ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Entregues aos Bichos!
Vivo em Albufeira num apartamento normal mas preferia viver na Praia da Coelha (como o Cavaco, o Catroga ou o Fantasia), mais rigorosamente na Aldeia BPN. Com praia à frente e uma marina mesmo ao lado, o que poderia desejar mais para a minha sonhada reforma?
“Diz-me com quem andas – ou andaste – e dir-te-ei quem és”!
Retrato de dois pobres pensionistas
Cavaco Silva é o maior responsável pela situação actual que o país atravessa. Sendo o homem que comandava o leme do barco aquando da chegada a Portugal dos milhões da Comunidade Europeia, foi pelas suas mãos como Primeiro-Ministro que se iniciou a destruição criminosa da Indústria, da Pesca e da Agricultura e ainda a grande caminhada para a alienação e comercialização da Educação e da Saúde ou seja, da obliteração deliberada da generalidade do tecido vivo de qualquer país. Resumindo miseravelmente a sua actuação como líder político incontestado na altura, a sua opção interventiva foi muito simples e estritamente contabilística: a nossa elite decadente e parasitária receberia dinheiro aos milhões para poder manter por mais uns largos anos o seu excelente nível de vida – trocando os seus negócios já há muito falidos por moradias, automóveis, restaurantes, viagens e caridade – enquanto os outros portugueses também conhecidos como pobres, miseráveis, analfabetos, indigentes, excedentários, logo sem a escola toda, receberiam os restos que antigamente os poderosos guardavam para os porcos, a lavagem.
Mas se tudo a que hoje assistimos é nojento, prepotente e provocador – e revelador do oportunismo e hipocrisia dos nossos políticos e das suas forças vivas associadas – esta situação e ao contrário do que muitos pensam, ainda poderá atingir proporções muito mais perigosas e degradantes: é que ao princípio o veneno (como a doença) estranhasse mas depois entranhasse – e aí já ninguém nos poderá salvar!
Última Hora:
“Cavaco chocado com o preço da água”
(Económico – Sapo)
E com o preço do vinho?
(imagem – Sapo)
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1 comentário
De :) a 16.03.2013 às 14:31
Ouvi um historiador na TV afirmar que cinquenta anos após a descoberta do caminho da Ìndia o lucro daquele monopólio destinava-se a pagar juros sobre a importação de bens de luxo. Isto tudo para dizer que parece ser o problema de Portugal a mania das grandezas, o querer PARECER aquilo que se não é. Segundo Filomena Mónica a percentagem de analfabetos em Portugal nos anos trinta era de 75%, ( UM por cento na Suécia em 1900), hoje parece que não há quem não pretenda uma suposta origem aristocrática. Parece haver um nojo do que é simples, de quem trabalha com as mãos. Estou convencidíssimo tratar-se da nossa herança judaico árabe, culturas onde o trabalho manual é profundamente desprezado. Onde o que conta é a opulência e o brilho das suas elites e onde o trabalho é considerado como algo desprezível.