ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
As Voltas que a Vida dá, à Volta de um mesmo Buraco
[Uns dando resultado, mas muitos mais outros não e logo sendo os escolhidos, mas nunca proporcionando a discussão.]
“A uma média de 140 indivíduos por segundo podendo-se despachar numa hora cerca de 500.000 infetados, cheguem frescos de bem sentadinhos (sendo ricos e de automóvel) ou a suar de tanto correr (sendo pobres e a pé), mais jovens ou mais velhinhos. Batendo-se aí o recorde na posse do nada ambicioso Vice-Almirante (agora Almirante e Chefe e putativo candidato à Presidência).”
A 15 de janeiro uma violente explosão
seguida de uma onda de choque
(originando a formação de um tsunami)
Na teoria e na prática sendo um caso exemplar ─ podendo teoricamente acontecer, mas sendo na prática algo raro de se concretizar (como tipo de evento extremo, mas na generalidade sendo “produto do acaso”, não se podendo prever) ─ mas como sempre e pelos vistos tendo-se transformado numa tradição (deixando-se andar), “nunca se tomando a necessária senão mesmo obrigatória iniciativa”,
Jamais querendo tomar alguma decisão podendo colocar em causa o “normal funcionamento” do sistema (no presente ainda funcionando), até hoje utilizado com sucesso como se compreende e deduz pela sua atual manutenção (já com muitos anos de rodagem) ─ ninguém o colocando em causa, só o pretendendo melhorar ─ mantendo-se dessa forma o status quo alicerçado na ideia sedentária da nossa pretensa “prevenção e segurança”,
Impondo-nos a indiferença e a teoria contrária ao que nos tinham ensinado ontem, afirmando hoje que em certas situações e sob determinadas circunstâncias (estratégicas) ─ faltando-se como sempre e até para conhecer melhor a nossa situação, saber em função de quê/de quem ─ “se poderia deixar para amanhã o que poderíamos fazer já hoje”, numa atitude, comportamento e escalonamento de valores nada Éticos por exclusivamente Económicos,
Mais uma vez desvalorizando o Sujeito (o Homem) face ao Objeto (a Matéria-Prima) e transformando-o (em função da sua produção de Mais-Valia) em algo “inferior” a este último, a esta “coisa” ─ fixando-se o interesse nos Objetos, como consequência e sobrepondo-se estes desvalorizando-se o Sujeito e assim invertendo-se a “hierarquia”, colocando-se em causa a própria (cada vez mais virtual) Pirâmide Social (com um 1º passo para nela introduzir a Máquina) ─
Depois do Evento do Reino de Tonga provocando um efeito “colateral” e trágico (a nível de poluição) no Peru, eis que não aprendendo nada, mantendo sempre os mesmos procedimentos (tal como ensinado a todos os portugueses), mesmo que deixando a decisão para as últimas ou então, passado o prazo esperando pelas consequências ─ podendo servir-se de um caso exemplar ocorrido nestes últimos dias,
Danos colaterais provocados
por incêndios em tempos de epidemia
(os Grandes Fogos de Londres e de Nova Iorque)
Á “Última da Hora” sentindo-se já os efeitos da inação e no entanto, “mandando toda a sua Gente” para a frente de combate, o nosso Governo Virtual decide “manter o rumo de sempre” ─ antes exercido no Antigo Regime (antes de 24) pelos pais, depois já no Novo Regime (depois de 24) sendo-o ou hereditariamente pelos filhos desses (por direitos adquiridos anteriormente) ou (ainda pior) pelos seus bastardos (por direitos adquiridos posteriormente) ─
E justificando a sua atitude por numa fila de 100 (sendo esse o nosso número) “estar a arder o ainda bem distante nº 1”, não tomando nota desta derradeira relação Reino de Tonga/Peru e, entretanto (no entanto) e como consequência lógica e racional (sendo nós o único exemplar na Terra, como espécie racional), chegando à mais que óbvia conclusão (aqui não),
─ Uma ação/uma erupção (implosão/desintegração de um vulcão) provocando efeitos (várias ondas de choque submarinas) e uma reação/um derrame petrolífero num outro lado a cerca de 11.000Km de distância (com duas pessoas estando no litoral do Peru e ignorando o alerta, a serem apanhadas por ondas produzidas pelo tsunami, afogando-se) ─
Agora, aqui e em Portugal, optando pelo mesmo esquema de não raciocínio, apenas de aplicação por urgente até pela imagem de algum tipo minimamente visível de medida (impactante mesmo que de efeito nulo, já sendo bom, “não ser pior a emenda que o soneto”), na realidade em virtude e como consequência de nada se ter feito antes, mesmo estando-se prestes a cair no buraco, mas momentos antes de lá chegar tropeçando, dando cabo da cabeça e logo ali ficando indo logo ali “desta para melhor”,
Propondo-nos estando-se na presença de Ómicron e de uma Eleição ─ num EDI um “Evento de Duplo Impacto”, envolvendo simultaneamente dois produtos de consumo (ligados à Saúde e à Economia) formando um terceiro produto conjugando ambos (virtudes e defeitos), talvez passageiro, mas imediatamente e oportunisticamente, mesmo nada se fazendo (uma opção considerada hoje muitas vezes como válida) “aproveitando” o “Momento Eleicron” ─
Num Momento Decisivo Eleição/Ómicron
e podendo-se contaminar a Eleição
(dando-se mais uma hipótese a Ómicron)
Dirigindo-se à multidão crescente de “Infetados Ómicron” dispersos um pouco por todo o lado ─ igualmente presentes entre os ditos “não infetados”, nem sabendo que o estão igualmente, no caso do Algarve não sendo sequer o Ómicron mais famoso o protagonista, mas provavelmente um seu “irmão” (mas mais agressivo, na região os óbitos aumentando igualmente, face ao ano passado) ─ uns sendo capazes (jovens e sãos) e outros obviamente não (menos jovens e menos sãos) ─
A comparecerem no dia 30 de janeiro de 2022 nos seus respetivos locais de voto preferencialmente a partir das 18:00 horas, para desse modo respeitando-se o direito dos Infetados ao voto e simultaneamente protegendo-se destes os Não Infetados (não tendo o vírus no corpo, não estando ainda possuídos pela doença), esperando-se que na Eleição “não sejam muitos” ─ contrariando o que diz a outra parte, Ómicron ─ que a maioria dos cidadãos vote nos conformes (08:00/19:00) e que “a meteorologia ajude” ─ podendo-se em último recurso rezar-se (mesmo que online) a Nossa Senhora de Fátima.
Depois de colocarem centenas de milhares de jovens em movimento, escancarando-lhes as portas e enviando-os em direção à sua escola, espantosamente para se enfiarem de imediato num buraco, numa sala fechada ─ abrindo completamente a porta de entrada privilegiada por esta variante, ligando Família/Escola e assim assegurando a sua mais profunda e rápida contaminação ─ voltando-se agora para muitos mais, querendo repetir uma cena semelhante (retirados os jovens) com os restantes (assim não ficando e democraticamente, ninguém para trás).
E como temos cada vez mais “especialistas em ajoelhar e rezar”, de uma forma ou de outra eles apresentarão uma solução, mas só a partir de 30 e alcançado o “Momento Eleicron”. E com o Peru a sofrer mesmo estando a 11.000Km de distância e sabendo-se ainda que ardendo a casa nº 100 e nada se fazendo (aparecendo de seguida) chegará inexoravelmente a vez da casa nº 1, questionando-nos face a estas evidências (perguntem aos bombeiros, eles saberão por experiência responder) o que ainda nos sucederá mais, até 30, a 30 e mais além (no futuro tanto para a gente, como para o coronavírus).
(imagens: earthobservatory.nasa.gov/metronews.it ─
Getty Images/history.com ─ visao.sapo.pt/ionline.sapo.pt)
Autoria e outros dados (tags, etc)
George Orwell (1903/1950)
[Em 2022, recordando 1984 e George Orwell.]
Tendo lido algumas obras literárias do escritor inglês GEORGE OTWELL ─ como “Homenagem à Catalunha”, “O Triunfo dos Porcos” e “1984” ─ e sendo como que digamos um admirador dos meus tempos de juventude e de leitura passados com o mesmo, tanto pela sua escrita e temas escolhidos e desenvolvidos, como pela sua luta (como Republicano) na Guerra de Civil de Espanha (antecedendo a 2ª Guerra Mundial),
Quando as Trombetas do Apocalipse
(agora telecomandadas pelos EUA via Europa)
ressurgem no Velho Continente
Questionando-me agora que passam 72 anos sobre a sua morte (a caminho dos 119 anos sobre o seu nascimento) num percurso nem tendo sequer durado 47 anos (morrendo jovem, cheio de ideias, algumas se não todas, premonitórias), o que pensaria ele se ainda fosse vivo e não tivesse morrido, 72 anos depois. Tendo ele escrito 1984 em 1949 (35 anos antes) e estando nós em 2022 (73 nos depois), a maioria de nós estando por cá e ainda hoje nem sabendo bem, nem porquê.
Teremos nós morrido, entretanto?
(imagem: Shop Tube Brasil/youtube.com)