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O Homem não é o Centro do Mundo

Sábado, 17.07.21

No topo virtual da Pirâmide estando o Homem, mas sendo suportado ─ a mais de 99% ─ pelo poder da Natureza. Assistindo-se à Evolução Geológica da Terra (com Aquecimento Global, Degelo dos Polos, Alterações Climáticas e outros fatores associadas) o Homem tendo para sobreviver, que a acompanhar (a Evolução).

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Aasterberg ─ Holanda

(julho 2021/inundações)

 

Tal como qualquer detentor de uma concessão, tendo condições de exploração fazendo-a, não a tendo abandonando-a, o mesmo se passa obviamente com a Natureza, apresentando-nos territórios preparados para a nossa exploração ─ expostos, à superfície ─ posteriormente perdidas essas condições de escolha (básicas para a nossa sobrevivência) ─ por abaixamento,  submersão ─ sendo substituídas por outras podendo replicar (no espaço/tempo) o mesmo modelo: com terras antes submergidas e posteriormente emergindo (dando origem a novas áreas), proporcionando territórios de ocupação/exploração por parte do Homem, continuando a concretização de mais um ciclo, mais tarde ou mais cedo sofrendo novo abaixamento, podendo de novo submergir.

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Deggendorf ─ Alemanha

(junho 2013/inundações)

 

Num planeta com uma idade estimada de mais de 4,5 biliões de anos, com muitas das evidências e sinais transmitidos pelo Ecossistema onde atualmente vivemos sugerindo-nos que, durante toda a sua evolução a mesma poderá ter sofrido vários Eventos cíclicos relevantes (periódicos), uns podendo incluir vida significativa, outro não e outros mantendo-a nos mínimos (possibilitando-lhe um novo arranque), com a sua História Geral tendo como seu grande protagonista, não a intervenção do Homem, mas a “Evolução Geológica da Terra”, podendo ter de facto sofrido vários Saltos Civilizacionais nestes biliões de anos, talvez com milhões de anos de duração e algumas interrupções: podendo ter várias causas, inevitavelmente de origem natural e podendo envolver vários intervenientes como atores principais (como cometas, asteroides, explosões solares, etc.).

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Liège ─ Bélgica

(julho 2021/inundações)

 

Na contabilidade geral de capacidade de intervenção do Homem e da Natureza se comparada em percentagem de eficácia interventiva (poder interventivo) ─ no nosso Ecossistema ─ felizmente com o poder da Natureza a andar por mais de 99% e com o Homem a ficar felizmente com o restante (nem 1%) ─ o poder das bombas atómicas/nucleares (ou pior) não sendo eficaz para travar a Terra, apenas servindo se utilizadas para o nosso auto suicídio (como espécie dominante, sobrevivendo outras). Pensar que o Mundo está a mudar, fazendo-o radicalmente, a caminho do Apocalipse e tendo o Homem como protagonista ─ de tal Evento Global, podendo-nos proporcionar o Fim-do-Mundo ─ sendo mesmo demasiado, depois da afirmação de sermos o centro do Mundo, de afinal o centro ser na Terra, finalmente sendo-o no Sol, e tudo isto apenas para voltarmos à teoria do início provavelmente percorrendo de novo as anteriores, sabendo-se tais conceitos serem falsos, mas não existindo outros. Com o relevo a subir e a descer acompanhando a Evolução Geológica da Terra, não havendo condições de permanecer nas antigas concessões anteriormente disponibilizadas e tendo-se que obviamente de mudar (sendo muito difícil abandonar a nossa área de conforto) ─ para territórios agora elevados, antes podendo estar submersos ─ não valendo a pena arranjar desculpas ou bode expiatórios, como o Degelo dos Polos ou o Aquecimento Global (a desculpa), e a intervenção nela do Homem (o bode expiatório).

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Mattawa ─ EUA

(junho 2021/incêndios)

 

Não querendo ver nada (do que verdadeiramente se passa), dada a necessidade de investir (e sendo a prioridade de investir, o lucro selvagem e imediato), persistindo-se na ideia errada (em vez de fazer, acusar, mesmo quem faça) sendo a nossa única solução “fugir” ─ entregues como estamos hoje, a uma única verdade, oferecida por um algoritmo. E em vez de evoluirmos sendo a principal condição adaptarmo-nos, deixando-nos levar como ratos, pela flauta do artista.

(imagens: Sem Van Der Wal/EPA, via Shutterstock - Armin Weigel/European Pressphoto Agency - Valentin Bianchi/Associated Press - Grant Hindsley for The New York Times)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 20:22