ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Viagem Fantástica
Ficheiros Secretos – Albufeira
Informações sobre a Missão Messier31
Superfície do planeta Vicente – nome aqui atribuído em memória do Beato Vicente – situado nas imediações do super maciço buraco-negro localizado bem no centro da galáxia M-31 e planeta de origem dos aliados alienígenas
Foi lançada de uma base secreta subterrânea situada na zona de fronteira entre o Algarve e o Alentejo, uma nave espacial tripulada conjuntamente por experientes pilotos algarvios formados em instituições conceituadas do nosso país e por aliados alienígenas provenientes da galáxia M31 – situada a 2,5 milhões de anos-luz da Terra – aqui residentes e movimentando-se na clandestinidade. A viagem tem como objectivo a continuação da investigação da evolução das duas galáxias vizinhas – M31 e Via Láctea – previstas para colidirem daqui a cerca de 4 biliões de anos e o aprofundamento do estudo das implicações que este evento terá, para a evolução desta zona do Universo.
Mapa parcial do trajecto da sonda no interior do buraco de minhoca a ser utilizado na deslocação ao planeta Vicente, com a identificação de diversas ramificações e estações intermédias de transferência
A sonda espácio-temporal será inicialmente direccionada para uma zona pré-determinada do espaço exterior nas proximidades do planeta Terra, utilizando um novo tipo de combustível propulsor de alta eficiência de modo a vencer rápida e eficazmente a força da gravidade terrestre, reservando ainda suplementarmente recursos alternativos para outras situações de emergência que possam ocorrer. Ao concluir a sua primeira fase da viagem – e que colocará a nave no local de acesso à entrada espácio-temporal que a levará em direcção à galáxia M-31 – a sonda porá então em funcionamento o módulo alienígena nela instalado, o que possibilitará aos seus tripulantes a utilização de um buraco de minhoca conhecido e utilizado diversas vezes pelos alienígenas, para a realização de viagens entre pontos muito distantes situados entre galáxias.
Situado na galáxia M-31 o planeta Vicente é um pequeno corpo celeste orbitando uma das muitas estrelas azuis aí localizadas, com um núcleo central ainda jovem e activo e que lhe proporciona a existência de um movimento de rotação semelhante ao do planeta Terra, sendo coberto por camadas em constante transformação – líquidas e gasosas – e permitindo a existência de viva assistida
A chegada ao planeta Vicente foi espectacular: ainda mal tinham deixado o planeta Terra e já se abria diante de si uma imagem de um outro mundo, um espaço desconhecido e fantástico pejado de estrelas, com um buraco negro no seu centro e com outras galáxias próximas – como a M-32 e a M-110 – interagindo ininterruptamente desde o passado. Poucos segundos depois – o tempo passado a visionar maravilhas é sempre tão diminuto para o infinito que nos é oferecido – estávamos já na periferia de Vicente, olhando hipnoticamente a superfície bizarra deste pequeno e perdido planeta, que à primeira vista de um ser humano tendo vivido sempre na Terra, fazia lembrar um mundo de vagas ondulantes sobrepondo-se protectoramente sobre o planeta, alimentando-o de vida e do movimento transformativo necessário ao estabelecimento de comunicações orgânicas, necessárias à sua preservação como entidade prevalente num instante de um ponto desse Universo. A sonda atravessou toda a atmosfera do planeta (estado gasoso), mergulhando então nas camadas subsequentes que constituiriam a parte central e habitada do planeta e que poderiam ser mar (estado líquido) ou terra (estado sólido). O contraste das texturas presentes era formidável e a profusão de cores no céu que cobria este surpreendente corpo celeste, só era mesmo ultrapassado pelo visionamento brutal e esmagador do enorme buraco negro que parecia querer sorver toda a luz à sua volta. Mas para là dele, surgiria de certo outro Universo.
Urbe visitada de Azophi: cidade assim nomeada em honra do astrónomo persa com o mesmo nome, que primeiro detectou essa pequena nuvem visível no espaço universal – mais tarde conhecida como galáxia M-31 – e onde se encontra o planeta Vicente
A cidade estava coberta por uma camada reflectora que a escondia do exterior – parecendo à primeira vista ondas em expansão. Ultrapassada essa fronteira a vista era surpreendente: a urbe estava organizada concentricamente em torno do porto aéreo (aqui representado a azul) – zona onde se encontrava toda a estrutura de apoio económico e social – e de onde partiam todas as estradas de comunicação (aqui representado a branco) em direcção ao círculo que a rodeava e que a separava do mar local. Toda esta estrutura celular se encontrava rodeada por um sistema de muralhas de protecção contra agentes agressivos vindos do exterior – como muitos dos raios perniciosos emitidos e atravessando constantemente toda a galáxia – que se fecharia hermeticamente em caso de ocorrência de qualquer tipo de evento de consequências mais graves, que pudessem por imediatamente em causa a continuação da vida existente sobre a superfície deste planeta. Para os terrestres parecia uma ilha fortificada à procura do seu futuro, como o sucedido com a Grã-Bretanha na sua luta pela existência, ocorrida durante a última guerra mundial terrestre.
O portal artificial foi criado recorrendo-se a tecnologia alienígena utilizando um simulador portátil de um quasar – corpo celeste com as maiores emissões de energia conhecidas, nascido a partir da colisão de galáxias passadas
No regresso às origens a sonda tripulada pelos terrestres e alienígenas pertencentes à missão Messier31, acedeu a um pequeno portal artificial e alternativo de transporte, criado por uma outra raça ainda desconhecida por muitos dos habitantes ordinários destas galáxias, o que tornou a viagem de retorno à Terra mais uma vez um acontecimento extraordinário e alucinante para os terrestres, dispostos de uma forma anormal num outro contexto do Universo, com muitos parâmetros e realidades até agora intocáveis, postos consecutivamente em causa e demolidos mental e definitivamente. As sensações obtidas nesta viagem ficariam para sempre marcadas no consciente/subconsciente destes tripulantes, provocando um aparecimento assertivo de percepções reais ou imaginárias, capazes de poderem ajudar a abrir no futuro da humanidade, zonas do cérebro ainda bloqueadas à noção de infinito e de caos e à incoerência irracional da necessidade de qualquer transformação, necessitar sempre de identificar o seu princípio e o seu fim para existir. Mas para quê, se todos nós somos filhos de um espaço sem tempo?
(imagens de seres microscópicos – NG)