ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Vulcão CUMBRE VIEJA
“Desde o passado dia 29 (de setembro) as observações do IPMA confirmam uma redução significativa da visibilidade horizontal por estas partículas (oriundas da erupção de La Palma) nos grupos Central e Oriental dos Açores, que deverão encontrar-se principalmente numa camada abaixo dos 800 m de altitude.” (ipma.pt)
Vulcões em erupção um pouco por todo o Mundo
(assinalados a vermelho)
02.10.2021
Com vários vulcões ativos em maior ou menor atividade (no caso extremo em erupção) espalhados um pouco por todo o Mundo ─ mas claramente concentrados na região mais geologicamente ativa da Terra (a nível vulcânico e sismológico), o “Anel de Fogo do Pacífico” (em forma de ferradura e com cerca de 40.000Km de extensão) ─ continuam na Europa Ocidental e concentradas em 3 vulcões ─ Cumbre Vieja (Espanha), Etna e Stromboli (em Itália) ─ as manifestações vulcânicas mais relevantes a decorrer no presente no Velho Continente: mas de momento com o vulcão CUMBRE VIEJA a deter todo o protagonismo (os outros indo para já “soluçando”) continuando em erupção e extremamente ativo, enviando para a atmosfera nuvens escuras de material vulcânico e de cinzas até cerca de 4500 metros de altitude e com a sua lava incandescente ─ depois de expelida ou saindo por fissuras entretanto aparecendo (nas vertentes do vulcão) ─ tendo já atingido o mar (o Oceano Atlântico). Começando desde já e localmente a construir uma nova península (estendendo-se mar dentro) aumentando a volumetria da ilha, e ao contactar (a lava incandescente) com a água do oceano (a muito mais baixa temperatura), lançando para a atmosfera gases extremamente poluentes e tóxicos (podendo afetar o ar local) e a mais larga distância, devido à ação dos ventos, começando a chegar (como se esperava dado o vulcão se encontrar no seu 15º dia de atividade) ao arquipélago dos Açores.
Nuvens de cinzas originadas no vulcão de La Palma
(Ilhas Canárias/Espanha)
03.10.2021
Neste 15º dia consecutivo de erupção do vulcão de La Palma CUMPBRE VIEJA, mantendo-se a intensa produção de lava (saindo pelo cone e fissuras do vulcão) e a volumosa produção de rios de lava direcionando-se para o mar (e zonas menos elevadas) ─ com os sismos mantendo-se para já estáveis mas ainda de grande intensidade ─ num total de cerca de 8 aberturas vulcânicas alimentando os diversos rios líquidos incandescentes, muitos deles indo aos poucos (ao atingirem o mar) aumentando o “tamanho” da ilha de La Palma. Acompanhada (esta erupção) por ejeção de material para a atmosfera (a uns 3.500m de altitude), nos próximos dias podendo atingir grandes distâncias (para lá dos Açores e da costa marroquina), com os 50 milhões de m³ de lava a excederem já a expetativa para esta erupção, podendo estender-se ainda por muito mais tempo e levando-se a suspeitar da existência um novo depósito de lava (reservatório substituto) localizado a maior profundidade. Mantendo-se (para além do barulho contínuo do vulcão, 24 horas por dia) a atividade sismológica (a 10Km/15Km de profundidade) sensivelmente na mesma zona (inicial), não se notando para já nenhuma ligação visível com outras regiões vizinhas, num local do oceano Atlântico onde não existe nenhuma fratura (falha) tectónica por perto. Para além da emissão de gazes (cinzas) vulcânicas. Com o IPMA a confirmar a chegada de partículas emitidas pelo vulcão (nuvens de cinzas, contendo enxofre) na passada sexta-feira (dia 1 de outubro), provocando para já e apenas uma redução ligeira na visibilidade (horizontal) mas podendo criar futuramente ─ mantendo-se o processo ─ pequenas neblinas em torno das diferentes ilhas do arquipélago.
(imagens: volcanodiscovery.com ─ ipma.pt)
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Entre o Cumbre Vieja e o Kilauea
Enquanto prossegue na ilha de LA PALMA (uma das oito do arquipélago das Canárias) a erupção do CUMBRE VIEJA, escorrendo pelas vertentes do vulcão e por diversas fissuras que se vão multiplicando (ao longo do seu percurso) lava incandescente encaminhando-se em direção ao mar ─ tendo-o já alcançando e estando agora, a aumentar a área terrestre de La Palma ─
Vulcão Cumbre Vieja
Ilha La Palma
Arquipélago das Canárias
Estimando-se no presente (e dramaticamente) em quase um milhar de habitações destruídas, em centenas de propriedades agrícolas arrasadas, em estruturas básicas obliteradas (como estradas) e em mais de 6.000 pessoas evacuadas (entre turistas e residentes), as consequências que esta nova erupção deste ainda jovem vulcão já provocou.
Desde o início da sua erupção a 19 de setembro com o vulcão CUMBRE VIEJA já tendo libertado para o exterior cerca de 80 milhões de m³ de MAGMA líquido (numa velocidade mais acelerada à registada há cinquenta anos atrás), acabando no encontro do mesmo (magma) com as águas do oceano Atlântico, por dar origem à formação de uma pequena península (em crescimento) atualmente nos 25m/30m de altura e nos 500 m de comprimento criados, “indo mar dentro”.
14º dia de erupção do Cumbre Vieja
Com os rios de lava isolando
partes da ilha de La Palma
Não existindo de momento nenhum perigo de algum tipo de agravamento deste fenómeno vulcânico (e sismológico) podendo levar à formação de um tsunami, apenas preocupando a poluição provocada pelo contacto do magma com a água produzindo gases tóxicos (necessidade da criação de uma zona de exclusão local) e a projeção a grande altitude na atmosfera de material vulcânico como as cinzas, por ação dos ventos podendo atingir com os seus efeitos nocivos grandes distâncias, como por exemplo Marrocos, os Açores, o Algarve.
Enquanto do outro lado do continente americano no Oceano Pacífico (a latitudes próximas) um outro vulcão igualmente jovem, bem conhecido e extremamente ativo ─ o KILAUEA ─ entra igualmente em erupção no Havaí, colocando desde já o alerta para a aviação nesta ilha norte-americana no código vermelho.
(imagens: en.as.com)
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O Dia 1 de Outubro de 2021
No lançamento do primeiro fim-de-semana após o soar da “Hora da Libertação” (esta sexta-feira, 1 de outubro pelas 00:00) e a poucas horas de duas noites consecutivas de copos e de discotecas (que até poderão ser quatro, fazendo ponte com o feriado), sendo certo que nos sítios do costume onde decorre este tipo de atividade humana (social/de convívio), estes eventos atingirão inevitavelmente a sua sobrelotação, estendendo os seus longos braços (há tanto contraídos) no espaço e no tempo em seu redor ─ como um polvo, tentando reorientar-se.
Num momento em que a pandemia (pelo menos por cá) parece ter-se tornado ainda que apenas oficiosamente numa endemia (falando-se já da possível associação futura ─ num contexto de normalização ─ da vacina contra a gripe e contra a Covid-19), tentando-se introduzir como natural a nossa coexistência futura e quotidiana com este novo vírus (anulando a questão da Saúde) e dando protagonismo absoluto à Economia. Tendo passado ainda há pouco tempo pelo Hospital de Faro e sentido que os seus serviços (e nada tendo a ver como os seus profissionais e auxiliares de saúde), a nível de recursos humanos e de equipamentos está cada vez pior ─ com a incompetência só podendo vir de outro lado.
(imagem: Produções Anormais)