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Photochromes

Sexta-feira, 16.12.11

Técnica fotográfica muito popular no mundo entre 1890 e 1910

 

Lembram-se destes postais em Portugal?

E de quando ainda se escrevia?

 

USA

 

Salt Air Pavilion – Great Salt Lake – Utah – 1901

 

A construção de imponentes estruturas arquitectónicas como este pavilhão, suspenso sobre a superfície tranquila deste imenso lago, marcaram definitivamente o século dezanove. Um tentáculo protector estende-se sobre a água, criando um refúgio seguro para os banhistas que lhe estão próximos. A beleza do cenário completa o quadro.

 

On the Zig Zags – Bright Angel Trail – Grand Canyon – Arizona – 1902

 

Esta imagem perpétua no nosso imaginário infantil, a odisseia dos primeiros pioneiros na conquista das mais recônditas e agrestes regiões do continente americano, com todas as dificuldades que uma aventura deste tipo acarreta e com todas as ilusões que ela pode provocar. O trilho é o destino a seguir.

 

St. Charles Street – New Orleans – 1900

 

Na Invicta cidade do Porto e à frente da casa onde nasci, também passavam eléctricos e amarelos como este. Ao passar sobre os carris, a casa tremia toda e a única conclusão a tirar, era que continuava de pé. Neste caso o eléctrico é um elemento plenamente integrado no cenário que o envolve, percorrendo um espaço limitado que lhe é graciosamente cedido, de modo a poder estabelecer uma boa comunicação entre indivíduos e os seus novos pontos de referência na urbe. Ele parece deslizar suavemente, enquanto observado, entre as margens de um rio.

 

  Temple Square – Salt Lake City – 1897/1924

 

As religiões atiram-nos deliberadamente para os céus, demonstrando sempre muito nervosismo e ansiedade, em afastar-nos definitivamente desta terra de pecado. Os seus monumentos são exponenciados nos seus principais templos de culto e demonstram alguma prepotência arquitectónica, que talvez seja necessária utilizar, para prender aí os seus fiéis e os lançar por persuasão, na conquista etérea da fé. A sua imponência fere a nossa vista e não se coaduna com a paisagem.

 

The Beach at Atlantic City – 1902

 

Antigamente tomava-se banho bem vestido, dispensando-se apenas as meias e os sapatos. Em climas frios ainda se pode compreender a opção, já que o vento se entranha no corpo com toda a sua humidade e arrepios, fazendo-nos fugir para fora de água e procurar o abrigo de uma tenda. E desfrutando do seu momento de ócio, caminhando calmamente na praia, as pessoas lá iam passeando felizes por uma avenida coberta de areia e banhada por um mar que lhes acariciava os pés.

 

The Cliff House – San Francisco – 1902

 

Temos perto do Porto uma praia que frequentei em criança e que mesmo no Verão punha à nossa disposição um mar com ondas ainda grandinhas e com algumas correntes que puxavam um pouco para o lado, mas que dentro dos limites de segurança que a bandeira e o nadador nos ofereciam, nos proporcionavam momentos maravilhosos de luta vitoriosa contra a força do mar. E num rochedo erguido mar adentro, uma capela sobressaía no seu cimo e era dedicada a S. Pedro. Em Miramar, em dias de vagas alterosas e quando não se podia nadar, era ver em sobressalto, a luta constante entre a terra e o mar. Aqui a capela é outra.

  

(imagens e legendas – 50 Watts)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 18:35