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Terramoto, Banana e Água

Quarta-feira, 30.11.11

Los Angeles e o Big One – mais cedo do que o esperado?

 

Com um imprevisível grande terramoto a caminho – sempre presente na memória e no horizonte temporal de qualquer californiano – os serviços de emergência de Los Angeles continuam as suas actividades de preparação e prevenção para tal evento, de modo a estarem disponíveis para oferecer os seus serviços na altura própria e o melhor possível, à generalidade da sua população. No entanto a natureza, a imprevisibilidade e o grau de tal evento, ainda mais agrava esta situação, devido à preocupação crescente com a capacidade ou não da rede de auto-estradas aguentar o impacto deste terramoto, o que seria muito prejudicial para a manutenção activa desta rede viária fundamental.

 

A Banana, a pimenta e os transgénicos

 

Gosto de muita fruta e uma delas é a banana. Mas não de todas. Preferia as da Madeira e as das Canárias, mas agora com a doença que as atacou e a queda no mercado, muitas já ficam a desejar imenso em textura e em sabor às suas antecessoras, vindas do mesmo local. As da América do Sul não sabem a nada; nem sei o que dizer da sensação de quem já comeu boa banana vinda de lá. Mas são bonitas, amarelinhas e vêm todas juntas muito certinhas; e esticadinhas, com a pele bem tratadinha. Agora as bananas vão adquirir outra característica que as fortalecerá na sua luta até chegar à nossa boca, aliando-se à pimenta. Como mais um transgénico a aparecer para mais uns testes nas cobaias – para analisar os seus efeitos secundários daqui a alguns anos – só espero que esta banana/pimenta não vá provocar o aparecimento de alergias ou outros problemas de saúde, ou um destes dias, arriscamo-nos ao comer inadvertidamente uma banana destas, espirrarmos e ao soltar-se a banana da mão, ela enfiar-se noutro local indevido.

 

Sede – sobre um fundo azul, um copo de água cristalina

 

Em Portugal o vinho chegou a ser o alimento de mais de um milhão de portugueses: simples ou misturado com uma sopinha para aquecer o corpo ou um bocadinho de pão para adormecer as criancinhas mais irrequietas. Eram assim as sopas de cavalo cansado. O cavalo éramos nós – nobres animais cansados de tanto andar, com eles sempre às nossas costas. E lembro-me das velhinhas trabalhadoras do Porto, que para acordarem, ganharem forças e se aquecerem para mais um dia de duro trabalho – que o corpo já não aguentava – lá bebiam na tasca do costume, o seu querido bagacito. Sentia-se quando falavam, mas eu não dizia nada por respeito. O próprio regime chegou a proibir a venda de refrigerantes, como a Coca-Cola, pelo prejuízo que poderia provocar à venda, do bendito copito de vinho. Mas depois vieram outros e tudo se modernizou: meteu-se a água em garrafas e garrafões e o consumo deste produto em tudo nos mudou. Hoje já se sabe que a água pode curar doenças ou combater outras enfermidades, como é o caso da obesidade – dois copos de água antes das refeições, pode ser o segredo para o controle alimentar e a perda de peso. Mas que esta também se perde em grandes quantidades pelos buracos das sanitas e até para tirar o pó da carcaça dos nossos chaços. Parece que nunca mais acaba, apesar de ela também estar, num recipiente com fundo. Estaremos todos alcoolizados?

 

(Imagens – Discovery.com)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 20:18