ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
O Vulcão Krakatoa e o Tsunami de 22
[Filme de 1969 dirigido por Bernard Kowalski e baseado na erupção do Karakatoa de 1883: Krakatoa a Leste de Java.]
Tal como há muito já se previa até pelo seu passado recente (última grande erupção registada em 1883, destruindo completamente a ilha vulcânica, para a mesma reaparecer 44 anos depois em 1927) e pelo tipo de vulcão de que se tratava (na confluência de duas placas tectónicas)
Erupção do Anak-krakatau
(ouvindo na costa de Java a cerca de 50Km de distância)
– O vulcão KRAKATOA localizado entre as ilhas indonésias de JAVA e de SUMATRA –
Com o mesmo aparecendo e desaparecendo durante o seu percursode vida
(com a primeira menção a ser reportada a um mapa de 1611)
E sendo acompanhado de acontecimentos eruptivos extremamente violentos e capazes de aparentemente o CRIAR ou DESTRUIR
(vendo-se à superfície ou desaparecendo debaixo dela mas nunca perdendo as suas raízes vulcânicas)
E relembrando mais uma vez na história do mesmo vulcão e das suas erupções mais relevantes, o Evento Catastrófico de 26 de Agosto de 1883
– A 6ª Maior Erupção conhecida e a 2ª Causando mais Vítimas Mortais de sempre – (desaparecendo a ilha, provocando mais de 36.000 mortos e ainda um poderoso tsunami)
Anak-Krakatou
(outro descendente violento do vulcão Krakatoa)
Não nos deixando nada surpreendidos o ocorrido no passado (e ainda muito próximo) dia 22 de Dezembro, com um TSUNAMI a varrer zonas costeiras do Estreito de SUNDA, localizadas a pouco mais de uma centena de quilómetros do novo Krakatoa (nova ilha denominada ANAK KRAKATAU) e provocando mais de duas centenas de mortos, mais de 800 feridos e uma trintena de desaparecidos:
Um fenómeno despoletado por violentas explosões ocorridas no novo KRAKATOA (ao longo de 24 horas), expelindo grandes quantidades de lava e simultaneamente provocando desabamentos/deslocações de terras submarinas e a partir daí dando origem ao aparecimento de grandes deslocações de massas/volumes de água como o são os TSUNAMIS.
Em mais uma Grande Catástrofe ocorrida na mesma região do Globo e pela mesma altura da tragédia de 2004 (pela época do Natal com um sismo seguido de tsunami a provocar mais de 230.000 mortos), aí (há 14 anos atrás) com o Tsunami a ocorrer na madrugada do dia 26 de Dezembro como consequência de uma grande deslocação de terras (submarinas) provocadas pelo sismo pouco tempo antes registado (numa das regiões que como todos nós sabemos é uma das mais ativas geologicamente falando do Mundo) – sismo com epicentro no Índico, a 30Km de profundidade e com amplitude M9,1: então utilizando-se boias (o que se fez apenas depois) podendo-se ter evitado a tragédia.
Com duas ondas do Tsunami a entrarem em terra sem aviso
(segundo testemunhas com a 2ª onda sendo maior que a 1ª)
Só que mesmo utilizando boias ou outro tipo de sistemas (de sinalização de tsunamis associados a sismos) tal nunca resultaria no caso do TSUNAMI
– Como AVISO da sua chegada –
Do dia 22 de DEZEMBRO (sábado):
Porque a origem da deteção teria que estar não no SISMO, mas na explosão do VULCÃO (provocando deslocação de terras, vagas e o tsunami).
E não existindo equipamentos desses (que se saiba) para a deteção de tais fenómenos (associadas não a sismos mas a vulcões/erupções), não havendo mesmo nada e de novo a fazer. De quem a responsabilidade? Até ao próximo Natal?
(imagens: @OysteinLAnderse/twitter.com)
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SEIS O PIONEIRO
Uma imagem que ficará para a História da Exploração do Cosmos pelo Homem, apresentando-nos (e desse modo dando-nos a usufruir) a instalação do primeiro sismómetro sobre a superfície de um outro planeta (que não o nosso): aqui com o braço robótico da sonda InSight (módulo de superfície) a colocar esse instrumento de deteção, medição e recolha de dados (sísmicos) – o SEIS (Experiência Sísmica em Interior de Estruturas) – sobre a superfície do planeta Marte (também conhecido por Planeta Vermelho dada a sua cor prevalecente consequência da presença do óxido de ferro) e a partir daí tomando-lhe o pulso (as suas vibrações sísmicas). Ou como diriam os cientistas responsáveis pela missão:
SEIS
O 1ª sismómetro a ser colocado à superfície de um planeta que não a Terra
(PIA 22297)
“Having the seismometer on the ground is like holding a phone up to your ear. We're thrilled that we're now in the best position to listen to all the seismic waves from below Mars' surface and from its deep interior.”
(Philippe Lognonné)
Obtida pela câmara IDC instalada no módulo de aterragem da sonda InSight e aí se podendo ver (a branco) o braço robotizado da mesma (sonda) e na sua extremidade (agarrando-o) o dito sismómetro (acobreado). E registada por volta do crepúsculo (marciano) no dia 19 de Dezembro (passada quarta-feira). Num momento (pioneiro) já antes vivido na Terra (há 130 anos) e mais tarde tendo sequência na Lua (há 50 anos):
“We've been waiting for this moment for a long time. It's been 130 years since the first seismic record on Earth and almost 50 years since a seismometer was placed on the Moon during the Apollo program. What we learn from SEIS will shed light on how Mars formed and evolved.”
(Philippe Lognonné)
[Com o primeiro sismómetro conhecido (ou sismógrafo) – nesse tempo denominado de sismoscópio – a ser inventado pelo chinês Zhang Heng (em 132), mais tarde sendo reinventado pelo escocês James Forbes (em 1842) e finalmente sendo melhorado por um trio (Milne, Ewing e Gtay) trabalhando no Japão entre 1880 e 1895. Utilizado depois na Lua (há meio século atrás) e agora em Marte (neste final de 2018).]
(texto/inglês: o indicado – imagem: NASA)