“Vejo-me para ali a olhar conformado a extensa planície deserta deste mundo – tal e qual como o nosso”
Superfície do planeta Marte
Esta fotografia poderia ter sido tirada num dos muitos cenários disponíveis à superfície do planeta Terra, tendo no entanto a sua origem no planeta Marte. Poderíamos lá estar a viver neste preciso momento, não fosse a visível aridez do terreno e a previsível falta de água, além da fundamental presença de atmosfera de preferência rica em oxigénio: seria talvez como um comum passeio no meio dum deserto longínquo e por descobrir, à procura de inequívocos vestígios de antigas civilizações que nos tenham aberto o caminho para o futuro e transmitido através dum determinado processo de ocupação do espaço infinito e evolutivo, a sua memória e sua cultura. Neste caso teríamos que estar bem protegidos das acções agressivas vindas do meio exterior, acomodando-nos pelo menos provisoriamente num fato protector capaz de simular a protecção do nosso lar. O Planeta Vermelho fará certamente parte duma fase evolutiva ligada à cronologia do aparecimento de vida na Terra, podendo por semelhança de observação sensitiva percepcionada e memorizada, querer este paralelismo significar que existirá alguma ligação directa ou indirecta entre estes dois planetas adjacentes e a criação, evolução e extinção de seres vivos em épocas diferenciadas à sua superfície. Marte poderá já ter sido habitado num ciclo passado, podendo agora o mesmo processo voltar a repetir-se no nosso planeta, usufruindo graciosamente de recursos que poderão ter vindo do mundo anterior.
(imagem – NASA)