos vulcanológicos que poderão estar igualmente a influenciar a evolução geológica desta região do planeta rodeando o Mediterrâneo: e juntando sismos e vulcões e outros fenómenos atmosféricos (oriundos do interior ou do exterior deste Ecossistema), podendo-se imaginar esta região (geologicamente falando) no Passado (já bem estudado) e no Futuro (ainda por confirmar).

 

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Erupção dos Capelinhos de 1957

(aqui se assistindo à emersão de um novo território na crosta terrestre por ação de em fenómeno eruptivo e no início da sua formação)

 

Para tal dando uma olhadela a vulcões da região do Mediterrâneo ‒ do passado e do presente em torno do (atual) mar com o mesmo nome ‒ antes e depois da Europa e de África se largarem (e afastarem), originando a oeste o Estreito (de Gibraltar) e deixando vir o grande oceano (Atlântico): já que dada a proximidade interessar a Portugal. E daí partindo do Sul (de Portugal continental) tentando encontrar na região (Algarvia e não só) evidências de vulcanismo: Relativamente ao território continental, as evidências de vulcanismo (rochas vulcânicas – escoadas e piroclastos ‒ e chaminés vulcânicas), encontram-se no Algarve (vulcanismo mesozóico), Alentejo (vulcanismo de idade paleozóica, nomeadamente, do Câmbrico e Silúrico e, posteriormente, Devónico e Carbónico) e Estremadura (vulcanismo de idade mesozóica, realçando o Complexo Vulcânico de Lisboa, de idade cretácica). No entanto, existem manifestações de vulcanismo secundário, através de nascentes termais” (lneg.pt).

 

E nunca esquecendo ser Portugal (continente e ilhas),

 

Um usufrutuário de uma fonte de energia (calorífica) vinda do interior da Terra (sob a forma de Energia Geotérmica) ‒ sendo utilizada para fins terapêuticos (tirando-se partido de águas próximas emergindo nelas e/ou ingerindo-as) em termas espalhadas um pouco por todo o continente ‒ com uma grande concentração verificada a norte (do Tejo) sugerindo uma ligação presente destas (nascentes termais) com manifestações relacionadas e ocorridas no passado; no passado (uns 70 milhões de anos atrás) com o Complexo Vulcânico de Lisboa em grande atividade (estendendo-se de Lisboa a Torres Vedras) ‒ com vestígios da existência de uma chaminé vulcânica em Monsanto ‒ e com a existência do Complexo Vulcânico do Algarve ‒ associado à serra de Monchique, com sinais de atividade registada há uns 72/75 milhões de anos, com vestígios da existência de uma chaminé cónica localizada nas proximidades (em Lagos), com umas Termas de Águas Medicinais aí inserida e com muitos ainda a acreditarem (uma das primeiras coisas de que eu ouvi falar ao chegar ao Algarve) aí poder estar localizado um vulcão adormecido, o Vulcão de Monchique;

 

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O maciço sienítico da serra de Monchique

(formado há mais de 70 milhões de anos devido à ascensão de magma por intrusão e existindo ainda vestígios de cones vulcânicos associados a essa movimentação e escorrências bem próximos em Lagos/praia da Luz) até podendo noutros tempos ter aí existido um vulcão (porque não, existindo material compatível?)

 

E até no seu território marítimo (integrando o Atlântico) como insular (ilha da Madeira e arquipélago dos Açores) contabilizando-se uns quantos vulcões (inativos e outros não) algumas histórias e lendas: no caso da Madeira e olhando-a apenas sob o seu aspeto geológico e real, sendo de origem vulcânica e tendo-se formado há uns 60 milhões de anos (com as sucessivas erupções, erguendo-se sobre o leito oceânico e emergindo do fundo do mar), enquanto no caso dos Açores levando-nos para o outro lado da Realidade (e seu complemento) ‒ o Imaginário ‒ e sendo ainda coadjuvado por uma apreciável quantidade de vulcões, orientando-nos para um Passado distante, para um tipo de Aventura diferente, para Civilizações Perdidas no Tempo (e replicadas em múltiplos Espaços) e para Outros Mundos como o do Reino da Atlântida ou da Lenda das Sete Cidades. E com a sua última grande manifestação a registar-se (durante um período de 13 meses) no Faial no vulcão dos Capelinhos (755 metros de altura) em 1958.

 

Como se pode ver com toda esta região indo de este (Portugal continental) a oeste (ilhas da Madeira e Açores) e de norte a sul (envolvendo toda a entrada do Golfo de Cádis e indo até à entrada do Estreito de Gibraltar) ‒ e rodeando toda a falha (tectónica) entre a Placa Euroasiática e a Placa Africana ‒ pela mesmo período de tempo e para um espaço comum e em sobressalto (extremo pelo salto Evolutivo), estando visivelmente ativo simultaneamente em muitos lugares (adjacentes e colaborantes) mas de forma a concretizar um objetivo (replicado e cíclico): entre eles e avançando no tempo (mais de meia centena de milhões de anos) há uns 6 milhões de anos (a partir de um Evento relevante) com o Atlântico quebrando o Arco Terrestre ligando o continente Europeu ao Continente Africano ‒ e aí surgindo o Estreito de Gibraltar ‒ invadindo as terras para além da Muralha (natural e agora quebrada) e inundando e submergindo-as (tal e qual os efeitos de um Dilúvio), fazendo desaparecer horizontes e irrepetíveis paisagens para no seu lugar e em substituição (continuada) emergirem umas ou outras: como terá acontecido há muitos milhões de anos num território próximo e antes estando imerso (na região do Algarve e a caminho da serra) onde poderemos encontrar agora em galerias subterrâneas mas agora emersas (com muitos e muitos quilómetros de tuneis subterrâneos) as Minas de Sal-Gema de Loulé. Certamente com outros Ciclos (evolutivos) a comporem o cenário prognosticando o Futuro.

 

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Há cerca de 6 milhões de anos com o Arco de Gibraltar a fechar-se devido à movimentação das placas tectónicas Africana e Euroasiática, levando durante alguns anos ao quase desaparecimento do mar Mediterrânico; mais tarde abrindo de novo uma brecha ‒ Estreito de Gibraltar ‒ fazendo entrar as águas do Atlântico (em certos locais pelo volume de águas surgindo em tão curto espaço de tempo podendo-se associar a Eventos como o Dilúvio) e enchendo toda a área em cerca de 8 meses

 

No passado (distando os tais 5/6 milhões de anos) com toda esta região iniciando-se a oeste no oceano Atlântico (sudoeste da Península Ibérica/nordeste de África) indo até à ponta leste do mar Mediterrâneo (Turquia/Egito) e estendendo-se no tempo por um intervalo de uns 600.000 anos, a ficar completamente fechada (isolada do oceano Atlântico), tendo como consequência imediata (visível à sua superfície) o abaixamento progressivo do nível das águas aí inseridas (das diversas bacias hidrográficas) e uma radical mudança de cenário: conjuntamente com o aquecimento registado (a diminuição dos afluentes e o aumento da evaporação) levando finalmente à seca (extrema) nessa região e ao aumento da salinidade dos terrenos tornando-os improdutivos ‒ num território agora sujeito a grande atividade geológica, com sismos violentos e crescente atividade vulcânica (incompatível com a presença humana), levando ao abandono e à desertificação e finalmente num cenário de Apocalipse a um Evento relevante (face à grandeza oceânica não um Dilúvio mas um Tsunami).

 

E deixando para trás o Passado (arquivando-o na nossa memória), pensando-o agora no Presente (usufruindo da nossa Cultura) e imaginando-o na nossa mente (como um possível projeto Futuro) tentando de algum modo juntar ‒ as Peças ‒ tentando reconstruir ‒ o Puzzle: tentando replicar no presente um futuro já tendo sido possível, a partir dum molde passado subsidiário do original. Olhando para sismos mas sobretudo vulcões (hoje) aqui rapidamente para se manter a Ilusão (já longa vai a conversa): em Junho de 2018.

 

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Stromboli

(erupção de 22 de Maio de 2018 na sua cratera NE)

 

Dos vulcões do Mediterrânico (ativos/adormecidos) localizados mais perto de nós (e ainda na memória ou já esquecidos), limitando-nos a olhar só para alguns vizinhos da Península Ibérica (e do Estreito de Gibraltar ‒ local de rutura do antigo Arco, ligando a Europa a África): ladeando a norte e a sul todo do Estreito (desde o Rife marroquino) até à Bota (Itália) e ainda indo por instantes mais longe até à Grécia (Thera). Olhando-se (brevemente) para (1) o que se passa em Itália ‒  onde se localizam os vulcões mais ativos e mais próximos de nós ‒ para (2) o que possa passar por Marrocos ‒ nem que sejam só vestígios (ou sinais) ‒ e (3) relembrando por final o Evento registado há 3500 anos atrás (depois de 1500 AC). Para tal olhando globalmente para a Europa (ocidental) e analisando as maiores erupções vulcânicas aí registadas desde há uns 10.000 anos ‒ com os territórios mais ativos a distribuírem-se por Itália e Grécia (ainda hoje os mais ativos e incluindo toda a zona marítima Mediterrânica localizada em seu redor) e ainda pela Alemanha (no distrito de Rhineland ativo até ao início do Holoceno), França (no Maciço Central também em atividade até ao início do Holoceno) e Espanha (no campo vulcânico Olot do período Quaternário 13000/10000 AC) ‒ mas nunca deixando de olhar simultaneamente para o outro lado (do Mediterrânico), apesar da não percetível atividade vulcânica aí verificada na atualidade, mas reconhecendo por outro lado a intensa e constante atividade sísmica aí registada (por exemplo nas proximidades de Portugal e no ponto de separação entre a Espanha e o Reino de Marrocos no mar de Alboran e enquadrado/limitado a oeste pelo Arco de Gibraltar).

 

De Itália destacando-se uns 13 vulcões/campos vulcânicos, com a maioria adormecida (8) e poucos em princípio extintos (2) ‒ mas com outros (3) em atividade, de menos a mais intensa: do vulcão de Campo Flegrei (Nápoles), passando pelo Etna (Catânia) e terminando no Stromboli (Ginostra, de momento o mais ativo de todos);

 

De Marrocos e igualmente com a sua história (geológica) a ser já bem conhecida e antiga ‒ como se constata de seguida,

 

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Vulcão Cumbre Vieja

Localizado nas Canárias e sob constante monitorização podendo a qualquer momento entrar em erupção, correndo o risco (sendo intensa) de entrar em colapso (desmoronando-se no oceano) e dando origem a um Mega Tsunami Global (Atlântico)

 

“Three hundred million years ago, late in the Carboniferous period, the sea disappeared from Morocco. The region rose up and its rocks were bent and crushed by enormous forces inside the Earth. Africa, North America and Europe collided and became welded together. A massive mountain chain came into being, stretching right across the newly formed supercontinent of Pangaea. Apart from the Anti-Atlas, only a few remnants of the former massif are left in Morocco today. The mountains were worn away over the subsequent 100 million years. They collapsed and huge cracks and basins opened up that quickly filled with red debris … Where today the High and Central Atlas tower into the sky, tectonic forces endeavoured to rip apart North Africa and, indeed, the supercontinent of Pangaea. The Atlantic Ocean came into being and also played a part in ripping open the African continent. Enclosed by steep slopes, the tropical ocean washed into a broad gash through the heart of Morocco 1,000km long and 100km wide – the ancient ‘Atlas Gulf’. Ultimately, however, these forces were unable to split North Africa apart.” (Natural wonders of the Maghreb ‒ Morocco/depositsmag.com);

 

“Morocco is located at a triple junction between a continent (Africa), an ocean (the Atlantic) and an active plate collision zone (the Alpine belt system). This results in a rugged topography with a wide range of outcropping terranes spanning from Archean to Cenozoic in age, as well as diverse tectonic systems from sedimentary basins to metamorphic fold belts.” (An Outline of the Geology of Morocco/researchgate.net);

 

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Thera

Com a violenta erupção verificada há 3500 anos atrás e levando à explosão do vulcão localizado na ilha grega de Santorini (em poucos segundos ao explodir provocando efeitos 4/5 X superiores ao registado em 1883 em Krakatoa) a levar à extinção ‒ submetida ainda a Tsunamis extremos ‒ da Civilização Minoica

 

Na atualidade geológica de toda esta região do Atlântico-Mediterrânico (com zonas de contacto entre placas, originando falhas, sismos e erupções) abrangendo o Arco de Gibraltar e toda a área circundando-o (o arco) em todas as direções, até nas nossas proximidades e fronteiras (de Portugal), já inserido no oceano Atlântico mas ainda se misturando com as águas (diferente em temperatura/salinidade) do mar Mediterrânico, se descobrindo (hoje) recursos minerais marinhos (abrangendo território português) oriundas de estruturas geológicas (antigas) deixando escapar fluídos ricos em Hidrocarbonetos: e tudo partindo da descoberta em 1999 (finais do séc. XX) dos primeiros vulcões de lama no sector marroquino do Golfo de Cádis (posteriormente sendo descobertos 6 em território marítimo nacional, num deles sendo recuperado hidratos de metano), estruturas de origem termogénica polvilhando toda esta zona e podendo ser uma fonte futura e importante de produção de energia ‒ e também sugerindo uma intensa assinatura sismológica e vulcanológica no seu passado, podendo manter-se temporariamente estabilizada, mas podendo regressar ao ativo no futuro (devido a alguma instabilidade à superfície): numa zona ativa (geologicamente) talvez adormecida (na nossa imaginação sonhadora) mas em contínua transformação (talvez com réplicas sendo cíclica). Sugerindo-se no início do Verão uma leitura de férias (englobando a região Mediterrânica) da história de uma epopeia, não a de Ulisses nem a de Camões, mas sim a de Gilgamesh: A Epopeia de Gilgamesh (um manuscrito anterior à Bíblia) já falando no Dilúvio e na Arca de Noé (associado ao povo hebreu) ‒ evidenciando fenómenos naturais extremos ocorrendo na mesma região e podendo estar correlacionados (no tempo).

 

E da Grécia particularmente sobre o Evento de Thera (recorrendo-se à enciclopédia Britannica): “Thera is the remaining eastern half of an exploded volcano. Known as Calliste (“Most Beautiful”) in antiquity, Thera was occupied before 2000 bce. One of the largest volcanic eruptions known occurred on the island. This is thought to have occurred about 1500 bce. Ash and pumice from the eruption have been found as far away as Egypt and Israel, and there has been speculation that the eruption was the source of the legend of Atlantis and of stories in the Old Testament book of Exodus.” (Thera/britannica.com)

 

(imagens: earthporm.com/imgur.com ‒ zores.gov.pt ‒ vidaterra.wordpress.com ‒ ingomar200/youtube.com ‒ volcanodiscovery.com ‒ city-data.com ‒ arpitapatra.blogspot.com)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 16:56