“Estão de volta os exames e imagino a angústia que as crianças estão a sentir. Ao fim de quatro anos de escolaridade fazer estes exames só pode ser bom para os psiquiatras. Daqui a alguns anos podem ter mais alguns clientes”, ironiza Rui Santiago.
Rui Amando Santiago
(doutor em Ciências da Educação, professor da Universidade de Aveiro)
Doutor em Ciências da Educação pela Universidade de Aveiro, Rui Santiago defende que o Governo deveria estar mais preocupado em "não deixar ninguém para trás, não desistir das pessoas".
"É o que me parece que está a agora a acontecer no ensino básico. Está-se a desistir das crianças que têm dificuldades de aprendizagem, que têm necessidades educativas especiais, bem como daqueles que falham, entre aspas", argumenta.
"Não desistir é uma das características que marcam o estado de desenvolvimento de uma sociedade" e no caso de Portugal, sublinha o professor, estamos a retroceder ao período da sua infância.
(Expresso)