ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Hoje, circulando a 148 milhões de Km do Sol
[E demorando cerca de 8 minutos e 13,4 segundos para cá chegar.]
Vivendo-se num Mundo em constante movimento e evolução (“nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”), em que tudo o que nele existe se pode alterar em função de duas coordenadas como o Espaço e o Tempo (englobando matéria e eletromagnetismo), não sendo com grande espanto nem estranheza (sendo tal processo natural) que num momento em que se avista o fim de um Império (o Império Norte-Americano) e em que os movimentos geológicos terrestres proporcionam o emergir de novos territórios à custa da imersão de outros (como consequência da deslocação das placas tectónicas, “subindo umas e descendo outras”), aqueles que atualmente controlam o planeta tendo nas suas mãos o futuro da preservação do nosso Ecossistema (terrestre), mesmo sabendo que o seu tempo se esgotou mantenham-se relutantes em abandonar (sem mais) o poder.
Perante a evolução planetária (a nível de todos os territórios) registada nos últimos anos (especialmente desde a II Guerra Mundial) a nível de organização social e de controlo global de mercados (matéria-prima, produção, distribuição, consumo) ─ com os EUA a transformarem-se (por processo de eliminação) na maior e única potência Global (fim da URSS) exercendo sem contraditório (extinta a outra potência e adversária) a sua supremacia total em todas as áreas da intervenção humana (vigiando-nos a todos nós como inimigos e estratégia, desde o 11 de setembro de 2001) ─ mantendo-se a cegueira do Hemisfério Norte Ocidental direcionado unicamente na defesa dos interesses dos EUA (e seus súbditos-leais da Europa Ocidental), não compreendendo já há algum tempo (que não pouco) o centro económico-financeiro do Mundo se ter transferido do Atlântico para o Índico/Pacífico, ou não se situassem lá os mercados de excelência e se fizessem entre eles, todas as trocas comerciais fundamentais. Na América continuando-se a negociar com o Dólar (uma folha de papel timbrada, encontrando-se um pouco por todo o Mundo, bastando para tal ter uma impressora) na Ásia com o Ouro e outros metais preciosos (tudo aquilo com que se possa ganhar dinheiro).
Assistindo-se de momento a uma luta sem quartel (mencionando os seus líderes) entre o Império Norte-Americano e o Império Chinês (secundado pela outra potência global a Rússia), o primeiro tentando evitar a sua queda (tornando-se inevitável, pois os EUA estando em perda de poder e de iniciativa, incluindo internamente), o segundo aparentemente começando a estar a par e sabendo que acelerando apenas um pouco mais, acabará por o ultrapassar (o que já acontece na Exploração, Conquista e Domínio do Espaço). Com três blocos em luta (EUA, China e Rússia) dois deles (China e Rússia) associados (e com mais uns tantos países, até dispondo de arsenais nucleares), sendo fácil de entender que para se dar bem com todos garantindo a nossa sobrevivência, teremos que dialogar com os três (certamente com mais alguns) e nunca em nosso nome ou de outros, ostracizando ninguém. Partindo daqui e colocando-nos na posição do que ainda é e representa a Europa ─ um antigo território de colonizadores, agora com as suas ex-colónias (agora independentes) exigindo cada vez maiores garantias e vantagens, para a manutenção dos fluxos comerciais ex-colonizadores/ex-colonizados ─ mergulhada como esta está numa crise de falta de fundos e de diminuição vertiginosa de rendimentos e sobretudo, de ideias inovadoras mesmo que de risco deixando de vez os caminhos tradicionais (por excesso, decadentes) com o Velho Continente a ter prioritariamente que reforçar a defesa dos seus interesses e das suas fronteiras, negociando com todos aqueles dos quais poderá beneficiar de vantagens e respeitando as leis e as regras de convivência, tendo estas que ser aceites pouco-a-pouco por todos. Tendo todos os quase 8 biliões de seres humanos certamente um objetivo comum a cumprir (até para sobreviver), sabendo-se que pelo menos para o mesmo funcionar e se continuar a concretizar (o objetivo), teremos todos que partilhar.
Pelo que neste aparente limbo sucessório ─ colocando o Hemisfério Sul de lado (o hemisfério pobre, menos desenvolvido) ─ opondo o Hemisfério Norte Ocidental (liderado pelos EUA) ao Hemisfério Norte Oriental (liderado pela China e coadjuvado pela Rússia), tendo desde logo os EUA como a atual maior potência e líder global de compreender e interiorizar (pois os números também conta, nunca mentem), que o seu território só representa 9,4 milhões de Km² (num total de 149 milhões de Km²) contra os 17,1 milhões de Km² da Rússia e os 9,7 milhões de Km² da China (total de 26,8 milhões de Km²) ─ em área [China/Rússia] = 3X [EUA] ─ e que a sua população só representa 331 milhões de indivíduos (num total de mais de 7.900 milhões) contra os 146 milhões da Rússia e os 1.440 milhões da China (total de 1.771 milhões de indivíduos) ─ em população [China/Rússia] = 5,5X [EUA]. Daí o interesse dos EUA na Índia: não pela sua área (3,3 milhões de Km²), mas pela sua população cerca de 1.380 milhões de indivíduos (a 2ª maior do Mundo) e por situar na Ásia.
Apenas como curiosidade e a nível de área de terra ocupada com Portugal a ser o 111º país no ranking mundial com 92 mil Km² (entre 234 países/territórios), sendo a nível do número de habitantes o 89º país no ranking mundial com cerca de 10,2 milhões (entre 235 países/territórios).
(imagens: globaltrademag.com ─ 60 Minutes Australia ─ Historical Facts/youtube.com)
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Saramago
Um forte murro (no estomago, nos tomates) sobre quem condecorou o seu adjunto por vetar o nome de José Saramago ao Prémio Literário Europeu, sendo o murro dado pelo pequenino (no canto inferior/direito da imagem) em defesa do grande (aqui e como sempre bem visível).
Depois do 25 de abril de 1974
Ganhando um Nobel da Literatura apesar da Censura
Com a indicação de veto dado pelo político português mais anos em atividade desde os tempos do ditador António de Oliveira Salazar, a levar anos mais tarde (saindo o tiro pela culatra do mandante e do executor) José Saramago a ganhar o prémio Nobel da Literatura em 1998.
(imagem: sapo.pt)
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Vindo aí, a Vaga de Outono
[Tal como no ano passado.]
Café em Madrid
(Outono 2021)
Pela sua alta taxa superior de vacinação acima dos 85% com a Espanha tal como Portugal e segundo os especialistas a poderem estar otimistas quanto a esta nova vaga de Covid-19
Depois de mais uma derrota planetária, mandando o problema da manutenção do Ecossistema terrestre, mais uma vez para trás das costas (até pela imprevista emissão-manifestação de metano, produzido pelo líder da maior potência global) ─ significado da manutenção da utilização dos combustíveis fósseis (como o carvão, o gás e o petróleo), da produção de automóveis baseadas nessas mesmas formas de energia (contrariando a utilização do carro elétrico) e do regresso da construção de novas centrais nucleares (como pretende entre os outros a França) ─ ultrapassada a COP26 (estendendo-se extraordinariamente por sábado e domingo e mesmo assim, sem resultados minimamente aceitáveis) e as suas manifestações interiores (promovendo a boneca “Little Amal”) e exteriores (esquecendo-se da figura da COP25 e Personalidade do Ano, a humana Greta Thunberg), eis que para piorar ainda mais o cenário que infelizmente já há muito se perspetivava (dada a paralisia geral e indiferença em que o Mundo parece ter mergulhado) o planeta parece reentrar num novo período de Crise Sanitária, podendo asfixiar um pouco mais a débil recuperação económica que até agora se parecia registar: a uma nova interrupção na retoma económica podendo-se juntar agora e ainda, o regresso do vírus SARS CoV-2 em força com a chegada de uma nova vaga, sugerindo com uma grande probabilidade de se concretizar ─ mantendo-se a evolução crescente nos números Covid-19 (na Europa, como em Portugal) ─ um período de Inverno, de Natal e de Passagem de Ano, podendo ser (mais uma vez e tal como no ano passado) bem problemático. Talvez pelo convencimento (acreditando-se na sua eficácia) dado pela imunidade de mais de 85% da população portuguesa já estar vacinada e de outros cerca de 10% estarem imunes por já terem sido infetados (tendo recuperado), se verificar para já uma apatia generalizada das autoridades responsáveis, não evidenciando ainda grande preocupação, mantendo o ritmo e (como sempre) esperando (pela evolução dos números e das opiniões maioritárias). Afinal de contas (e graças ao Presidente e ao PS) só para o ano se tendo Governo. Entretanto mantendo-se bem visível nos gráficos globais o crescimento (para já ainda moderado, não refletido no nº de óbitos/dia) do nº de infetados/dia, a nível mundial com as infeções a crescerem +7%/semana e os óbitos quase +1%/semana, contribuindo fortemente para isso a América do Sul (mais uma vez com o Brasil à cabeça) ─ numa semana +15% de infetados e +12% de óbitos ─ e a Europa (liderando aí a Rússia) ─ numa semana +13% de infetados e +6% de óbitos. Relativamente à evolução em Portugal no dia de hoje (15.11) e segundo dado da DGS, confirmando-se +974 infetados e +8 óbitos (Algarve +106 infetados/+1 óbito), com o nº de internados a fixar-se agora nos 470 (+5) e o nº de doentes internados em estado grave/crítico de 76 (+1). E confirmando o crescimento dos parâmetros sugerindo estarmos já numa “nova vaga Covid-19”, com a taxa de incidência a continuar a subir (agora de 134,2 para 156,5), assim como o índice de transmissibilidade (agora de 1,15 para 1,16). Com todos os indicadores a subirem e aumentando os internamentos, com Portugal a sair da zona verde da matriz de risco, entrando agora no laranja, lançado (se nada nem ninguém impedir esse rumo) em direção ao vermelho.
(imagem: A. Pérez Meca/Europa Press/elpais.com)