A região da Sibéria tem uma área superior a metade da Rússia: e se a planície ocidental antes rica em terras de pastagem empobrece cada vez mais, em contrapartida o planalto central é bastante rico em minérios e gás natural.
No início deste mês de Janeiro uma grande tempestade atingiu a cidade siberiana de Dudinka, deixando mais de 20.000 pessoas sem água nem electricidade.
Debaixo de temperaturas baixíssimas que chegaram a atingir os -40°C e sem poderem recorrer a qualquer tipo de aquecimento, os seus cidadãos chegaram a viver momentos de verdadeiro desespero.
À sua volta tudo estava congelado, os acessos encontravam-se impraticáveis e quanto a resposta das autoridades era o mesmo que nada.
E como é feio apontar já que as autoridades não gostam disso, só hoje e devido a inúmeras tentativas de censurar o acontecimento, é que as primeiras imagens deste sofrimento chegaram ao outro lado do mundo.
Mas como sempre o fez e devido à experiência e preserverância de uma luta de muitos milénios, o povo lá arranjou forças para resistir, tentando encontrar no seu desespero mais uma ponta de esperança.
Mas com a sua localização mesmo ao lado do Oceano Árctico, em zonas onde as temperaturas mínimas se aproximam muitas vezes dos -60°C, o significado imediato a tirar destes últimos acontecimentos apenas anuncia que apesar da esperança ser a última a morrer, no caso de Dudinka é a própria população que já acredita que a Natureza venceu.
E sozinhos, sem nenhum tipo de apoio e com os elementos contra nós é muito difícil resistir.
(dados e imagens – The Watchers)