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Albufeira após o Dilúvio

Quarta-feira, 04.11.15

“Uma onda gigante varreu o centro antigo de Albufeira. E ninguém previu o fenómeno.”

 

Ao circularmos na estrada 125 no troço entre Albufeira e Faro já eram bem visíveis os efeitos provocados pela precipitação intensa e ininterrupta que se registou nesta região do barlavento algarvio, desde o início da madrugada de Domingo dia 1 de Novembro (entre as 3 e as 11).Ali perto morreu uma pessoa levada pela enxurrada (zona de Boliqueime).

 

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EN 125

 

Algumas imagens da parte velha da cidade (onde se situava o antigo jardim) após a passagem da violenta onda de água, lama e outros detritos – obtidas terça-feira dia 3 (segundo dia de limpezas) após a passagem pelo local do Ministro de Deus e do Diabo: que me fez logo lembrar os efeitos do furacão KATRINA (destruindo Nova Orleães e provocando inúmeras vítimas) e de como os Republicanos se tentaram librar das consequências trágicas da sua passagem (custos) tentando explicar a catástrofe como sendo um desígnio de Deus. Que castigara os pecados aí praticados (incluindo negros, sexo, drogas e toda a marginalidade associada a essa raça interessada apenas no prazer e no excesso pecaminoso) enquanto protegia as plataformas de petróleo.

 

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Mas depois desta grande e profunda limpeza certamente muito mais trabalho se seguirá. Para já não falarmos que comprovadamente toda esta zona da cidade será sempre um leito de cheias (se entretanto e como é costume nada de útil se fizer), restando apenas duas alternativas possíveis: ou se acaba com as cheias ou se acaba com a cidade.

 

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Uma cheia repentina que apenas se concretizou pela contribuição da elevada precipitação que se fez sentir na região (e que pela hora do almoço levara os bombeiros a dirigirem-se para a zona baixa da cidade para prováveis inundações de ruas e de lojas), conjugada com as correntes de água e de lama que se dirigiram para o mar e que entubadas em canais subterrâneos situados em antigos ribeiros atingiram o seu limite, extravasaram dos seus leitos (artificiais) e invadiram a superfície levando tudo à sua frente (razão pelo que pouco depois da sua chegada e vendo o que aí vinha, os bombeiros tiveram de imediato de abandonar o local – ou seriam levados pela forte corrente e atirados ao mar).

 

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Na baixa nada escapou a este tsunami interior, pondo a nu toda a incompetência associada aos projetos de pretensa engenharia associados aos técnicos trabalhando para o Programa Polis; obras que tanto custaram a Albufeira (até aos mesmos comerciantes agora atingidos) e que a partir da conclusão das mesmas tantas consequências negativas originaram (e continuarão a provocar). Deixando o próprio manequim à porta da loja, completamente nu, talvez atónito, paralisado: mas já com vida (movimento de pessoas na loja) no interior.

 

“O que vale é sempre o Povo e a sua força Coletiva – física e moral.”

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 21:44

Inundação e Destruição em Albufeira

Terça-feira, 03.11.15

E o Rio Saltou para Fora do Tubo!

 

“Severe thunderstorm accompanied with heavy rains continues to sweep Iberian Peninsula, as of November 1, 2015. Severe flooding claimed one life so far, in Algarve region, Portugal.” (The Watchers)

 

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Albufeira – Zona da Praia dos Pescadores
(imagem: Tristan Dawson/Severe Weather Europe/The Watchers)

 

E quando toda a gente se preparava para o encerramento desta última época balnear – tendo-se já iniciado (entre outras) as habituais ações de limpezas, arrumações e preparação prévia para a Passagem de Ano – eis que subitamente a ribeira que sempre atravessou Albufeira (no fundo uma confluência de três ribeiros) extravasou inopinadamente os seus domínios territoriais (expectáveis pelos especialistas), destruindo tudo à sua passagem e lançando o caos na coluna vertebral da zona antiga da cidade: tal e qual um rio de grande caudal correndo entre margens apertadas e turbulentas (por artificiais), percorrendo violentamente o seu leito disponível, como se de um rápido se tratasse.

 

Acontecimento trágico por previamente acompanhado por múltiplos sinais de aviso (como o da anterior cheia de 2008, da qual os comerciantes ainda esperam apoios há muito prometidos) e por diversas vezes ser anunciado (e sistematicamente ignorado) por todos os leigos desta terra: pessoas (trabalhadores de vários ramos) comuns como nós, mas no entanto com experiência, cultura e felizmente alguma memória (que facilmente podemos constatar).

 

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Sul de Portugal – Precipitação na região do Algarve
(imagem: Meteoalerta/The Watchers)

 

Durante toda a noite de sábado para domingo a região de Albufeira e toda a zona circundante envolvendo os concelhos limítrofes de Silves e de Loulé, esteve sujeita à ação de um extenso campo de baixas pressões transportando consigo chuva intensa, que estacionando sobre este território do sul de Portugal (sobretudo o barlavento algarvio) e com a elevadíssima e contínua precipitação aí registada, provocou grandes inundações e muita destruição (registando-se mesmo uma vítima no concelho de Loulé).

 

Durante pelo menos oito horas choveu ininterruptamente na cidade de Albufeira (das 3 às 11 da manhã). Por essa altura já as águas que tinham caído em todo o concelho se encaminhavam vindas das Ferreiras (onde já se registavam inundações), movimentando-se rapidamente em direção ao mar e acabando muito desse enorme volume de água por ser recolhido nas várias ribeiras existentes que no final (do ribeiro entubado) iam dar à cidade. No caminho invadiram e inundaram entre outros o Parque de Campismo e o interior de um supermercado situado nas proximidades do Centro de Saúde, acabando por se dirigir de seguida para a passagem subterrânea de peões (na rotunda do Globo) e a partir daí aceder à Avenida da Liberdade e ao centro da parte velha de Albufeira.

 

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Inundação – Supermercado junto ao Centro de Saúde
(imagem: Rui Pedro/Severe Weather Europe/The Watchers)

 

A partir daí a poderosa onda de água (e de lama) vislumbrou uma nova descida para o mar e abruptamente invadiu a Avenida da Liberdade, seguindo então o já conhecido percurso da antiga ribeira, atravessando o jardim e indo desaguar à Praia dos Pescadores. Destruindo tudo à sua passagem e colocando todo o centro da Albufeira antiga num estado lastimável, triste e impensável (verificável com a profusão de vídeos e de fotos entretanto já publicadas).

 

O que não se percebe é como é possível estar alguém a almoçar tranquilamente em pleno centro de Albufeira, desconhecendo completamente que logo ali a seu lado e a poucos minutos de distância uma violenta torrente de água, de lama e de outros detritos se encaminha rápida e perigosamente na sua direção?

 

Já imaginaram o que seria noutras circunstâncias?

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 23:59

Marrocos Debaixo de Água

Quinta-feira, 04.12.14

Às Portas do Deserto

 

Uma semana depois de Marrocos ter sido atingido por uma tempestade que provocou 36 mortos, nova tempestade atinge este país do norte de África causando agora pelo menos 7 vítimas mortais.

 

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A tempestade atingiu sobretudo o sul de Marrocos, com toda a região a ser atingida por elevados níveis de precipitação, que acabaram por causar rapidamente grandes inundações: como as registadas na zona da cidade de Gugelmim, uma das mais afectadas.

 

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O mau tempo registado no passado fim-de-semana obrigou as autoridades marroquinas a declararem a zona de Gugelmim (a mais atingida) uma área de desastre, com toda a zona a apresentar diversas estradas cortadas e parcialmente destruídas pela passagem das águas dos rios (ao extravasarem dos seus leitos), além da destruição de culturas, casas e outras infra-estruturas.

 

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O mau tempo fez-se sentir mesmo às portas do deserto do Sahara com cidades como Marrakech e Ouarzazate a sentirem a fúria da tempestade. Numa região onde a água é um dos bens mais preciosos para a vida e sobrevivência da sua população, uma ocorrência meteorológica desta dimensão num país com escassez de água, é um caso raro logo imprevisível.

 

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O tempo começou finalmente a melhorar a partir do início desta semana (segunda-feira). O Reino de Marrocos é governado pelo monarca Maomé VI tendo a sua capital em Rabat. Numa mistura de cordilheiras, planaltos e grandes planícies, na sua região sul (e fazendo fronteira com o deserto) o país apresenta uma topografia muito propícia (em caso de grandes precipitações) ao aparecimento de situações deste tipo (inundações).

 

(imagens – Web)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 00:49

Temporal em Marrocos

Quarta-feira, 26.11.14

Depois de três dias seguidos sob os efeitos de uma tempestade que atravessou o norte do seu território em direcção ao sul da Europa, Marrocos vê-se agora com os efeitos provocados pela passagem desta frente atmosférica, transportando mau tempo, originando destruição e ainda causando vítimas.

 

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O mau tempo apresentou-se em toda a costa Atlântica de Marrocos, atravessando praticamente todo o país e concentrando os seus efeitos em torno da base da cadeia montanhosa do Anti-Atlas. Casas destruídas, estradas fechadas e o registo de mais de trinta vítimas, fazem parte do balanço destes três dias de chuvas intensas e inundações.

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Entretanto o tempo em Marrocos já acalmou, mas o perigo de inundações mantêm-se, dado o elevado nível da água dos rios e a previsão do regresso do mau tempo para os próximos dias 28 e 29 de Novembro. Pondo de novo em alerta regiões tão perto do deserto do Sahara como Guelmim, Ouarzazate e Marrakesh.

 

(imagens: The Watchers e GFFS)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 11:57

Portugal e Alterações Climáticas

Sábado, 04.01.14

Os efeitos provocados pelo aquecimento global nas condições climatéricas que se fazem sentir por todo o mundo, também afectam naturalmente Portugal: mas é mais difícil ver do que sentir!

 

Ponte 25 de Abril em Lisboa

Encerrada parcialmente devido ao mau tempo e à existência de ventos fortes

 

    

Tornado em Paredes

Inundações na baixa de Águeda

 

Destruição provocada na praia do Machico por acção da chuva, do vento e do mar

 

Toda a zona costeira de Portugal continental está ainda em estado de alerta, com o mar a invadir o litoral e a provocar muitos estragos em habitações e outros edifícios situados nas suas proximidades – principalmente nas zonas costeiras situadas entre Espinho e Ovar. E com estes dois concelhos registando as situações mais preocupantes – no Furadouro (com o mar a invadir a marginal) e em Esmoriz (junto ao Bairro dos Pescadores).

 

(dados e imagens – retirados da WEB/SAPO)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 19:35