ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Um Oportunista à Deriva
E com ele ainda ao leme do barco, projetando já um afundamento garantido!
(aquele que por interesse e mal companhias mais buracos e rombos originou no meu país)
Um Presidente da Republica (ainda por cima no fim do seu mandato no mínimo controverso) que insulta e põe de lado mais de metade dos eleitores que votaram para a Assembleia da Republica do seu país, já que não soube respeitar os mesmos que respeitosamente e por escolha o colocaram no cargo que atualmente ainda ocupa, no mínimo devia ser chamado à atenção e caso não se retratasse, que alguém ainda com alguns valores (e poder?) que o castigasse ou pelo menos (há gente que ainda não respeita ninguém) pedisse desculpa por ele.
No fundo e para nossa desgraça uns políticos de MERDA
O indivíduo acordou e foi ver-se ao espelho: continuava o mesmo e estava pronto para a decisão fundamental. Durante a noite tivera um sono impecável, talvez por já ter tudo pensado e o problema central resolvido. Afinal de contas a solução sempre ali estivera à frente e a sua aplicação era simples e de caras.
Concorriam duas fações certificadas e credíveis às Eleições Legislativas: PÀF e PS. Tudo o resto era pura e dura paisagem (BE e PCP), tornada invisível por iluminada declaração presidencial. No fundo ele era o Presidente e a Assembleia eleita ainda nem sequer se reunira.
Resumindo: o Círculo Governamental com 70,88% dos votos dos cidadãos portugueses teria para sempre a faca e o queijo na mão, enquanto as outras franjas de marginalidade social economicamente incompatíveis com o Sistema Institucional e Moral desde sempre existente (e as suas boas Regras de Funcionamento) com uns miseráveis 29,12% ficariam apenas com a casca e uma carga de pancada (adicional, física ou psíquica e sempre que necessário para manter a necessária estabilidade). Nunca esquecendo que dos 9,7 milhões de votantes apenas votaram 5,4 milhões.
Prosseguindo este pensamento absolutista e ditatorial protagonizado por alguém que servindo-se do seu cargo e do seu poder o usurpa e aproveita para servir o seu grupo ou clientela, só existiriam duas soluções (relembro que para concretizar tal raciocínio brilhante o Presidente fez desaparecer 1,6 milhões de votantes, um verdadeiro genocídio eleitoral): a vitória da PÀF ou a vitória do PS. E a PÀF teve mais votos, ganhou as eleições e foi convidada a formar Governo. Convidada por mera coincidência pelo mesmo indivíduo que muito democraticamente afirmou (antes) que escolheria sempre a opção maioritária (por mais estável) e que no final (depois) acabou ditatorialmente por escolher a opção minoritária por ser mais segura (para ele e para os seus).
Um Presidente que se considera o Homem do Leme do seu país (num barco que ele tem ajudado a afundar destruindo valores económicos, sociais e éticos básicos, de sustentação mínima de qualquer tipo de sociedade organizada e solidária), que não consegue deixar de olhar repetidamente a sua bela imagem refletida no espelho (ignorando tudo o que se passa à sua volta e que bruxas há muitas), que se assume como anti comunista primário apenas por mero interesse e situacionismo político e pessoal (nunca se esqueçam que ele é o verdadeiro pai do Polvo) e que numa importantíssima comunicação ao país para TODOS aqueles que votaram (ou não) nas Eleições de Outubro (em que foram convidados a participar para escolherem os seus representantes) dá a entender que com ele só governos de direita (e os seus 38,57%). E que sendo necessário (num caso extremo de ataque à soberania de Portugal levada a cabo por traidores socialistas, comunistas e esquerdistas, uns 50,65% dos eleitores), sugerindo desde logo que manteria um Governo de gestão mesmo que com ele levasse Portugal definitivamente até ao fundo. A culpa? Seria sempre daqueles que não concordaram com ele.
E enquanto os pobres sofrem a palhaçada continua.
Uma vida de TRISTEZA, de SILÊNCIO e de MEDO e que eles traduzem (os fazedores pagos de opinião) por aceitação e necessária continuidade (como se fossemos Os Filhos da Lobotomia).
(imagem: deviantart.com)
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Money Only Money
Quando um Governo nos oferece o Céu e o Inferno (ao mesmo tempo), o povo estranha e fica confuso. Mas num último esgar de esperança ainda acredita (na continuação do cenário) e ao toque do sino segue (de novo) o rebanho: segundo ele o pior cenário será sempre o do Purgatório (pretensamente pobres mas com saúde).
Pobres: sem dinheiro não estou a ver como!
O Inferno
(artista anónimo da escola portuguesa)
No mesmo dia em que fico a saber que a nossa fantástica Ministra das Finanças prometeu aos jovens que se o seu partido ganhar os velhos jamais serão um entrave para os seus futuros risonhos (se existirem problemas financeiros cortará mais uma vez nas pensões milionárias dos velhos, pelos vistos verdadeiros parasitas e sorvedores de dinheiro), fico também a saber que entre as muitas vítimas do Ministro da Solidariedade Social (o mesmo que tem vindo a asfixiar novos e velhos, destruindo-lhes na base o seu crédito futuro de esperança e quebrando invariavelmente as cadeias de amizade entre ambos) estarão também crianças com diferentes tipos e níveis de deficiência, que usufruirão de apoios legais a que logicamente terão direito: sujeitando-as a dirigidas e inconcebíveis juntas médicas, levadas a cabo por elementos não qualificados para a função e com o único objectivo de as eliminar das listas de apoio (por razões estritamente económicas e pelos vistos aplicadas a um sector a desaparecer no futuro, por não produtivo e desinteressante).
Proponho que o novo Governo estabeleça um limite de validade para os nossos velhos (por exemplo e inicialmente a idade de reforma), a partir do qual os mesmos se ofereceriam voluntariamente para serem inseridos num processo de aproveitamento e reciclagem, em solidariedade para com os outros elementos do seu grupo, ainda válidos e produtivos. Criando sempre excepções com contrapartidas financeiras. Afinal de contas “a excepção confirma a regra”. Não esquecendo o problema com o ainda grande contingente de jovens (muitos continuam a não querer deixar os seus sofás inseridos nas zonas de conforto familiares) e as suas necessidades de sucessivas certificações e qualificações profissionais (para pelo menos verem o túnel com a saída lá ao fundo): já que largaram algumas centenas de milhares ao abandono (nem trabalham, nem estudam, talvez roubem) e outros tantos em países vizinhos (já que sabem vão trabalhar, mas para outro lado), o Governo deveria aproveitar esta excelente oportunidade para decretar a extinção desta geração (já que anteriormente outras também ficaram pelo caminho) – até porque é essa a razão pela qual estes políticos chegaram ao poder. De tão Perfeitos sendo tão Medíocres.
Nós não somos gado, mal acondicionados num cercado!
(imagem – Web)
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Afinal é Mentira: eles são mesmo Perfeitos!
Convém fazer notar que a família ESPIRÍTO SANTO tinha amigos e familiares em todo o espectro político englobando o BLOCO CENTRAL: e no caso de Sócrates e de Passos (para só falarmos dos últimos, já que a memória é tão curta) o mínimo que poderemos dizer é que os dois também se serviram sôfrega e amplamente dessa grande panela – fosse para seu benefício ou para o benefício de amigos (para nós qual é a diferença?). Essa a razão do esvaziamento tão rápido da mesma e o motivo da nossa miséria financeira. Ou seja: entre o Governo e a Banca o duelo seria vencido por quem melhor se servisse do PANELÃO. No final e esvaziado o mesmo a culpa seria atribuída aos utilizadores de pequenas malgas, que teriam comido indevidamente e acima das suas possibilidades.
Sócrates e Passos
(dois homens com perfil perfeccionista)
“MARC ROCHE, autor do livro BANKSTERS, diz que o caso BES representa na PERFEIÇÃO tudo o que está mal no sistema financeiro.”
(Sandra Afonso – Página 1)
“Os bancos controlam os políticos, os banqueiros estão acima da lei e ninguém é condenado.”
O Governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, já se devia ter demitido...Nem acredito que ainda esteja no lugar! Devia ter saído de imediato! Em última análise ele é o responsável pelo que aconteceu, porque não supervisionou como devia o banco. Mas estas pessoas nunca se demitem!
Impunidade, ausência de controlo, mania das grandezas, megalomania, evasão fiscal e, finalmente, a aventura do risco, para lá da banca, é tudo o que está mal!
Essa ligação entre políticos e bancos é a verdadeira relação tóxica e uma ameaça à democracia. Os políticos não controlam os bancos, os bancos controlam os políticos.
Nenhum banqueiro foi condenado até agora, mesmo em casos com actividades ilegais.
A partir da leitura destas cinco preciosidades pedagógicas retiradas da entrevista realizada a Marc Roche (as quais irão certamente despertar pelo menos alguma curiosidade entre aquela parte da nossa sociedade que se decidiu assumir talvez por estratégia talvez por ignorância como invisual crónico) e se necessário (para não restarem qualquer tipo de dúvidas) recorrendo a equipamentos adicionais de melhoria da nossa percepção visual (óculos, lentes, telescópios e até microscópios), poderemos finalmente afirmar com toda a convicção que o nosso corpo e mente reflectem, que à sua maneira e com estilo próprio e replicado (para protecção da continuidade do Estado) todos os políticos se acham Perfeitos – só não o confirmando por humildade e respeito para com os seus dirigidos: se não fossem os Perfeitos o que seria dos Imperfeitos?
(texto/negrito: RR – imagem: Web)
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De Pequenino se Torce o Terrorista
Na Terra do Camarão
Depois de um tipo do calibre de Tony Blair (um sujeito mesmo mau e real) só faltava mesmo aos britânicos apanharem com um calibre do tipo David Cameron (um objecto mesmo acéfalo e virtual).
Counter-Terrorism and Security Bill 2014-15
(GOV.UK)
Mais uma vez um regime modelo como o da Grã-Bretanha (modelo original) certificado pelos supremos teóricos oficiais da Civilização Ocidental, vem reconhecer face ao cidadão que o elegeu para o representar e defender a sua total incompetência (e descaramento), solicitando-lhe que se empenhe mais profundamente na defesa do seu Estado, já que o mesmo (nesse ponto fulcral de defesa da soberania) demonstrou ser incapaz.
Não é pois de admirar que um governo como o Britânico enterrado em milhares de escândalos e contradições, que vão desde o afundamento progressivo e brutal da sua economia (agora até incluem o mercado da droga e da prostituição nos seus balanços orçamentais, o que teve como reflexo imediato a melhoria visível das contas) até à destruição de valores éticos e morais (veja-se o caso de pedofilia que atravessa toda a sociedade britânica, com focos bastante poderosos seja entre círculos políticos como entre círculos da família real), por vezes se meta por caminhos no mínimo estranhos e incompreensíveis.
Senão vejamos (apenas um caso): todos os funcionários públicos ou privados com responsabilidades nas áreas da Saúde, Justiça, Educação, Administração e por aí fora, terão agora no seu local de trabalho uma responsabilidade adicional, pois além de terem de desempenhar eficientemente a função para a qual foram contratadas, terão igualmente de espiar, concluir e denunciar – sem nenhum tipo de formação adequada. Ou seja (apenas um exemplo): se eu julgar que uma criança frequentando um jardim-de-infância tem tendências terroristas, devo logo denunciá-la (para protecção dela e de toda a comunidade) às autoridades competentes.
“Lembro-me de um truque, particularmente cruel, que certa vez fiz com uma vespa. Ela estava sugando a geléia em meu prato, e eu a cortei no meio. Não prestou a menor atenção, mas simplesmente seguiu com sua refeição, enquanto um fino fluxo de geléia escorria de seu estômago partido. Somente quando tentou voar, deu-se conta do terrível fato que lhe tinha acontecido. O mesmo acontece com o homem moderno. Aquilo que lhe foi cortado é sua alma.” (George Orwell/pensador.uol.com.br)
(imagens – Web)
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A Fé nos Psicopatas
A UE e o FMI apoiaram imediatamente a iniciativa, tendo já fornecido ao Governo português uma caixa especial de ferramentas, que este desde já triplicou – utilizando uma moderna impressora de última geração (made in Taiwan).
Considerando a crise económica e financeira que tem vindo a asfixiar Portugal e os seus cidadãos excedentários, o Governo comandado pelo compadre Coelho e pela comadre Portas – e apoiados incondicionalmente por todos os seus filhos ilegítimos e bastardos – decidiu atribuir ao ramo da construção civil a tarefa de reconstruir e solidificar o areal das nossas praias e de toda a restante costa litoral.
Trabalhadores reforçando a linha de costa
(1.º,2.º e 3º Nível)
Para o efeito foi já publicado em triplicado e devidamente selado um edital solicitando a contratação imediata de três trabalhadores ligados ao ramo da construção civil, que irão de imediato e sob a liderança de um engenheiro formado em instituições privadas reconhecidas pelo conceituado ME, começar a fixar pelo menos provisoriamente a linha da costa. Espera-se a colaboração entusiasmada da população, autorizada a fornecer pregos, parafusos e porcas.
Até ao momento o Ministro da Economia Pires (de tremoços) ainda não se pronunciou sob o assunto em questão, dado estar a terminar a sua querida e deliciosa bejeca.
(imagem – Andrei Popov/Rússia)
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A Bandalheira Política Portuguesa
A Caminho da Restauração – Da Idade Média
Porque será que Portugal tem como destino único ser governado por oportunistas egocêntricos e incompetentes e que nunca trabalharam?
Até a Segurança do Estado os odeia: e eles riem-se porque são Governo
A República é o Povo e a Assembleia um mero edifício – poderoso e simbólico é certo, mas apenas o local de trabalho daqueles que deveriam ser os representantes do Povo. Quanto à escadaria ser o limite, perdoem-me: a segurança dos representantes não se pode sobrepor à liberdade dos seus eleitores. Sem eleitores livres nunca poderia existir democracia (e os representantes do povo) e como prova temos o Estado Novo e a ANP (e os representantes dalguns): eliminavam-se os eleitores protegendo os “seus representantes”. Só que agora os “representantes do povo” – comportando-se como abutres – alimentam-se dos seus, não vá a crise tecê-las e transformarem-se em eleitores.
Por vezes só resta a revolta. E se assim procedermos, ainda “levamos mais”.
E aí percebemos a opção dos nossos líderes sociais: só que – duma forma ou de outra – já estamos mortos. Como um zombie ou um morto-vivo.
PS – E o problema até era de fácil resolução, passando por uma limpeza que teria de passar pela Presidência e pela criminalização dos actos ditos políticos, mas apenas particulares e pessoais – e deliberadamente anti-sociais: para eles no fundo convêm manter o medo, para assim controlarem as multidões. E é nisso que querem transformar as polícias: de protectores do povo, em cães (tão mal os tratam) do Governo.
(imagem – SAPO)
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SHIT
“O Homem sempre teve um sonho – Voar.
Este Governo também teve um sonho – mas optou pela Merda”.
A Merdificação Intelectual em que nos mergulharam estes Vendedores de Merda
O melhor retrato dos nossos quatro tipos de governantes
(descubra-os)
Entrevista:
- Sabe, isto é muito difícil para mim, porque se eu fosse ministro da Justiça era mais fácil, agora isto é uma coisa que eu não conheço.
- Aqui são as pessoas que vêm falar comigo, que me dizem o que tenho de fazer. Portanto, estou um bocadinho com os pés no ar. Mas, ao mesmo tempo, é muito bom, porque não percebendo nada disto tenho mais capacidade para fazer reformas.
Resultado:
- Contratado e ainda no activo.
Direito de Resposta:
- Não é meu assessor, amigo pessoal ou confidente.
(imagem – Web)
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Vigarice - À Dúzia é Mais Barato
Crise
Governo prepara novo corte no abono de família
Marco António – General do exército romano
1
O Executivo quer reduzir o número de famílias com direito a abono para garantir que apenas receba o apoio social quem realmente precisa.
Será alguém? Pensei que eles já conheciam os pobres, mas pelos vistos descobriram o segredo da multiplicação!
2
O Ministério da Solidariedade Social está a preparar alterações legislativas que garantam que os apoios sociais, como o abono de família, sejam atribuídos apenas a quem necessita e tendo em conta a situação financeira do momento.
Mas será a quem? Será aos filhos que não têm pais e que não conhecem os seus filhos, porque estes já emigraram precocemente, com medo dos sucessivos impostos colaterais?
3
Em declarações à agência Lusa, o secretário de Estado da Solidariedade Social, Marco António Costa revelou que está a ser desenvolvido há já três meses um trabalho que "deverá estar concluído durante o mês de Janeiro".
Não me pronuncio sobre um trabalho cuja duração e avaliação será da responsabilidade única do Ministério da Economia, mas não deixo de constatar a estranha coincidência do Ministro desta pasta, impor mais meia hora de trabalho diário e não remunerado a todos os trabalhadores deste país, talvez porque não acredite nas conclusões do dito trabalho desta comissão.
4
O "grupo de especialistas" do Ministério da Solidariedade e Segurança Social (MSSS) está a estudar possíveis alterações de "carácter legislativo mas também de carácter operacional e funcional" que garantam uma "melhoria das condições de acesso às prestações sociais com maior rigor e efectividade com a situação real", contou à Lusa.
Na situação actual de crise profunda e sem se percepcionar qualquer tipo de solução política a longo prazo, é impossível a qualquer um de nós resistir à demagogia inimputável e de sobrevivência, de palavrões – pelo momento escolhido – tão patrióticos e provocadores como estes: especialistas, carácter, operacional, funcional, acesso, rigor, efectividade, real. Ufa!
5
"É um trabalho de avaliação e ponderação de carácter legal para melhorar os requisitos formais", explicou o secretário de Estado, recusando-se a adiantar quaisquer alterações concretas previstas no documento.
Primeiro vêm com um palavreado desprezível de intelectual feito de palavras ocas, de tal modo confuso e misterioso para quem o pronuncia, que inevitavelmente ninguém perceberá ou escutará tais iniquidades, por falta de paciência para tanto pensamento bruto e banalidade. E em seguida e de cima do seu pedestal cravado na pirâmide do poder, que eles ainda não repararam estar invertida – e isto é muito importante para a evolução desta situação, porque em qualquer altura podem cair e magoar-se – ainda por cima se recusam a responder às nossas dúvidas, invocando a sua indisponibilidade de mudanças por sugestões por nós propostas, de um documento que nós nem sequer conhecemos. Existem muitas formas de insultar alguém, sem ter de lhe chamar estúpido – isso já eu sabia!
6
"Desde que assumimos funções, há cinco meses, que temos preocupações em relação a esta questão”, garantiu Marco António Costa, explicando que o executivo quer garantir que haja "mais justiça social na atribuição dos apoios sociais".
Mentira! Assumiram funções há muitos mais anos atrás, através da implantação progressiva de uma parceria público e privada, com a outra sucursal maioritária da política no poder. Preocupações foram sempre nenhumas. Basta ver o estado a que chegou este pobre e abandonado país, apenas porque certas pessoas de uma forma inacreditável, prepotente e incompetente, nunca se decidiram a olhar o espelho, para não verem os responsáveis desta farsa e deste funeral e não morrerem de um medo vergonhoso.
7
O ministério está preocupado em garantir que os apoios atribuídos sejam justos e correspondentes à situação efectiva das famílias, mas também quer que haja garantias de "segurança para que não seja atribuída indevidamente a quem não precisa".
Sempre a mesma táctica primitiva de sobrevivência, em que tudo se resolve à pancada. Primeiro distrai-se o parceiro do lado, enquanto nos viramos para o outro parceiro e o informamos que ele é o oposto do seu simétrico. Como tal e existindo sempre a possibilidade de conflitualidade, mostramos imediatamente a nossa neutralidade, através da nossa posição ocasional e sem pretensões no centro do conflito. Sem querer interferir na evolução deste problema e ansiando demonstrar cabalmente a nossa imparcialidade, abandonamos rapidamente e sem sobressaltos, o cenário que se adivinha. Não temos culpa que enervados com a situação em que se meteram, sem perceberem o alcance da noção de simétrico e sem o mediador de permeio, se tenham entretido cada um deles a matar a sua sombra, sem se aperceberem que a sua doença já tinha sido declarada há muito e que já estava a decorrer o seu funeral.
8
De acordo com Marco António, o Estado tem "um acumulado de 500 milhões de euros" de apoios, atribuídos indevidamente.
Reconheço que existem indivíduos com constantes sonhos de grandeza, principalmente quando a pobreza que os rodeia e afecta, é extrema. Este atira-nos com milhões de euros deitados ao lixo, apenas porque o pobre nunca soube utilizar para seu benefício, os cêntimos que o estado lhes deu para gastar. Prefere acumular como os romanos e atirar os nossos ossos aos leões.
9
As declarações do governante surgem no mesmo dia em que foi tornado público um ofício enviado pelo Provedor de Justiça ao Ministério da Solidariedade Social, pedindo "urgência" na alteração do critério de atribuição de abono de família, segundo o qual aquele apoio é definido com base nos rendimentos do ano anterior ignorando quem fica subitamente desempregado.
O Provedor tem como seu equivalente na Igreja, a figura da beata. Não interessa particularmente o que ele diz, mas o que alguém lhe terá dito e como é que ele irá proceder a seguir. Tal como no caso da beata, ele nunca deixará de ser um amigo chegado dos desprotegidos e à sua maneira, será um dos que acompanhará as lamúrias, no decorrer do funeral. Sentadinho na sua cadeira, zelará à distância pelo bom estado do cadáver, oferecendo com piedade e compaixão, os pêsames aos familiares.
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Alfredo José de Sousa diz ter recebido cartas de "muitos reclamantes" lamentando as regras da atribuição do abono de família, por terem por base os rendimentos auferidos no ano anterior e ignorarem alterações recentes no rendimento das famílias.
É preciso ter mesmo muita paciência, para lidar com estas figurinhas de papel. Quando é que o homem percebe o que lhe dizem? O que é que ele não percebe nestas contas: três vezes nove vinte e sete, noves fora nada! Nada é o que ele é e ainda o que nós somos!
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O Provedor de Justiça lembra "só uma rápida alteração das regras de atribuição do abono de família pode aliviar em tempo útil a situação de quem perdeu o direito a esta prestação com base em rendimentos que já não aufere actualmente".
Vamos lá ver se eu entendo o que ele diz. Eu já não tenho rendimentos, mas como já os tive anteriormente, vou perder direito a receber um abono que me seria destinado, porque estou nesta situação, mas não devia estar. A minha sugestão para acabar com toda esta confusão, seria o de pendurar numa árvore bem alta o criador destas regras e deitar-lhe imediatamente fogo, antes que alguém lhe dê o curso de bombeiro e nos queira salvar a todos.
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Marco António Costa lembrou que "este é um problema que existe há vários anos" e que até terem tomado posse "não tinha sido encontrada solução para o mesmo".
Se o problema existe há vários anos e até agora eles não encontraram a solução, acho que a conclusão que qualquer pessoa tirará, será de tal maneira evidente, que seria um insulto ser necessário mencioná-la aqui. Então essa da tomada de posse e da mensagem subliminar de que “agora é que vai ser” é o máximo: pelos vistos não é um príncipe mouro, mas também nunca será, um imperador romano, talvez um político ou um simples militar.
(texto construído a partir de notícia – Jornal Económico/Agência Lusa)