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Algarve ─ Segunda Quinzena de Maio 2021

Terça-feira, 18.05.21

Iniciada ontem a “invasão” britânica com os seus 5.500 turistas a chegarem a Portugal (+2.000 vindos de outras origens) e destes com a maioria dos aviões a aterrarem no aeroporto de Faro, podendo-se afirmar que já começou a nova época balnear do Verão de 2021 em Portugal, nela se incluindo a maior região turística nacional o ALGARVE (e a sua capital turística ─ para além da capital da região, Faro ─ Albufeira): onde trabalha a maioria dos trabalhadores da Hotelaria/Restauração, onde é feito o maior investimento em todo o Algarve e onde como consequência da Pandemia (agravando ainda mais a crise que se fazia sentir, antes do início deste surto pandémico) é maior a taxa de desemprego.

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Observando a evolução da Pandemia Covid-19 em Portugal nas últimas duas semanas, persistindo a instabilidade do nº de infetados/dia (apesar do seu baixo valor) e a subida do índice de transmissibilidade R(t), já igual a 1.

 

Mas tudo parecendo ir-se resolver a partir do início desta semana, com muitos hotéis a encherem-se, outros iniciando-se na sua atividade e os restantes, preparando-se com o mesmo objetivos (outros mesmos e tendo “maior poder de encaixe” ─ ligados a cadeias internacionais ─ não baixando e mantendo os preços anteriores): para tal chamando de novo os trabalhadores (e ainda outros como reforço) para os seus locais de trabalho, diminuindo de imediato e rapidamente a taxa de desemprego e como efeito, melhorando as condições de vida dos mesmos, há meses inativos e com os seus rendimentos muito reduzidos.

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E se os números nacionais de infetados/dia e índice de transmissibilidade preocupa ─ sobretudo a subida do índice R(t), subindo numa semana de 0,92 para 1,0 (quase 9%) ─ os números da região do Algarve também o fazem, com o seu R(t) a ser o maior de Portugal.

 

Cumprindo as regras sanitárias básicas a que todos estamos obrigados (afastamento, máscara, higiene, etc.), cumprindo o Estado a sua obrigação de defender e proteger os seus cidadãos (com testagens frequentes e rápido processo de vacinação) e cumprindo as autoridades inglesa e portuguesa responsáveis por tal processo (de abertura do espaço aéreo) com normalidade e eficácia este período de “viagens de férias”, desde que o coronavírus colabore e nos dê tréguas nestes meses de calor que aí vem (o Verão), podendo-se atingir este ano e na área do turismo uma boa resposta por parte dos turistas (em quantidade e qualidade, com dinheiro) e um bom retorno financeiro.

(dados: dgs.pt ─ imagens: Produções Anormais)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 22:01

O Trabalho Também Mata

Terça-feira, 18.05.21

Preferindo que se confirmem evidências (como a de que o trabalho em excesso pode matar), em vez de se perder tempo com falsas inovações (veja-se o caso em Portugal da aplicação “Task Force”) ─ sendo estas apenas réplicas (oriundas de um mesmo molde) utilizadas anteriormente (pelos vistos sem efeitos sentidos, pelo menos para nós) e sendo repetidas até à exaustão (para acabar de vez connosco).

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Entrados nesta Pandemia já com números sociais e económicos denotando uma grave e contínua crise sistémica, bem refletida por demonstrada na taxa de desemprego ─ com cada vez menos gente a trabalhar e com os restantes, mantendo-se a necessidade do mercado, a terem de trabalhar por si e pelo seu colega entretanto despedido (1 fazendo o trabalho de 2) ─ e vendo-a ainda mais agravada com a chegada do coronavírus paralisando/fechando parcialmente a economia e lançando ainda mais gente para o desemprego ─ passando agora o trabalhador sobrevivente a fazê-lo, por 3 ou mesmo 4 colegas ─ tornando-se notório fazendo uns cálculos e até por claramente visível (e entendível), que os trabalhadores ativos antes do aparecimento deste surto pandémico e ainda mais os sobreviventes saídos deste período de mais de um ano de Covid-19, foram evidentemente forçados a cumprirem um horário para além do contratualmente estipulado, transformando legalmente esse excesso em horas extraordinárias (não se cumprindo, podendo ter consequências, que “ninguém” deseja): e não se recrutando mais pessoal, mantendo-se as necessidades, tendo o trabalhador (queira ou não queira) de trabalhar em excesso.

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Daí vindo o último estudo realizado por vários investigadores de quase 200 países e levado a cabo sob a responsabilidade da Organização Internacional do Trabalho e da Organização Mundial de Saúde ─ investigando a relação do aparecimento de doenças cardíacas, com o excesso no número de horas de trabalho ─ concluindo-se que executado sob determinadas condições “o trabalho também mata”: trabalhando-se em muitos casos 55 horas por semana, ou ainda mais. Só no ano de 2016 (3 anos antes do início desta crise pandémica) com quase 750.000 indivíduos a morrerem de ataque/doença cardíaca, numa morte provocada por “períodos seguidos e excessivos de trabalho” (mais de 55h/semana): afetando os tendo feito mais anos seguidos estes horários excessivos (mais de 55h/semana, entre os 45/74 anos de idade), especialmente se se estiver entre os 60/74 anos, idade com que deveríamos estar já reformados (e financeiramente estabilizados), vivendo-se em média nem 80 anos e que se saiba uma só vez.

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Verificando-se um maior risco de morte e de género entre os homens e geograficamente, ocorrendo mais para os lados do Oceano Pacífico (ocidente) e da Ásia (sudeste). Mas sendo o excesso de trabalho a razão para estas mortes e sendo apesar das diferenças o mesmo sistema económico e ideológico a dirigi-lo (a este como a oeste) ─ obtenção da mais-valia máxima possível (do objeto), a qualquer custo mesmo humano (do sujeito), já que tempo é dinheiro ─ ocorrendo um pouco por todo o lado. Um primeiro passo para depois de se falar do desgaste rápido do homem e das despesas de manutenção que o mesmo representa, sujeitando-o a trabalhar 2X, 3X, 4X mais, fazendo-o “explodir” provando já estar inadequado e para seu bem (e do sistema, do coletivo a preservar) sendo substituído pelas máquinas tornando-se então excedentário. E com aqueles que não o sendo pensando estar acima, mais tarde ou mais cedo chegando a sua hora e aí tendo de optar entre abandonar progressivamente a sua componente biológica ou existindo possibilidade fugir (podendo esse destino quanto mais tarde se fizer essa opção, ser a morte).

(consulta: boingboing.net/sciencedirect.com/who.int

─ imagens: boingboing.net/huffpost.com)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 15:52

Justiça ─ A Vergonha do Meco

Terça-feira, 18.05.21

Derrotados pelo quotidiano oferecido (morte de um filho), derrotados sucessivamente por dois Tribunais nacionais e mesmo assim, arrancando para um terceiro Tribunal nacional e simultaneamente (até como derradeiro recurso de procura de ressarcimento e de proteção) recorrendo a um quarto Tribunal mas agora Europeu, sendo para além de tudo (do autor do ato criminoso, ainda impune) vergonhosa a posição de Instituições Públicas ou do Estado aqui presentes ─ preferindo enquanto possível e para não se incomodarem muito, ignorar. Felizmente existindo pais.

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O Meco já foi há quase 8 anos, com 6 vítimas mortais

(ainda sem crime, nem castigo,

em mais um símbolo emblemático da nossa Justiça)

 

Uma tragédia ocorrida há já quase oito anos com culpados e vítimas mortais (ambos identificados), mas sem ninguém ainda a ter sido condenado (mais uma vez levando os ofendidos e nunca ressarcidos, a recorrerem ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, dando-lhes este tribunal no fim razão), deixando durante todo este tempo e por um lado o criminoso em paz (relativa, pois tendo memória do que fez, mas não tendo cultura suficiente e capacidade para o avaliar) e por outro lado (sofrendo certamente até à Eternidade) as famílias das vítimas vivendo num verdadeiro Inferno.

Resultado de uma praxe imbecil induzida por puros-imbecis (certamente lobotomizados, se não por corte, por processos químicos) pensando-se protagonistas de algo de mais situado para além deles (tendo o ego deles, por ainda não suficientemente protagonistas, prestes a explodir), não sabendo bem o quê nem sequer o porquê (levando-os para se destacarem, a irracionalidade a um extremo), mas por tradição tendo de persistir sendo eles os discípulos e executantes. Projetando covardemente a sua prática de presença e dominação em grupos restritos e isolados (de modo a não se ter de deparar com respostas capazes) e sem a presença de testemunhas (apanhando-o em flagrante delito), retirando-se (e estrategicamente indo ao hospital), refletindo e sendo finalmente obrigado a comparecer, contando a sua versão dos acontecimentos.

Agora completamente desmontados (a sucessão de acontecimentos/a versão) por um nadador-salvador (fuzileiro da marinha e com muita experiência no mar) ─ analisando tudo o afirmado pelo personagem central deste triste e criminoso episódio (o ex-Dux João Gouveia), descrevendo em Tribunal o que aconteceu com ele e com as seis vítimas mortais (daquele dia 15 de dezembro de 2013 na praia do Meco) ─ questionando-se (e demonstrando ser extremamente improvável ou mesmo impossível tal explicação) sobre muito do afirmado pelo ex-Dux. No fundo contradizendo-o como se a versão dele fosse mentira, uma mera adaptação (pessoal).

Esperando-se as cenas de mais este triste episódio (impulsionado agora pelos Tribunais Europeus), também sendo (nem que seja pela sua ausência, nestes casos sendo uma constante) um caso de incompetência de Estado, deliberada por habitual. Como todos sabemos e todos os dias confirmamos, não existindo Justiça (só funcionários de diferentes níveis, dos juízes aos criminosos) neste país (Portugal), pelo menos não se entendo muito bem o que isso é (só mesmo os juízes e dependendo de juiz para juiz), nem no que poderá (mantendo-se tudo igual) vir a mesma a ser.

(sobre notícia e imagem: 24.sapo.pt)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 13:04