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Teletransporte

Domingo, 14.12.14

Foi batido neste ano de 2014 mais um recorde mundial (considerado como um evento extraordinário, mas que no entanto passou completamente desapercebido), o qual pela primeira vez (desde que nos conhecemos) e na sua disciplina, atingiu uma distância nunca antes alcançada (pelo menos que se saiba). Os recordistas pertencem a uma universidade suíça, a um instituto norte-americano e à nossa conhecida NASA.

 

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Cristais responsáveis pela captura e armazenamento de informação quântica
(no final do teletransporte)

 

Tentando explicar o extraordinário evento de uma forma extremamente simplificada, o que na realidade sucedeu foi que instantaneamente uma partícula constituinte da matéria (sob a forma de energia) se deslocou entre a sua origem e o seu destino, percorrendo uma distância (recorde) de 25 quilómetros (ainda há cinco anos atrás com a distância a ficar-se por metros). O que certamente nos poderá trazer computadores superiores e internet de melhor qualidade. O meio utilizado para a concretização desta fantástica experiência de transporte de dados foi a fibra óptica.

 

E pela utilização de sistemas lógicos intervindo conjuntamente com a associação de ideias comuns a sistemas interligados, será de admitir que se o teletransporte de matéria se verificar de difícil concretização ou mesmo aparentemente inexequível, isso apenas significará que a opção até hoje utilizada está errada e que nos deveremos virar (em alternativa à Matéria) para a exploração da Energia. Para isso teremos apenas que estudar os mecanismos de transformação e de comunicação da energia e através dela reposicionarmos a matéria: não poderá a energia absorver a matéria (no fundo ambas são o mesmo mas sob formas diferentes) e instantaneamente projecta-la noutro lugar?

 

(imagem e legenda – Universidade de Genebra)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 14:34

Um Dia na Vida de Esteves Macuin – 5/5

Domingo, 14.12.14

Novos Ficheiros Secretos – Albufeira XXI
(Histórias do Outro Lado)

 

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O Homem como uma espécie auto-replicada mas ainda auto-condicionada

(e necessitando de supervisão)

 

No que diz respeito ao planeta Terra o aprofundamento dos contactos das diferentes civilizações alienígenas com a vida indígena terrestre, tinha-se intensificado a partir dos meados de século XIX. Apesar das primeiras visitas se terem verificado há mais de 2.000.000 de anos (ainda a espécie humana não fora introduzida no ambiente do planeta), civilizações muitíssimo mais antigas vindas de galáxias desconhecidas situadas a distâncias brutais no limite deste Universo (testemunhos preferenciais dos tempos iniciais da sua formação) já por cá tinham passado, observando minuciosamente a evolução que se registava neste mundo em formação e tentando compreender a possibilidade deste ecossistema poder suportar vida e adquirir suportes físicos e químicos que pudessem propiciar o seu desenvolvimento e o aparecimento duma espécie superior. E foi uma dessas raças originais símbolo identificador deste Universo e protótipo de todas as outras raças que preencheriam este módulo do Multiverso, que lançaria o programa que daria origem ao aparecimento do Homem à sua imagem e à criação de mais uma réplica adaptada às condições ambientais e de transformação que a esperavam. E se anteriores simulações tinham por vezes dado origem à criação de erros de implementação e de adaptação (nos tempos de adolescência e com o Universo ainda em grande convulsão), neste caso a projecção levada a cabo tinha superado em todas as previsões o sucesso das anteriormente executadas, em situações de utilização de hologramas semelhantes. A única diferença introduzida relativamente a anteriores aplicações de criação sustentada de vida num conjunto inicialmente fechado (neste caso funcionando como um condomínio) tinha sido a divisão do processo em duas fases deliberadamente distintas e a extracção destas dum episódio científico de criação definitiva. Uma primeira fase de sustentação e de protecção de todos os seres vivos já aí presentes (relativamente aos perigos que pudessem vir do espaço exterior) de modo a defendê-los eficazmente de todos os factores que pudessem levar a grandes perturbações na sua evolução, protegendo-o mesmo da possibilidade de extinção. E uma segunda fase em que tendo cumprido na integra todos os aspectos fundamentais e obrigatórios da primeira, se procederia a uma primeira experimentação e análise do impacto da implementação desta simulação num cenário real, dando às espécies colocadas no terreno toda a liberdade de movimentos e de exercício do seu poder evolutivo (mesmo na procura de outra espécie superior e alternativa surgida por eficiência aleatória), enquanto verificavam todas as falhas possíveis de surgir no programa e introduziam outros aplicativos periféricos responsáveis por outros subprogramas redundantes de procura, aperfeiçoamento e resolução. Uma simulação correria de início livremente e o seu estudo daria origem (num momento pré-determinado) a um momento de conclusão (e de criação definitiva): e foi isso o que aconteceu neste conjunto fechado de criação (barriga de aluguer) com a evolução dos organismos representativos da vida na Terra dando origem ao desenvolvimento de uma raça precursora dominante, a qual mais tarde seria substituída por uma outra mais ágil, adaptável e dispondo de mais recursos mentais, como a capacidade de ver, experimentar, apreender, organizar e construir estruturas mentais e físicas mais elaboradas – ficando os Dinossauros (e como cobaias num segundo patamar de protagonismo fundador) como aqueles que seriam para sempre recordados por abrirem pela primeira vez as portas da Terra, à chegada do novo ser vivo alienígena o Homem. E a esperança (certeza) dessa raça talvez divina talvez humana, era que dessa barriga de aluguer um dia o Homem se libertasse e tal como os seus criadores se espalhasse pelo Espaço Infinito.

 

Mas fora sobretudo há cinco mil anos (com o início da Idade dos Metais) que os seres extraterrestres tinham resolvido tornar-se um pouco mais intrusivos, sucedendo-se a partir dessa altura e em grande quantidade relatos de observações feitos pelo homem, além da ocorrência de múltiplos contactos. Das pinturas reveladoras, dos relatos pormenorizados, dos contactos e avistamentos reportados e até dos milagres ocorridos, tudo nos transportava agora até ao começo do século XX e à última fase da intervenção estrangeira vinda do exterior. E com o decorrer das duas Guerras Mundiais ainda mais se acentuaram estes avistamentos e supostos contactos. O Milagre do Sol ocorrido em Fátima tinha sido um desses expoentes máximos de aparente ilusão (o regime também necessitava de algo que absorvesse a atenção do seu povo, fazendo-o esquecer a sua situação de abandono e miséria) contando com a presença de milhares de pessoas rodeadas por um clima de guerra e de miséria, que asfixiadas por manipulação mental subliminar e religiosa, ainda mais acreditavam em tudo o que o poder lhes sugeria: poder esse exercido ditatorialmente pelo Estado, aproveitado pelas reduzidas e incultas elites locais e finalmente utilizado pela Igreja como moeda de troca (e sobrevivência) face ao cada vez mais poderoso poder autoritário da Nova Nobreza. Assim se salvava o clero e se entronizava o Estado e sua hierarquia funcional: uns nobres como comuns funcionários e um rei eleito pelos seus pares, com a Igreja e todo o seu séquito a retirarem-se estrategicamente do palco principal e a abençoá-los repetidamente como moeda de troca. A que todos chamavam neutralidade. Três jovens – Lúcia, Jacinta e Francisco – tinham sido escolhidos como personagens principais deste encontro Mágico e Religioso, sendo contactados e interpelados por Entidades de Outro Mundo que lhes tinham comunicado e confirmado com a sua presença no local da existência de Outros Mundos (que o povo interpretou como o Céu, o Inferno e o mundo intermédio – o Purgatório) e de Outros Seres (que o mesmo povo traduziu em Anjos, Diabos e elementos intermédios – os mensageiros ou neutros). E a Fé profunda deles no Poder Sagrado vindo do Exterior tinha levado ainda milhares de indivíduos a acompanhá-los e a serem os protagonistas do maior e mais extraordinário acontecimento europeu, com uma multidão a assistir à chegada dos Deuses ou seus representantes, com os seus veículos celestiais evoluindo no ar e emitindo luzes coloridas e cintilantes (como se fossem estrelas do Céu) e com dois dos seus mais proeminentes elementos a falarem privadamente com os jovens e contando-lhes sobre Eles e sobre o futuro destes. Mas estes tinham sido contactos que se tinham mostrado pouco produtivos e eficazes, pois as guerras e conflitos continuavam indiscriminada e irracionalmente a espalhar-se exponencialmente por todo o mundo e nunca seria o povo esmagadoramente maioritário mas sem armas a impor-se à elite (poderosamente armada). E era essa a razão da mudança da estratégia de intervenção dos extraterrestres no nosso planeta, optando agora pelo estabelecimento privilegiado de contactos com as elites com acesso ao poder e desse modo tentando inverter o caminho suicida seguido pelos humanos: cedendo-lhes tecnologia e conhecimentos que até aí lhe tinham sido vedados talvez um dia os terrestres pudessem abandonar o planeta e partir à descoberta de outros mundos. Se não o fizessem estariam condenados: nenhum ser vivo assim se manteria se optasse por não se movimentar, não usufruindo do Espaço disponibilizado de transformação. Em Julho de 1947 ocorreu o primeiro sinal dessa opção vinda do exterior com a Força Aérea dos Estados Unidos da América a anunciar a captura dos destroços de um objecto voador não identificado (OVNI), negando logo de seguida o acontecimento pelos próprios relatados: iniciava-se aí verdadeiramente a relação estreita entre terrestres e extraterrestres, contando com a presença não só dos EUA como também de outras potências da altura.

 

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Tempo, Matéria ou Energia?

 

A matéria é o objecto, o movimento um instrumento e a energia o sujeito (e nós não passamos de uma simples ferramenta tornada autónoma e consciente).

 

E Sara Montieli era uma grande conhecedora destes últimos episódios da História do planeta Terra, não só por ter sido o seu mundo de origem como por ter estado sempre ligada (desde o início e como elemento de ligação) ao projecto Pegasus. O que ela nos contara acabava por ser natural e de certo modo compreensível. E ainda pude recordar algumas das coisas mais interessantes que ela dissera: sobre a cooperação contínua estabelecida ao longo dos últimos anos entre os mais diversos interesses exteriores em causa e os seus respectivos representantes terrestres em jogo (se uma espécie extraterrestre se introduzia num determinada espaço de livre circulação sabia de antemão que o seu envolvimento não passava da entrega provisória de uma mera concessão, a qualquer momento podendo ser alterada nas suas premissas iniciais ou até mesmo dissolvida (daí a necessidade de ter diferentes aliados no terreno); assim como sobre a necessidade do aprofundamento desta relação sem intrusão significativa mas cooperante ao nível de ajuda científica e tecnológica, de modo a que este mundo com centro neste pequeno corpo celeste chamado Terra pudesse ter ainda esperança em futuras replicações expansionistas e disseminadoras das suas ideias e concepções. A Terra seria sempre um ponto para nós (terrestres) significativo da confluência matéria/energia, baseando o seu funcionamento e transformação nas relações entre a electricidade e o magnetismo e respectivos fenómenos associados (ainda mal compreendidos, desenvolvidos e aplicados pelos humanos), fenómenos esses já por nós registados e observados na nossa vida quotidiana sob a forma de frequência e vibração, mas ainda sem termos a capacidade de inverter a nossa sequência de concretização mental (construindo uma estrutura capaz de se deslocar no Mundo da Energia e apenas utilizando a Matéria como referência e não como estado imutável e neutro de processamento temporal) mantendo a Matéria sempre em primeiro plano e nunca compreendendo que a capacidade de movimento estará sempre ligada à Energia e à nossa capacidade de nela nos identificarmos matricialmente e assim nos deslocarmos. Tudo porque a Terra tal como ela é nunca o será para sempre, mas tudo o que ela transformar poderá movimentar-se e espalhar-se como uma semente pelo Universo. E face à História da Terra, à sua demografia e conflitos territoriais, o destino teria que ser sempre o Espaço.

 

E se em relação à cooperação vinda do exterior a mesma era executada a níveis diferenciados (e com a colaboração das diferentes potências da área) por diferentes espécies exteriores (esmagadoramente humanóides) de modo a manter-se um certo equilíbrio e normalidade de execução, o estado de compreensão e concretização experimental científico-tecnológico ainda muito pouco desenvolvido nos humanos, levara os agentes exteriores a uma actualização mais rápida de todo o processo de edificação de todo este conjunto, tentando dar-lhe espontaneidade e expansão de horizontes, fornecendo-lhe pistas progressivas e de possível crescimento exponencial. Com estes estímulos exteriores (pistas, sinais, artefactos) poderiam salvaguardar a sobrevivência desta espécie e ao mesmo tempo Iluminá-los com o poder da Energia. Roswell fora apenas um acontecimento pontual, mas talvez marcante pela época em que se dera e por tudo o que a partir daí estrategicamente se escondera: ao mesmo tempo que aparentemente revelava mais uma vez ao mundo (depois das duas bombas atómicas lançadas sobre o Japão) o poder absoluto e extraordinário dos EUA (nem os Extraterrestres se safavam à mão dos norte-americanos) – com esse facto oferecendo segurança absoluta aos seus cidadãos – o poder instalado ia distraindo-os com outros assuntos mais importantes (como a sobrevivência económica destes) aproveitando todo o tempo e recursos para desenvolver contactos e trocas. Os casos concretos e crescentes de aparecimento de bufos do sistema informando-nos da existência de segredos envolvendo duas partes e interesses distintos, assim como os constantes e sucessivos conflitos que vem atravessando o mundo corrompendo-o e tornando esta evolução provavelmente irreversível, são confirmados com exemplos muito recentes mas ainda considerados pouco credíveis e susceptíveis como cenários válidos e de possível concretização: fossem as afirmações sobre a presença do Homem na Lua, em Marte e noutras coordenadas do espaço profundo partilhando esse espaço com outras espécies de origem extraterrestre, fosse a recente e quase passando despercebida pré-declaração de guerra entre duas das maiores instituições e edificações terrestres. E se este pré-anúncio de guerra era um sinal de que teríamos mesmo que avançar, apesar de todos os seus defeitos e limitações o programa Pegasus poderia ser mais um dos grandes passos para a expansão da humanidade: como poderíamos nós recusar as viagens espaço/tempo (como a teleportação), a possibilidade de nos lançarmos para outros mundos e perspectivas (através de viagens intergalácticas) e a oportunidade de contacto com outras realidades, que não aquelas que sempre nos apresentaram? Talvez aí desbloqueássemos definitivamente (sem necessidade de solicitarmos a palavra passe) os módulos cerebrais a que ainda não temos acesso, dispensando todos os códigos até agora impostos e tornando todos os acessos livres.

 

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Se desejamos alcançar um nível energético superior (a Alma) é fundamental compreendermo-nos

 

Encontrei o meu antigo amigo de infância Nicolau Testa (um autodidacta meio alentejano meio algarvio, natural de uma aldeia da zona de fronteira e que um dia por acaso conhecera numa barraca de comidas na feira de Algoz) a observar a equipa de salto que mais tarde nos colocaria nas nossas próximas coordenadas individuais: verificava todos os procedimentos de reenquadramento adoptados (provavelmente a serem aplicados também no nosso caso) nunca ignorando a readaptação à cronologia normalizadora imposta pela hierarquia das espécies (neste caso dos humanos). Verificando simultaneamente as variações de frequência e de vibrações provocadas (na pré-simulação) e as suas imediatas repercussões nas transformações electromagnéticas executadas: segundo ele os Segredos do Universo não residiam na Matéria (susceptível de transformação e objecto construtor do nosso cenário abstracto centrado no Tempo) mas efectivamente na Energia que a sugeria e no movimento que a sustentava (como sujeito capaz de alterar o seu estado energético saltando entre diferentes lacunas atómicas provocadas por fenómenos de magnetismo) – sugerindo que a nossa mente poderia ser limitada mas estando sempre receptível a novas (e radicais) concepções. Não tinha sido por mero acaso (talvez uma opção a tomar) que esta espécie evoluíra. Então Nicolau Testa chamou-me de lado, sacou de um pequeno saco que transportava pendurado ao pescoço e sorrindo, ofereceu-me um bom naco de presunto com pão cozido a carvão, acompanhado espectacularmente por um medronho de Monchique como antes nunca tinha provado. A viagem ao exterior da superfície de Marte seria agora e de uma forma mais expressiva e espiritual, profunda, livre e irresponsável – ou seja nunca aceitando limites impostos por outros.

 

Como tinha projectado na transição do dia 31 de Outubro para o dia 1 de Novembro, às zero exactas horas Esteves Macuin pôs a correr o programa. Imediatamente surgiu no monitor uma mensagem informando o operador de que o programa já tinha corrido integralmente (conforme anteriormente solicitado) e sido entretanto concluído. Perguntando adicionalmente se desejava que o mesmo fosse de novo executado e a confirmação das coordenadas a introduzir. Não entendendo o que se passava Esteves Macuin decidiu então verificar todos os passos executados anteriormente pela aplicação e o que descobriu deixou-o momentaneamente baralhado: uma descrição pormenorizada das últimas vinte e quatro horas vividas por um indivíduo em tudo idêntico à sua matriz física exterior – e demonstrando uma personalidade e conhecimentos que para ele só poderiam ter sido implantadas a partir de um perfil rigorosamente replicado e muito próximo da perfeição – aparecia de uma forma directa e indesmentivelmente presente naquele monitor, com o interlocutor original e aí observador a dirigir a sua atenção para uma imagem de si próprio, mas agora como um observado alternativo fazendo o percurso pensado pelo observador original. Incapaz de corrigir o erro de lançamento da aplicação ainda tentou procurar um ponto de recuperação e arrancar de novo com o computador num ponto anterior de funcionamento. Mas o computador recusou aceitar a ordem, declarou que o jogo já tinha terminado, encaminhando-o finalmente para uma ligação externa de segurança onde poderia esclarecer as suas dúvidas. Nunca tal coisa lhe tinha acontecido em todos aqueles anos que por ali permanecera, o que o levou a questionar-se se algo de anormal se estaria a passar consigo ou até com a rede informática. O que o levou a desconfiar que algo fora de comum acontecera (ou poderia estar a acontecer), clicando de imediato a tecla de ligação de segurança e cumprindo todos os protocolos de prevenção e de protecção obrigatórios nestes casos (por mínimos indícios que se verificassem de início e mesmo tratando-se de software aparentemente inofensivo e não apresentando portas escondidas de acesso). Ainda não tinha estabelecido completamente a ligação e já o sinal de alarme da câmara de transição intermédia avisava de um novo salto: segundos depois a porta abria-se e uma multidão entrava na sala (mais de uma dúzia de pessoas e até um cão). E em conjunto – Esteves Macuin, João Uaine, Laurinda Bacalhau, Gregoriana, Jaime Dine, Catarina EP Burne, Antero, Sara Montieli, Nicolau Testa, eu, o cão Peque, outros acompanhantes e até Josefa Macarti – analisaram padrões, fizeram confluir diversas concepções, analisaram a posição de todos eles no mundo e finalmente, reconhecendo a importância da transformação da matéria para a Criação, valorizaram o invisível (a alma) e compreenderam que o Movimento associado ao conhecimento da constituição da Matéria, poderia ser o primeiro passo para a preparação da nossa entrada no mundo da Energia e no nosso Espírito Eléctrico. Que conjugado com o poder agregador do magnetismo (por atracção ou por repulsão) colocando em jogo milhões de células de um Organismo Vivo, nos permitirá contribuir para a edificação de um Espírito Crítico do Universo, dando profundidade e liberdade ao não visível e desse modo criando uma nova auréola de esperança, sentida apesar de não percepcionada e como tal volátil mas sem se perder: a Alma. E em conjunto revivemos espaços e energias e demo-nos como crianças a praticar actos inconfessáveis.

 

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A Cidade de Deus flutuando no Espaço

 

“A 26 Dezembro de 1994 o maior telescópio espacial da NASA (o Hubble) registou uma enorme cidade branca flutuando no espaço”. (Web)

 

Na Universidade Generalista de ENTER localizada num ponto indistinto da galáxia BX 442 (num sistema planetário em espiral, inserido numa zona fronteira do nosso Universo – numa das suas mais antigas regiões), um vasto grupo de jovens técnicos informáticos de nível energético e inter-dimensional do tipo K-80 (sector interior de nível 80/100), candidatava-se a uma bolsa expansiva de programação activa não intrusiva, utilizando unicamente as ferramentas até ao momento postas à sua disposição. Esmagadoramente constituído por elementos de formação central associada a conhecimentos teóricos e profundos nas áreas da ciência e da tecnologia, o grupo integrava um grande número de técnicos com pouca experiência real e directa, mas dispondo por outro lado de excelente retaguarda de apoio proporcionada pela qualidade dos seus progenitores – pertencentes à hierarquia técnico militar responsável pelo estudo de estratégias de programação em cenários simulados, neste caso específico com o objectivo de adicionar cenários por reciclagem de outros (dispensáveis por raramente utilizados) de modo a tentar salvaguardar um artefacto fundamental no jogo (a Terra) da sua eliminação inevitável (por extinção da vida que como missão do jogo transformava). Mas cerca de 10% tinham outras origens (metade vindos das zonas vazias entre Universos e a outra metade de outras dimensões sobrepostas) e 5% apesar de apresentarem curriculum equivalente eram auto-propostos.

 

A candidatura tinha como objectivo a construção dum cenário adicional de salvaguarda (para o planeta Terra e para os seus habitantes) a ser integrado numa simulação já a decorrer (e com um programa evolutivo previamente estabelecido), garantindo a quando da sua introdução o não aparecimento de efeitos colaterais (invocando qualquer tipo de causa ou resposta) nem alterações visíveis podendo ser relacionadas com intervenções exteriores (intrusivas): com os mesmos meios até agora utilizados pelos actuais operadores de controlo, o candidato teria que comprovar através da projecção de um holograma disponibilizado pelo centro de simulação instalado na universidade, que a introdução do seu periférico e das suas novas directivas, criaria novas portas de saída mental e ambiental para o elenco, novas alternativas mais flexíveis de argumento e a abertura da espécie a novas áreas e tipos diferenciados de conhecimentos. Talvez motivando-os subliminarmente para a aceitação daquilo que se lhes é posto à frente dos seus olhos e que por condicionamento não consegue ver. No entanto o problema era persistente na sua resolução ignorando as sucessivas tentativas de intervenção e negando constantemente o acesso. A sua configuração virava-se invariavelmente para uma interpretação física, dura e rígida da sequência de realidade simulada, o que provocava (uma impossibilidade para os limites de crédito deste jogo) para que se atingisse uma execução eficaz do pretendido, um aumento de efectivos mobilizados e o disparar de material requisitado. Apesar de ser uma das mais utilizadas simulações com matrizes de aplicação nas mais variadas áreas de jogos e simulações, este jogo ARCADE tinha limites na sua expansão.

 

Enquanto esperava tranquilamente o resultado da sua apresentação e a chegada da lista ordenada dos candidatos seleccionados para a 2.ª fase, Luís Pastor olhou deliciado e mais uma vez surpreendido para o belo relógio de metal precioso que lhe tinham entregue, poucas horas atrás (antes de sair de casa e se dirigir para a universidade): um sistema sofisticado (apesar de artesanal) de engrenagens interligadas construindo (constituindo) um instrumento de medição extremamente rigoroso, fazia deslocar no mesmo sentido de rotação dois ponteiros centrados no centro de um círculo e movimentando-se a velocidades diferentes. Encontravam-se por vinte e quatros vezes nos seus movimentos circulares em volta do mesmo foco e as consequências desse fenómeno traduziam-se na vida dos humanos: num aspecto de extrema importância para as suas vidas e que estes simplesmente aceitavam e delimitavam (neste Universo Infinito) por duas muralhas indefinidas mas brutais (por não se conhecer o que existirá para além dessas fronteiras) – o nascimento e a morte. Como era possível um simples instrumento mecânico (uma ferramenta) sobrepor-se a um ser vivo inteligente (mesmo sendo apenas uma máquina biológica), simplesmente deformando o seu pensamento por compressão abstracta (entalados como estamos entre os ponteiros decapitadores dos minutos e dos segundos) e apoiando-se numa lobotomia das nossas capacidades cerebrais (por encerramento da maioria dos nossos módulos cerebrais). Quando ainda por cima o tempo nunca tinha sido considerado por definição um parâmetro, não passando de uma simples constante utilizada em determinados cálculos matemáticos ou seja o resultado de uma simples operação. Ainda o relógio não indicava as 12:00 e ao fundo do hall lá ia finalmente surgindo a silhueta de Esteves Macuin: ainda bastante confuso e não sabendo o que ali fazia nem como ali chegara, alguém veio então ter com ele, acompanhou-o até à presença de Luís Pastor e de imediato lhe transmitiu a informação. O que o seu assistente transmitia indicava que a sua proposta tinha sido seleccionada e considerada sem oposição a candidatura escolhida, dispensando a apresentação e a presença do seu testemunho e autorizando-o a dar início desde já à sua intervenção. Apenas porque tinha desviado alguns recursos aplicados sem grande êxito na matriz da simulação até aí introduzida e que mantinha a projecção activa nos seus objectivos iniciais (mais dirigida ao desenvolvimento mesmo que forçado do homem, fornecendo-lhe pistas evidentes e obrigatórias de acção para a sua sobrevivência), alterando a noção de recurso de investimento para aproveitamento: em vez de modificar as regras e as estratégias do jogo endurecendo a participação exterior e solicitando mesmo a presença do seu operador principal (como no caso de Catarina EP Burne), a única coisa de extraordinária e de inovadora que Luís Pastor tinha sugerido, fora adicionar à situação já em execução e evolução uma solução natural e sem efeitos secundários, isenta de despesas e sem necessidade de outros recursos e pelo contrário redutora de fenómenos intrusivos – a questão ambiental. A ideia genial tinha-lhe ocorrido ao ver um documentário sobre o distante e misterioso planeta Terra e sobre a nova fase climática e problemática que este actualmente atravessava, com os fenómenos crescentes de aquecimento global a darem os primeiros sinais de falta de integridade ambiental no nosso planeta, com o efeito de estufa a disparar para números nunca esperados, agora que o dióxido de carbono tinha um novo aliado e cinquenta vezes mais potente do que ele, o metano: ajudando o processo químico de libertação do metano e acelerando o aproximar do momento limite de não retorno, talvez finalmente e por sua iniciativa o Homem chegasse finalmente à brilhante conclusão que se tinha que libertar-se da Terra ou que então seria a Terra a livrar-se dele.

 

Era meia-noite quando o João desligou o computador e se foi deitar. Amanhã tinha que devolver a licença de jogo e talvez fosse escolher um outro diferente, para este fim-de-semana: decidiu-se pelo PACMAN.

 

Fim da 5.ª parte de 5

 

(imagens – Web)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 02:55

Um Dia na Vida de Esteves Macuin – 4/5

Sexta-feira, 12.12.14

Novos Ficheiros Secretos – Albufeira XXI
(Histórias do Outro Lado)

 

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Marte poderá ter assistido ao lançamento da vida na Terra

 

Ficamos como que hipnotizados com os deslumbrantes cenários subterrâneos que Marte nos apresentava e levados pelo encantamento das telas de realidade que se sobrepunham sucessivamente sobre o nosso olhar (constituindo no seu conjunto uma paisagem magnifica), deixamo-nos ficar fisicamente em relaxamento e reflexão celular, enquanto o nosso espírito agregado ao nosso sistema sensorial de resposta, ia vagueando por um nunca sugerido planeta Marte, agora percepcionado numa projecção talvez simulada mas já anteriormente adquirida num dos nossos diferentes níveis de consciência (o que serão os sonhos, senão uma imagem reprimida da realidade). Por momentos Esteves Macuin voltou de novo às suas últimas coordenadas terrestres e olhando pensativamente os seus dois companheiros de viagem, recordou-se sorrindo do que roubara no cofre: juntamente com muito dinheiro, acções, jóias, obras de arte e até artefactos por qualquer motivo valiosos financeira ou sentimentalmente, encontrara uma pequena caixa de madeira talhada e incrustada e exibindo na sua face superior um símbolo um pouco estranho (mas por outro lado tendo algo de familiar), que desde logo lhe despertara a atenção e que como que o obrigara a apropriar-se dele. Sentiu-o ainda no seu bolso e instintivamente pegou nele e tentou-o abrir.

 

De início não conseguiu descortinar maneira de abrir aquela caixa. Era notória a presença da linha que separava as duas partes da mesma (superior e inferior), mas não se conseguia ver nem o local da fechadura nem qualquer tipo de dobradiça. Já um pouco nervoso e agitado com a impossibilidade de a abrir, os seus movimentos sucessivos e a despropósito acabaram por afectar a concentração reflexiva e visual em que os seus dois companheiros ainda se encontravam, desligando-os da realidade que nesse momento estavam a partilhar e fazendo-os regressar ao mundo dos outros. Foi nesse preciso momento que eu e João Uaine o vimos a gesticular e a praguejar em direcção a um objecto que tinha na sua mão, enquanto Catarina EP Burne se aproximava na sua direcção na companhia de outra bela mulher. A sua chegada pareceu acalmá-lo. Falou um pouco com ele, tirou-lhe delicadamente a caixa da mão abrindo-a num segundo (e devolvendo-a de novo), enquanto apressadamente apresentava a sua companhia, ausentando-se de imediato e deixando-o na sua companhia. Esteves Macuin ficou então a olhar para a mulher que dava pelo nome de Sara Montiele e que Catarina EP Burne lhe apresentara como a donzela espanhola da história (que lhe contara anteriormente), ao mesmo tempo que interrompia por vezes a sua observação com um pequeno relance para o pequeno manuscrito dobrado que encontrara no interior da caixa. Vinha assinado e era-lhe dirigido.

 

Sara Montieli conhecera os familiares de Antero. A árvore genealógica deste cruzava-se com a sua e ia dar à de Esteves Macuin. Num outro Espaço já transformado e mergulhado nos intervalos de reutilização e distribuição existentes entre Universos, os diferentes momentos de diferentes conjuntos tinham-se cruzado e provocado algumas alterações significativas no processamento dos programas de criação, projectando ao mesmo nível diversas projecções e provocando o aparecimento de hologramas coincidentes no espaço mas apresentando diferentes estados de evolução. E o desenvolvimento deste processo acabara por provocar algumas lacunas e o aparecimento de pontos de ligação naturais entre momentos diferenciados. Daí a confusão genealógica e cronológica criada e contando com a presença de três diferentes gerações (da mesma família), neste caso tendo estas entrado inadvertidamente em contacto com originais ou réplicas por portas paralelas não projectadas (nem simuladas) e sem a necessária e obrigatória orientação. Certamente um erro devido a uma deficiente aplicação de software de transição entre memórias. Quem diria que o Antero era um familiar de Esteves Macuin, talvez um descendente de um irmão de seu pai ou avô e ainda por cima com ligações familiares indirectas a Espanha e à família de Sara Montiel. Ele e a mulher abraçaram-se fortemente, estreitando intimamente entre os seus corpos quentes e quase que colados um espaço intervalado por dezenas e dezenas de anos, mas que nunca pela distância ou pelo atrito provocado os tinha verdadeiramente separado – mesmo não sabendo eles da existência do outro. E já eram 11.00 e todo o plano fora ao ar. Abriu a folha dobrada do manuscrito e olhou para assinatura: alguém tinha escrito o manuscrito há já quase um século, assinando-o sob os nomes de Lúcia, Francisco e Jacinta. E logo no cabeçalho vinha o detalhe.

 

A 23 de Dezembro de 1918 Francisco e Jacinta adoeceram ao mesmo tempo. Indo visitá-los Lúcia encontrou Jacinta no auge da alegria. E aí Lúcia conta:

"Um dia mandou-me chamar: que fosse junto dela depressa. Lá fui correndo. – Nossa Senhora veio-nos ver e diz que vem buscar o Francisco muito breve para o Céu.” (Wikipedia)

 

E enquanto neste espaço o caos começava a fazer sentido, apesar de toda a nossa confusão temporal (por vício de abstracção e sua confusão com uma realidade virtual limitada – pelo tempo, uma constante e não uma variável), no Algarve a organizada e disciplinada Josefa Macarti voltava a aparecer. Só que Gregoriana, Jaime Dine e o cão Pecas não se encontravam felizmente em casa por essa nessa altura: tinham ido os dois acompanhados pelo cão jantar a casa dum velho amigo do pai de Gregoriana que já não viam havia muito tempo e que como sempre vinha com uma história extraordinária passada consigo, envolvendo um aspirador e uma viagem ao planeta Marte. Agora é que não poderiam perder a história e já agora aproveitarem e contarem a sua. Furiosa Josefa Macarti ainda deu uns fortes pontapés na porta e desapareceu de seguida.

 

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Uma paisagem marciana sugerindo algumas paisagens terrestres

 

Deslocaram-se os três em direcção a uma das portas existentes na sala, comunicando directamente com um dos vários portos ligando todos os diferentes níveis da base. Pela planta apresentada no monitor iriam fazer uma pequena deslocação até um ponto situado a sul da base, inicialmente em deslocação horizontal e subterrânea até uma estação intermédia, a partir da qual o veículo de transporte os levaria à superfície de Marte. Pelas indicações fornecidas por Sara Montieli seria um ponto onde estaria situado um dos vários complexos com contacto directo com a superfície, dedicado fundamentalmente a saídas esporádicas de controlo e vigilância a realizar ao ambiente marciano e agora dirigido também a algumas acções científicas e de estudo da evolução recente da atmosfera marciana. E pela maneira como ela nos transmitiu a informação assim como pelo sorriso de contentamento com que nos presenteou, provavelmente estaria na posse de alguma novidade para nós completamente desconhecida e que provavelmente nos iria surpreender. Fomos levados até um compartimente bastante amplo, a toda a sua volta rodeado por uma estrutura transparente semelhante a vidro mas extremamente resistente e que nos oferecia uma visão espectacular de toda a paisagem marciana que a rodeava: encontrávamo-nos numa pequena plataforma exterior suspensa sobre um dos lados de uma enorme cratera de Marte, observando à nossa frente a existência de movimentos incluindo seres vivos e máquinas ali colocadas e o que mais nos surpreendeu, verificando que alguns desses seres pareciam circular sem qualquer tipo de protecção no exterior marciano ou assim parecendo. Estávamos numa cratera situada a uma grande latitude de Marte e pelo movimento verificado, estruturas utilizadas e ainda pelas informações que nos chegavam, o local seria um posto de transição para a distribuição subterrânea de água as bases e seus módulos instalados no planeta. E ainda mais surpreendidos ficamos quando vimos estruturas muito semelhantes a estufas a serem deslocadas para o exterior da cratera para outros locais para nós desconhecidos do planeta, umas transportadas inicialmente por pequenas naves de carga e outras socorrendo-se ainda de túneis subterrâneos exclusivamente utilizados para transferências de material e bens essenciais. Parecia mesmo que estávamos efectivamente a viver um sonho apesar de tudo o que já tínhamos vivido. A colocação da minha questão seria imediata: poderíamos andar por ali como se estivéssemos no planeta Terra? E muito calmamente Sara Montiel disse que sim, mas que para já tal usufruto ainda não seria para nós: Marte tivera uma atmosfera respirável num passado já muito distante e perdera-a subitamente de uma forma violenta e esmagadora, mas o sentido de preservação do próprio planeta no seu enquadramento planetário, criara refúgios mínimos e capazes de sobrevivência, de modo a que pudessem num futuro próximo levar Marte a acelerar o seu novo processo de transformação e de evolução (de novo em direcção à sustentabilidade equilibrada do planeta. Permitindo a existência natural de vida indígena ou alienígena à sua superfície. O que no fundo já se passava em muitos espaços controlados como era o caso desta cratera, onde alguns terrestres e extraterrestres já se deslocavam por períodos ainda limitados, enquanto outros já o faziam sem limites. E então chegou Catarina EP Burne e graciosamente fomos convidados a dar um passeio por Marte.

 

O Manuscrito tinha sido redigido há pouco mais de vinte e quatro horas e ficado guardado sob responsabilidade do banco durante quase cem anos: intocável, selado e fechado no interior de uma caixa inviolável. Só possível de ser aberto no acto da devolução, seguindo o trajecto inverso de destinatário (Esteves Macuin) a remetente (Catarina EP Burne). Era-lhe dirigido e datado, apresentava-se de uma forma extremamente apressada na sua redacção e distribuía-se por três pequenos parágrafos directos e irreversíveis:

 

(1) Sob ordens de execução obrigatória oriundas de hierarquias superiores (com indicação de aplicação imediata) e contendo orientações extremamente precisas de coordenadas, tipo e forma de extracção, o ainda jovem Esteves Macuin fora raptado no ano de 1917 por extraterrestres (aproveitando a projecção no momento de um Evento de contacto e sugestão), sendo recolhido e salvaguardado como elemento último de substituição, num possível caso de extrema necessidade de restauro do sistema (regressando assim à situação anterior e evitando o indesejável reset como solução para o crash fatal). Com ele tinham vindo mais dois jovens (duas raparigas vindas do mesmo local e não como ele pensava de origens aleatórias), cumprindo expressamente o mesmo desígnio, mas por opção condicionados a serem recolocados em pontos do espaço diferenciados: assim o conflito espaço-tempo não se faria sentir, por adaptação do elemento extraído ao seu novo ponto de referência. Francisco morreria brevemente sendo necessário precaver desde já o futuro das outras duas crianças: de Jacinta e da futura intermediária Lúcia.

 

(2) Este momento que ele agora vivia fora uma sugestão de criação e oferta da autoria de um grande amigo comum e eminente pensador, filósofo e profeta, conhecido como um dos pioneiros do conhecimento e divulgação do papel fundamental da Energia na nossa vida e de todo o Universo e seu funcionamento num todo individual mas sucessivamente replicado, no caos ou de uma forma organizada. Esse amigo era Nicolau Testa e era louco por vibrações, frequências, energia e magnetismo. O truque das trocas cronológicas fora o que mais o divertira: a introdução do tempo na elaboração dos cálculos matemáticos pode levar a conclusões de impossibilidade de ocupação do mesmo espaço simultaneamente, apenas porque o interpretamos (o tempo) como um parâmetro real quando ele no fundo não passa de uma constante específica (unicamente relacionada e dirigida a uma razão entre duas ou mais massas em conflito). Quando se ocupa um determinado ponto do espaço, compartilhamo-lo com todas as nossas identidades sobrepostas – e que até poderão não coincidir com o mesmo Universo e depender das suas Cordas e Viobrações. O programa aplicado a Esteves Macuin era extraído de um jogo muito antigo e popular inspirado em remotas histórias de outras Terras semelhantes, em que todo o enredo andava à volta de um guerreiro solitário lutando contra as suas memórias passadas e ainda não totalmente resolvidas, como consequência dos devaneios humanos tendo como elemento filosófico e decisivo o tempo maldito, corruptor e provocador de lobotomia progressiva, mas sobretudo de indecisão espacial e de movimentos: a cura consistia em misturar o tempo e servi-lo a frio. O prazo de 24 horas era apenas uma precisão exclusivamente reflectida na pontuação: mas neste jogo o tempo (medido para todos os lados) só dava bónus.

 

(3) Esteves Macuin regressaria à sua base localizada na Lua dentro do prazo estipulado pelo jogo. Não sofreria qualquer tipo de penalização por erro do jogador, nem lhe seria debitado nenhum valor motivado por parâmetros abstractos. Precisamente à meia-noite do dia seguinte, vinte e quatro horas passadas sobre a sua partida, ele encontrar-se-ia de novo nas suas coordenadas habituais: mas agora contando com a presença daquelas duas miúdas que há quase cem anos, vislumbrara por momentos num voo da Terra para o Céu. Ali decidiriam em conjunto o seu caminho a percorrer, optando por aquele espaço que um dia tinham escolhido mas que ainda não sabiam qual. A vida era apenas um diferente nível energético e nós éramos aqueles simples electrões, saltando entre lacunas cada vez mais distantes mas potencialmente transformadoras: como quando saímos de casa e somente com a nossa presença, logo criamos um mundo novo.

 

E o restante relato não descrito por mim terminava deste modo e mesmo assim:

 

- Esteves Macuin deixou-se ficar, enquanto que as duas moças se deslocaram a Fátima em visita e peregrinação (com passagem prevista por Albufeira), com retorno irreversível e sem hesitação ao seu mundo incomparável do Céu e das Estrelas: é que ninguém pode negar a vida depois de a estar a viver. Mas antes foram celebrar aquele espaço por eles partilhado esquecendo o tempo mais uma vez e dando prioridade ao movimento e à evolução. Dos sentimentos e das percepções. Era quase meia-noite do dia 31 de Outubro, ainda ele não partira e já os três se entretinham entre degustações e prazeres.

 

Fim da 4.ª parte de 5

 

(imagens – Web)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 10:37

O Mar – Uma Fonte de Energia Renovável

Quarta-feira, 08.01.14

“O Mar é uma fonte de energia renovável e como tal a sua acção e influência estará sempre presente no nosso quotidiano”

 

A tempestade Hércules chegou no início desta semana com a sua máxima intensidade à costa Atlântica da Europa Ocidental, afectando fortemente e entre outras, as costas litorais de Portugal e da Grã-Bretanha – com a formação de ondas de grandes dimensões, que alguns denominam informalmente como “onda gigante” ou “tsunami”.

 

Portugal – Açores

 

Uma das zonas mais expostas e logo mais afectada pela tempestade Hércules foi a Grã-Bretanha, com toda a sua costa ocidental a ter que suportar o impacto de ondas de grandes dimensões, originadas pela forte agitação marítima registada no Atlântico.

 

      

Grã-Bretanha – País de Gales

 

Naturalmente que também as ilhas dos Açores e da Madeira foram apanhadas por esta violenta tempestade que tem afectado todo o oceano Atlântico e que por outro lado tem vindo a castigar em terra o Canadá e o norte dos EUA, com fortíssimas quedas de neve e temperaturas que chegam em certos locais a atingir os -50°C.

 

Portugal – Madeira

 

Em muitos pontos da costa litoral portuguesa os efeitos da passagem da tempestade Hércules foram bem visíveis e bem sentidos pela população local, com o mar a atacar fortemente a costa e chegando mesmo a invadir terra, como o foram os casos da Póvoa de Varzim, Furadouro, São Pedro de Moel, Costa da Caparica, Carvoeiro e Armação de Pêra, entre muitos outros.

 

Portugal – Nazaré

 

E mais uma vez e dadas estas circunstâncias meteorológicas especiais a vila da Nazaré é notícia pela espectacularidade visual do seu mar, com vagas de enormes dimensões a formarem-se sucessivamente à nossa frente e caminhando com toda a sua força e vigor para terra e na nossa direcção, como se fossem “irrevogavelmente” engolir-nos.

 

(imagens – Web e CM)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 14:02

Degelo

Domingo, 30.10.11

Aquecimento Global?

 

Água

Matéria-prima produzida naturalmente e desregulada artificialmente

 

FUSÃO

=

PASSAGEM DO ESTADO SÓLIDO AO ESTADO LÍQUIDO, ATRAVÉS DO FORNECIMENTO DE ENERGIA

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 14:03