ALBUFEIRA
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Últimas de La Palma (Canárias)
“Desde a 2ª semana de setembro com a sismicidade sentida em torno da região do vulcão Cumbre Vieja (nº de sismos/dia e sua magnitude), a justificar integralmente o nível de atividade e de intensidade do vulcão de La Palma.”
Sismicidade em La Palma
(11.09 a 25.10)
Confirmando os factos noticiados e reportados ao último fim-de-semana, com o vulcão CUMBRE VIEJA em erupção desde 19 de setembro de 2021, a aumentar significativamente de intensidade (nas suas manifestações vulcânicas e sísmicas), explodindo de novo num crescente de atividade e levando a um novo colapso parcial do cone do vulcão ─ para além da ejeção de mais cinzas para a atmosfera (contribuindo para o aumento da poluição do ar), surgindo uma nova abertura no vulcão, reforçando ainda mais a velocidade e o volume de lava (incandescente) escorrendo pelas suas vertentes (e destruindo tudo à sua passagem). Um fenómeno natural (vulcânico) acompanhado por um outro (sísmico) dando informações sobre o primeiro, com um número significativo de sismos (250/300) a ocorrerem nas últimas 24 horas (anteriores, na ilha de La Palma), alguns deles sentidos pela população (uns 10%) e com quatro deles com M>4.0. Com uma minoria (de sismos) com epicentro a profundidades de uns 30Km e com uma grande e expressiva maioria andando pelos 12Km (mais pertos da superfície); pela sua baixa profundidade podendo indicar uma continuação da subida do magma, tentando perfurar a crosta terrestre alimentando a saída do cone do vulcão (mantendo por mais tempo esta erupção), para por outro lado e sendo a esmagadora dos sismos relevantes locais (rodeando a região do Cumbre Vieja), se confirmar ser pouco provável que esta manifestação vulcânica se estenda (alastre) a outras regiões próximas ou mais afastadas (ficando por La Palma).
(imagem: IGN/watchers.news)
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Sobre a Erupção de um Vulcão
Passadas mais de cinco semanas desde o início da erupção na ilha de La Palma nas Canárias, do vulcão estromboliano CUMBER VIEJA (ao contrário de outros, não estando próximo de nenhuma falha tectónica) ─ com 8.000 pessoas evacuadas, mais de 850 hectares de terras cobertas pela lava e acima de 2.100 habitações destruídas/danificadas ─ a imagem de um agricultor local dedicado ao cultivo da banana, preocupado com as consequências que este inesperado evento geológico (o vulcão encontrava-se adormecido desde há meio século), terá para o seu sustento (e sobrevivência) como para o futuro económico de toda a ilha (essencialmente dedicada ao cultivo da banana e ao sector turístico).
O produtor de bananas e os seus cães,
tentando salvar as bananeiras.
(outubro 2021)
Desde o dia 19 de setembro de 2021 (hoje dia 27 de outubro, sendo o 37º dia) em atividade explosiva, sendo acompanhada por uma sucessão de múltiplos sismos afetando diariamente toda a região em seu redor (podendo ser mais ou menos de 100/dia) ─ ou seja toda a ilha de La Palma ─ com o cone do vulcão (já parcialmente abatido) a lançar para a atmosfera material vulcânico, formando nuvens escuras e espessas de gases e de cinzas (podendo atingir mais de 4.000 metros de altitude), ao mesmo tempo que expelindo do seu topo e por fissuras surgidas nas suas vertentes rios de lava incandescente, ia atingindo e cobrindo todo o terreno que encontrava no seu caminho (até atingir o mar).
Um vulcão expelindo para a atmosfera,
fumo, cinzas e fragmentos.
(outubro 2021)
E se o material vulcânico ejetado para a atmosfera (como por exemplo as cinzas) para além de atingir toda a vida e quotidiano local ─ interrompendo as cadeias de produção, de comercialização e de transporte ─ pode ainda com a ação dos ventos ver os seus efeitos como o da poluição atmosférica transportados a grandes distâncias (como já se comprovou em altitude nos Açores), o efeito local provocado pelos diversos rios de lava descendo do cume do vulcão e chegando mesmo a atingir as águas do oceano (Atlântico), tem-se revelado muito mais dramático por destruidor, pois para além de matar sectores socioeconómicos importantes deixar outros moribundos e sem saberem o que fazer (senão limpar e esperar).
De dia uma montanha fumarenta,
de noite brilhando de lava incandescente.
(outubro 2021)
À população local restando esperar que a atividade do vulcão Cumbre Vieja (um vulcão ainda jovem) decresça finalmente (a última erupção sendo menos intensa e durando cerca de quatro semanas) ─ descendo igual e simultaneamente a atividade sísmica por diminuição do nº de sismos/dia e da sua intensidade ─ diminuindo os diferentes impactos locais sendo já muitos e excessivos, desde a destruição total de território (afetado) ao aumento da poluição atmosférica (oriundo das cinzas e da lava). Entrados na última semana de outubro e (ainda esta noite) com a atividade a continuar intensa não se esperando para já grandes alterações (na atividade do vulcão), tendo-se apenas a curiosidade de ver se esta situação (de atividade vulcânica) se repercute noutro qualquer lugar próximo.
Atividade explosiva com ejeção de cinzas
e intensos rios de lava originadas no cone do vulcão.
(setembro de 2021)
Nas últimas horas (desta segunda-feira 25 de outubro, 37º dia de erupção) com a atividade do vulcão de La Palma (o Cumbre Vieja) a intensificar a sua atividade, abrindo-se no seu cone (tendo já desabado parcialmente) uma nova abertura (por onde são ejetadas cinzas para a atmosfera e por onde é expelida lava incandescente descendo pelas suas vertentes) ─ a quinta (3 no centro +2 a oeste) ─ com o fluxo de lava (a maior preocupação para a população local) sendo mais intenso (aumentando o seu volume) e deslocando-se agora a maior velocidade, enquanto este (o vulcão) vai ejetando mais material piroclástico (para a atmosfera). Segundo muitos observadores podendo o vulcão no presente a estar a atingir o seu pico máximo (frequência/magnitude) de atividade (veremos se tal se confirma), na última noite tendo-se registado mais de 200 sismos (em La Palma e não excedendo os M3.5) exceto um deles de M4.3.
(imagens: Alexander Lerche/Al Jazeera ─ volcanodiscovery.com)