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O Sismo de 1755 e o Futuro do Atlântico

Quinta-feira, 09.05.19

Num artigo Científico envolvendo Portugueses e Portugal:

(noticiado entre outros pelo site Live Science, pela Geophysical Research Abstracts/EGU e ainda pelo National Geographic)

 

“Delamination of oceanic lithosphere in SW Iberia:

a key for subductioninitiation?”

 

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Ao largo da costa portuguesa com a placa tectónica ligando os Açores a Gibraltar a separar-se em duas camadas, com a parte superior sendo “descascada” e criando um fenómeno de subdução − com uma placa mergulhando sob a outra, aproximando a Europa da América do Norte e como consequência podendo “estreitar” o oceano Atlântico

(imagem: ilustração National Geographic)

 

Da responsabilidade da “Geophysical Research Abstracts” publicado este ano na “EGU General Assembly” e envolvendo oito investigadores sendo cinco deles portugueses – João Duarte, Filipe Rosas, Jaime Almeida, Sonia Silva e Pedro Terrinha, envolvendo duas instituições nacionais (além de internacionais) como a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (assim como o seu Departamento de Geologia)/ Instituto Dom Luiz e o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) – a comunicação por parte destes de uma informação importante envolvendo simultaneamente fenómenos Geológicos (placas tectónicas, sismos, tsunamis) e o território de Portugal (terrestre e marítimo), certamente e para nós (num futuro talvez próximo) e pelas suas potenciais consequências (conjugando vários fatores, podendo ser devastadoras) tornando-se um caso absolutamente relevante (provocando naturalmente alarme) senão mesmo prioritário (de investigação e estudo): declarando que em função das observações e pesquisas levadas a cabo por estes investigadores e incidindo sobre o território marítimo localizado ao largo da costa portuguesa (uma zona relativamente plana e no entanto e ao contrário do que seria previsível, origem de muitos sismos), a crosta terrestre (nessa zona) se estava a dividir em duas, como se a sua parte superior se estivesse a separar da inferior ou seja a “descascar”.

 

E com o interesse e a preocupação neste fenómeno (não o sendo inicialmente) a sustentarem a (posterior) tese do alarme, dado não existirem nessa região falhas tectónicas conhecidas (podendo nesse caso com a deslocação dessas placas provocar tremores de terra) as habituais e mais comuns causadoras da maioria (esmagadora) de sismos: sabendo-se o que se sabe por ocorrido no passado (com origem nessa mesma região, assente na base do oceano Atlântico, maioritariamente sendo plana/sem falhas e em princípio não sendo fonte de muitos sismos) e com os registos (mais fortes e denunciadores do que aí poderá vir) a apontarem para 1755 (sismo de M8.7) e para 1969 (sismo de M7.9). Há 264 anos com um terramoto acompanhado de tsunami atingindo entre outras localidades a capital do país Lisboa (com mais intensidade no litoral, de Lisboa para baixo e apanhando o Algarve) aí originando mais de 100.000 mortos e a destruição (em grande escala) da capital e posteriormente fez há pouco 50 anos (28 de Fevereiro) com um outro mas mais fraco (também acompanhado por um tsunami mas muito menos intenso) a provocar alguma destruição e uma dúzia de vítimas mortais: ambos com origem na mesma região inicialmente pensados como consequência da compressão de placas tectónicas próximas (Africana e Euroasiática) e agora após este estudo com a origem a apontar não para placas já pré-existentes mas possivelmente para o possível aparecimento de uma nova falha e de duas novas placas tectónicas – num futuro talvez a curto ou médio-prazo, e aí podendo entrar em confronto vindo a afetar toda a estrutura geológica (terrestre/marítima) desta região adjacente, tão próxima e (“umbilicalmente”) ligada a Portugal.

 

Neste contexto com esta separação da crosta terrestre em duas camadas (uma superior outra inferior) com se se “desdobrasse em duas peles (descascando) − e segundo um número crescente de cientistas − a poder significar o aparecimento de uma nova falha, de outras duas placas tectónicas e da criação (na sua fase inicial) de uma nova zona de subdução (ao largo da costa sudoeste de Portugal): com uma das placas tectónicas então criadas a deslocar-se por debaixo da outra. Segundo os investigadores tudo se justificando dado estarmos perante um sector da litosfera (leito oceânica) bastante antigo (Jurássico) e mais fino (coberta por basaltos/sedimentos) do que seria expetável.

 

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Foram quatro minutos infernais - sensivelmente entre as 03:41 e as 03:45. Um país, em pânico, saiu para a rua meio despido ou em pijama. Portugal era assolado pelo maior tremor de terra desde o sismo de 1755. O Sul, nomeadamente o Algarve, e a região de Lisboa foram as zonas mais atingidas pelo sismo de 7,9 na escala de Richter, que se fez sentir também em Espanha e Marrocos. Morreram 13 pessoas, duas em consequência direta do abalo e 11 indiretas, algumas "acometidas de síncopes", e houve várias dezenas de feridos.

(texto: Graça Henriques/dn.pt)

 

E concluindo:

 

“In the present case, due to the proximity to a continental margin and to the Azores-Gibraltar Plate Boundary the process is highly asymmetric and resembles simple models of subduction initiation. We propose that the reactivation of the margin and the hypothetical process of subduction initiation may have been aided by a process of delamination of oceanic lithosphere. The identification of a first case of oceanic lithospheric delamination will certainly contribute to further our understanding of the dynamics of tectonic plates. Old oceanic lithosphere may be prone to gravitational instabilities, which may play a fundamental role in the process of subduction initiation.” (Publication: FCT- Instituto Dom Luiz)

 

E como não poderia deixar de ser (acontecer) num país onde tudo é relativo – “O que Hoje é Verdade, poderá Amanhã ser Mentira” (falando de um tema maioritário o Futebol) ou “O que tu recebes é o ordenado Bruto e não o que te Entregamos o Líquido” (apenas para introduzir a guerra Poder-Governo-Oposição/Professores e a Educação) – rapidamente se indo dos 8/sinal de indiferença aos 80/sinal de extremismo (e vice-versa), servindo-se unicamente de uma simples e solitária palavra ou então (numa tese mais elaborada, mesmo que não sustentada) suportando-se numa aparente sugestão inscrita numa frase sem a pretensão (e o objetivo) de chegar a determinadas conclusões − que não as nunca mencionadas no (referido) artigo científico: podendo-se facilmente concluir lendo unicamente o seu último parágrafo (do referido artigo da FCT) − incidindo geologicamente sobre a área delimitada entre as margens (terrestres) do sudoeste do Continente Europeu e os limites (marítimos) da placa de Açores/Gibraltar – que (e já referido antes)

 

“Old oceanic lithosphere may be prone to gravitational instabilities, which may play a fundamental role in the process of subduction initiation.”

(FCT- Instituto Dom Luiz)

 

Numa indicação do que poderá vir acontecer no futuro e ao longo da nossa costa sudoeste (geologicamente falando) − podendo vir a alterar drasticamente o seu comportamento sísmico (no presente), afetando com maior intensidade e consequências (negativas) toda a zona litoral a sul de Lisboa (incluindo nessa lista o Algarve e toda a sua costa, numa faixa estendendo-se de Sagres até Gibraltar) – com o surgimento de uma nova falha entre duas novas placas tectónicas, entrando ambas em interação e com a Península Ibérica logo ali ao lado (com o sudoeste a ter lugares reservados logo na 1ª fila): num fenómeno ainda não colocado no tempo (através da concretização de um possível/previsível Evento) mas podendo (estando mesmo em marcha) vir a ser perigoso (como previsto mas ainda não confirmado por vários modelos de atividade tectónica) – atirando a Europa contra o Canadá e fazendo desaparecer (entre eles) o Atlântico (daí o pré-pânico instalado e a notícia  sobre o Fim-do-Atlântico). Mas para outros (muitos deles antes nunca se preocupando muito com o assunto, agora e vendo a sua oportunidade virando especialistas − prefiro os autodidatas puros) sendo (após 1755 e 1969) um Sinal do Fim do (Oceano) Atlântico (e como à 3ª é de vez) ou até do Fim-do-Mundo. No Futuro se vendo quem é que tinha razão (se os Cientistas ou os Teóricos da Conspiração) no caminho de mais esta Evolução.

 

(imagens: pressfrom.info − chaparralblog.wordpress.com)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 00:54