ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
De Cabeça No Ar
Bombas Ellerman e Auroras de Arcos Vermelhos
[Fonte: spaceweather.com]
No dia de hoje e através do site “spaceweather.com” tomando conhecimento de dois fenómenos atmosféricos, ambos tendo ligação ao Sol (a estrela de referência deste Sistema Planetário, ao qual a Terra pertence): um ocorrendo no próprio SOL na sua coroa e atmosfera solar (explosões magnéticas), o outro estando indiretamente relacionado com a nossa estrela e com as suas CME, atingindo a Terra e provocando tempestades geomagnéticas (como as auroras).
Bombas Ellerman
Alemanha
(17 maio 2021)
No caso das “Bombas Ellerman” (seguindo ainda informações do site) tratando-se de pequenas explosões (magnéticas) ocorrendo habitualmente na superfície do Sol (já conhecidas por observadas, desde o início do século passado), apesar de denominadas como “pequenas” e tendo em conta a dimensão do Sol (tendo 109X o diâmetro da Terra), ao explodirem libertando uma energia na ordem dos 10↑26 Ergs (Erg, como unidade de energia) equivalente a 100.000 bombas atómicas (como as utilizadas na 2ª Guerra Mundial, em Hiroshima e Nagasaqui).
[Tendo-se de distinguir dois fenómenos tendo origem no Sol e podendo afetar o nosso planeta, como o são as Chamas Solares (um súbito flash de energia e magnetismo) e as CME (explosões que ocorrem na coroa ou superfície do Sol, libertando entre outros plasma e campo magnético): no fundo sendo duas ”explosões solares e brilhantes” (podendo até ocorrer ao mesmo tempo, ou não), as chamas solares emitindo grandes quantidades de raios-X (e outras formas de energia) e deslocando-se à velocidade da luz (chegando cá rapidamente), as CME depois de ejetadas espalhando-se pelo Espaço e deslocando-se a uma velocidade muito menor na ordem das centenas de Km/s (demorando dias a chegar).]
Tendo neste caso e como em todos, algo ou alguém responsável (como acontece em tudo), neste episódio astronómico e próximo envolvendo o Sol (localizado a apenas 1 UA ou 150 milhões de Km da Terra, pouco mais de 8 minutos de viagem para a Luz, para os fotões), sendo a mancha solar AR2824 a protagonista, acompanhando na sua deslocação o movimento de rotação da estrela a que pertence e depois da passagem da mancha solar AR2822 (começando a desaparecer do outro lado do Sol, para uma nova rotação), dentro de dias estando virada e direcionada para o nosso planeta.
Arco SAR e Aurora
Canadá
(11 maio 2021)
Podendo-se ainda fazer por essa altura uma melhor observação destas “Bombas Solares” (estando viradas para nós) e esperando-se nos próximos dias possíveis incrementos de atividade coronal nessa região (neste início do 25º Ciclo Solar de aproximadamente 11 anos, por volta de 2024/25 atingindo um máximo de atividade) podendo originar CME e Chamas Solares, umas viajando mais devagar e outras mais depressa (umas viajando-se a 500Km/s ─ hoje com o vento solar nos 360Km/s ─ outras como a Luz a 300.000Km/s e já agora o som a apenas 0,34Km/s). Atingindo-nos (com as suas CME ─ B /a mais fraca, C, M ou X/a mais intensa e com as suas Chamas Solares, Vento Solar) com tempestades magnéticas fracas, médias ou fortes (G1 a G5) e podendo provocar (expondo-o aos nossos olhos) fenómenos atmosféricos eletromagnéticos como o são as Auroras.
[Interessando analisar a atividade solar até pela sua radiação emitida, incluída nela estando diversos tipos de raios (solares) em parte filtrados pela atmosfera terrestre mas com alguns deles conseguindo passar e sendo prejudiciais à nossa saúde: como é o caso dos raios ultravioleta podendo se demasiado expostos provocar (entre outros males) cancros de pele: pelo que interessa saber-se o índice de raios ultravioleta, indo do nível baixo até ao nível extremo (1 a 11), até porque no Verão se estando mais exposto (aos mesmos) ao Sol estando na praia hoje com o índice a ser muito elevado (índice 9/10): impondo “Utilizar óculos de Sol com filtro UV, chapéu, t-shirt, guarda-sol, protetor solar e evitar a exposição das crianças ao Sol.” (ipma.pt)]
Já no caso das “Auroras de Arco Vermelho” e ainda no seguimento da intervenção atual da mancha solar AR2824 (começando dentro de dias a apontar na nossa direção, como muitas outras manchas solares, rodando e acompanhando o Sol na sua rotação, aparecendo-nos durante metade do seu ciclo, menos de duas semanas), tendo no passado dia 12 de maio ocorrido uma CME atingindo o campo magnético terrestre (com alguma intensidade, sendo um tempestade geomagnética da classe G3, numa escala de 1 até 5) dando origem ao aparecimento de auroras/ou fenómenos relacionados uma delas sendo particular (pelas suas caraterísticas, cor) e relevante: denominada como SARs (Stable Auroral Red arcs), ocorrendo a maior altitude do que as “normais” auroras (400Km/SARs, contra os 100Km/habitais auroras), dando à Terra um contorno (como se estivesse envolvida por um arco) brilhante, colorido, para o avermelhado e ainda significando (traduzindo) ter a tempestade que atingiu a nossa atmosfera (vinda do Sol e impactando) sido forte (a CME).
(consulta e imagens: spaceweather.com/Harald Paleske/Alan Dyer)