ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Sismologia – A 3 de Fevereiro esteve tudo tranquilo
Europa, América e Portugal
(e os maiores sismos do dia)
No oceano Atlântico a sudoeste de Portugal
O monte Ampére constituindo a cadeia submarina de Horseshoe
(vulcões inativos)
O sismo mais intenso sentido hoje na Europa registou-se de novo no centro da ITÁLIA com epicentro a 54Km E de Perugia e a 6Km de profundidade – com uma intensidade de M4.7 (ás 04:10:05 UTC). Seguindo-se a um outro sensivelmente com as mesmas coordenadas a 53Km E de Perugia e a 7Km de profundidade com intensidade M4.1 (22 minutos e 10 segundos antes).
Já no caso do sismo mais intenso sentido hoje em todo o Mundo este registou-se na América mais precisamente na região da MARTINICA (em torno das ilhas Windward) com epicentro a 70Km NE de Fort-de-France e a 54Km de profundidade – com uma intensidade M5.7 (às 19:54:23 UTC). Seguindo-se a um outro bem mais a sul (a mais de 5.000Km), com epicentro a 79Km W da cidade argentina de Mendoza e a 10Km de profundidade com intensidade M5.2 (mais de 19 horas antes).
Para terminar e no caso de Portugal o único sismo assinalado no dia de hoje refere-se ao monte submarino AMPÉRE (um dos 9 vulcões submarinos e inativos, constituindo a cadeia montanhosa de Horseshoe e situados no Banco de Gorringe), localizado a cerca de 200Km W do Cabo de S. Vicente – com um sismo registado a 14Km de profundidade com intensidade M2.4 (às 21:29 UTC).
(imagem: bashny.net)
Autoria e outros dados (tags, etc)
Monchique teve mesmo um Vulcão
Já dizia a professora primária – e com razão!
“Extinto há mais de 70 milhões de anos nada nos garante que dentro de outros milhões, o vulcão de Monchique ressurja ativando de novo o complexo vulcânico do Algarve.”
Pontos de subdução existentes entre as placas tectónicas
Quando passamos pela vila algarvia de Monchique e olhamos para os picos da Fóia (902m) e da Picota (774m) – com outras pequenas elevações espalhadas pelo terreno e ondulando como vagas até ao mar – a primeira coisa que nos vem logo à cabeça (não só pela constituição do terreno, pela sua evolução ao longo de milhões de anos, como até pela presença de águas termais a cerca de 32⁰C de temperatura nas Caldas de Monchique) é que esta região poderá ter tido num passado já muito distante o seu próprio Vulcão (ou vulcões): há muitos anos atrás quando cheguei a esta região ainda ouvindo falar pelos mais antigos e residentes na zona (e áreas adjacentes) do antigo e agora extinto Vulcão de Monchique (um vulcão declara-se extinto se não se verifica atividade visível ao fim de 10.000 anos – e se não tiver magma debaixo dele; adormecido se tiver tido uma erupção recente ou algum tipo de atividade menor e visível).
Na realidade com os dois picos a serem mesmo de origem vulcânica com o terreno (geologicamente falando) composto por SIENITO (uma tipo raro de rocha plutônica semelhante ao granito) e XISTOS (um tipo de rocha metamórfica predominante nas zonas menos elevadas): sendo esse território argiloso muito característico de alguns terrenos algarvios (xistosos), dado ter sido a partir da argila ao ser sujeita a grandes pressões e temperaturas que se obteve o produto final – o tal Xisto (uma rocha metamórfica – uma rocha obtida a partir de reações químicas e físicas aplicadas a uma outra rocha original). Sabendo-se que em Portugal Continental de momento todos os vulcões existentes e tendo estado em atividade no passado (já muito remoto) se encontram completamente extintos (pelo menos sem atividade visível do exterior) – em todos os complexos vulcânicos conhecidos: como o Complexo Vulcânico de Lisboa (tendo estada em atividade há cerca de 70 milhões de anos) e o complexo associado à serra de Monchique (tendo estado em atividade há mais de 72 milhões de anos).
Num processo de transformação contínua de toda a superfície da Terra (á vista ou submersa), no qual uma zona ativa tornada inativa poderá posteriormente ressurgir entrando num novo ciclo evolutivo (e geológico): o que poderá significar recolhidos alguns dados entretanto analisados e esclarecedores (indícios, vestígios, sinais) que poderemos no futuro entrar numa nova era de vulcanismo no Mundo como em Portugal – mas como tudo demorando o seu tempo e talvez ocorrendo daqui a mais uns milhões de anos.
“Existindo há mais de 4,5 biliões de anos o planeta Terra já testemunhou na sua História Geológica a existência de vários Supercontinentes: provavelmente num deles com a África e a Europa ligadas entre si e com o mar Mediterrâneo (então um território emerso, vulcânico e bastante fértil) isolado do oceano Atlântico pela então existente junção (terrestre) localizada no estreito de Gibraltar.”
Falha do Marquês de Pombal nas proximidades do Cabo de S. Vicente
Com todo este percurso sequencial e vulcânico ativo-inativo-ativo a poder ser explicado pela presença a sul de Portugal e submersa sob as águas do oceano Atlântico de uma importante falha tectónica separando a placa euroasiática da placa Africana: na sua deslocação provocando sismos (propagando-se em terra), abaixamento e elevação de terrenos (do fundo do mar) e em certos casos originando ondas gigantes (tsunamis). Como terá acontecido no sismo de 1755 em Lisboa (a zona de maior densidade populacional, mais exposta, mais afetada e vítima de um tsunami) – com uma nova zona de subdução a surgir a sudoeste da Península Ibérica (a falha do Marquês) a pouco mais de 100Km do cabo de São Vicente e talvez a iniciar aí as suas próprias ações para a formação futura de um Novo Continente (a que até já dão o nome de AURICA). No caso português com a placa oceânica a mergulhar sob a placa continental bem à frente de Portugal. Com ÚR a poder ter sido o 1º Supercontinente da Terra (teoricamente) há cerca de 3-4 mil milhões de anos.
Regressando a Portugal Continental e como comprovativo da passada atividade vulcânica nessas zonas do território português, podendo-se mencionar (entre outras) a chaminé vulcânica de Monsanto (Lisboa), a mina de Neves Corvo (Baixo-Alentejo), as chaminés de Sines (Setúbal) e o complexo vulcânico do Algarve – com a chaminé vulcânica da Praia da Luz (Lagos). Em conclusão bastando olhar, já que o solo é testemunha.
Em todo o caso – e para todos nós que passamos a maioria da nossa vida com os pés bem assentes (ou não) em terra – devendo apenas preocuparmo-nos com os possíveis sinais de alarme vindos do exterior (podendo ser progressivos e só se manifestando de forma mais violenta a muito longo prazo) e no caso de aí chegarmos (certamente muitas gerações passadas) e habitando em terra firme verificarmos (pelo perigo que o seu aumento pode constituir): a temperatura do solo, a sismicidade e a variação magnética.
(dados: LUSA/meteopt.com – imagens: rtp.pt)
Autoria e outros dados (tags, etc)
Albufeira, 27/02
Em Albufeira prevendo-se chuva para a noite da Passagem de Ano (sábado para domingo) mas com esta a cair mesmo a sério só no dia seguinte (2ª feira)
Passagem de Ano em Albufeira
(imagem: sulinformacao.pt)
O tempo hoje registado na cidade de Albufeira (terça-feira, 27) proporcionou-nos um dia de Sol e de céu aberto por vezes com algumas nuvens, mas sem se registar precipitação (0%) e com temperaturas agradáveis (entre um mínimo de 9⁰C e um máximo de 18⁰C) para este período do ano (Inverno).
Com o IPMA a prever para os próximos três dias (28, 29 e 30) a manutenção da situação meteorológica local, mantendo-se as temperaturas aproximadas (mínima e máxima) e sem precipitação.
No entanto e a partir do fim-de-semana com a chegada dos primeiros pingos de chuva (sábado, 31 – precipitação prevista 3%), com a precipitação a aumentar nos dois dias seguintes até atingir o seu pico máximo (domingo, 1 – p = 16% e 2ª feira, 2 – p = 66%) e com as temperaturas a descerem muito ligeiramente (mínima e máxima).
Imagem de satélite
(infravermelho – 27.12.2016 22h UTC)
Por outro lado com a temperatura da água do mar (entre os 16⁰C e os 17⁰C) a convidar a um banho de Ano Novo (se não chover), com índices (UV2) de raios ultravioletas (necessitando de baixa proteção) solicitando-nos a umas horas de Sol (como em todo o continente) e com um ambiente geral de usufruto e de tranquilidade para um bom início de ano e de mais horas de trabalho (ou de preguiça).
Sismograficamente com 10 registos assinalados em Portugal Continental (e áreas marítimas adjacentes) sendo 4 deles na região do Algarve (2 deles tendo como referência Albufeira) e 1 outro nas vizinhanças do Cabo de São Vicente.
Com o sismo de maior intensidade no conjunto dos 10 registos continentais a ser assinalado a NE Cantanhede hoje pelas 10 horas da manhã e com intensidade M2.5; e restringindo-nos ao Algarve com os seus 4 sismos em sequência temporal a serem: SE Albufeira, 22 M1.2 – NW Albufeira, 22 M1.8 – NE Aljezur, 26 M2.0 – NE Monchique 26 M1.2.
A Califórnia a tremer a 28 e já com 3 sismos em menos de 1 hora
(dailystar.co.uk/usgs.gov)
Atualização:
Hoje dia 28 (4ª feira) o céu apresenta-se praticamente limpo com o Sol bem presente e as temperaturas a andarem por volta dos 18⁰C (pelas 13:00);
Mantendo-se as previsões para o próximo fim-de-semana (Passagem de Ano de sábado para domingo) de tempo muito nebulado com grande possibilidade de aparecimento de chuva (e com descida ligeira das temperaturas).
Sismograficamente mantendo-se Portugal sem nenhum registo digno de relevo, unicamente com dois pequenos abalos registados nas estações continentais (na região do Algarve e zonas adjacentes): um registado ontem pelas 18:37 a NE Monchique (M1.1) e outro registado a SW Cabo de São Vicente (M1.4);
E a nível Global com 4 sismos de M> 5 registados já esta quarta-feira, 3 tendo como epicentro a zona de fronteira entre os estados da Califórnia e do Nevada (nos EUA) e 1 tendo o seu epicentro na costa ocidental do Japão: M5.6, M5.5 e M5.6 (EUA) e M5.8 (Japão) – e já agora com outro na PNG de M5.3 (14:24 UTC).
SOHO, LASCO C2 e ET’s
(19.12.2016 pelas 17:12 e 23.08.2015 pelas 21.24)
Já no que diz respeito ao nosso planeta e particularmente quando estamos a comemorar a data do aparecimento há 2016 anos atrás de uma nova estrela no céu (a Estrela de Belém) – sinalizando o aparecimento sobre a face da Terra de alguém diferente de nós certamente um extraterrestre – lá aparecem de novo as extraordinárias naves de ET’s;
Rondando o nosso Sol (como é aparentemente o caso das imagens SOHO) recarregando as suas baterias e muito provavelmente, dando aqui uma espreitadela só para verem os indígenas e verem o que estão fazendo. Querias! Até nós só visitamos o galinheiro quando queremos ver para comer.
Se aparecessem em Albufeira certamente que seriam um sucesso (ou não nunca se sabe).
(dados e 2ª imagem: ipma.pt)
Autoria e outros dados (tags, etc)
A Terra há dias sob uma Tempestade Solar
Quando num ponto de um determinado conjunto (mesmo que aparente e aberto) algo se modifica no seu aspeto e conteúdo (na forma como se apresenta), as forças que mantêm a estrutura equilibrada (incluindo as eletromagnéticas) fazendo funcionar indefinidamente esta máquina, não sentirão sequer a presença desse indício de mudança – continuando a movimentar-se sem fim à sua própria velocidade (como sistema dinâmico que é). O que não significa que essa transformação pontual (como muitas outras possíveis) não venha a ter influência (decisiva) na evolução global.
Sentiu?
Manchas solares e ventos solares
O buraco na superfície do Sol dirigido para a Terra
(NASA/SDO/AIA)
Neste final de ano de 2016 e por um motivo qualquer assumido pelo SOL (que nem tudo nos revela daquilo que realmente é), o astro de referência do nosso Sistema e ponto central da sua formação e existência, resolveu dirigir a sua particular atenção para a Terra (localizada a 150.000.000Km), apontando-lhe uma das suas famosas e quase sempre presentes manchas solares (buracos negros na coroa solar) e disparando várias CME sobre o nosso planeta (ondas maciças de energia ejetadas da superfície do Sol). Numa região da coroa solar onde nos finais dos meses de Outubro e de Novembro se tinha registado o aparecimento de duas grandes manchas solares, agora com esta terceira mancha bem virada para a Terra, extremamente ativa e tendo já emitido poderosas CME: projetando-se para o período central da Quadra de Natal (24 e 25) que o nosso planeta há já quatro dias sob o efeito de uma corrente de vento solar oriundo dessa mancha solar (22-23-24-25) continue pelo menos mais um dia (26) sob o efeito da mesma, com ventos solares soprando através do espaço a velocidades na ordem dos 600Km/s afetando o campo magnético terrestre e naturalmente originando como consequência, fenómenos atmosféricos bem conhecidos e esperados – como auroras em torno dos polos.
Auroras e raios cósmicos
Registo obtido na Suécia durante a Noite de Natal
(Oliver Wright/spaceweather.com)
Como aqui o testemunha Oliver Wright na noite de 24 de Dezembro, com os seus pés bem assentes na neve, com uma aurora presente no Céu e (evidentemente) com o Sol atrás a ajudar – e com os seus ventos solares presentes na consequência: “Worked tonight on Christmas Eve during the Lights Over Laplands Christmas special in Abisko. We had snow all night and aurora for at least an hour so had to use the opportunity to get a Christmas aurora selfie :) 1st time Ive photographed aurora through snow before so earth must be still sat in the solar wind stream from the recent coronal hole.” (Oliver Wright em Abisko/Suécia)
Um acontecimento (emissão de CME a partir de buracos negros surgindo na coroa solar) que conjuntamente com todos os raios cósmicos atravessando o Sistema Solar na nossa direção (da região onde se situa a Terra), tem contribuído nos últimos dois anos para o aumento da radiação na estratosfera terrestre: por um lado com o recrudescimento das CME afastando de nós os efeitos nocivos (para todo o eco ambiente terrestre) dos perigosos raios cósmicos, mas por outro lado (precisamente o que estamos a atravessar a caminho de um mínimo no ciclo solar) deixando-os regressar de novo. Aumento detetado em recentes observações e registos realizados no centro do estado da Califórnia, apontando para um período de tempo de cerca de 20 meses (Fevereiro 2015/Outubro 2016) e para um crescimento percentual (no mesmo período de tempo) de cerca de 12% – certamente algo de relevante e sobretudo preocupante (especialmente para os meios de transporte utilizando a atmosfera terrestre para se deslocarem, sabendo-se como os efeitos das radiações são extremamente nocivos para os seres humanos – no caso dos aviões com os seus passageiros a poderem ter que suportar numa viagem radiações 10X a 50X superior ao valor normal registado ao nível da água do mar).
Magnetismo e Sismos
Sismo de M7.7 atinge o sul do Chile
(25.12.16 – ahoranoticias.cl)
Isto tudo para, chegando finalmente ao interior da nossa Esfera (representada pela Terra e por tudo o que de perto a rodeia) e tomando em consideração tudo o anteriormente referido, podermos facilmente aceitar sem receio de qualquer percalço que a repercussão em todo o envolvente da Terra de fenómenos exteriores com este (poderosos por oriundos do Sol e das profundezas desconhecidas do cosmos), nunca se limitaria à sua atmosfera nem mesmo à sua superfície mas na realidade e de facto penetrando-a por completo: até ao núcleo central da litosfera terrestre. Provocando de uma forma visível e pelo menos sentida o aumento da atividade vulcânica e de eventos sísmicos relevantes – como poderemos confirmar pela atividade vulcânica em torno de todo o Círculo de Fogo do Pacífico e ainda pelos recentes e violentos sismos afetando sobretudo a região da PNG (e ainda entre outros a Indonésia e as Ilhas Salomão) e a costa oeste da América do Sul (como no caso do Equador): na PNG com sismos na ordem de magnitudes M5.8 e M5.9 (dia 24), na Indonésia nos M6.7 (dia 21), nas Ilhas Salomão com magnitudes M6.0 e M6.4 (dia 20) e finalmente no Equador com um sismo M5.5 (dia 19) e no Peru com outro de M6.1 (dia 18).
Sismo de magnitude 7.7 atinge o Chile. Alerta de tsunami levantado
Um forte abalo fez-se sentir, este domingo, na região de Puerto Montt, no sul do Chile, tendo levado a que as autoridades tenham emitido um alerta de tsunami. No entanto, este já foi levantado e não há registo de vítimas.
(24.sapo.pt)
E culminando hoje com um violento sismo de magnitude M7.7 no Chile (costa oeste da América do Sul) seguido de uma réplica de M5.2 (mais de oito horas depois).
Deixando-nos aqui a pensar sobre a extraordinária relação e equilíbrio existente (pelo menos até agora registado) entre as radiações solares e o geomagnetismo terrestre, equilíbrio esse que nos tem permitido desde que o Homem apareceu pela primeira vez à superfície da Terra (e até aos dias de hoje), viver e sobreviver num ambiente habitável e com suficiente conforto: e com o Cinturão de Van Allen a segurar-nos e a proteger-nos. Lembrando-nos da Terra como um Organismo Dinâmico e Vivo com um interior em movimento, preenchido e decisivo (como um gerador eletromagnético).
Autoria e outros dados (tags, etc)
Sismos
Ilhas Salomão, Portugal e Banco de Gorringe
Sobretudo as Ilhas Salomão
Sismo de M7.8 registado a 8 de Dezembro nas Ilhas Salomão
(registando-se danos materiais mas sem a ocorrência de qualquer tsunami)
Dos 10 sismos mais intensos sentidos a nível global no decorrer da última semana (3 a 9 Dezembro), todos tiveram uma magnitude superior a 6. O de intensidade mais elevada registou-se na passada quinta-feira nas Ilhas Salomão (no oceano Pacífico) a uma profundidade de 40Km e com M7.8 com os mais fracos a registarem-se em Trinidad-Tobago/terça-feira (na América Central) e na China/quinta-feira de M6.0 – nunca deixando de lado o sismo de M6.7 sentido na costa norte da Califórnia (quinta-feira) e o registado ontem de novo nas Ilhas Salomão e de M6.9. Com o protagonismo da semana a ser dirigido para as Ilhas Salomão, com 4 presenças no TOP TEN dos sismos mais intensos e todos ocorridos nos últimos dois dias (quinta e sexta-feira) – num total de cerca de 40 sismos significativos (todos de M5.0 ou superior). E com o derradeiro dos sismos registados a ser de novo nas Ilhas Salomão de M5.5.
Sobretudo Portugal
Montes submarinos do complexo Madeira-Tore
(das águas mais profundas/azul/desde -4500m até aos níveis mais elevados/laranja/até -500m)
No caso dos nossos casos (particulares) de acontecimentos sismológicos (já que não temos no continente conhecimento de atividade vulcânica) e respeitando o mesmo período anteriormente referido (3 a 9 Dezembro), os sismos significativos registados em Portugal foram os seguintes (incluindo o Banco de Gorringe localizado a mais de 200Km WSW do Cabo São Vicente):
Data | Local | P | M |
03.12 | SE Loulé | 13 | 2.2 |
05.12 | Gorringe | 28 | 2.3 |
06.12 | SW Cabo São Vicente | 12 | 2.2 |
06.12 | Madeira – Tore | 10 | 2.9 |
07.12 | Gorringe | 10 | 2.5 |
08.12 | Gorringe | 28 | 2.1 |
(P: profundidade em Km – M: magnitude do sismo)
Como se pode constatar nunca atingindo níveis de intensidade sísmica nem sequer comparáveis com a mais baixa (e atrás referida) registada nas Ilhas Salomão (M5.5), ficando-se no caso de Portugal sensivelmente pelo meio desse nível: de M2.9 na Ilha da Madeira (Tore – Montes Submarinos da Madeira). E já agora aproveitando esta oportunidade para conhecer um pouco mais sobre o Banco de Gorringe – com os Bancos Josephine e Seine fazendo parte do complexo geológico de Tore (socorrendo-me aqui de biometore.pt).
E já agora Gorringe
Atividade das placas tectónicas e sismicidade provocada
(no sismo de 1755 em Lisboa com o Banco de Gorringe presente)
“O Gorringe é um grande banco submarino de origem vulcânica com encostas íngremes e uma altura de 5000 metros, atingindo a zona fótica com cumes a menos de 50 metros abaixo do nível do mar (no caso dos montes Gettysburg e Ormonde). Foi descoberto em 1875 por Henry Honeychurch Gorringe, comandante do U.S.S. Gettysburg. Localiza-se na zona económica exclusiva de Portugal, a cerca de 200 km da costa sudoeste de Portugal Continental. Orientado na direção nordeste-sudoeste, ocupa uma área de cerca de 9500 km2 com uma extensão de mais de 180 km. Faz parte da cadeia de montes submarinos da Ferradura que se estende entre a costa de Portugal Continental e o arquipélago da Madeira. O Banco Gorringe é um dos montes submarinos mais antigos do Atlântico, com 110-135 milhões de anos. O seu desenvolvimento começou durante o Jurássico superior ao mesmo tempo que a formação do Atlântico Norte. Devido à sua localização entre as placas tectónicas Africana e Eurasiática, tem sido associado a fenómenos de sismicidade geológica.” (biometore.pt/conhecimento/montes-submarinos-madeira-tore)
E os últimos sismos globais/locais com significado
Sismo de M6.1 registado hoje dia 10 de Dezembro
(Região Autónoma de Bougainville/Papua-Nova-Guiné/Oceânia/Pacífico)
Com os sismos mais significativos ocorridos já hoje dia 10 de Dezembro (sábado) e de M5+ a serem os seguintes (segundo a emsc-csem.org): quatro sismos de magnitude 5.5, 5.5, 5.2 e 5.2 nas Ilhas Salomão, concluindo-se com um quinto na Papua-Nova-Guiné de magnitude 6.1. Sem nada de significativo a assinalar em Portugal (exceto um sismo de M0.7 a NW Lagos) e nas proximidades com um sismo no Golfo de Cádis de M1.5 e outro já mais significativo mas também mais distante nas Ilhas Canárias de M4.2 (segundo dados ipma.pt).
(imagens: watchers.news/biometore.pt/air-worldwide.com/ emsc-csem.org)
Autoria e outros dados (tags, etc)
A Terra – Quinze anos de Sismos (2001/2015)
Earth is a powerful and at times violent planet.
National Oceanic and Atmospheric Administration’s
Pacific Tsunami Warning Center
Earthquake as it occurred from Jan. 1, 2001, through Dec. 31, 2015
Para aqueles que acreditam que é o Homem que transforma o planeta, tal acontece porque a nossa espécie (dada a sua visão homocêntrica) ao considerar-se superior a tudo o que complementaria a Natureza do seu Mundo (animal, vegetal e mineral), ainda não interiorizou que tal pensamento (estritamente ideológico e manipulativo) não representa a Realidade (pelo menos do que ocorre em todo o planeta) mas a projeção de um desejo seu (do Homem) há muito perdido no (nosso) Imaginário e entretanto esmagado no Tempo (esse bem tão indefinido como fulcral e precioso). Com o Tempo a toldar a visão e impedindo-nos de ver (o todo).
Sendo o Homem apenas mais uma das muitas formas podendo ser observado evoluindo sobre a superfície do planeta Terra, inserido num tecido mais vasto e em constante transformação (que a envolve e protege), em que o mesmo (o Homem) é apenas mais uma peça de uma engrenagem complexa (Infinita) e com objetivos obviamente coletivos. E com a Terra (como célula e organismo vivo) a ser o laboratório de mais uma experiência evolutiva, no seu conjunto formando o Ovo (aglutinador de todos os constituintes) no meio de um grande Aviário: local onde o protagonista não é nenhuma unidade (como a gema e como a clara) mas todo o conjunto de fatos (ações/reações) que estes projetam no cenário.
Implantado num território por muitos visto como o Paraíso (compaixão maternal da espécie nativa), localizado num Sistema deveras pequeno e primitivo (como qualquer ponto colocado perante o seu próprio conjunto), passagem acidental de objetos e mistérios (rodeando e atravessando um caminho de âmbito local) e que no entanto apesar dos múltiplos motivos associados a estas passagens (naturais ou artificiais) ainda não foi abandonado, destruído ou transformado num simples território de caça: talvez por para os Outros não sermos verdadeiramente nada (exprimindo-nos preferencialmente através de atos violentos), confundindo-nos como camaleões (por um lado sendo bom) entre a cor da Natureza (para nós sendo mau por não sobressairmos) e não dando jamais importância a quem os não perturbe.
There’s no shortage of activity ― Earth’s tectonic plate boundaries light up like a Christmas tree.
Para além da forte atividade vulcânica
Com o protagonismo Sismológico a dirigir-se inequivocamente para o Anel de Fogo do Pacífico
Afetando três continentes e dezenas de países
Um objeto de contornos aparentemente fechados e com a forma de uma esfera, que como qualquer outra estrutura baseada em (pelo menos) três estados usa um deles como fronteira, entre o berço-mãe que a gerou e a porta-aberta que futuramente lhe proporcionará o Espaço: num conjunto único, perfeito e inacreditável – agora que em nada acreditamos, depois de termos acreditado em tudo. Com uma História de vários biliões de anos e num friso cronológico próprio em que muito terá sucedido e nos teria mesmo surpreendido (com as memórias reduzindo-se a cinzas por acasos apocalípticos no Espaço), onde a Terra terá sido um peão meio-perdido no tabuleiro (do cosmos) até que algo se passou e dele a peça saltou e logo se transformou: chegando ao seu objetivo e evoluindo para Dama. E aos saltos, de um viveiro para o outro e sempre com as mesmas espécies (sendo uma delas o Homem portador único de Alma).
Entendendo-se que este Espaço é um todo sem donos nem privilégios, pelo que o que temos que olhar para melhor a entender, será mesmo ouvi-la (a Natureza) em vez de a explorar (como se fossemos mais que ela e não um seu subconjunto). Servindo-nos de todos os nossos órgãos dos sentidos para a olharmos de frente, ouvirmos todos os seus sons, sentirmo-la a tremer, a espalhar o seu odor e sentindo a água nos lábios, reclamar o nosso lugar e tudo á volta respeitar: é a Terra na sua evolução geológica que dita àqueles que a ajudaram a construir, o seu lugar no seu mundo (da Terra) que esta a todos reserva. Nesse sentido a Terra cria o Homem e este apenas a perde. Pelo que o Aquecimento Global não é uma consequência direta da ação do Homem sobre o planeta na total aceção da hipótese de que será este que a está verdadeiramente a destruir (a transformar), mas muito pelo contrário (em total oposição) uma das muitas alternativas que poderíamos escolher aleatoriamente logo à primeira (mesmo sem ver) e que por sua vez a Terra agora nos põe à nossa disposição (e usufruto) sabendo de antemão quem na realidade nós somos (pois fazemos claramente parte dela) e o que muitas das vezes contraditoriamente com a necessidade de preservar a nossa espécie, fazemos e praticamos: se quisermos ir por aí a Terra arranja maneira (ou não fossem bovinos e porcos dos maiores poluidores globais).
This time period includes some remarkable events, including several quakes that caused devastating tsunamis.
Num planeta onde segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) e analisando os sismos ocorridos nestes últimos 15 anos (2001/2015):
A maioria dos sismos ocorre nas fronteiras entre placas tectónicas;
A maioria dos grandes sismos (M8.0 ou superior) ocorre nas regiões de convergência das placas nas chamadas zonas de subdução (onde uma placa se afunda colocando-se sob a outra, numa zona de convergência);
Um sismo para poder originar um Tsunami terá (entre outras particularidades) que dar origem a um levantamento vertical do leito oceânico, registar M8.0 ou superior e ter profundidade* inferior a 100Km;
E onde durante quinze anos se registaram sismos de grande magnitude (M8.0 ou superior) espalhados por oceanos, ilhas e continentes – tendo como mais intensos:
América – Chile/no mar (M8.8/2010) e Peru/perto da costa (M8.4/2001)
Ásia – Japão/perto da costa (M9.1/2011) e Indonésia (M9.1/2004)
Oceânia – Nova Zelândia (M8.1/2004) e Ilhas Salomão (M8.1/2007)
O que se por um lado tranquiliza os residentes na Europa e em África (onde não costumam ocorrer com alguma regularidade sismos de grande intensidade) – apesar de ocorrerem sempre exceções à regra, a mais recente das quais e dada a proximidade (a Portugal), com um terremoto de M6.2 ocorrido em Itália em 24 de Agosto deste ano provocando 300 mortos; por outro lado deixa em estado de alerta os residentes no Anel de Fogo do Pacífico, não só devido ao grande número de terremotos (alguns de grande intensidade) que constantemente abalam a região, como também devido á grande atividade vulcânica característica da mesma.
(texto em itálico: huffingtonpost.com – imagens: ptwc.weather.gov)
Autoria e outros dados (tags, etc)
Sismos num dia de Verão
“The temperature differential between the core and the surface (of Earth)
Is after all approximately 10,000 Fahrenheit,
With the average surface temperature being only somewhat above freezing.”
(wisc.edu)
Região do Cadaval – 31 de Julho de 2016 – sismo 3.4
(IPMA)
Neste último dia do mês de Julho de 2016 Portugal Continental registou até às 18:30 do dia de hoje cinco pequenos episódios sísmicos: com o sismo de maior intensidade a registar-se às 15:05 a NE do Cadaval (a 11Km de profundidade e de magnitude 3.4), seguido de um outro na mesma região 36’ depois (a 2Km de profundidade e de magnitude 2.1) e sendo ambos antecedidos por três outros, um às 11:15 da manhã registado a S de Lagos (a 11Km de profundidade e de magnitude 2.0), outro às 06:18 a SE de Sines (a 18Km de profundidade e de magnitude 2.1) e finalmente um outro bem a N de Portugal e mesmo junto à fronteira da Galiza registado às 05:34 a NW de Vinhais (a 7Km de profundidade e de magnitude 0.9). Com o sismo de maior intensidade registado no dia de hoje a nível Global a ser o ocorrido pelas 11:33 nas Ilhas Sanduiche do Sul (localizadas no sul do Atlântico e como que ligando o Continente Americano ao Continente da Antártida) a mais de 100Km de profundidade e de magnitude 5.8.
[com outro sismo registado em Portugal Continental pelas 18:49 novamente a NE do Cadaval de magnitude 1.8]
Portugal – 31 de Julho de 2016 – Imagem de satélite a infravermelho
(IPMA)
Numa estação do Verão que no sul de Portugal tem nos últimos dias (senão mesmo semanas) alternado dias de muito calor com dias de temperaturas mais frescas e com as previsões do estado do tempo a apontarem para Portugal Continental uma subida generalizada das temperaturas (máximas e mínimas e principalmente a partir de meio da semana), à medida que nos aproximarmos do primeiro fim-de-semana de Agosto. Com o estado do mar e a temperatura da água a não registarem alterações significativas nos próximos dias, podendo-se desse modo usufruir durante mais algum tempo das águas mais quentes provenientes do mar Mediterrânico e que levadas pelas correntes aí existentes se introduzem no oceano Atlântico. E que no sul de Portugal já provocou uma enchente de turistas nacionais e estrangeiros, agora que o mês forte das férias está aí à porta (Agosto) e que muitos destinos turísticos antes concorrentes se encontram em crise profunda (muitos deles ás moscas como é o caso da Grécia e muitos outros aos soluços como é o caso de Nice).
(imagens: IPMA)
Autoria e outros dados (tags, etc)
Pesadelo Americano
“California Fault Lines and the Area around Yellowstone Are Shaking Like Crazy”
(Michael Snyder/charismanews.com)
Wyoming/Montana/Idaho – Parque Nacional de Yellowstone
A partir de observações registadas ao longo dos últimos tempos em torno da área onde está localizado o Parque Nacional de Yellowstone, muitos foram aqueles que tendo conhecimento do assunto e habitando nesta área aqui referida (ou em seu redor), já mencionaram algumas alterações no comportamento sismológico (e também vulcanológico) desta região sempre tão imprevisível (pelo menos geologicamente) dos EUA – ou não fosse aí que estivesse o SUPER VULCÃO de YELLOWSTONE e a sua enorme caldeira subterrânea.
Preocupação que pelos vistos se estendeu também ao articulista Michael Snyder, alarmado com a sucessão de três sismos significativos detetados na região (num período de apenas seis dias), quando o normal é a mesma ser sacudida por vários sismos diários, mas todos eles de pouquíssima intensidade e considerados não significativos – ou seja sem motivos para alarme. Numa sucessão de três sismos de intensidade 3.7 (dia 9 de Junho), 4.3 (dia 13 de Junho) e 4.0 (hoje dia 15 de Junho).
Califórnia – O grande sismo de 1867 de magnitude 7.9
E que como qualquer outro cidadão curioso interessado nestas áreas (seja leigo ou erudito) o levou a fazer uma pequena investigação para se inteirar melhor do problema e assim se prevenir para outros (mais que prováveis) fatos futuros, sugeridos pela situação e por modelos de computador. Não só na região de Yellowstone assim como noutras interligadas (não só no espaço como no tempo): focando-se desde logo nas falhas geológicas existentes na Califórnia e do seu aumento de atividade
Com o último sismo significativo a registar-se no passado dia 10 a 20Km a NNW da localidade de Borrego Springs/Califórnia com amplitude 5.2. Um sismo que para Michael Snyder até poderia ser aceite com alguma tolerância, não fosse o facto estranho de ser seguido por nada mais nada menos que 800 réplicas do sismo (original). Integrando-se este sismo numa situação ainda mais complexa geologicamente e estendendo toda esta região crítica ao largo da costa norte da Califórnia (onde se encontra a zona de subdução de Cascadia).
Califórnia – Preparando-se para o próximo grande sismo
Relembrando mais uma vez o cenário verdadeiramente apocalíptico sugerido pelos modelos ensaiados em computador pela USGS, caso ocorresse um sismo de magnitude 9.0 nessa zona de Cascadia: “The USGS has worryingly confirmed the same computer models show it is capable of producing an earthquake with a magnitude up to 9.3, which would likely trigger huge tsunami waves. This would be more powerful than the magnitude 9 tsunami-causing quakes that hit Japan in 2011, claiming thousands of lives and taking out nuclear reactors. Worse still, many scientists say the US is not yet prepared to deal with such a natural disaster and it could strike at any time.” (express.co.uk/ charismanews.com)
Localização | Magnitude | Profundidade (Km) |
24km S of Twentynine Palms, CA | 2.5 | 3.4 |
71km SW of Alberto Oviedo Mota, B.C., MX | 2.6 | 11.4 |
(11km SW of Pueblo Nuevo Tiquisate, Guate) | (5.7) | (70.5) |
1km E of Pacheco, California | 2.5 | 15.8 |
17km SSE of Gabbs, Nevada | 3.7 | 9.9 |
17km SSE of Gabbs, Nevada | 3.0 | 13.0 |
(20:00 em Portugal)
Já hoje dia 15 com cinco sismos mais significativos, registados na costa oeste dos EUA – e com um adicional registado na Guatemala (bem perto).
(texto/itálico: charismanews.com – imagens: nationalgeographic.com, newyorker.com e geekwire.com – dados/tabela: usgs.gov)
Autoria e outros dados (tags, etc)
Treme Aqui (no Mediterrâneo), Treme Acolá (no Pacífico)
“Uma equipa de investigadores do Instituto Superior Técnico desenvolveu o jogo "Treme -Treme", um jogo online destinado a ensinar as crianças, com idades compreendidas entre os 7 e 9 anos, sobre o que fazer em caso de um terramoto.” (Instituto Superior Técnico de Lisboa/29.05.15/tecnico.ulisboa.pt)
Sismo de magnitude 6.3 em Al Hoceima
Região Euro-Mediterrânica em 25 de Janeiro de 2016
Toda a gente compreende que estando a Terra integrada num sistema dinâmico e em constante transformação (integrando a litosfera, a hidrosfera e a atmosfera), tudo o que possa acontecer num qualquer ponto do seu conjunto, imediatamente se repercutirá em todas as direções. Como é o caso da litosfera (constituída por crosta, manto e núcleo) e de um dos fenómenos naturais a ela associada (e por nós bem conhecido): os sismos – como sendo o resultado (direto ou indireto) de uma repentina e significativa libertação de energia, causada pelo choque entre duas placas tectónicas deslocando-se na mesma direção mas em sentido contrário.
Até em Portugal (como em qualquer parte do mundo) são detetados diariamente vários sismos (em terra como no mar), dependendo muitas vezes os seus efeitos e consequências das coordenadas do mesmo (no caso de ser em terra, com o impacto a poder ser sentido) e do seu epicentro (quanto menor a profundidade pior os efeitos). No caso de sábado (ontem) os registos mais significativos foram os seguintes: no continente um sismo de magnitude 1,6 a SE do Cabo S. Vicente (e outro de magnitude 0,6 a E de Monchique) e nos Açores um sismo de magnitude 2,3 na Fossa de Hirondelle (localizada entre as ilhas de S. Miguel e de Angra do Heroísmo).
Nada de significativo se nos lembrarmos do sismo de magnitude 6.3 registado a 25 de Janeiro deste ano 54Km a norte da cidade marroquina de Al Hoceima e que afetou não só a costa mediterrânica de Marrocos (mais intensamente) como também toda a costa sul de Espanha (especialmente desde o Estreito de Gibraltar até à região de Almeria). Um sismo antecedido por outro (no dia 21) de magnitude 5,0 e com epicentro a 84Km da cidade espanhola de Melilla (um enclave marroquino) – em pleno interior do Mar de Alboran – seguido por outros quatro sismos de amplitudes 5,0/5,3/5,2/5,0 e todos praticamente à mesma profundidade (10Km com exceção do penúltimo a 15Km).
Anel de Fogo do Pacífico
Distribuição geográfica dos últimos sismos relevantes
Quanto ao resto do mundo e mesmo que o observemos com pouca atenção, logo uma região se destaca (e nos suplanta) a nível sismográfico: pela profusão de sismos e pela magnitude dos mesmos. Com a região do Pacífico conhecida pelo Anel de Fogo e atualmente bastante ativa a ser atingida por violentos e sucessivos sismos ao longo de todo o seu curvilíneo e extenso perímetro, sendo acompanhados por outros fenómenos naturais bastante comuns na zona e muitas vezes associados aos primeiros e tendo como protagonistas os vulcões. Restringindo-nos apenas aos fenómenos sísmicos, com toda esta região a sofrer só nos últimos quinze dias (aproximadamente), a 2 violentos sismos de magnitude igual ou superior a 6.
Um em Kyushu no Japão a 10Km de profundidade e magnitude 7,0 (a 5 de Abril) e outro ainda mais violento atingindo o litoral do Equador na região de Muisne a 20Km de profundidade e magnitude 7,8 (a 16 de Abril). Os dois provocando destruição, feridos e dezenas de vítimas mortais. No caso de Kyushu com antecedentes e algumas réplicas próximas (no dia anterior 6,1/5,5/5,0/6,0/5,3 e 5,7/5,7/5,3/5,5/5,1/5,2/5,4 só até ao dia seguinte) e no caso de Muisne com o sismo a apanhar de surpresa a população local (um aviso para o que aí vinha poderia ter sido o sismo verificado no dia anterior no Chile, mais a sul e na mesma costa e com magnitude 5,3) e a ser seguido por diversas réplicas (14 com magnitudes entre 5/6 e com o registado hoje a atingir 5,3).
Para já não falar de muitos outros sismos registados na região (só os de magnitude igual ou superior a 6 e registados desde 1 de Abril):
Data | Local | P | M |
15 | Guatemala (offshore) | 45 | 6,2 |
14 | Vanuatu | 20 | 6,3 |
7 | Vanuatu | 30 | 6,6 |
6 | Java | 87 | 6,0 |
6 | Vanuatu | 30 | 6,0 |
6 | Vanuatu | 30 | 6,7 |
3 | Vanuatu | 44 | 6,9 |
1 | Nova Guiné (costa) | 10 | 6,1 |
1 | Honshu (costa) | 10 | 6,0 |
Deixando-nos por consequência bastante preocupados com o assunto, ainda-por-cima quando alguns cientistas apontam para a possibilidade de ter sido o recente sismo no Japão a despoletar (por uma sequência qualquer) o sismo seguinte no Equador.
Terramoto de 1755 em Lisboa
Ocorrido a 1 de Novembro e sendo seguido por um tsunami
O que empiricamente até poderia ser verdade neste caso de interligação sísmica – olhando para todo este Anel de Fogo contornando (pelo seu interior) a costa de três dos continentes da Terra (a oeste da América, a sul da Ásia e a este da Oceânia) e unindo indubitavelmente o Japão ao Equador – como até no que nos diz respeito poder acabar por nos deixar a pensar no que poderá ainda acontecer mais perto de nós (em Portugal), não só devido à possível correlação entre estes movimentos tectónicos e as diversas falhas existentes na crosta terrestre (podendo os movimentos verificados no Anel de Fogo refletir-se em regiões sismologicamente sensíveis como é o caso da falha mediterrânica – veja-se os últimos sismos registados na região do Estreito de Gibraltar e na região do Mar de Alboran, atingindo fortemente a costa norte de Marrocos), como também e baseando-nos nos nossos antecedentes históricos (como o foi o forte sismo de Fevereiro de 1969 com magnitude de 8.0 e com epicentro situado a 230Km de Lisboa) na grande probabilidade de que por cá um sismo de grande magnitude poder ocorrer, tendo como caso exemplar o violentíssimo terramoto ocorrido em Lisboa no ano de 1755 (e seguido de tsunami). Num interregno que já dura há cerca de 260 anos.
E então se pensássemos noutro tipo de Eventos com outras tantas probabilidades de êxito (no entanto infelizes para todos nós), muitas deles com certas hipóteses (consequências do aquecimento global) e outras nem tanto como isso (consequências da existência do Planeta X), bem que pensaríamos duas vezes (no mínimo) em quem mesmo acreditar.
“The sixth mass extinction is in progress, now, with animals going extinct 100 to 1,000 times (possibly even 1,000 to 10,000 times) faster than at the normal background extinction rate, which is about 10 to 25 species per year. Many researchers claim that we are in the middle of a mass extinction event faster than the Cretaceous-Tertiary extinction which wiped out the dinosaurs. Rather than a meteorite or large volcanic eruption, the alarming decline of biodiversity (diversity of species on earth) leading to the current mass extinction is the results of five major human activities: Habitat destruction including human-induced climate change; Invasive species; Pollution; Human overpopulation; Over-harvesting (hunting, fishing and gathering).” (endangeredspeciesinternational.org)
(imagens: emsc-csem.org/usgs.gov/ smithsonianchannel.com)
Autoria e outros dados (tags, etc)
Sismologia no Mundo e por Cá
Um dia debaixo dos nossos pés a terra tremerá.
E como isso será para todos convém mesmo estar convencido.
A nível de manifestações sismológicas de algum relevo (por exemplo tendo registado sismos de magnitude superior a 5) as zonas rodeando a região do Indico/Pacífico têm continuado com a sua habitual e intensa atividade. Não sendo por acaso que por aí se situa o Círculo de Fogo e os seus múltiplos e incansáveis vulcões (acompanhando em conjunto todo o movimento das placas tectónicas e a evolução permanente das suas fraturas). Mas nos últimos dias com maior intensidade e repetidamente é a zona do Mediterrâneo que tem mostrado estar mais ativa: cinco sismos consecutivos de magnitude 5.0/6.3 em pouco menos que duas horas.
Mundo – últimas 24 horas
Registo dos últimos dez sismos de magnitude˃5.0
(Global)
Região | Localização (Norte/Sul) | Data | Profundidade (km) | Magnitude |
ILHAS KERMADEC | N Nova Zelândia | 01.02 | 382 | 6.2 |
ILHAS BALLENY | S Nova Zelândia | 31.01 | 10 | 6.0 |
PENÍNSULA KAMCHATKA | S Rússia | 30.01 | 159 | 7.2 |
NOVA IRLANDA | N Papua Nova Guine | 26.01 | 44 | 6.0 |
ESTREITO GIBRALTAR | N Marrocos | 25.01 | 10 | 5.0 |
ESTREITO GIBRALTAR | N Marrocos | 25.01 | 15 | 5.2 |
ESTREITO GIBRALTAR | N Marrocos | 25.01 | 10 | 5.3 |
ESTREITO GIBRALTAR | N Marrocos | 25.01 | 10 | 5.0 |
ESTREITO GIBRALTAR | N Marrocos | 25.01 | 10 | 6.3 |
SUL ALASKA | N Estados Unidos | 24.01 | 128 | 7.1 |
Como se pode facilmente constatar esses dez sismos concentraram-se sobretudo na região do Mar Mediterrânico compreendida entre o norte de Marrocos e o sul de Espanha (metade deles), enquanto os restantes (a outra metade) se concentraram na região do Índico/Pacífico (com exceção do registado no Sul do Alasca). No caso dos fortes sismos registados no Estreito de Gibraltar uma situação que deve preocupar as populações vivendo à sua volta como é o caso da Península Ibérica: ou seja Espanha e Portugal. Que o digam os marroquinos habitando na costa mediterrânica (como foi o caso das cidades de AL-Hoceima e Melilla) a serem os mais atingidos, felizmente só com danos materiais.
Euro-Mediterrâneo – últimas 24 horas
Registo dos últimos cinco sismos de magnitude˃2.0
(Portugal)
Região | Localização (Norte/Sul) | Data | Profundidade (km) | Magnitude |
Cabo S. Vicente | S | 01.02 | 30 | 2.1 |
Porto Santo (Madeira) | N | 30.01 | 5 | 2.0 |
Faro | S | 25.01 | 15 | 2.5 |
Cabo S. Vicente | S | 25.01 | 11 | 2.8 |
Cabo S. Vicente | S | 23.01 | 31 | 3.9 |
Para já sem grandes motivos de alarme para Portugal. Mas nunca deixando de estar atentos a qualquer alteração visível (especialmente próxima) no comportamento geológico registado à superfície do território onde vivemos e que possamos considerar um forte aviso de que algo estará aí a surgir (pelo menos estando minimamente preparados): no caso de Portugal por proximidade ao Estreito de Gibraltar e a toda a zona do mar Mediterrâneo que se lhe segue, como a zonas marítima em constante atividade sísmica de Alboran (entalada entre a costa sul de Espanha e a norte de Marrocos). E tendo também em atenção toda a atividade sísmica para lá do Cabo de S. Vicente (com o penúltimo registo a atingir quase magnitude 4).
Entretanto já se registaram os seguintes sismos:
Região | Localização (Norte/Sul) | Data | Profundidade (km) | Magnitude | Global (G) Portugal (P) |
NORTH ISLAND (costa leste) | N N. Zelândia | 01.02 | 191 | 5.7 | G |
HONSHU (costa leste) | N Japão | 02.02 | 20 | 5.6 | G |
TAIWAN (nordeste) | N Taiwan | 02.02 | 6 | 5.2 | G |
Com a certeza absoluta de que outros sismos se seguirão – o que poderá significar que está tudo normal (sismos registados até às 20:00 de Lisboa).
(dados: emsc-csem.org e ipma.pt – imagens: emsc-csem.org)