ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Votar É Mais Perigoso Do Que Fazer Exames
“Recordando aos opositores ferrenhos do encerramento de uma das três principais vias de contágio Covid-19 ─ Famílias/Escolas (famílias/empresas e famílias/lares) ─ os 14.000 novos casos de infetados por Covid-19 e um novo recorde de vítimas mortais de 234 indivíduos (registando ainda 715 doentes em estado grave/crítico) nesta sexta-feira (dia 22). Tornando Portugal o 6º país europeu (10º mundial) em novos casos/diários de infeção e 8º país europeu (13º mundial) em número de óbitos.”
Neste caos socioeconómico generalizado (tendo o emprego e a solidariedade em queda livre) e com a confiança nos outros (começando desde logo nas autoridades responsáveis) nos piores níveis de sempre (ultrapassados os limites banalizando as situações com o Novo Normal), já ninguém estranha nada que declarado oficialmente (e finalmente) o Encerramento das Escolas (devido ao Confinamento Geral provocado pela Pandemia e originando um número elevado/crescente de contágios/óbitos) alguns chicos-espertos (escudados pelas suas posições hierárquicas oficiais) e pelas mais variadíssimas razões (muitas delas pessoais, restritas, credíveis ou não) optem pela violação da lei.
Como foi notícia hoje (sexta-feira, 22) num noticiário de uma das redes de TV nacionais, com um desses “chico-esperto” e logo dos ditos iluminados (possuidores de mentes que brilham) ─ um professor universitário ─ furando o Confinamento Geral (agravado agora com o encerramento das escolas) e apesar de se poder defender com o estatuto de autonomia dado ao ensino superior (deixando ao critério deste outras opções/decisões a tomar) ─ desprezando a opinião da esmagadora maioria dos especialistas e seus colegas (cientistas) ─ convocou extraordinariamente os alunos para mais uma deslocação (abrindo mais uma possível via de comunicação e de contágio). Para que em mais um recinto fechado, se realizassem unicamente (certa e justificadamente inadiáveis) mais uns quantos exames.
E sabendo-se que atos como estes infelizmente se repercutirão (nos mais diversos sectores da sociedade) ─ como o caso do colégio privado de Lisboa, invocando desconhecimento para continuar aberto, apesar de todo o resto à sua volta (de uma forma asfixiante) estar fechado ─ com “a cereja no topo do bolo” (já que estamos a falar da Educação) a vir do mesmo professor universitário (o tal dos exames), invocando no caso da realização dos exames e para sua defesa e lógico benefício (pessoal, colocando outra pessoa em causa, em último caso o ainda presidente Marcelo), “ser muito mais perigoso ir votar, do que ir ao exame”. Para além de não apresentar provas científicas para o afirmado, deitando ao mesmo tempo abaixo e num ápice toda a campanha eleitoral oficial anteriormente levada a cabo ─ de modo a tentar levar o máximo de portugueses a votar (aumentando a taxa de abstenção e em nada prestigiando o candidato eleito) ─ e logo num momento político (parasitado pela Covid-19) já por si explosivo.
(imagens: cmjornal.pt e publico.pt)