ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
SARS CoV-2 e COVID-19 (outubro 2021)
Neste 2º ano da pandemia COVID-19 e mais de 20 meses passados sobre o seu início (já com a 1ª vacina a ser administrada), com a evolução da pandemia nesta última semana a estar globalmente estabilizada ─ nº de novos casos nos +3% e nº de novos óbitos nos +2% ─ mas no entanto com a Europa, a parecer querer ir em sentido contrário: contrariando a evolução dos outros continentes (com valores de crescimento negativo ou mais ou menos estabilizados), com o Velho Continente (oeste e este) a ver nesta última semana o nº de novos casos a crescer +22% e o nº de óbitos a crescer 13%.
Ucrânia
(tal como na Rússia, um território c/ baixíssima taxa de vacinação)
Confirmando um crescimento da atividade do vírus SARS CoV-2 na Europa neste início de Outono e à medida que o período de tempo frio avança (a caminho do Inverno), coincidindo com um novo ataque do vírus (endémico) da gripe e parecendo ir avançando de este/norte: não sendo por acaso a Rússia o grande contribuidor para o aumento destes números (com mais de 240 mil infetados na última semana e mais de 7.000 óbitos) ─ apesar da sua vacina (tão eficaz como as restantes) com nem 1/3 da sua população a ter sido ainda vacinada ─ acompanhada pela Ucrânia e pela Roménia (mais de 100 mil novos casos na última semana) e como não poderia deixar de ser (ou não fosse a terra do Trump-Europeu) pelo Reino Unido (mais de 300 mil infetados na última semana).
Ficando-se ainda para ver o que acontecerá no decorrer deste 4º e último trimestre de 2021, sabendo-se a vacina ser a mesma e poder estar aí à porta uma nova variante da delta, podendo ser preocupante (para já com casos em princípio raros e pouco relevantes): quando, podendo ser cíclica esta pandemia (aí como a gripe, passando a doença endémica) ─ e olhando para os gráficos da doença Covid-19 desde fevereiro de 2020 ─ poderemos estar a atravessar uma fase mínima, antecedendo um período de aumento de atividade (do vírus SARS CoV-2 e suas variantes) até atingir um pico máximo: com os anteriores (globalmente com os seus máximos referidos a janeiro, abril e agosto) podendo apontar o seguinte para finais deste ano. Em Portugal e apontando os máximos (Covid-19) para abril, novembro, janeiro ─ o pior período com um máximo de 16.432 Infetados/dia e 303 vítimas mortais/dia ─ e julho, com os números a parecerem querer subir com o índice de transmissibilidade R(t) a ser um indicativo, sendo já na grande maioria do país o R(t)>1.
Rússia
(tal como na Ucrânia, um cemitério em Moscovo c/ vítimas Covid-19)
Deixando-nos todos extremamente preocupadas sendo bem negativa a ação global do Governo nesta luta contra o Covid-19, apenas sendo tudo composto e estabilizado com a chegada em força das vacinas, colocando-se para tal um militar (não fazendo nada o nosso Governo civil, senão esperar e ver o que os outros faziam, só que obviamente com atraso) para o processo poder ser eficaz e finalmente avançar (mais de 90% de população vacinada). Com a crise profunda instalada no sector da Saúde vindo aí uma nova vaga (podendo até pôr em causa, face a novas estirpes, a eficácia da vacina) e sabendo-se como estão já os hospitais (um caos governo/administrativo com consequências), sendo tudo possível até a implosão (e apenas não acreditando nisso porque apesar de tudo, ainda lá continuam profissionais de saúde dedicados a todos nós, não apenas por dinheiro). Neste sábado 23 de outubro de 2021 registando-se +883 Infetados (+41 no Algarve) e +4 Óbitos (+0 no Algarve) ─ -15 doentes em internados ou em UCI (de um total atual de 329) ─ com a maioria (total desde o início) de vítimas mortais a serem homens (9.509 contra 8.620 mulheres, estas últimas a serem, no entanto, as mais infetadas) e com o R(t)=1,02 (índice nacional).
Tendo um Governo como que em gestão, arriscando-se (agora que vem aí a Bazuca) a nem sequer ter orçamento ─ não usufruindo das virtudes da Bazuca. Ficando para si a escolha da definição de “bazuca” (segundo a infopedia.pt): “militar/arma portátil, de formato tubular, que se opera apoiada sobre um ombro, um tripé ou outro suporte e se usa sobretudo para disparar granadas anticarro; Moçambique/garrafa de cerveja de tamanho grande; figurado/medida ou conjunto de medidas de grande impacto.”
(imagens: Efrem Lukatsky/Dmitry Serebryakov/AP/seattletimes.com)