ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Covid-19 PT ─ A ver ... talvez passado o Pico
Com a região do Algarve, depois de 10 dias consecutivos a registar 1 a 2 Óbitos/dia,
Este domingo (25 julho) a ficar para a alegria de todos a “zero”,
Podendo tal como a evolução dos gráficos Covid-19 parecem indicar, estarmos já na curva descendente de atividade, desta “vaga intermédia de Verão”:
Neste fim-de-semana (de 24/25 de julho) podendo-se ter ultrapassado
o pico máximo de atividade desta nova vaga (Covid-19)
No dia 23 de julho,
(corrigindo o POST de sábado/24, indicando no gráfico outra data/valores incorretos)
Atingindo o seu pico máximo de Infetados/dia (c/ 4.794), para no dia seguinte a 24 de julho atingir o seu pico máximo de Óbitos/dia (c/ 20).
Na próxima semana se verá.
E ultrapassado o “topo de curva” podendo-se aproveitar ainda (tendo tempo/oportunidade) um pouco do Verão e preparar com mais cuidado e atenção (sanitária e económica) o novo “ciclo Covid-19” (sendo o vírus endémico) que provavelmente se seguirá.
Tal como tudo na vida faltando apenas mais algum tempo para nos habituarmos ao pesado e doloroso fator de perda,
Para (desse modo subtil) nos esquecermos como sempre fazemos (cada vez sentindo-se menos a falta do outro, devido ao isolamento social compulsivo, mesmo integrando um aparente coletivo) ─ seja qual for a dor e o sacrifício, mesmo a morte ─ de modo a seguirmos em frente.
(dados: dgs.pt imagem: Produções Anormais)
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Morreu Otelo, o Eterno Coordenador do MFA
“Dirigindo as operações da revolução a partir do posto de comando no quartel de operações no Regimento de Engenharia n.º 1, na Pontinha, nos arredores de Lisboa.” (25.07.2021/MadreMedia/24.sapo.pt)
Recuando a 25 de abril de 1974 e à constituição da Junta de Salvação Nacional (liderado pelo General António de Spínola), levando nem um ano depois à sua extinção e substituição pelo Conselho da Revolução (liderado pelo Presidente Costa Gomes),
Reunião do 1º CR presidido por Costa Gomes e contando com a presença de Otelo
(entre militares, 3º à direita contando a partir do Presidente)
─ 1ª reunião do Conselho da Revolução realizada a 25 de março de 1975 (11 meses depois da Revolução do 25 de abril) ─
Recordando ainda deste período conturbado da evolução da que seria, a futura classe política portuguesa (ainda hoje persistindo ou entretanto tendo sido descontinuada), nomes de civis relevantes (no seu percurso de vida política) como Mário Soares e Álvaro Cunhal e de militares (decisivos no Golpe) como o do incontornável Capitão Salgueiro Maia e do controverso Capitão Otelo Saraiva de Carvalho: o Capitão de Abril Otelo, nascido na antiga Lourenço Marques (hoje Maputo, capital de Moçambique) e falecido hoje em Lisboa (no Hospital Militar) aos 84 anos de idade.
Passados mais de 47 anos sobre o “25 de abril” (e como sempre acontece, com a minoria maioritária, os hoje quase 8 biliões de almas) com o seu importante papel na História (recente) de Portugal ─ até como símbolo da transição de regimes ─ nunca sendo devidamente reconhecido: pertencendo ele aquela camada intermédia de portugueses (aqui utilizando a sua experiência militar) reconhecendo não ser através da Guerra e da manutenção das colónias, que se poderia garantir (deixando de se manter isolado face ao crescimento e desenvolvimento da Europa) o futuro de Portugal.
Desiludido c/ o processo social, económico e político, levando aos dias de hoje
(sendo tal como muitos de nós e nesta curta vida, um homem por completar)
Infelizmente afastando patrões e trabalhadores das decisões sociais e económicas fundamentais, através de um golpe aparentemente impercetível (mas sustentado) colocando no poder os “fiéis, mas perigosos” gerentes e capatazes ─ os parasitas e intermediários ─ ainda hoje no poder ou não tendo tido sucesso (pretendido), chamando de novo a si (como se nada tivessem a ver com a anterior queda destes) os antigos patrões.
No dia da morte de Otelo Saraiva de Carvalho morrendo mais um bocado daquela festa memorável que foi e será para sempre o 25 de abril de 1974 (e os curtos momentos verdadeiramente revolucionários que se lhe seguiram), mesmo que a História deste Novo Regime (o Espaço e o Tempo não desaparecem, desaparecemos todos nós) a queira apagar, nunca o conseguindo existindo sempre vestígios (na terra, no mar, no ar e até para além dele) da nossa passagem pela Terra (dela saindo e nela reentrando).
(imagens: Arquivo DN/tsf.pt ─ asvoltasdomarreta.blogspot.com)