ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Fechado em Casa − Num confronto CHI Vs. POR
[Por um leigo e já agora − ou não estivéssemos em Portugal − um matemático, nem que sendo autodidata e estando por estes dias, fechado em casa. E pelo menos exercitando a psique (estando certo ou errado, sendo apenas um pormenor), estando limitado fisicamente (saindo e estando errado, já não sendo um pormenor, podendo ser algo muito maior).]
Acabei de decretar Estado de Emergência
Uma decisão excecional num tempo excecional
(Marcelo Rebelo de Sousa/18.03.2020)
Numa tentativa de prever o atingir do pico máximo infecioso/contagioso deste novo surto epidémico do novo coronavírus Covid-19 − já declarado pela WHO como uma Pandemia − uma rápida análise da evolução do mesmo no seu epicentro inicial (a China): agora que na China os dados recolhidos (infetados/vítimas mortais) parecem querer apontar para um decrescimento do número de casos, diminuindo a taxa de mortalidade e aumentando o número de doentes recuperados, ou seja, podendo-se já ter ultrapassado o seu pico máximo de atividade. Num território de quase 10 milhões de Km² e nele residindo perto de 1.500 milhões de habitantes (média de 145 indivíduos/Km²), tendo até esta quarta-feira (março, 18 pelas 18:36 GMT) registado 80.894 infetados, 3.237 vítimas mortais (taxa de mortalidade = 4%) e 69.614 recuperados (86%) − ainda ativos 8.043 (10%). Olhando-se para a sua área e população (da China) – com Portugal a apresentar uma área de pouco mais de 90.000Km² (111X menor) e uma população de cerca de 10 milhões de habitantes (150X menor), numa média de 115 indivíduos/Km² − e tentando extrapolar para o nosso país o que poderá aqui acontecer abstraindo-nos de outras condicionantes (talvez tão ou mais importantes, daí a conclusão podendo ser relativa, logo incompleta) se na China a relação VM/I =0,04 (4%) em Portugal a mesma podendo variar (VM/I) entre uns 50/100 mortos (talvez sendo mais, um desejo), ao nível da Coreia do Sul, mas não com tantos infetados (e num pior cenário em princípio, não ultrapassando um milhar): na Itália hoje (nas 3.000 vítimas mortais) com essa razão a ser VM/I > 0,08 (8%).
Casos novos detetados na China
do coronavírus Covid-19
(no período de janeiro/22 a março/16 de 2020)
Na China (para depois olhar para Portugal e verificar a evolução da curva, sendo já ou não e claramente, uma exponencial) e tendo-se aqui como primeiro objetivo a coincidência da Curva de Infetados e da Curva de Recuperados − com a segunda ultrapassando a primeira e I/R < 1 – para de seguida se dar a entrada (decisiva) na curva descendente (com a taxa de mortalidade entre o nº total do Universo de infetados − não a totalidade d população − na ordem dos 4%), com a primeira identificação da doença (vírus) a ser referida a 1 de dezembro de 2019 (e notificada apenas a 31!) e com a primeira morte registada a 9 de janeiro, para apenas a 23 de janeiro e postos perante um aumento acentuado da ação do mesmo (vírus Covid-19) as autoridades chinesas finalmente colocarem o seu epicentro (Wuhan) de Quarentena, tomando aí as primeiras medidas e encarando-as efetivamente (até pela sua rapidez e mortalidade elevada). E semanas depois tendo o vírus − Covid-19 – contido e tal como na Coreia do Sul em regressão: na China (como modelo com mais amostras) com os números a dispararem a partir do início da 3ª semana de janeiro (pelo dia 23), descendo durante cerca de uma semana para por volta de 12 de fevereiro disparar de novo e violentamente (de nem 2.000 casos novos/dia passando para uns 14.000/dia, 7X mais) e a partir daí começar continuando (para já sem sobressaltos) a decrescer, indicando “o Inferno poder estar mesmo perto do Fim”.
Evolução | CHI | POR | |
Data | Tempo decorrido | Data | |
1ª identificação | 1 de dezembro de 2019 | Cronómetro a zero | - |
1ª Notificação | 31 de dezembro de 2019 | 31 dias decorridos | 1 de março de 2020 |
1ª Vítima Mortal | 9 de janeiro de 2020 | 40 dias decorridos | 16 de março de 2020 |
Wuhan em Quarentena | 23 de janeiro de 2020 | 54 dias decorridos | 18 de março de 2020 |
1º Pico (fictício) | 4 de fevereiro de 2020 | 66 dias decorridos | - |
Pico Máximo (eventual) | 12 de fevereiro de 2020 | 74 dias decorridos | Por volta de 7 de abril 2020 |
Em decrescimento | 18 de março de 2020 | 109 dias decorridos | Até 12 de maio de 2020 |
Desaparecimento (por volta de) | 27 de abril de 2020 | 149 dias decorridos | Até 21 de Junho de 2020 |
1º Mês de Liberdade | Maio de 2020 | 152 dias decorridos | Julho de 2020 |
Comparando o que se passou na China
c/ o que se poderá passar em Portugal
(comportando-se os portugueses como os chineses)
E segundo estes cálculos talvez um pouco manhosos (mas com a minha perceção, afirmando poder estar corretos) já depois dos chineses lá chegarem (Maio 2020), devendo chegarmos nós portugueses (Julho de 2020, com sorte talvez ainda em junho), mantendo-se a interrogação sobre o que se passará entre outros (territórios) no Terceiro Mundo: e nele incluindo África (ainda pouco tocada, mas podendo disparar) e ainda os EUA (neste momento já em 6º, no número de vítimas mortais) − tal como na Saúde e em muitas áreas fundamentais, um país subdesenvolvido, bem pior que Portugal e ainda-por-cima não se enxergando (sem razão e objetivos, só provocando e ameaçando).
No mínimo e em Portugal (iniciado o impacto do Covid-19, a 1 de março e com 18 dias decorridos) com um total de 4 a 5 meses de espera.
E uma forma de passar o tempo, voluntariamente, pela nossa saúde e pela dos outros, agora (amanhã ainda mais) já fechados em casa.
(imagens: MÁRIO CRUZ/LUSA/MADREMEDIA/24.sapo.pt − worldometers.info)
Autoria e outros dados (tags, etc)
Trump vs. Biden – 2020 US Septuagenarian Elections
Com 55% dos delegados já eleitos − e nem sequer falando dos SUPERDELEGADOS escolhidos esmagadoramente pró-BIDEN (771 por distribuir, num peso global superior a 16%) –
Biden closes in on nomination as coronavirus rewrites rules of politics
(17.03.2020/washingtontimes.com)
Democratic presidential candidate former Vice President Joe Biden
speaks about the coronavirus
(Thursday, March 12, 2020, in Wilmington, Del.)
A confirmação e como se tal fosse necessário após os resultados da SUPER TERÇA-FEIRA 3 de março (quando todos os outros candidatos sob pressão simultânea da nomenclatura DEM e devidamente apoiada pelo DNC, desistiram praticamente numa só fornada e deram o seu apoio ao ex-VP de Barack Obama) de que o candidato Democrata para as presidenciais de 2020 já está encontrado: o septuagenário JOE BIDEN com os seus 77 anos, mais novo do que o septuagenário BERNIE SANDERS, um (pelos vistos mais longo do que a idade/o tempo, dado o maior espaço a ter que percorrer e conhecido o apoio incondicional dado pelo partido ao seu novo rival/antes em 2016 tendo sido Hillary Clinton) ano mais velho.
Faltando apenas saber o que fará Bernie Sanders a partir daqui, depois de posto mais uma vez e deliberadamente de lado (como Independente pelo seu partido DEM), agora sendo pressionado para apoiando Joe Biden (e não atraiçoando ninguém) apoiar o seu partido na luta que aí vem (e que mais interessa), desistindo e virando-se isso sim contra o verdadeiro vilão do guião deste filme (em palco já há 4 anos) o atual presidente REP e igualmente septuagenário (mas mais novinho e gordinho) Donald Trump.
Candidatos | DE | Percentagem | SD | DE+SD |
Joe Biden | 1.147 | 52,7% | 0 (ainda p/ distribuir 771 de um total de 771) | 1.147+SD |
Bernie Sanders | 861 | 39,6% | 861+SD | |
(Outros) | (168) | (7,7%) | (168+SD) | |
Total
| 2.176 (ainda p/ distribuir: 1.803 de um total de 3979) | 100,0% | 4.750 |
(DE: Delegados Eleitos SD: Super Delegados)
E assim depois de todos os outros candidatos (até o meteorito Mike Bloomberg) se terem submetido à poderosa hierarquia DEM e ao poder do DNC – faltando apenas Elisabeth Warren e ainda Bernie Sanders (poucos/ninguém falando de Gabbard, em 2016 apoiando Bernie sanders, agora nem se sabendo bem, se estando ainda ou não na corrida) – lançando-se desde já como VP de Joe Biden o nome (não, não, Sanders de fora) de uma mulher uns citando (um dos primeiros oferecidos) Amy Klobuchar outros (a entretanto caladinha) Elisabeth Warren (faltando-se saber quem − qual delas – “dá mais”).
Provavelmente com o COVID-19 ainda a poder influenciar o resultado das eleições – entre TRUMP e BIDEN – tendo o Resto do Mundo apenas de pensar, como se safar deles e se salvar. Lembrando adicionalmente (e sendo importante nesta altura, com o vírus nos EUA entrando na exponencial) ser ambos septuagenários, integrando o grupo etário de maior risco.
(legenda/imagem: Matt Rourke/AP/washingtontimes.com)