ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Luas do nosso Sistema – Titânia
Titânia: a 8ª maior lua do Sistema Solar.
(d = 1577km – ou seja quase 1/3 da maior lua Ganimedes)
Para lá da Cintura de Asteroides e orbitando o Sol a quase 3000 milhões de Km entre as órbitas de Júpiter e de Saturno, o planeta Úrano de diâmetro 4X da Terra faz parte de um conjunto de quatro Planetas Gigantes, dois deles classificados como Gasosos (Júpiter e Saturno) e outros dois como Gelados (Úrano e Neptuno). Um planeta que demora 84 anos a descrever a sua trajetória em torno do Sol e que pela distância ao mesmo (20 X mais distante) recebe a luz do Sol com uma intensidade 400 X inferior. Possuindo 27 luas com as cinco principais a serem Miranda, Ariel, Umbriel, Oberon e a maior delas Titânia: uma lua pouco conhecida do nosso sistema planetário e da qual apenas se têm registos de imagens (já com trinta anos) enviadas pela sonda Voyager 2.
Titânia – Lua de Úrano – PIA 00036
(Voyager 2 – 1986)
Tendo como duas das suas principais características geológicas, topográficas e com relevante impacto visual (ao olharmos para esta lua), a sua grande cratera (de impacto, Gertrudes) situada no seu extremo sul (na imagem) e o maior desfiladeiro conhecido em Titânia (Messina Chasma com uma extensão de cerca de 1500Km na imagem à direita). Na sua constituição podendo-se conceber esta lua de Úrano como uma mistura em proporções semelhantes de rocha (núcleo) e de gelo (manto), provavelmente separados entre si por água no seu estado líquido e com a sua superfície um pouco escura (talvez devida à presença de carbono) cheia de elevações, desfiladeiros e outras grandes falhas geológicas.
Úrano – PIA 18182
(Voyager 2 – 1986)
A maior lua de Úrano visitada de passagem por uma máquina (construída pelo Homem) há 30 anos atrás, apresentando-nos (imagem inicial) um mundo um pouco menor do que a Lua (a nossa) – num registo obtido a 500000Km de Titânia – e que no seu passado (distante) terá tido o seu período de maior atividade geológica: para além de todos os impactos que terão atingido Titânia cobrindo a sua superfície de crateras e extensas depressões (desfiladeiros). Com os grandes desfiladeiros como o de Messina Chasma a poderem ser um indicativo de que no seu passado (sem cronologia ainda bem conhecida), esta lua poderá ter sido contemplada com um período de grande atividade tectónica. E que ainda hoje como todos os corpos celestes mais distantes (e até mais próximos) que integram o nosso Sistema Solar, transportam consigo muitos mistérios (e surpresas) e entre eles, o da origem do Universo e evidentemente o do aparecimento da Vida.
Uma lua distante e rodando à volta de um planeta – ÚRANO: visualmente um objeto celeste monocromático (assim sendo visto a olho nu, recorrendo a uma simples luneta ou até a um telescópio – dos mais simples, para principiantes e tal como eu o vi quando ainda era novinho).
(alguns dados e imagens: NASA)
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Luas do nosso Sistema – Tritão
Tritão: a 7ª maior lua do Sistema Solar.
(d = 2700Km – ou seja 1/2 da maior lua Ganimedes)
Neptuno é o oitavo e mais distante planeta do Sistema Solar localizado a cerca de 4500 milhões de Km do Sol e com quase 4 X diâmetro da Terra. É considerado um dos quatro Planetas Gigantes (fazendo companhia aos planetas Júpiter, Saturno e Úrano) integrando os planetas Exteriores (e sendo mais conhecidos como planetas Jovianos), segundo os cientistas na sua composição e estrutura muito semelhante às condições que se verificavam aquando da formação do Sistema Solar. Possuindo 14 satélites naturais sendo um deles Tritão de longe o maior (diâmetro aproximado de 2700Km): um corpo celeste muito semelhante ao agora planeta-anão Plutão, movimentando-se nas proximidades do Cinturão de Kuiper (e talvez daí sendo originário) e tal como este ex-planeta recentemente visitado pela sonda New Horizons podendo conter água sob a forma de gelo.
TRITÃO – Lua de Neptuno (mosaico) – PIA 00317
(Voyager 2 – 1989)
Com os especialistas da NASA na altura responsáveis pelo estudo do planeta Neptuno através da utilização de dados enviados para a Terra (durante a passagem e aproximação da sonda ao Gigante Gasoso) – e antes de apontarem ao último planeta do Sistema (Úrano) – a servirem-se da sonda Voyager 2 (lançada de Cabo Canaveral em Agosto de 1977) para no seu trajeto para o lado de lá (para além das 100UA) ainda darem uma espreitadela na grande lua Tritão.
Cor | Região | Composição/Formação |
Rosa | Grande parte da calote polar sul | Metano em gelo; reagindo à luz solar originando compostos rosa e vermelho. |
Preto (raias) | Localizadas na calote polar sul (na zona rosa) | Depósitos de poeiras geladas talvez ricas em carbono; lançadas para o exterior por enormes geysers e em seu redor sendo depositados. |
Verde/Azul | Estendendo-se por toda a lua entre a região da calote polar e o seu equador | Depósitos talvez recentes de nitrogénio. |
Verde | Estendendo-se por toda a lua entre a região da calote polar e o seu equador | Catalogada como possuindo paisagens criovulcânicas tendo na sua origem (talvez) erupções oriundas do interior de Tritão de líquidos frios e gelados agora congelados; áreas de origem desconhecida. |
(alguns dados sobre Tritão a maior das 14 luas de Neptuno)
Neptuno e Tritão (montagem) – PIA 00340
(Voyager 2 – 1989)
Deparando-se na sua análise sobre esta lua de Neptuno com o corpo celeste de todo o Sistema Solar com temperaturas mais baixas registadas à sua superfície, a tal ponto negativas (quase -400⁰C) que o nitrogénio ao condensar-se de imediato se transforma em gelo (cobrindo muito de Tritão). E a partir daí apresentando-nos a superfície da lua Tritão, desde a sua calote polar a sul até à região do equador. E com a nossa Lua a continuar a surpreender-nos entre outras razões pela sua expressiva razão entre o diâmetro da mesma e a do planeta principal que orbita.
[Com a nossa Lua a ser proporcionalmente a maior em diâmetro se comparada com o planeta que orbita (a Terra), sendo essa razão lua/satélite mais de 80X superior do que a registada com Fobos (a maior lua de Marte) e relativamente aos outros planetas possuindo luas (e todos eles Gigantes Gasosos) com a mesma razão (lua/planeta) mesmo assim a manter-se em valores bem altos e distantes do nosso (Lua/Terra) e variando entre 5X e 9X. O que significa que o mais natural seria a Terra ter uma lua tipo Fobos (ou um pouco maior em diâmetro) mas nunca uma outra que comparativamente com os restantes planetas (e seus satélites naturais) fosse inexplicavelmente muito maior. Um mistério entre muitos (envolvendo a nossa Lua) ainda por explicar.]
(imagens e alguns dados: nasa.gov)
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O Gigante Saturno
E as suas luas Atlas, Enceladus, Tethys, Dione e Rhea.
Durante um período de quase 30 anos Saturno executa o seu movimento de translação em torno do Sol acompanhado por mais de 60 satélites naturais.
PIA 18350
Saturno, os seus anéis e a sua pequena lua Tethys
(o pontinho branco no canto inferior direito)
Imagem do sexto planeta do Sistema Solar o gigante gasoso Saturno, registada no passado dia 7 de Março de 2015 quando a sonda Cassini se encontrava a 2.600.000km de distância. Tendo ainda como protagonistas os famosos anéis rodeando o planeta e a sua pequena e pouco iluminada lua Tethys (iluminada artificialmente por um fator de 2 para se tornar mais visível). Um planeta com um diâmetro aproximado 10X diâmetro da Terra (116.500km) e esmagadoramente maior (mais de 100X) que o diâmetro da lua que na imagem o acompanha (1.062km). Ainda-por-cima com a lua Tethys na altura do registo localizada mais próxima da sonda Cassini em cerca de 200.000km. Numa imagem publicada no dia 11 deste mês pela missão Cassini-Huygens (uma operação conjunta das agências espaciais NASA/ESA/ASI) lançada de Cabo Canaveral em Outubro de 1977 e atingindo a órbita de Saturno quase sete anos depois (e com o seu fim previsto para o próximo ano).
SATURNO = 10X TERRA = 100X TETHYS
(em diâmetro)
PIA 18352
Anéis de Saturno e as suas luas Enceladus e Rhea
(a 1ª acima dos anéis e a 2ª abaixo – no entanto com uma 3ª lua presente/impercetível)
Nesta segunda imagem (de 24 de Setembro de 2015) de novo contando com a presença do maior, mais preenchido e mais brilhante sistema de anéis planetários do Sistema Solar, contando com dois grandes anéis (o mais perto e o mais afastado de Saturno) e preenchido por muitos outros (menos visíveis). Adicionalmente apresentando-nos mais duas luas visíveis e uma outra pouco percetível: acima dos anéis de Saturno a lua Enceladus (na altura a 2,1 milhões de quilómetros da sonda Cassini), abaixo a lua Rhea (na altura a 2,8 milhões de quilómetros da mesma sonda) e finalmente perto do limite inferior do anel exterior (e para a esquerda de Rhea) a outra lua Atlas (a 2,4 milhões). Com Saturno a ser o segundo planeta do Sistema Solar a possuir mais luas (mais de 60) só suplantado pelo outro gigante gasoso: Júpiter o maior deles. Na imagem a lua acima dos anéis (Enceladus) tem sensivelmente metade do diâmetro de Tethys e a lua acima desses anéis (Rhea) é cerca do triplo de Enceladus.
SATURNO = 10X TERRA = 75X RHEA = 100X TETHYS = 200X ENCELADUS
(em diâmetro)
PIA 18346
Anéis de Saturno e a sua lua Dione
(apresentando fraturas estreitas na sua superfície gelada com mais de 1000km de extensão)
Um mundo desconhecido situado a mais de 1400 milhões de quilómetros do Sol e no qual qualquer terrestre viajando a bordo de um veículo conhecido (pondo de lado a nave interplanetária), demoraria no mínimo mais de cem anos para o percorrer completamente (escolhendo para cada exemplo velocidades já alcançadas):
Veículo | Velocidade (km/h) | Tempo de viagem (anos) |
A Pé | 20 | 8.000 |
De Bicicleta | 40 | 4.000 |
De Automóvel | 120 | 1.350 |
De Avião | 1.200 | 135 |
De Nave Interplanetária | 60.000 | 2,5 |
Nesta última imagem apresentando-nos ainda a lua Dione (a 1.700.000km), o 18º satélite mais próximo do planeta Saturno e com um diâmetro ligeiramente inferior ao da outra lua Tethys (a 15ª). Uma lua com parte da sua superfície carregada de crateras e povoada de montanhas geladas (e não de depósitos de gelo) criadas por fraturas tectónicas e evidenciando ser um corpo jovem.
TETHYS ≈ DIONE
(em diâmetro)
O que para finalizar nos leva a concluir que se quisermos atingir um planeta tão próximo como Saturno (apenas a 9 AU de distância do Sol), para o objetivo ser cumprido durante o nosso tempo estimado de vida só temos mesmo três hipóteses: ou construímos uma arca frigorífica extraordinária capaz de nos conservar vivos durante dezenas ou mesmo centenas de anos, ou temos mesmo uma grande paciência e esperamos pelo aparecimento da grande nave interplanetária (devemos levar algo para nos irmos entretendo), ou inventamos uma nave espacial revolucionária viajando à velocidade da luz (montados em fotões e atingindo Saturno em cerca de 78 minutos) ou então encontramos um “buraco de minhoca” e estaremos lá mal partirmos.
(imagens: NASA)
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Dione e Mimas
Luas de Saturno
Em primeiro plano a lua DIONE escondendo parcialmente e atrás de si a pequena lua MIMAS, ambas satélites naturais do planeta Saturno.
Esta imagem foi tirada pela sonda CASSINI em 12 de Dezembro do ano passado.
(imagem – NASA)