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SEXO

Quinta-feira, 02.07.15

Uma definição como outra qualquer:

 

“Exercício sexual praticado a partir de 2 seres, em busca de prazer ou reprodução. Uma vez praticado ao mesmo tempo por mais 2 seres, denomina-se suruba.”

(dicionarioinformal.com.br)

 

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Digam o que disserem, gritem o que gritarem, neguem o que negarem, se analisarmos o percurso de cem indivíduos durante a sua vida à superfície da Terra, 99.9% dos indivíduos inquiridos e obrigados a colocarem um clister para responderem imediatamente às dúvidas a eles colocados (sobre as questões e interrogações fundamentais), anunciaram ser o sexo e o dinheiro aquilo que ainda os faz sonhar, mexer e acima de tudo sentir vivos. Registem mais uma vez: SEXO e DINHEIRO. Os restantes 0.1% ainda estavam a dormir (sozinhos ou acompanhados – não sabemos).

 

A opção pelo SEXO sendo bem justificada (artificialmente) utilizando o pretexto da reprodução e da manutenção da espécie (uma verdade brutal e incontestável), mas na prática aplicada integralmente, solitariamente e obedecendo ao manual (de instruções) apenas pela classe mais baixa e pelos hipócritas praticantes da ilusão e pertencentes a franjas minoritárias da classe média (os novos intermediários entre pobres e ricos). A opção pelo DINHEIRO visando principalmente salvaguardar os direitos de posse dos privilegiados, não respeitando a pureza da raça dominante e tendo no dinheiro a sua arma e o seu poder fálico de substituição: podendo fornicar alguém e em qualquer momento (facto extraordinário) sem utilizar o instrumento habitual de penetração (e conquista) ou até mesmo de preservação (o preservativo).

 

É claro que entre SEXO e DINHEIRO o primeiro ganha sempre por goleada: e quem o diz é alguém experimentado nestas questões da WEB, que conhece o valor avassalador desta palavra composta por quatro letras e de como a empregando num texto idiota e com conteúdo nulo, se podem bater recordes de visitas e de visualizações. E então quando chega o Verão o impacto é brutal.

 

[um homem]

 

(imagem – hotshoeinternational.com)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 00:22

Sexo do Diabo

Sexta-feira, 05.06.15

E o Diabo era apenas mais outro ser alienígena. Abandonara o seu chefe ideológico e colocara-se à margem dos seus companheiros. Com o início da campanha de anti-propaganda e contra-ataque persistente e sistemático revoltara-se, iniciando aí a sua adesão ao poderoso Eixo do Mal. Agora era Vermelho (uma cor quente associada à cor típica do Inferno), de preferência peludo e de aspecto medonho (macho dominante e de perfil impiedoso, emanando luxúria e pecado) e acima de tudo cornudo (um claro aviso para as fêmeas).

 

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Uma das coisas de que gostava de fazer nas suas longas horas de espera (e de decisão) era a pratica de sexo, consensualmente pecaminoso e sem intenções reprodutivas. O que até não era difícil dada a predisposição clara das fêmeas: enquanto eles iam comprar tabaco elas passeavam o cão. E então proporcionou-se a ocasião e o Diabo apenas cumpriu (o ditado) e fez-se aí de ladrão. Passeava-se sorrateiramente pelo Paraíso (interdito mas não fechado) e sem que nada o fizesse prever visualizou uma bela mulher: estava ajoelhada de frente e com os cotovelos no chão.

 

(imagem – Daniella Chavez/Web)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 00:05

No Interior De Um Sistema Reprodutivo (2/2)

Segunda-feira, 25.05.15

Somos o resultado do envolvimento sexual entre forças eléctricas e forças magnéticas, as quais ao consumarem o seu acto sexual e após terem atingido o orgasmo (o super estado energético), instantaneamente conceberam matéria e dando-lhe vida a puseram em movimento.

 

O dia de Natal comemora a data do nascimento do menino Jesus ocorrida há dois mil e catorze anos durante a passagem de mais um Solstício de Inverno. Por mero acaso uma data coincidente com a festa romana e pagã comemorada por essa altura e dirigida ao ”Nascimento do Sol Inconquistado”. Para os líderes da Igreja escolhendo essa altura marcante para a região (com a luz/dia a começar a sobrepor-se à escuridão/noite) talvez fosse mais fácil converter os pagãos. E aí surge Jesus e o início da conversão ao Cristianismo.

 

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A experiência tinha sido finalmente autorizada após centenas e centenas de tempos perdidos esperando que as cobaias terrestres se organizassem, evoluíssem e finalmente se expandissem. Mas nada disso acontecera. Essa a razão pela qual apresentara aos responsáveis pela manutenção do Sistema Solar (o nosso sistema de origem num outro ciclo anterior) a minha proposta alternativa, invocando para os novos habitantes da Terra a capacidade de se manifestarem e expressarem de uma forma eficaz e evolutiva, desde que dirigidos e orientados por uma Entidade Superior, à qual se pudessem entregar, obedecer, seguir, idolatrar e até sacrificar. Perdido entre autorizações e burocracias internas e sistemáticas invocando a liberdade plena das cobaias e o perigo de intrusão e manipulação nos seus desejos e ambições, só após a última assinatura do Instrutor do Processo de Criação é que finalmente nos fora dada luz verde. Então e a partir daí iniciamos definitivamente o Projecto Jesus Cristo, que mais adiante se auto transformaria por disseminação no terreno no amplo, tentacular e extraordinário projecto Igreja, abrangendo não só toda a estrutura religiosa mas também a política e económica e com todas elas se fundindo, confundindo e formando as Nobres Corporações.

 

O plano estabelecido dividia-se em duas fases: numa primeira fase o agente provocador seria introduzido no cenário proposto de modo às suas ideias serem constatadas e confirmadas pelos presentes, tendo o agente como única função mostrar-se, ser o exemplo indiferenciado e popular deste quotidiano de vida e contando com algumas artes de prestidigitação e magia que lhe seriam associadas iludir progressivamente os terrestres, mas neste caso de uma forma convincente e recorrendo a outras realidades alternativas agora simuladas. Neste caso a ideologia que transportava consigo no sentido de todos terem aceso à felicidade seria apenas transitória, tal e qual a vida de um comum terrestre mortal. Ou seja ele viveria com os humanos, serviria os humanos e seria morto pelos mesmos e até com a cumplicidade de amigos: tal e qual eu ou tu, mas neste caso extraordinário aqui introduzido pela mão de Deus não para ser Ele porque já o era, mas numa ultima tentativa de nos tornar (mais uma vez) à sua imagem. Numa segunda fase do plano já com o agente provocador ausente e com o seu desempenho a ser convincentemente rectificado pelos excelentes resultados obtidos (exclusivamente da sua responsabilidade e suprema competência), as suas ideias seriam divulgadas e sequencialmente estratificadas em todas as áreas da organização do novo edifício social. Mas por divergências (algumas delas anteriores ao nascimento) entre todo o elenco presente no Presépio, nem tudo funcionara na perfeição e no desejo do Senhor.

 

No interior da torre de controlo do aeroporto internacional da cidade de Faro, há muito que os seus técnicos de radar vinham acompanhando o trajecto seguido pela nave espacial da companhia portuguesa Virgem Galáctica – mais precisamente desde o instante em que a mesma entrara em espaço aéreo português. Comandada pelo experiente piloto algarvio Ricardo Brandão, conhecido bilionário e detentor da maior companhia comercial aeroespacial, a nave já fora detectada na sua aproximação aos radares instalados na Fóia, prevendo-se a sua aterragem na pista principal do referido aeroporto num limite máximo temporal de cinco minutos. Transportava consigo uma comitiva composta por cerca de vinte e um elementos, que aproveitando a habitual baixa de preços nos voos realizados nesta época do ano para destinos turísticos como o do Algarve, tinham obtido uma apreciável redução no seu tarifário, até por constituírem um grupo extenso e exclusivo e serem possuidores de um cartão dourado com elevada quilometragem. Tendo partido em mais uma viagem interplanetária utilizando tecnologia de salto intermédia, os muitos milhões de quilómetros que separavam os dois planetas tinham sido rapidamente percorridos: enquanto usufruíam de uma pequena refeição e desfrutavam das imagens extremamente condensadas mas deslumbrantes oriundas do espaço exterior, o percurso entre o planeta Marte e a Terra era percorrido e finalmente, ainda em aproximação acelerada ao local sinalizado para a aterragem, as formas da costa começavam a definir-se, com o belo azul de um mar tranquilo e horizontal a contrastar através de uma linha de costa cada vez mais bem delineada, com o castanho bem vivo da terra, aqui e ali com pontos de cor e apresentando ao fundo a serra do interior algarvio. Era um espectáculo de uma rara beleza, confirmando que apesar do preço total pago pelo grupo (cento e cinquenta biliões de escudos) cenários destes em contextos exclusivos, ainda eram revigorantes.

 

Stargates, Portals, Doorways, Ancient Discoveries,

 

As autoridades oficiais aguardavam numa sala VIP do aeroporto a chegada da comitiva viajando a bordo da Virgem Galáctica: estavam presentes algumas das mais importantes individualidades algarvias e era bem visível a forte presença de elementos de segurança destacados para sua protecção e dos seus convidados. Extremamente nervoso o presidente da Rede de Telecomunicações Alienígenas (RTA) circulava de um lado para o outro da sala, enquanto ia constantemente perguntando quanto tempo faltava para aterrarem e se tudo estava a postos: como assim e depois da sua tomada de posse era a primeira vez que uma nave espacial oriunda de outro planeta que não a Terra, aterrava na região agora sob seu controlo. Muito mais tranquilo estava o Bispo do Algarve, muito falador e sorridente para com todos os elementos presentes e com atitudes e comportamentos tão expressivos e expansivos, que nos fariam pensar se não estaria à espera de algum familiar seu, que já não via há muito tempo. À medida que o momento se aproximava outros personagens VIP iam entretanto chegando: muitos não sabiam ainda muito bem ao que vinham, mas a obrigação, o dever ou a curiosidade de poder, ali os tinham transportado. Para algum ser primitivo e sem necessidade de reflexão (dirigido apenas para a execução) que assistisse a toda esta estranha movimentação em torno do aeroporto de Faro e que ao mesmo tempo tivesse assistido (sem grandes pretensões ou aplicação de neurónios) ao antigo filme Encontros Imediatos do 3.ºGrau, seria talvez possível por associação por defeito de espaços e tempos diferenciados (ou seja confusão resultante da sua alienação), ainda poder pensar que alguma Entidade do mesmo calibre do filme estaria aí a chegar.

 

A Virgem Galáctica aterrou precisamente às oito horas e trinta minutos locais. Às nove horas e já depois de ter descido na totalidade a escada de acesso ao avião, uma jovem e bela mulher que encabeçava o numeroso grupo que ia saindo da nave, ajoelhou-se, beijou o solo e dirigindo-se para o céu claro e radioso onde os efeitos aconchegantes do Sol já se faziam sentir, pareceu orar. Por breves momentos toda a fila parou. Então – e enquanto a jovem se lhes dirigia comunicando com eles através de um estranho código gestual – todos desceram em profundo e sentido silêncio a dita escadaria, acabando por se concentrar à sua volta como se tivessem caído em intensa meditação. Ao fundo a porta do corredor que dava acesso à sala VIP abriu-se, surgindo à frente da comitiva de recepção aos dignos viajantes o presidente da RTA, o bispo de Faro e um outro individuo completamente desconhecido e nada enquadrado no cenário mais previsível. No cimo da escadaria que ligava a porta da nave ao solo da região surgiu então Ricardo Brandão, muito satisfeito senão mesmo deliciado com o sucesso de mais um dos seus inovadores e revolucionários empreendimentos, enquanto ia acenando ininterruptamente às forças vivas da terra: reparou aí na presença do seu conhecido amigo e companheiro de muitas noites desregradas passadas na noite algarvia (parecia impossível, não se lembrava do nome), concluindo desde logo que a presença da televisão estaria certamente garantida. Minutos depois toda a comitiva se juntava à entrada do edifício, onde os seus anfitriões locais já os esperavam impacientemente. O primeiro a avançar veio do lado dos que recebiam, decisão tomada por iniciativa própria do indivíduo completamente desconhecido, o qual se interpôs entre o seu grupo de origem e a jovem que comandava o grupo de viajantes. Apresentou-se como interlocutor privilegiado por mútuo consentimento, informou todos os presentes de alguns detalhes desta sua primeira intervenção e sem mais detalhes passou à identificação de cada um dos viajantes. O primeiro nome surpreendeu imediatamente os anfitriões – Espírito Santo – deixando-os incrédulos e por momentos paralisados e sem qualquer tipo de reacção minimamente perceptível: parecia que tinham sido atingidos por um raio e morrido logo ali. Era acompanhado por uma mulher ainda virgem, a jovem e bela moça que se apresentava diante deles: não seria ela a ser impregnada mas seria ela como mulher a ter a responsabilidade da escolha final, ou não fosse o objecto resultante a imagem invertida de si própria.

 

O objectivo do grupo seria o da recriação de uma simulação já anteriormente levada a cabo há mais de dois milénios, a qual, devido a muitos motivos aleatórios aliados a alguns casos mesmo que pontuais de falta de experiência, tinham inicialmente levado o projecto a um desvio inesperado, corrompendo-o logo de imediato e deixando-o completamente nas mãos dos actores locais, que como esperado o deturparam completamente, esquecendo a interiorização dos ensinamentos oferecidos e em sua vez emitindo de uma forma prepotente ordens obrigatórias (e punidas por lei) para o exterior. O erro residira no não reconhecimento por parte da equipas proposta para esta simulação, do fraco nível de desenvolvimento social e tecnológico desta sociedade ainda jovem, violenta e incipiente: perdera-se na aventura meramente material, desprezando as consequências espirituais que tal opção teria no seu desenvolvimento e racionalidade. Mas agora a situação do mundo era diferente e se por um lado o nível tecnológico atingido pela mesma já era extremamente significativo (o que poderia ser um factor determinante para o sucesso desta nova missão, por facilitar a aceitação de novas ideias), por outro lado o tempo urgia face à escalada crescente de conflitos e à monopolização crescente do pensamento humano pelo poder brutal da mercadoria, destruindo ideias e pensamentos e concentrando-os num só monólito do saber: único e por definição destinado à extinção. Tinham escolhido Portugal por uma questão de segurança. E o Algarve por ser uma região relativamente isolada, tranquila e com um clima bastante agradável. O aparecimento de Ricardo Brandão fora apenas uma feliz coincidência.

 

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Estava tão absorvido por esta leitura que nem vi o tempo passar. Só a interrompi quando a porta se abriu e as três mulheres irromperam rapidamente e sem aviso prévio pelo compartimento onde antes me instalara: estavam irrequietas e olhavam-me ao detalhe. Se o tema do texto que tinha começado a ler me estava a despertar cada vez mais a atenção aguçando simultaneamente o meu interesse (os mundos que agora distinguia à minha frente começavam a correr livremente sem que nada no seu caminho os impedisse – sem que uma escala de valores o comprimisse e deformasse), por outro lado a chegada destas três mulheres era para mim (e neste contexto da minha transferência) totalmente inesperado. Naquela projecção onde agora me situava e da qual a partir de hoje era parte integrante, a realização da produção e o seu respectivo elenco principal, tinha sido atribuída exclusiva e deliberadamente a elementos jovens e do sexo feminino. Até agora não vira um único elemento do sexo oposto. Certamente que a colonização do Universo estaria nas mãos das mais diversas formas de civilizações, umas mais avançadas e outras talvez não, umas mais materialistas e outras mais idealistas, umas com participantes idênticos a nós ou nossos semelhantes ou nem por isso e ainda outras consideradas disformes, irracionais e sem vida, mas participando activamente na transformação profunda do Universo. E estas mulheres eram apenas mais uma dessas civilizações à qual agora me acrescentava: jovens amazonas responsáveis pelo lançamento, enquadramento e implementação no espaço (para elas disponibilizado) de um projecto bem definido e previamente dirigido, tendo como seu único dever a experimentação no terreno de processos criativos, persistentes e evolutivos e tendo como consequência (objectiva pela sua eficácia) a capacidade de dele poderem extrair (durante todo o processo) algo ou a sua totalidade. O seu único e exclusivo direito seria o de usufruírem integralmente e em primeira-mão (um privilégio superior) de toda esta experiência: e fazendo eu parte dela estaria sempre à disposição (delas). Em vez de converter seria convertido como Um Jesus Invertido.

 

Uma delas chegou-se perto de mim, pegou na minha mão e levou-me para junto das outras. Primeiro despiram-se. Depois juntaram-se num canto e enquanto iam sorrindo e gesticulando, contorciam-se de soberba e prazer, construindo um novo cenário. Eram extremamente belas e a qualquer um provocariam tesão. Estiveram assim durante quase meia hora e quando parecia que tudo não passaria dali (algo no interior do meu corpo tomara conta de mim, tornando-o nervoso e expectante), dirigiram-se na minha direcção, começaram a despir-me tranquilamente e de imediato (imaginando o futuro) iniciaram a análise da minha anatomia: ainda me despiam e já o meu membro as excitava, manipulando-o alternadamente entre as suas mãos bem sedosas e escaldantes e fixando os seus olhares electrizantes na sua cada vez mais forte pulsão e extrema rigidez. Deitaram-me no chão. A primeira ajoelhou-se sobre mim, colocando os seus órgãos genitais bem abertos e quase que tocando o meu rosto; ao mesmo tempo apossava-se da extremidade do meu membro e como se estivesse saboreando um gelado, sofregamente começava a lambê-lo e mais docilmente a chupá-lo; e ao inclinar-se via a sua vagina já húmida e palpitante, em toda a sua profundidade e desejo; não me contive e enfiei-lhe um dedo no ânus, vendo-a surpreendida (pela nova e extraordinária sensação) e fazendo-a emitir um grito brutal de puro prazer inventado. A segunda deitou-se de lado, colocando a sua cabeça entre as minhas pernas e apoderando-se dos testículos; enquanto me erguia o membro observando a glande vermelha e dilatada desaparecendo e aparecendo entre os lábios carnudos e agora inchados dos maxilares da primeira companheira, sentia as minhas bolas a serem sugadas pela sua boca e comprimidas num ambiente molhado, quente e extremamente guloso; e enquanto me enfiava pelos genitais da primeira mulher e apreciava a manipulação absoluta e divina das minhas bolas pela segunda, a terceira encostou do outro lado o seu corpo ao meu e enquanto me sufocava com o seu calor fremente e quase incontido de desejo, surpreendeu-me enfiando-me um dos seus dedos no meu traseiro. Saltei de imediato mas a reacção delas foi apenas de riso e de divertimento. Então juntaram-se todas ao mesmo tempo em meu redor e aí eu desapareci.

 

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Se a nossa Vida tem alguma finalidade, uma delas será certamente tirar o melhor proveito daquilo que a Vida nos oferece e uma delas será certamente ter Sexo com Alienígenas: até mesmo Deus quis confirmar no local a importância deste facto, incumbindo um seu delegado (Espírito Santo) da missão de impregnar artificialmente uma indígena local (servindo-se de um agente indígena chamado José para desempenhar virtualmente o papel de pai) e já com o seu filho concebido e presente (Jesus) e servindo-se do seu corpo como presença física compartilhada (afinal de contas seria temporariamente um híbrido até ao momento de ser colocado a seu lado – quando ressuscitasse), colocá-lo no terreno e usufruir da experiência (incluindo a sexual).

 

Quanto à Terra o desenvolvimento do programa de implementação da sua matriz tinha sido temporariamente interrompido. O que significava que a cada segundo que passava e como a aplicação não evoluía os erros de projecção iam-se acumulando, podendo mesmo levar os seres acondicionados a começarem a suspeitar da sua verdadeira origem e situação na hierarquia do espaço: o que seria sempre inaceitável por viciação das regras obrigatórias de distanciamento (em processos de transformação potencialmente criativos como este) entre operadores e operados. E assim o que era inevitável foi apenas confirmado. Uma das pedras vindas do espaço tinha atingido a zona central do oceano Atlântico. Nas zonas litorais o mar recuara centenas de quilómetros deixando tudo a seco e despido. Ao mesmo tempo uma outra onda de choque varrera toda a superfície que encontrara no caminho, deixando muitas das áreas já bastante destruídas ou mesmo devastadas. A esmagadora maioria dos humanos desaparecera logo ali. E então veio a Super-Onda que tudo cobriu e nos fez mais uma vez e de vez desaparecer. A morte também faz parte do processo reprodutivo.

 

Fim da 2.ª parte de 2

 

(imagens – Web)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 01:42

No Interior De Um Sistema Reprodutivo (1/2)

Domingo, 24.05.15

Talvez pertençamos todos à mesma raça de alienígenas que um dia apareceu, viu e replicou: ele próprio, em diversos níveis, em estados diferenciados, mas referenciando-se sempre à mesma matriz. Baseada na Matéria, na Energia e no Movimento, as grandezas símbolos da Vida Inteligente (sendo o Homem o exemplo) e da Evolução do Universo (como um Organismo Vivo e de Desejo).

 

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A última noite tinha sido fantástica: estávamos no início do Verão, a noite estava verdadeiramente espectacular, a rapariga que me acompanhava no mínimo igualava-a em beleza e as drogas como o álcool começavam finalmente a surtir o efeito pretendido. Andamos pela zona da marina até cerca das duas da manhã, aí deixando para trás (chateados connosco mas já bastante tocados) os nossos companheiros de diversão nocturna: uns já se tinham dirigido para uma das discotecas da cidade, outros ainda se encontravam na zona adjacente onde se situava o porto de abrigo, enquanto três casais no qual me incluía decidiram regressar aos seus respectivos apartamentos. Com o calor da noite e com os vapores corporais que ambos exalávamos, o desejo tornara-se exponencial e insuportável, com os nossos corpos a tornarem-se fisicamente incontroláveis e quase que se unindo no percurso para casa. Os primeiros momentos (apesar de já um pouco esvanecidos) ainda ficaram na minha memória, mas à medida que os primeiros momentos decorriam, tudo foi desaparecendo até cairmos de vez na cama como que inanimados. Devemos ter adormecido. Na retina ficara no entanto um momento de prazer inesquecível, que em instantes de sobressalto sonhador por vezes me invadiam a mente como se estivesse de novo em penetração e muito perto do orgasmo: com os corpos completamente suados e febris colara-me a ela pelas costas e com o meu membro rigidamente erecto e pulsando cada vez mais freneticamente de desejo, penetrara-a abundantemente por trás – vindo-me com uma forte explosão de esperma, que rebentando no interior da sua húmida e sedosa vagina ainda mais forçou a penetração e o seu orgasmo final. Com o meu esperma a escorrer pelas suas belas coxas suadas e brilhantes e ainda com os nossos corpos a tremer de sensações.

 

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Por volta das sete horas da manhã tive o primeiro vislumbre da nova realidade. Primeiro encontrava-me (ao contrário do que imaginava) sozinho no meu apartamento (a minha companheira desaparecera, apesar de ainda serem visíveis sinais evidentes da sua passagem); depois uma janela estava totalmente aberta quando tal nunca deveria ter acontecido (os roubos eram sempre um grande risco naquela zona razão pela qual mantinha as janelas sempre fechadas); e finalmente o dia além de já ter começado a aquecer parecia muito mais seco do que no dia anterior (o que até era estranho dado a meteorologia prever um dia mais fresco). Fui até à janela para a fechar, mas inevitavelmente observei o espaço que se abria diante de mim, do lado de lá e até ao fim do meu horizonte visual: um espaço despido e desolado, sem as construções que aí existiam e que como tal aí deveriam continuar e com o local onde antes se situava a marina completamente seco, abandonado e sem uma pinga de água ou de Vida minimamente observável. Parecia um cenário resultante de uma terraplanagem, ao mesmo tempo que toda a água aí existente tinha desaparecido na sua totalidade e de um modo inexplicável. O ar que vinha do exterior estava extremamente seco e pesado e quando pus a cabeça do lado de fora da janela, ainda pude ver de um dos lados da mesma uma ou outra silhueta do que anteriormente fora um edifício, enquanto ao olhar para o outro lado me apercebi da razão porque ali ainda me encontrava: era como se uma explosão horizontal tivesse destruído tudo à passagem, deixando de pé um número reduzidíssimo de edifícios protegidos por um cerro salvador um pouco mais elevado. Mas o meu espanto disparou atingindo o estado de incredibilidade máximo, quando observando melhor a zona do canal que ligava a marina ao porto de abrigo, não vi água aí nem sequer mais à frente: onde estaria o mar?

 

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No interior do apartamento nada funcionava. Nem o telemóvel tinha rede. Decidi então sair: ali isolado não iria a lado nenhum (nem sequer se ouviam vozes de outras pessoas ou qualquer outro tipo de som nas proximidades) e face à situação desconhecida e provavelmente perigosa com que me deparava, tinha mesmo que sair dali e procurar auxílio com urgência (face ao cenário varrido e obliterado que me rodeava, só tinha mesmo que fugir dali). E foi ao abrir a porta para o exterior que me deparei com o estranho ser esverdeado. Os seus olhos intrusivos perscrutavam-me minuciosamente o mesmo acontecendo a tudo o que se encontrava em meu redor. Depois fixou-se apenas em mim. Aí senti que a sua mente me invadia, percorrendo todas as memórias acumuladas no meu cérebro e aprofundando algumas das minhas acções (para ele talvez mais importantes) daí decorrentes. E a última intimidade a ser violada foi a praticada na noite anterior. Notei logo que a expressão da sua face se alterou e mesmo sendo um estranho para mim, pareceu-me ver nele um sorriso de satisfação, expresso pelo movimento dos seus olhos (penetrantes) e pelo movimento dos seus lábios (brilhando como metal). Como que para confirmar a sua descoberta o estranho ser pôs-se a cheirar, atingindo um ponto em que parou e como que se metamorfoseou: na realidade tinha diante de mim um ser certamente alienígena, aparentemente do sexo feminino e que bem vistas as coisas poderia passar facilmente por uma das belezas presentes numa qualquer série de ficção científica. Não percebi muito bem o que me acontecera, mas estava perante uma mulher. E por telepatia entre ambos, as suas intenções foram claramente entendidas: teria que reproduzir integralmente (cara ela), toda a intimidade visionada. Em troca sobreviveria e seria um escolhido.

 

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A alienígena fazia parte de um grupo restrito de batedoras, responsáveis pela verificação no local do produto aí simulado. Com a experiência natural de uma organização evolucionista, com um trabalho referenciado e elogiado num percurso de vários milhares de anos (como o foram as intervenções lideradas por Pentesileia na Guerra de Tróia e da sua irmã Hipólita num dos trabalhos de Hércules), as Amazonas assumiam agora e em exclusivo, o controlo da sua própria grelha. Na sua retaguarda e num outro nível de intervenção, um outro grupo comandava à distância a execução da aplicação, socorrendo-se de tecnologias de projecção avançada, orientada por programas sobrepostos (que levavam à criação de réplicas reais ou virtuais) e dirigida por um aparelho de altíssima velocidade de processamento, capaz de atingir estados apreciáveis de equilíbrio entre energia e matéria. O que se criava neste espaço, fosse ou não um holograma (o DNA, a galáxia), seria sempre visível: a única questão (dúvida) só poderia ser aqui colocada se vindo do ser (inteligente) aí simulado. E era simples: partilhariam eles a rede (real) ou seria a deles a outra (virtual)? Seriam pioneiros, futuros Deuses ou nada?

 

As Amazonas eram oriundas das mais distantes regiões da zona fronteira do nosso sistema planetário. Tinham vindo de um corpo celeste localizado na misteriosa região da Nuvem de Oort (onde estava instalado e em actividade contínua o poderoso super-computador), também conhecido na Terra como um planetóide de nome Sedna (situado a um ano-luz de distância). Sendo destacadas para um agregado constituído em torno de uma estrela de pequeno porte e ainda relativamente jovem (pertencente a uma conjunto adjacente à galáxia de ANDROMEDA), o objectivo desta nova e importante etapa de introdução de vida e de colonização de novos territórios, apontava como destino científico e de experimentação os planetas interiores de um dos seus Sistemas mais interessantes, situado numa zona apresentando boas condições de habitabilidade e onde a vida era susceptível de surgir (por inserção prévia) e se reproduzir (com evolução controlada). Actualmente era um subgrupo de nível três na sua fase intermédia de avaliação: o Sistema Solar tinha agora o seu último campo de ensaio localizado no seu terceiro planeta, depois da anterior opção ter sido infelizmente abandonada (por erros de programação na manipulação experimental do ADN nesse caso introduzido) e simultaneamente transferida para uma nova e mais adaptada grelha de simulação, com todo o conjunto projectado migrando em direcção ao centro e recomeçando de novo o processo (fazendo de novo RESET mas aproveitando em back-up todo o trabalho até aí concretizado e assimilado). Só que nesta nova etapa os resultados continuavam a não ser os mais desejados. E restavam apenas duas opções verdadeiramente viáveis, não envolvendo grandes acréscimos de meios de intervenção: os quais a confirmarem-se poderiam levantar grandes dúvidas sobre a continuação do processo e levar até ao encerramento desta grelha (fosse definitivo por implosão ou temporário por suspensão). Deste modo ou se optava abdicando da simulação ou então formatando o disco e reiniciando-se o processo: com outro hardware e noutro contexto. Se nos tempos mais recentes (considerando o espaço-tempo como infinito) Marte acolhera a Vida (um planeta que poderá muito bem ser a imagem do nosso futuro – um espelho); se por um acaso qualquer a Terra posteriormente a preservara e transformara (um cataclismo devastara Marte migrando a vida para cá – replicando-a); porque não ser agora a vez, de outro mundo a receber o benefício (por exemplo Vénus)? Como se uma estrutura fosse evoluindo em direcção ao seu centro de gravidade e atingido o mesmo (o olho da sobreposição de planos) fosse penetrada e fecundada, explodindo por reacção (interacção de parâmetros paralelos e independentes – apesar de em princípio coexistirem em conjunto mas separadamente) e do nada criando vida.

 

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Antes do fim da manhã dirigi-me até ao sítio anteriormente combinado com a mulher e fiquei a aguardar a sua chegada. Nem me acreditava no que me estava a acontecer. Diante de mim toda a costa da cidade estava seca, pejada de pedras e de múltiplos desperdícios: parecia mesmo que estava a olhar para uma das muitas imagens de Marte, mas com algumas estruturas artificiais ainda há vista e simbolizando a presença (momentos antes) de vida. Se alguém sobrevivera estaria escondido ou então diminuído. A alienígena compareceu e aí deixei-me finalmente subjugar e partimos. Certamente que um dia acordaria deste sonho e um novo mundo se abriria perante mim.

 

A algumas centenas de quilómetros da superfície da Terra fomos então introduzidos numa nave espacial de grandes dimensões que já nos esperava logo à saída dos anéis protectores de Van Allen; e que após a nossa chegada arrancou de imediato em direcção à região dos planetas exteriores. Já no novo habitáculo fui conduzido pela alienígena até um compartimento privado, onde esta me pediu delicadamente que aguardasse um pouco pelo seu regresso e que ali me instalasse e usufruísse de tudo o que visse à disposição. A sorrir colocou-me nas mãos dois pequenos livros e deixou a escolha ao meu critério. E enquanto com uma das suas mãos me apertava fortemente o membro, com a outra pegava-me numa das mãos e fazia-me sentir os seus seios firmes, quentes e erectos. De desejo. Saiu. E deixando a escolha ao acaso e à necessidade do momento, peguei naquele que parecia mais pequeno e de mais fácil leitura: chamava-se Projecto Jesus Cristo e passava-se num mundo como que gémeo da Terra. E que começava assim...

 

Fim da 1.ª parte de 2

 

(imagens – Web)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 21:13

Trio Maria

Terça-feira, 14.04.15

Infelizmente se quisermos partilhar ideias em primeiro lugar teremos que as embrulhar e mantendo o seu bom aspecto exterior esperar que o interior pegue. No entanto são poucos os casos de sucesso em que finalmente se assume o interior, face ao poder mediático e de propaganda do aspecto exterior (de tudo o que é superficial mas comercializável e tendo até o SEXO como caso exemplar).

 

“A BABY Super Sexy Trio Maria que só gostava de SEXO quando estava MENSTRUADA”

 

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Nestas férias da Páscoa o Algarve contou pela primeira vez com a presença (ainda que tendo passado despercebido para a maior parte da sua população e comunicação social) da Estrela Universal do Prazer e do Orgasmo a entusiasmante SS Trio Maria. O encontro foi mantido como previamente exigido pela Estrela Sexual rigorosamente secreto e realizado numa zona litoral do centro da região algarvia, tendo sido aberto exclusivamente a Entidades VIP da região, antecipadamente sujeitos a um cuidadoso período de selecção.

 

Na inscrição para o Evento Orgástico Universal de Acomodação Tripla, os candidatos foram desde logo informados que o Encontro com a Estrela Sexual seria realizado na presença simultânea dos três mais destacados e avantajados elementos sujeitos a selecção, com a garantia de que todos eles iriam usufruir de todo o pacote, preferencialmente ao molhe e desde que denotando fé na prática sexual. No final três elementos foram os escolhidos: um alto, um baixo e um gordo (os magros só tinham ossos). Obrigatoriamente que todos passaram por um período de desinfecção.

 

O encontro teve lugar precisamente no dia em que o menu do empreendimento era constituído por cabrito com batatinha assada tudo no forno. Com uns grelinhos ao lado e umas papas de sarrabulho a acompanhar. O prazer começava na comida e salivar até ajudava no sexo: umas quantas lambidelas e umas quantas chupadelas, até que poderiam ser a porta para a tão desejada erecção, introdução e apoteótica explosão. Interior e /ou exterior. À hora exacta estavam todos na sala, olhando-se pela primeira vez e já completamente nus: ao centro a mesa estendia-se cheia de produtos com um deles já a babar-se.

 

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Colocou-os todos a mamarem cada um na sua teta. Ao mesmo tempo agarrando com as suas mãos os pénis dos indivíduos colocados à sua direita e à sua esquerda, enquanto deixava o intermédio iniciar a penetração central. Depressa endureceram, sentindo-os cada vez mais quentes, volumosos e pulsando aceleradamente, acompanhados agora por um escorrimento de um líquido viscoso mas lubrificante, a sair-lhes lentamente pelo orifício cor de morango (que coroava o seu apêndice). O intermédio já se estava quase a vir: sentiu os músculos do pénis dilatarem-se ao máximo e repentinamente um jorro líquido e quente a ser projectado violentamente contra as paredes interiores). Trinta segundos depois sentiu os membros laterais explodirem de prazer, enquanto um líquido pegajoso lhe escorria entre os dedos e os instrumentos davam os seus últimos espasmos.

 

Com os dedos ainda viscosos pelo sémen recentemente expulso, enfiou de imediato os indicadores no ânus dos indivíduos, colocados de cada um dos seus lados. Em relação ao intermédio a execução do plano estaria a cargo do seu útero. Já meio anestesiados pelo líquido morno e adocicado que saía das tetas de Trio Maria, os três indivíduos nem se aperceberam do que lhes aconteceu: enquanto o seu útero comia o do meio ela entretinha-se a tirar os miúdos e os ossos e a preparar-se para comer os outros dois.

 

Acordou repentinamente do sonho salvando-se de um verdadeiro pesadelo. E a primeira coisa que fez foi olhar para o seu lado. Ao ver a mulher vestida de vermelho deitada consigo no sofá, a sua primeira reacção foi de pôr-lhe os seios à mostra e mexer-lhes desenfreadamente para verificar se eram mesmo dois ou se não seriam os terríveis três. Sobressaltada a velha acordou e enquanto dizia de faca na mão “seu filho da puta” (quase lhe arrancando a piroca) correu-o à vassourada. A tia nunca lhe perdoaria aquela cena, nem com a desculpa da bebedeira.

 

[mais um contributo não voluntário para o estudo da evolução de audiências por introdução do tema SEXO]

 

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 16:06

Sexo com Gelo & Alienígenas – 4/4

Segunda-feira, 22.12.14

Ninguém é bom ou mau na cama. Se há um problema sexual, é outra coisa, mas senão há problemas concretos, basta que se goste muito de uma mulher; se isso acontece, ela é a melhor na cama. (António Lobo Antunes – Conversas com António Lobo Antunes – María Luisa Blanco – 2002)

 

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Deep Purple e Blue Jeans

 

No meio de um grande pandemónio causado pela presença de uma pequena multidão de fêmeas em estado de perfeita loucura e que cada vez em maior número se iam acumulando à nossa volta e ao longo de todo o curto percurso, tínhamos finalmente e quase que como por milagre alcançado uma plataforma mais elevada do hall de entrada do Bordel, que dava acesso a uma pequena torre de elevadores: com as portas a abrirem-se de imediato, foi só entrar no compartimento, assistir ao fecho das portas e arrancar dali para fora. E mal o elevador arrancou o ambiente do mesmo alterou-se radicalmente, tornando-se quente e relaxante e até com música ambiente. Quando segundos depois a porta se abriu entramos numa sala de decoração austera mas bem iluminada, onde dois seres curiosos nos aguardavam tranquilamente sentados num amplo e modesto sofá.

 

Enquanto Afro e o Negro se retiravam (eram evidentes os sinais libidinosos da fêmea em direcção ao Negro, num sinal claro de fúria substitutiva por ter sido sexualmente recusada por outro ao qual ela não reconhecia estatuto) ficamos os três abandonados na sala a olharmos uns para os outros: Ella saíra de junto de nós sem nada nos dizer e à frente deles só viam os dois bonecos a observar estranhamente estáticos. Reconheci de imediato o tema como sendo dos Deep Purple, enquanto duas boazonas utilizando unicamente um mini top como cobertura dos seus peitos bem guarnecidos e vestindo uns jeans que lhes torneavam o corpo esbelto e bem preenchido e prestes a explodir de desejo, se dirigiram ao Hipólito e ao Tiago raptando-os de uma forma de tal maneira vertiginosa, que nem tiveram tempo de dizer ai. Dirigiram-se para os módulos 27 e 28 e reservaram-nos para 60 minutos de sexo. Então e na presença dos dois estranhos desconhecidos, sentei-me junto deles e aí tive a minha última conversa.

 

Carlos e David Koch controlavam conjuntamente como irmãos de sangue e sobretudo como homens de negócios que eram, uma das maiores empresas coloniais ao serviço das hierarquias máximas e prevalecentes do sistema decisório e administrativo de então, a eles concessionada nestes últimos séculos por estrangeiros vindos do espaço profundo exterior e que pretendiam simultaneamente, continuar o seu processo de expansão noutras zonas inexploradas do Espaço, sem deixarem para trás outros pontos de interesse e experimentação. Como era o caso do Sistema Solar e particularmente o exemplo extraordinário do ínfimo mas grandioso planeta Terra, por essa altura a caminho de fasquias sucessivas e significativamente crescentes de triliões de habitantes, constantemente em conflito e originando por sistema guerras extremamente violentas (mas julgadas depuradoras por motivos que passavam completa e razoavelmente despercebidos aos estrangeiros) e no entanto sempre acompanhados por rituais procriadores e de sustentação da espécie baseados na pratica sexual e nos delírios religiosos daí resultantes (a favor ou contra): era como se a nossa esperança residisse num momento de extremo prazer, o qual só poderia suceder a um momento de percepção sensorial também extrema e se possível replicadora – violência, sexualidade, religião e criação de outros mundos mais para além e de carácter substitutivo.

 

E como o acaso os tinha convertido nos representantes preferenciais neste sector da Via Láctea, o mesmo acaso os tinha lançado para o negócio do lucrativo e eterno mundo do prazer tornado máximo e assim, aproveitando o conhecimento profundo dos terrestres nessa área e o aparecimento de raças interessadas nestas experiências, maioritariamente passadas e esquecidas e agora de novo (e por necessidade evidente) recuperadas, levando-os a expandir o sector e diversificar as suas aplicações. O único entrave na engrenagem fora o caos climático que destroçara o planeta e toda a sua organização social e a chegada abrupta, inesperada (mas quase previsível) dos chamados Fantasmas do Tempo, fanáticos religiosos e supostamente separadores de almas: só o sexo os derrotaria, ao assumirem a partilha (e não a oferta) dos seus corpos e compreenderem como duas almas se juntavam, simplesmente sem pedirem nada em troca e no entanto formando um todo. Agora bastava esquecer o tempo, sobrevalorizar todo o espaço existente e transformá-lo num outro Universo talvez coincidente talvez concorrente por atribuição de movimento e simples trocas de energias (corporais e espirituais). Sexo, sexo, sexo – deveriam era ocupar-se com ele (e promover ainda mais o Bordel)!

 

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ZZC acompanhado por três alienígenas

 

Deixei definitivamente para trás todos aqueles que nos tinham acompanhado nestes últimos tempos (de aventura, descoberta e conhecimento) e fui ter com os meus verdadeiros amigos Hipólito e Tiago (os quais me tinham socorrido sem contrapartidas prévias, na minha inesperada e atribulada chegada). Os módulos 27 e 28 para os quais tinham sido encaminhados equivaliam parametricamente à concretização ideal dos seus mais profundos desejos, traduzidos não só na introdução de Hipólito e de Tiago num cenário por eles já usufruído e nunca esquecido, mas agora aperfeiçoado na sua projecção espacial (por sobreposição e escolha) e colocado numa realidade paralela simulada.

 

Sincronizou o módulo adjacente com os de Tiago e Hipólito e colocou a aplicação a correr: instantaneamente viu-se colocado num dos últimos andares da maior torre de Portimão (cerca de 85 metros de altura), observando à sua volta tudo aquilo que esta região já fora e oferecera – paisagens, calor, mar, multidões, convívio, acção – enquanto que num dos lados do amplo piso e sobre um estrado de madeira luxuosamente decorado, os seus dois amigos se deixavam subjugar por várias acompanhantes de luxo, nuas, oleadas e brilhantes e desejosas de entrar em acção. Para desse modo confirmarem os seus créditos ao Administrador da ZÉZÉ C & Herdeiros (uma empresa de originais e derivados sexuais, fundada na região durante o século XX por ZZC) e assim servirem com entusiasmo e na perfeição as suas outras metades, os clientes. Nos Jardins da Rocha a vida celebrava-se agora sem controlo nem limitações temporais ou morais e com o prazer a ser o único critério de vida capaz de esmagar a monotonia crescente do nosso quotidiano, quase sempre imutável e como tal miserável.

 

Num dos pisos do poderoso edifício da Praia da Rocha o que todos os presentes ali viam e idealizavam, era um geométrico e grandioso pénis erecto com os seus dois respectivos testículos funcionando como uma raiz (fortemente ligada à terra e pronta a expulsar para o Céu a sua seiva inspiradora); fazendo pulsar desenfreadamente e em toda a sua extensão (e definição) o membro periférico primordial e provocando nele por implosão celular uma forte onda de choque, tornando-o rígido (apesar de adaptável) e erecto (na realidade curvo). E por associação de razões associadas num só tema mas com ligações infinitas, estavam todos ali para eleger uma grande personalidade Universal que em si personificasse o ponto central desse tema, em toda a sua profundidade, múltipla capacidade de penetração e conhecimento de todas as zonas envolventes: rodeado por três das suas maiores fãs de origem alienígena, ZZC recebia o Prémio Nobel da Paz por serviços relevantes prestados aos homens (pioneiro da utilização de termos como boi e vaca) e (especialmente) às mulheres. Seguiu-se uma grande orgia contando (sem uma única excepção) com a participação de todos os presentes, finda a qual todos se dirigiram até à praia para se lavarem na água do mar e secarem com os ares da natureza as suas preciosas partes íntimas.

 

O Verde vislumbrou então os compartimentos privados. Abriu a porta do número 28, entrou no seu habitáculo, ligou o monitor que se encontrava na parede e enquanto fechava a porta seleccionou o menu: partilhado com o 26 e o 27 e com oferta aleatória. Mal foi aceite o seu pedido entrou logo na simulação já em curso e encontrou-se de imediato integrado num mesmo cenário proposto e partilhado, na companhia de Hipólito, de Tiago e de mais duas belíssimas mulheres: surpreendentemente ambos utilizavam aparentemente dois dos seus maiores fetiches sexuais, enquanto em consciência penetravam as fêmeas. E mal sentiu o seu membro começar a interagir a bela Ella reapareceu. “Dormir, comer, fazer sexo, há coisa melhor na vida?” (Web)

 

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Centro Paralelo ZZC

 

E enquanto o Hipólito (disfarçado de palhaço) continuava a exercer a sua tradicional ideologia e prática quotidiana (aqui desmascarada por atitude de posse), em sentido aparentemente contrário o Tiago (aqui induzido como alienígena) ia progressivamente deixando-se descair sobre o perfeito e curvilíneo corpo da sua fêmea, apalpando-lhe os seus seios modelares enquanto a ia penetrando fisicamente como um pêndulo e usufruindo-a espiritualmente.

 

Com muita dificuldade lá consegui que o Hipólito e o Tiago abandonassem os seus objectos particulares de desejo e me acompanhassem (apesar de bastante contrariados) até ao interior da limusina graciosamente cedido por ZZC, partindo o grupo de imediato e na companhia dos dois irmãos Koch (Deep Purple e Blue Jeans) para a sua curta viagem até à vila de Alvor. O encontro estava marcado para a área rodeando o aeródromo de Portimão, na tentativa de localizar o ponto preciso onde a minha nave se despenhara e da sua possibilidade de recuperação (no local). E lá chegamos todos à entrada principal do aeródromo por volta do início da tarde. Um dos irmãos Koch assinalou as nossas coordenadas no seu equipamento portátil e por comparação do trajecto simulado pela minha nave com outras situações de matriz semelhante, tentou desmontar as diversas soluções possíveis de modo a assim encontrar a resposta adequada: o ponto encontrado situava-se mais para noroeste da ponta mais afastada da pista, num local agrícola com algumas pequenas árvores e outra vegetação dispersa e com um pequeno e pouco visível declive, talvez formado pelas margens de pequenos cursos de água (e com a zona da Penina nas suas proximidades). Mas teriam que abandonar o mais rapidamente que pudessem o local, pois a limusina onde se encontravam, já começava a despertar a curiosidade de muitos dos transeuntes. Nem perceberam o que aconteceu: num momento lá estavam, num outro nunca estiveram.

 

E enquanto um dos Koch chamava a nossa atenção (para o seu irmão) apontando um indicador determinado, carregando no teclado (do seu portátil) logo o outro respondia, consensualmente carregando Enter: lá fora o cenário mudava radicalmente no espaço e o tempo indicado era o da queda da minha nave. Mas nem sinais nem vestígios dela. Sobre a superfície gelada onde se situaria o aeródromo nada se mexia, com umas pequenas ruínas mal sobressaindo dos sucessivos montes de gelo pontuando aqui e ali a paisagem, quase se assemelhando a vegetação naquele cenário gelado. Aí o monitor detectou sinais de movimentos muito ligeiros duzentos metros mais para à direita e oriundos dos restos amontoados de antigas habitações de nível menos elevado (e por essa razão mais protegidas da acção difusora e penetrante do vento), destacando-se por sua vez no pequeno ecrã a imagem de três pontos dinâmicos concentrados em redor de um único corpo de referência e emitindo considerável e já não considerada (nos seus processos de obtenção) energia térmica.

 

Sem se fazerem notar, mantiveram os critérios mínimos de invisibilidade e aproximaram as câmaras: em torno de uma fogueira extremamente pequena mas de rara beleza nos seus instantes finais, dois homens assistiam com os seus corpos curvados e já paralisados ao estertor de um terceiro, morrendo por infecção sanguínea irreversível sobre um espelho inóspito e gelado mas por ventura reflector do Sol e da Vida. Quando o fogo se extinguiu o terceiro homem já morrera: cobriram-no cuidadosamente com pedras, beberam mais um largo trago daquele irrepetível Medronho e sem pensarem demais (o tempo agora era extremamente precioso) retomaram o seu caminho (teriam que atravessar o antigo Arade antes das próximas três horas). E foi quando se viraram para nós que eu vi quem eles eram: diante de mim os pretensos viajantes de S. Marcos da Serra e seus perigosos medronheiros originadores de consequências mortais eram nada mais nada menos que os meus queridos amigos Hipólito e Tiago. Olhei para eles ao meu lado e francamente não me consegui conter mais: enquanto me ria com a situação criada, via-os atrapalhados olhando para si próprios, enquanto olhando para mim confessavam incrédulos e face à fatal evidência, os contornos virtuais (ou pequenas imprecisões) da sua história. Mas algo estava claramente incorrecto nesta repetição do que deveria ser a mesma sequência. No fim rimo-nos evidentemente de tanta palermice, talvez provocada pelo prazer talvez suscitada pelo excesso: apenas nos tínhamos esquecido do pequeno pormenor, da mudança localizada da hora.

 

Tinham partido a bordo da minha nave sem demonstrarem dúvidas nem suscitarem qualquer tipo de receio com a decisão por eles tomada. Hipólito e Tiago mereciam por simples comprometimento o espaço de aventura e descoberta a eles oferecido e por outro lado (e vantagem), sempre eram uns bons exemplares de uma raça com certos pormenores a preservar mas infelizmente talvez em vias de extinção. E não faltou total entretenimento enquanto a nave não ultrapassou definitivamente os limites desta galáxia, após os quais e iniciado o período de hibernação dos seus tripulantes, se ejectou num único salto para outro mundo e se perdeu para (este) sempre e em todas as suas dimensões no espaço (e no vazio).

 

Fim da 4.ª parte de 4

 

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 13:32

Sexo com Gelo & Alienígenas – 1/4

Sexta-feira, 19.12.14

Despenhara-se no planeta Terra em pleno início de um novo período glacial: teria que desprezar as chatices que aí vinham e aproveitar a oportunidade surgida. Ou não fosse este mundo um cenário de sexo e um ícone do mais puro prazer.

 

Encontrara um dia e por mero acaso o Tiago e o Hipólito perto de Alvor, quando a minha nave fora atingida por um brutal e inesperado acidente meteorológico, acabando por se despenhar perto do aeródromo de Portimão: juntamente com um outro amigo (o quarto elemento desaparecido) tinham vindo em meu socorro e nem mesmo a diferença de espécies nos tinha afastado em mais esta adversidade. Juntamos forças e continuamos a nossa luta – num mundo sob ataque e sem grandes perspectivas futuras.

 

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Tiago, Hipólito e o Inverno Eterno

 

Estava um frio do caralho no cimo da serra de Monchique. Mesmo lá em cima na Fóia a cerca de 900 metros de altitude o edifício central estava abandonado, com a estação de radar situada um pouco mais à direita inactiva e com sinais evidentes de acelerada decadência. Abrigados num recanto resguardado do Cerro dos Marrocos, podíamos ver toda a costa algarvia de Faro até Lagos totalmente coberta de neve, com o oceano Atlântico ao fundo coberto por pequenas manchas brancas flutuantes, originadas pela desintegração de icebergues viajando desde o norte distante. Estávamos no dia 24 de Dezembro de 2040, vinte anos após o Inverno Eterno se ter abatido sobre a Terra.

 

No acampamento improvisado junto a um antigo restaurante típico da região encontráramos uma pequena salamandra ainda em bom estado. As paredes grossas da casa, a presença de uma apreciável quantidade de lenha na cave e a descoberta de algumas latas de comida ainda intactas e aparentemente em boas condições, convenceram-nos a aí pernoitar. Apesar de ainda serem três horas da tarde a temperatura ambiente já baixara dos zero graus, pelo que precisavam de se apressar na execução das suas tarefas de modo a assim preparem a passagem de mais uma noite gelada. Há já duas semanas que tinham perdido um dos seus elementos por hipotermia, tendo-o encontrado já morto numa antiga tasca de São Marcos da Serra, onde tinham estado a beber um autêntico e raro tesouro – descoberto numa dependência escondida de produção de medronho utilizando um alambique tradicional da região – e do qual ele não regressara: adormecera com os vapores do álcool, o fogo apagara e a morte chegara depressa.

 

O nosso grupo era constituído por três elementos. Por tudo o que tínhamos passado e com a imagem de morte ainda muito fresca na nossa cabeça (do quarto elemento do grupo inicial), era-nos fácil de verificar que quanto maior fosse o grupo piores seriam as suas hipóteses de sobrevivência. No exterior não se encontrava nada de comer, não eram visíveis animais ou outro tipo qualquer de coisa viva ou em movimento e até as pessoas como nós pareciam extintas ou estarem escondidas – tal a agressividade do tempo e o medo de morrer. Às seis da tarde já tínhamos recolhido ao interior da habitação onde iríamos passar a noite, isolado todos os possíveis pontos de entrada de ar e carregado toda a lenha necessária para o interior da sala colocando-a mesmo junto à lareira. Vários cobertores proteger-nos-iam das temperaturas mais baixas, enquanto várias camadas de tapetes sobrepostos sobre o estrado de madeira nos isolaria do frio vindo do chão.

 

Estávamos juntos à lareira bebendo o que restava da última garrafa de medronho, enquanto por vezes um de nós se levantava e ia dar uma espreitadela na pequena janela de vidro da porta de madeira. Fazíamo-lo por uma questão de segurança mas também na esperança que da noite algo surgisse e nos tirasse dali. A noite já caíra há muito tempo completamente escura e sem nenhuma luz a brilhar e com o céu como uma muralha medonha e pesada encobrindo e fazendo desaparecer estrelas. Nem um ruído nem um grito só o barulho da madeira a arder. Era meia-noite e o termómetro indicava 12 graus negativos.

 

Pelas três da manhã julgaram ter ouvido um ruído (acordaram os três sobressaltados com algo), mas não o conseguiram confirmar e voltaram a adormecer. Mas uma hora depois o frio apertou e a dor provocada voltou a despertá-los: carregaram de lenha toda a boca da lareira, juntaram-se o mais possível uns dos outros e ainda com o corpo a tremer, afogaram-se sob quilos e quilos de roupas. Parecia que não iriam aguentar (a temperatura chegara aos 30º negativos), mas como de costume lá o conseguiram fazer mais uma vez, dormitando ainda um pouco a partir das seis horas da manhã. Às nove o Tiago levantou-se e com uns restos tirados do fundo de um saco foi fazer um último café. Para comer tínhamos uns quantos grãos de milho e uns frutos ressequidos de medronho que encontráramos esquecidos junto do alambique. E ao espreitar pelo vidro vi que nada mudara e que a terra infelizmente continuava como a Bela Adormecida: ainda viva, talvez esperançada mas sempre ameaçada.

 

O Hipólito foi encarregue de fazer uma rápida batida pela zona, tentando observador possíveis trajectos a seguir e fazer uma inspecção mais atenta e cuidada a possíveis movimentos estranhos sobretudo envolvendo pessoas. Se encontrasse algo de comer seria formidável mas que soubessem todos os restaurantes daquela zona há muito que tinham sido limpos e muitos deles destruídos. Eu e o Tiago estaríamos prontos para partir mal o Hipólito chegasse: eram 9:30 e partiriam às 10:00. E nem cinco minutos volvidos ouviram o som de um motor subindo a estrada que ia dar à Fóia (um acontecimento impensável senão mesmo impossível nesta altura e neste local), aproximando-se cada vez mais do ponto onde se encontravam e repentinamente interrompendo a sua marcha e deixando-se ficar num profundo silêncio. Ainda vi o Hipólito a chegar a correr de boca aberta e respirando com sofreguidão, enquanto apontava com firmeza para um vulto que se aproximava de nós a pé vindo da estrada.

 

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Verde e Ella

 

À medida que o vulto se aproximava este foi-se transformando numa mulher de altura mediana, bem feita e torneada e aparentando pela roupa que trazia sobre o seu corpo não sofrer com as condições atmosféricas que se registavam: afinal de contas a temperatura ainda andava pelo ponto de congelação e a noite anterior tinha sido duríssima de passar. Ao chegar perto de nós lançou um olhar rápido e discreto sobre o Tiago e o Hipólito, acabando por virar-se para mim e apontar o seu indicador direito: “Quero o Verde” disse ela peremptoriamente enquanto se encaminhava calmamente para o interior do nosso refúgio nocturno.

 

Ao entrar reparou na lareira ainda acesa, chamou-me para junto de si e autoritariamente impediu que os meus dois companheiros entrassem, fechando de uma forma indelicada e prepotente a porta nas suas caras. Espantado fiquei a olhar para ela enquanto a via despir-se perante mim de uma forma provocadora, baixando-se deliberadamente enquanto tirava a sua roupa interior e pondo à completa disposição dos meus órgãos dos sentidos, todo o seu sexo em sofreguidão de posse, oferecendo-se sem limites à potente penetração ejaculatória e decididamente mostrando pela sua ânsia sexual estar pronta para um momento de puro prazer animal.

 

Na sua presença nem sentia o corpo sofrer com o tempo frio que se fazia sentir naquela sala, parecendo mesmo que a temperatura ambiente tinha subido e que os nossos corpos serviam naquele momento, como autênticos termóstatos. Virados um para o outro e com os nossos sexos a tocarem-se húmidos e palpitantes (com o meu sexo rígido e erecto, comprimido entre as suas coxas quentes e aconchegantes e deslizando suavemente entre elas como veludo), tudo o mais não existia e a perspectiva de um orgasmo fantástico por conjunto e coincidente só os excitava ainda mais. Lá fora o Tiago e o Hipólito ainda protestaram durante algum tempo mas estranhamente pouco tempo depois deixei-os de os ouvir. Incompreensivelmente não me preocupei com a situação deles nem um único segundo.

 

Lá fora os dois amigos tinham ficado estupefactos. O seu amigo tinha-os abandonado, trocando-os por uma fêmea estranhamente funcional e ainda capacitada para apresentar períodos de cio, transformando-os sem aviso nem consideração em meros excedentes desinteressantes e inapropriados para o acontecimento inesperado e privado que vivia (e não queria demonstrar nem partilhar) e como tal esquecendo-os e libertando-os. Só que o efeito era o seu abandono e o desprezo pelo seu tempo e espaço de sobrevivência.

 

Abandonaram então a porta de entrada e foram à procura de um outro refúgio onde pudessem interpretar melhor a sua situação, dando-lhes forçosamente e o mais depressa possível um tipo qualquer de solução. Foi nessa altura que Hipólito viu a viatura estacionada mais acima (num recanto resguardado da estrada que subia até à Fóia), acabando estes sem o esperarem por ouvir alguns sons que com a sua continuação pareciam apresentar um certo ritmo e cadência que lhes fazia recordar os grandes êxitos musicais dos anos setenta e que lhes despertou imediatamente a curiosidade fazendo-os alterar o seu trajecto e dirigirem-se até à viatura.

 

A viatura não lhes era familiar. Tinha a forma de uma esfera, não tinha rodas visíveis nem qualquer tipo de escape que revelasse a sua forma de propulsão e em duas zonas da sua superfície curvilínea apresentava um material transparente que permitia que se olhasse para o seu interior. Não viam portas por onde pudessem aceder ao seu interior nem qualquer espécie de mecanismo de abertura. Apenas uma melodia que se escapava à medida que os segundos se passavam, difundida por algum aparelho nele instalado e agora em funcionamento e que minutos depois Tiago identificou como um tema de James Brown intitulado Sex Machine. Tentaram então espreitar por um dos lados com acesso mais facilitado e enquanto iam apalpando a sua superfície e batendo suavemente em certos pontos da mesma (para verificar a sua textura e profundidade de instalação interna) uma imagem surgiu subitamente diante deles, observando-os a partir do interior do estranho veículo. A mulher que antes os surpreendera à sua chegada (inopinada) não estava sozinha e os seus companheiros pareciam ainda mais estranhos do que ela – talvez alienígenas como o seu companheiro (o Verde).

 

Fim da 1.ª parte de 4

 

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 18:21

O Planeta Triplo X

Terça-feira, 18.11.14

Atirei o dado ao ar e saiu-me um 4
Ganhei uma Viagem!

 

Chegamos ao Planeta TX pelas duas horas da manhã. Junto ao aeroporto espacial situava-se uma moderna unidade hoteleira para a qual fomos imediatamente transportados num transporte de superfície. A viagem durou pouco mais do que cinco minutos. À chegada fomos logo confrontados com um enorme painel que retratava na sua imagem (e mensagem correspondente) o ambiente interno que impregnava o hotel e como tal, esclarecia de uma vez por todas e cabalmente o verdadeiro objectivo para o que vínhamos: sexo e prazer.

 

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O Painel

 

Na segunda tentativa saiu-me um 3
E ofereceram-me um Aperitivo!

 

A esta hora o hall estava deserto. Dirigimo-nos ao balcão e logo nos foi fornecido o nosso programa de estadia. Fôramos colocados no sector TP-433 e mesmo ao nosso lado, duas esbeltas mulheres esperavam as últimas instruções para nos conduzirem aos nossos alojamentos: debaixo da roupa completamente transparente que lhes cobria uma parte mínima do seu corpo, tudo era bem visível, com os seus seios bem lançados para a frente e como que pedindo para serem manipulados e sugados, com as suas bochechas traseiras bem fornecidas e bamboleando-se provocadoramente no ar e acima de tudo exibindo na frente deles um sexo triangular muito bem fornecido entre as coxas e selvaticamente arborizado. O que nos provocou uma erecção e a satisfação geral entre o pouco pessoal presente – entendendo estes a erecção como um sinal de aprovação.

 

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O Triângulo

 

Atirei o dado pela terceira vez e saiu-me um 5
E tive um Prazer Extremo!

 

Calharam-nos três magníficos alojamentos no último andar da zona sul da unidade hoteleira, com vista para o aeroporto e ainda uma fantástica visão panorâmica (dado termos acesso a um terraço coberto) de toda a região que o envolvia. Ficamos logo ali com as duas funcionárias pertencentes à secção de entretenimento e actividades lúdicas do hotel (o nosso cartão dava acesso total), requisitando eu uma terceira funcionária mas já especializada (até para ver se existia alguma diferença relativamente às primeiras). E enquanto os meus dois companheiros passavam de imediato à acção, resolvi ir verificar pessoalmente as capacidades de escolha que oferecia o módulo 37: o catálogo era muito extenso pelo que tive que fazer diversas introduções. Fui recompensado pela minha visita com uma oferta grátis oferecida a pioneiros da unidade hoteleira, experimentando ao vivo uns seios que pareciam ser os do painel (como os chupei!) e penetrando um sexo fantástico de um triângulo perfeito. Claro que me vim dentro dele, perante a movimentação de músculos poderosos e voluptuosos que envolviam o meu apêndice erecto e de umas coxas quentes e suadas que pareciam querer engolir-me.

 

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O Marcador de Páginas

 

À quarta não passei do 1
Perdi-me na conversa e quase adormeci!

 

As mulheres eram propriedades de uma empresa multidisciplinar sediada num planeta da mesma galáxia, que se dedicava empresarialmente a diversos campos científicos e tecnológicos de investigação e prospecção e que neste pequeno satélite instalara recentemente um campo de aplicação biotecnológico destinado exclusivamente ao prazer e outros tempos lúdicos a proporcionar aos seus clientes. Eram o resultado de um protótipo artificial reconstruído a partir da utilização de corpos previamente conservados, conjugado com extensões complementares utilizando processos de nano biotecnologia e aplicadas na redefinição da sua matriz celular e orgânica. No fundo criando a partir de material já descartado (os corpos) e de tecnologia revolucionária, uma conjugação funcional (e eficaz) capaz de criar um modelo em tudo idêntico ao anterior (e até melhorado) – neste caso esta mulher. E no módulo 37 ainda me ofereceram um livro do indiano Vatsyayana e um marcador de páginas para não me perder.

 

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A Vertigem entre Muralhas

 

Finalmente na última e quinta tentativa lancei o dado e saiu...Esquina!
(só poderia dar 2 ou 6, mas como não deu nada, fiquei com treze no total e assim tive sorte)

 

Partimos logo cedinho em direcção a uma região desértica do Planeta TX, geologicamente reconhecida pela presença de milhares de dunas aqui e ali entrecortadas por alguns montes já bastante velhos e erodidos, mas tendo como particularidade única e excepcional o aparecimento em certas zonas interiores, de verdadeiros oásis de sombra. Numa zona varrida pelo calor e brilhante como se fosse uma estrela. No interior do nosso veículo de superfície observávamos através das janelas panorâmicas (confortavelmente instalados nos respectivos sofás) uma sucessão de cenários monótonos mas agradáveis, capazes de conjugar a repetição de sinais e trilhos alterando a base de apoio: o território percorrido poderá ser sempre o mesmo, mas a textura apresentada (e se possível alguns sinais de vida) poderá mudar radicalmente a sua apresentação.

Mas num determinado momento da nossa viagem o terreno modificara-se, o nosso transporte interrompera o seu percurso e fôramos convidados para um passeio a pé, usufruindo do exterior e do nosso poder de locomoção. Éramos os três acompanhados (nesta excursão exploratória a uma das regiões periféricas das famosas dunas) por duas experientes mulheres devidamente equipadas e parecendo transportar à sua cintura o que seriam rédeas para animais. O plano estabelecido previa a deslocação a um oásis localizado a cerca de 10km de distância, sendo a parte inicial do percurso realizado a pé (menos de 1km) e o restante montados num HULK.

Quando estávamos a cerca de 1500 metros do nosso destino, os Hulkes fizeram um último esforço e colocaram-nos no cimo de um monte que se destacava de muitos mais. Do seu alto, quase na vertical, a paisagem espectacular com que nos deparamos quase que nos fez desequilibrar e cair: o poder sensual e profundo do objecto que observávamos não era uma miragem, mas uma vertigem da vida entre duas muralhas brutais. E misteriosamente roliças e profundas – e protegendo uma zona de sombra vital – fazendo adivinhar outros fantásticos e perdidos tesouros (prazeres).

 

(imagens a partir de: papermag.com)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 13:33

Banco de Esperma Natural

Sábado, 08.11.14

SKY surgiu na Noite vinda dos Céus
(e não foi só pelo sexo)

 

Apresentou-se em minha casa afirmando ser uma alienígena vinda do distante planeta Plutão (entretanto despromovido pelos terrestres), cuja nave tivera um acidente fatal com o seu motor de inversão, o qual teria acabado por explodir quando já se encontrava no interior da nossa atmosfera, levando desse modo ao seu inevitável despenhamento. Uma ocorrência inesperada.

 

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Tinha caído em pleno oceano a cerca de 3km da costa de Albufeira. Segundo ela ninguém se tinha apercebido do acontecimento e a sua nave acabara por se afundar, encontrando-se neste momento bem no fundo do mar. Com a ajuda de umas luzes (barcos, faróis) que conseguia ver ao longe, pôs-se a caminho delas, atingindo a costa horas depois.

 

De seguida atravessou todo o areal, deslocando-se de imediato para a primeira zona habitacional que encontrou: à esquerda encontrou um grande bloco (de apartamentos) alto, extenso e monolítico, fazendo parecer uma muralha; à sua direita terrenos vedados e plantados (relvado, árvores), com habitações no seu interior e parecendo muito mais acolhedores. Logicamente escolheu a sua direita.

 

Deparou-se com seis espaços muito semelhantes e numerados de 1 a 6. Sem hesitar escolheu o último desses espaços (para dispor de algum tempo para pensar) e enquanto se aproximava dele viu um vulto enorme a sair do número três: era um indivíduo do sexo masculino, louro, forte, musculado e de olhos azuis, que quase a fez mudar de ideias. Olhou-a, apreciou-a de cima a baixo, assobiou e lá seguiu o seu caminho.

 

Chegada à porta tocou à campainha. E ao abrir a porta vi-me perante uma mulher jovem e esbelta, apresentando sobre o seu corpo uma simples camisa de noite e com os seus poderosos seios tentando expor-se sofregamente ao mundo. Mas simultaneamente parecendo perdida neste espaço para ela (talvez) desconhecido e transmitindo ainda para o exterior alguma ingenuidade.

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Nada disse enquanto transpunha a porta e se ia sentar no sofá. Sem saber o que fazer fechei a porta, dirigi-me para ela e apresentei-me. Não percebi o que disse, que língua utilizava ou se a mesma existiria. E aí ela fixou o seu olhar sobre o meu e nunca mais o largou. Enquanto me olhava ia esfregando lenta e suavemente a sua perna esquerda, subindo ligeiramente a camisa suportada pelo seu corpo e que progressiva e deliberadamente ia escorregando pelos seus ombros.

 

O seu corpo transpirava de evidente desejo e expondo-se ao exterior convidava à intrusão. Ela sabia muito bem o que me estava a provocar e assim, enquanto o seu corpo parecia vibrar ininterruptamente enviando ondas de timbre profundamente sexual ao meu encontro, o meu membro começava irreversivelmente a manifestar-se. E ela apercebia-se disso, estática, provocativa.

 

É fácil de adivinhar o que aconteceu: agarrei-a, despi-a e logo à primeira penetrei-a. Ficamos assim tempos indeterminados, com a sua vagina a chupar-me sofregamente o meu pénis até o mesmo atingir a sua maior erecção e explodir num orgasmo absoluto, a alta pressão, quente e quase me fazendo cair de prazer. Adormecemos e voltamos a repetir vezes sem conta (talvez sempre a mesma mas diluída no espaço).

 

Ainda de madrugada a mulher levantou-se, vestiu-se, ainda agradeceu e sem mais explicação saiu e desapareceu na noite. Deixei-me ficar deitado na cama a olhar, sem compreender muito bem o que se tinha na realidade passado naquelas últimas horas. E ao virar a minha cabeça em direcção ao lado da mesinha de cabeceira vi o bilhete. Dizia apenas: “teste de impregnação positivo”.

 

(imagens – boytoydolls.com)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 23:41

SEXO Seguro?

Terça-feira, 21.10.14

SEXO, SEXO, SEXO
“Já se foi...mas ainda poderá voltar”

 

Durante o mês de Agosto as ligações são mais informais por ocasionais mas constantes, dispensando grandes apresentações, justificações de espaço, ou pretextos de tempo: fornica-se (sem necessidade de recorrer a qualquer tipo de preservativo) e pronto. No ano seguinte repete-se.

 

Amanhã (31 de Agosto) é o último dia válido para se ter SEXO de Verão. O que significa que para muita gente (de ambos os sexos) esta noite ou vai ou racha. Segunda-feira já será 1 de Setembro. Enquanto daqui para a frente o calor irá apertar – propiciando algumas situações de SEXO Expresso – tal facto não evitará o aparecimento dos primeiros sintomas de fim de estação, com o acumular dos excedentários em centros especializados (aguardando futura reutilização ou reciclagem).

 

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As Mulheres

 

Zeca Malandro passava junto das oficinas dos Serviços Municipais da sua cidade, quando ouviu no meio da risota e das gargalhadas de alguns dos seus funcionários, um deles a afirmar que ainda hoje iriam deitar para o lixo uma data de mulheres. Extremamente atento ao tema da conversa, escondeu-se de imediato num canto do edifício, colocando-se logo ali à espreita: desde que a última mulher lhe fugira nunca mais molhara o bico.

 

Passado um bom bocado surgiu outro tipo vindo dos escritórios – via-se pelo fato e pela gravata que deveria ser o Engenheiro – que mal chegou junto dos seus homens sorriu, apontando de imediato para o terreno de recolha de resíduos, situado mesmo junto duma das margens do rio. E enquanto este se dirigia para as traseiras do edifício central, chegou finalmente a camioneta que transportava as referidas mulheres: os funcionários seguiram logo atrás com Zeca Malandro na sua peugada.

 

Há já quase duas horas que os funcionários tinham chegado ao local, mantendo-se ainda à volta das mulheres. Tinham-nas amontoado num local muito próximo de uma das pontes de travessia do rio – com alguns deles muito divertidos e parecendo confraternizar com as referidas mulheres enquanto outros (incluindo algumas funcionárias de nível superior) iam tirando algumas fotografias – mas a partir da conclusão da sua tarefa nunca mais se decidiam a sair dali. As gajas deviam ser mesmo boas mas mesmo que não fossem, esta não era uma maneira decente de as tratar.

 

Eram cinco da tarde quando finalmente desapareceram: um deles tinha levado duas mamalhudas que estavam (logo ali) no cimo da pilha. Agora era a vez dele.

 

Mais tarde vamos encontrar de novo Zeca Malandro já nas velhas estradas do barrocal, conduzindo a sua velha motorizada de carga em direcção à sua casa na serra algarvia, podendo-se vislumbrar ainda com a cabeça de fora duas mulheres de aparência estrangeira e bastante pintadas. E às sete horas (ainda fazia dia) Zeca Malandro entrava finalmente na sua casa acompanhado por duas brasas, fechando com pressa e estrondo a porta atrás de si, enquanto apalpava o traseiro de uma e as mamas da outra: tremeu de prazer quando ao beliscá-las as ouviu chiar.

 

Foi até ao móvel da cozinha e trouxe de lá a garrafa de medronho. Deitou as duas mulheres na sua cama e abriu as portadas da janela: lá fora a noite já tinha chegado e luz era apenas aquela que vinha da Lua. Despiu-se, sentou-se numa cadeira em frente da cama e enquanto observa as duas belas damas que tranquilamente o esperavam, comeu um prato de caracóis. Sentiu a erecção a crescer, tirou imediatamente as cuecas e foi-se logo deitar. E enquanto puxava contra si as duas mulheres pareceu logo sentir o calor característico dos seus corpos – mas como nunca o sentira antes. Quanto à pila essa entrou logo no buraco, especificamente no primeiro que encontrou.

 

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A mulher desaparecida

 

Acordou a meio da noite deitado no chão, entre a cama e a janela. Debaixo dele uma das mulheres jazia no solo completamente vazia. Tinha dois furos bem visíveis: uma na boca e a outra no traseiro. Quanto ao buraco da frente este não existia e no seu lugar encontrou um remendo de bicicleta meio torcido e descolado e que evidentemente já não cumpria a sua função. A outra mulher tinha desaparecido. Ainda meio tonto pela ressaca que consigo transportava desde o início da noite, lá conseguiu levantar-se e dirigir-se para o hall de entrada: a luz estava ligada e a porta entreaberta, com vestígios no chão de que alguém por ali passara há muito pouco tempo (que não ele). Tentou recuar um pouco na noite mas o álcool e a sonolência não o deixavam pensar com claridade: levara para cama a primeira mulher, acabara com o medronho enquanto actuava, lembrava-se da esfrega e da erecção, mas a partir dum certo momento tudo se apagava. E foi ao coçar na cabeça que se apercebeu dum grande galo e reparou no cajado caído ao lado da cama.

 

Um grupo terrorista composto esmagadoramente por jovens nacionais e estrangeiros e residindo numa herdade situada nas proximidades da barragem do Alqueva (muitos deles adeptos das Rave Party’s, particularmente aquelas contando com a presença de drogas, de sexo e de pancadaria) decidira contribuir para o esforço de guerra mundial protagonizado por poderosas corporações privadas e por estados economicamente poderosos (ambos evidentemente em conluio e com o mesmo objectivo), requisitando no nosso país o maior número possível de mulheres (de qualquer tipo de raça ou espécie): surgira assim a hipótese do assalto ao depósito dos Serviços Municipais da cidade de Zeca Malandro – após aturado trabalho tinham previsto a presença de mais de duas centenas de mulheres amontoadas no depósito – e como tal (como apóstolos que eram) nunca poderiam permitir que um elemento marginal por mais ínfimo que fosse, lhes fizesse frente contestando as suas acções e ideias. Jamais o paraíso celeste pejado de virgens lhes seria retirado: pelo amor ao seu Chefe e discípulo do Profeta.

 

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A Recolha

 

O grupo terrorista instalado no interior alentejano era desde há algum tempo suspeito de ter ligações privilegiadas com elementos estranhos e desconhecidos na região e que se dizia em segredo (e até com algum receio entre os populares) “virem do exterior”. Tinham sido esses Estrangeiros a solicitarem ao grupo uma encomenda urgente e diversificada, composta essencialmente por seres humanos (ou substitutos à altura) de sexo feminino de preferência com as medidas mais relevantes de busto e de cintura e disponíveis para entrarem de imediato ao serviço. E porque não esquisitas e bizarras, também um excelente parâmetro de selecção. O que tinham que ser claramente? Mulheres! Tinham estado em conversações secretas num determinado estado árabe do Golfo (após uma longa viagem inter-galáctica para novas conversações) e a constatação surpreendente do que era um Harém, deixara-os entusiasmados e crescentes de desejo. Logo ali falaram disso e puseram de imediato por todo o mundo um pedido reforçado de mulheres. E aí entram os portugueses: como recusar propostas de milhares de dólares por qualquer tipo de mulher (desde que tenha o essencial e funcione) se de uma maneira ou de outra elas cumprirem a sua função. E com boa vontade as bonecas insufláveis (bizarras e sempre disponíveis para os portugueses) cumpriam os critérios mínimos.

 

As mulheres amontoavam-se no porão da nave. E colocados entre elas, funcionários especializados realizavam já uma primeira selecção. Ao fundo um grupo de importantes individualidades esperava o regresso dos seus intermediários, enquanto iam trocando entusiasmadas ideias entre eles, visualizavando-se desde logo em cenas profundas de desejo, penetração e completa concretização. E para isso o exemplar tinha que ser perfeito.

 

Mas antes chegou o Verificador. Observou as mulheres, escolheu aleatoriamente três delas e convocou-as de imediato para o seu quarto de experimentação e de certificação do serviço. Colocaram-nas então na sua presença completamente nuas e preparadas para o exame físico, enquanto ele as ia observando e masturbando.

 

Condicionadas mentalmente pelo alienígena (e assoberbadas pelo tamanho, pela cor e sobretudo pela forma cilíndrica e musculada do seu pénis – até se via à superfície da sua epiderme o sangue a pulsar) as duas primeiras mulheres deixaram-se levar pelas perspectivas de forte prazer, culminadas certamente num intenso orgasmo: foram por diversas vezes acariciadas e penetradas em ângulos e orifícios diferenciados, acabando por ser premiadas com múltiplos e sucessivos orgasmos. O alienígena aprovou na totalidade dos parâmetros as características sexuais das duas candidatas, como o comprovam as suas diversas ejaculações e o bom estado final do seu membro fundamental. Deixou para o fim a terceira, um pouco bizarra no aspecto e desrespeitadora no comportamento: fora a única que desrespeitara a sua ordem, deixando-se ficar insensível e estática a observar toda a cena. Mas aceitara deixá-la pois até isso lhe dera tesão.

 

Com o membro novamente firme e hirto pegou no charuto que vinha conjuntamente com a mulher (diziam ser um brinde) e seguindo as instruções de utilização acendeu-o. Cheirava a algo de não identificado a arder, mas o odor de fundo era no entanto agradável. Inspirou fortemente de início, tentou parar de seguida e pôs-se logo a tossir com fortes convulsões: exagerara na posse e usufruto deste prazer suplementar, acabando meio tonto e sem grande noção de espaço. Desequilibrou-se, tentou manter-se de pé apoiando-se na mulher e então ela explodiu. As consequências foram dramáticas.

 

(a autorização para a publicação desta importante notícia só foi finalmente concedida no início antecipado do São Martinho, quase dois meses após o fim das férias sexuais de Verão – talvez porque a castanha possa ser afrodisíaca e potenciar a actividade sexual)

 

(imagens – Web)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 12:09