ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Medo e/ou Covardia
[Londres, Waters, Assange, BoJo, Brexit, Média]
Mainstream media completely ignored Waters’ performance
outside the British interior ministry office on Monday evening.
A search of the ProQuest newspaper database
found “nothing” from any UK newspaper on the event.
(humansarefree.com/rt.com)
Pink Floyd − The Wall Live − Roger Waters
(imagem: neptunepinkfloyd.co.uk)
Perguntando-me onde estavam todos aqueles que em finais de 1979 se deixaram levar pelo 11º álbum dos PINK FLOYD “THE WALL” no qual se integrava o baixista e vocalista ROGER WATERS, acolhendo entusiasticamente o reaparecimento três anos depois do filme com o mesmo nome PINK FLOYD THE WALL: onde de facto a mensagem transmitida nos colocava numa sociedade doente, alienando-nos da natureza e do seu sentido coletivo e solidário, através dos mais diversos instrumentos à mesma proporcionados para intervir (como o da nossa Educação e Formação), impondo-nos um quotidiano repetitivo, monotono e de miséria (de mera sobrevivência),
Roger Waters − Concentração de 2 de Setembro − Free Assange
(imagem: Chris Williamson/MP/GTTO/@DerbyChrisW/twitter.com)
E no entanto, com a mesma (mensagem) propondo-nos a recusa e a reação, a não aceitação de valores invocando a prevalência do objeto (da mais-valia, do lucro) sobre o sujeito (o Homem), apenas sendo necessário destruir o muro apesar de invisível já existente e cortando-nos tudo o de percetível e sentido desde nós até ao horizonte. Sendo jovens, inocentes, revolucionários, recusando a hierarquia (indevida), a opressão (unidirecional), o limite (para muitos a Utopia) − com uma vida pela frente controlada (certificada/autorizada) por indivíduos, sujeitos a lobotomia ou sendo doentes mentais.
Roger Waters − E o seu apoio a Julian Assange
(imagem: humansarefree.com)
Na passada segunda-feira (2 de setembro) a fazer 40 anos sobre o lançamento do álbum THE WALL e 44 anos sobre o lançamento de WISH YOU WHERE HERE − título utilizado por Roger Waters num convite feito ao público londrino para participar numa manifestação (em frente ao Ministério do Interior Britânico) de apoio a Julian Assange (o dirigente do Wikileaks preso) – e apesar da razoável adesão pública, constando-se imediatamente o (não surpreendente, mas mesmo assim extremo) vergonhoso silêncio sobre esta iniciativa de cidadania (na defesa ou na contestação) com repercussão (consciente, deliberada, encomendada) praticamente nula nos Média a nível nacional e como reflexo alastrando (aproximando-se do Zero e por contágio) a nível internacional − nem mesmo contando com a presença de ROGER WATERS, de CHRIS WILLIAMSON (ex-membro do Parlamento e membro do partido Trabalhista) e de JOHN PILGER (famoso repórter na Guerra do Vietname).
Cobertura nos Média − Branson/Guaido Vs. Waters/Assange
(imagem: Caitlin Johnstone/@caitoz/twitter.com)
Num ambiente de extremo caos político instalado e atravessando todas as Instituições Oficiais Britânicas (incluindo nelas a realeza, a Rainha) − com Boris Johnson (pondo-se ao lado de Farage e do Sim ao BREXIT) querendo voltar as costas â Europa, virando-se para os EUA (como seu novo parceiro, aliado) agora nas mãos do seu amigo TRUMP – sem se saber o futuro e com ele os (essenciais) critérios de autoridade (sendo o estado a praticá-la), surgindo Eventos como o de “Westminster” (com o protagonista a ser BOJO) − mantendo parado todo o Reino Unido − ou do “British Home Office” (com o protagonista a ser ASSANGE) – mantendo preso o Jornalista.
Com todo o Mundo parado
(sendo mais uma vez utilizado, confundido, alienado/da realidade)
todo o Jornalista calado
(vergado ao peso da sua vergonha,
face à sua inação consentida/de proteção,
frente à perseguição de um colega)
E o Mundo Intoxicado
Medo e Covardia (em conjunto ou intersectando-se) se bem aplicados (neste quotidiano de mercado, tendo o lucro como exclusivo) tendo invariavelmente (e como se vê na História − das Sociedades − tanto no espaço como no tempo) um amplo retorno.