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Os Gorilas-Cantores das Montanhas do Uganda

Domingo, 03.05.20

Vivendo desde o início de 2020 sob a sombra de um bicho (o SARS-CoV-2) considerado irrelevante apesar dos seus conhecidos antecedentes (o SARS-CoV), repentina e inexplicavelmente e interrompendo todos os seus processos e mecanismos de desenvolvimento, o Mundo e a sua Raça Dominante (no presente o Homem) encontram-se neste preciso momento (neste Espaço/Tempo certamente inventado) a viver uma realidade até há quatro meses só possível de imaginar num cenário pós-apocalíptico de SCI-FI.

 

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Os Gorilas-Cantores das Montanhas do Uganda

usufruindo ainda dos seus habitats naturais

 

E enquanto em grandes centros cientifico-tecnológicos extremamente avançados, milhões e milhões de dominantes se amontoam em torno desses centros considerados de excelência para dele aparentemente obterem algo e dessa forma dele usufruírem (tirarem prazer) ─ vivendo este Evento como se fosse único e definitivo e devido à incerteza e como consequência, paralisando todo o planeta no mesmo ecossistema terrestre mas localizando-se nas suas mais extremas periferias, apenas assim definidas por não terem sido ainda colonizadas e integradas, uns dos nossos familiares e companheiros de viagem por nós considerados hierarquicamente inferiores (sejam mais próximos de nós que outros animais ou não), continuam a viver alegremente o seu quotidiano de grupo inseridos nesse mesmo ecossistema (onde se situa a civilização e a sociedade humana) mas rodeados pelo seu (não por alguém reciclado) ambiente natural:

 

Como esta família de gorilas residentes na região das selvas e dos grandes lagos africanos, como será o caso dos territórios equatoriais e montanhosos da zona leste de África, aqui apresentando-nos o Uganda ─ e mostrando-nos os seus Gorilas das Montanhas.

 

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Na presença de um intruso o Gorila-Robot

uma réplica mecânica na prática ao serviço do Homem

 

No seu tranquilo e coletivo quotidiano diário passado nos espaços ainda livres da selva africana e sendo agora postos (os gorilas) perante algo de estranho (raro, nunca visto), demonstrativo da sua inteligência dado para os mesmos ser um facto interessante (para a aquisição de novos conhecimentos por observação, replicação e experimentação) ─ mas no seu subconsciente (tendo psique ou alma, ou talvez não) parecendo querer-lhes dizer mais um pouco sobre eles (tal a curiosidade suscitada) ─ apesar da presença desse referido elemento (estranho) ser na realidade a integração de um “intruso externo e particular” no cenário habitualmente usufruído e partilhado por este grupo de animais pelos vistos sociais (o que poderia levar noutras circunstâncias e com outros animais como por exemplo o Homem a repostas de supremacia e domínio, agressivas), com os mesmos “gorilas das montanhas” aceitando-o, ignorando-o pela não ameaça ─ o “Gorila-Robot-Espião” ─ e continuando como sempre com a sua por natural “bela e profícua vidinha”.

 

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Gorilas-das-Montanhas em perigo crescente

colocados em causa pelo Homem os seus habitats

 

Criando um ambiente suscetível de aceitação (tranquila) submetendo-se com o seu “olhar bem expressivo” e  aí propositado ao líder (do grupo) ─ o primeiro a expor-se e a proteger a sua “tribo” ─ com o Gorila-Robot aqui talvez inconscientemente (pelos gorilas, ingenuidade de criança) consentido nesse conjunto por intersecção a “espiar por nós” (os humanos), registando comportamentos, atitudes e posições que poderiam muito bem por passar (sendo o Homem a referência das mesmas) como “patentes” nossas (mas de um passado já bem remoto):

 

Percorrendo a floresta enquanto colhiam as dádivas pela mesma oferecida (para a sua alimentação), mexendo-se e gesticulando de alegria enquanto brincavam e comiam (como se fosse uma festa) e até como que cantando a uma voz ou mesmo em coro, demonstrando como apreciavam o que livremente e por vontade própria faziam.

 

E para além de cantarem ─ um pouco como nós “ainda jovens livres e irresponsáveis” (agora mais “em silêncio e em segredo”), tanto por baixo como por cima ─ e demonstrando o prazer e a paz atingida, “peidando-se”.

 

(imagens: John Downer Productions/Nature PBS/livescience.com)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 21:24