ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Não sabia que uma arma era utilizada para matar
“Arma: instrumento que serve para atacar ou defender.”
(dicio.com.br)
O que poderá dizer o presidente norte-americano BARACK OBAMA colocado perante a afirmação do presidente francês FRANÇOIS HOLLANDE de que o atentado ocorrido em 13 de Novembro em Paris foi um ATO DE GUERRA? Uma declaração forte de um velho aliado esperando o apoio de todos os outros.
Sabendo-se de antemão que os serviços secretos norte-americanos são os criadores entre outros de organizações terroristas como o ESTADO ISLÂMICO, posteriormente desviadas do seu projeto inicial por diversificação das suas fontes de financiamento. Por exemplo a Arábia Saudita aliado dos EUA.
Resta-nos ficar a aguardar a resposta conjunta da Europa e do seu aliado norte-americano. E isso verificar-se-á nos céus do Iraque e da Síria com o ataque final ao TERROR e ao fim dos mercenários – Estado Islâmico ou AL-QAEDA. E chamando à razão dois países (por razões diferenciadas) apoiando o terrorismo: Arábia Saudita e Turquia.
Mas tal como em Janeiro deste ano tivemos o evento a nível global JE SUIS CHARLIE que no entanto nada deu (a não ser 12 mortos e dez feridos), perante a perspetiva de que neste novo evento os números finais possam ser muito maiores (10x ou 20x), suspeito que mesmo assim nada de novo se fará: nem com uma grande campanha tipo JE SUIS PARIS.
É que já é grande a INDIFERENÇA e a distância ao PODER.
(imagem: blogdoraniellybatista.com)
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Atentado Terrorista em Paris
Francois Hollande: Paris attacks were ISIL 'act of war'
(USA TODAY)
Nunca deixando de recordar o atentado levado a cabo pela AL-QAEDA a 7 de Janeiro deste ano em PARIS ao semanário satírico CHARLES HEBDO (e que provocou 12 mortos e 10 feridos), neste caso levado a cabo por um grupo terrorista distinto do ESTADO ISLÂMICO (duas organizações fortemente apoiadas pela Arábia Saudita, contando esta com a passividade estratégica dos EUA seus aliados) e com raízes na Península Arábica (região do Médio Oriente onde a Arábia Saudita é o estado mais rico em petróleo e mais poderoso em armamento, tendo na cauda o Iémen recentemente terraplanado pelos bombardeamentos sauditas).
Entretanto passaram-se nove meses e com o recrudescimento da violência um pouco por todo o Médio Oriente (Síria, Iraque, Iémen) assim como no norte de África (Líbia), novos contingentes de populações desesperadas e em fuga puseram-se em marcha, engrossando cada vez mais as já extensas filas de homens, mulheres e crianças fugindo à destruição e à morte certa: por terra e por mar chegando às margens da Europa e atualmente atravessando-a em toda a sua extensão a caminho da salvação. Tendo curiosamente como destino preferencial os países que mais contribuíram para a destruição dos seus territórios e das suas vidas (como a França e a Grã-Bretanha ao juntarem-se aos EUA) e em alternativa os países frios do norte.
E então em menos de quinze dias e tal como todos os sinais anteriores assim apontavam, o Estado Islâmico atacou (a Europa) provocando mais de 400 mortos e de 500 feridos. A 31 de Outubro o voo 9268 das linhas aéreas russas METROJET é vítima de uma explosão a bordo, pouco mais de meia hora após a sua descolagem e quando atravessava os céus do Egito: acaba por se despenhar no solo provocando 224 mortos. Atentado posteriormente reivindicado pelos terroristas e mercenários ao serviço do Estado Islâmico, como resposta ao início da intervenção russa (contra os EI) no conflito a decorrer na Síria. Atentado esse que não teve grande repercussão nos meios de comunicação social ocidental apesar de associado à luta contra o terrorismo e às vítimas inocentes, pelo mesmo acontecimento provocado. Tendo ainda em atenção um outro caso semelhante ocorrido nos céus da Ucrânia e que provocou 298 mortos. E relembrando tudo o que se escreveu sobre ele (culpando PUTIN) enquanto se ignoravam os outros (Bem-feito, estavam a pedi-las, são russos!).
A 12 e 13 de Novembro sucederam-se dois grandes atentados: um em Beirute e outro logo de seguida (e de novo) em Paris. Com 43 mortos e 240 feridos contabilizados na capital libanesa e mais de 130 mortos e mais de 200 feridos na capital francesa. No primeiro caso utilizando cargas explosivas e bombistas suicidas colocados no meio de grandes ajuntamentos de pessoas e no segundo caso diversificando a sua intervenção (simultânea) entre locais próximos mas diferenciados de modo a criar mais caos e assim instalar o medo. Sempre recorrendo aos meios mais extremos de violência por efetivamente mortais, servindo-se de tiros, bombas, granadas, reféns e até de uma falsa ideologia. Autor: Estado Islâmico.
Talvez agora a Europa se ponha verdadeiramente a pensar sobre o assunto que a leva ao terrorismo e ao refletir sobre ele se questione finalmente sobre qual o seu real papel no meio da estratégia geopolítica norte-americana e do seu mordomo inglês. Se nos lembrarmos dos bombardeamentos levados a cabo pelos EUA, Grã-Bretanha e França na sua luta contra o terrorismo, só a França é que tem levado, A Alemanha? Essa nem se mete (pelo menos de caras)!
(imagens: nbcnews.com/ibtimes.com/dailymail.co.uk/dnd.com.pk/wpxi.com/startribune.com)
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Dois Pesos Duas Medidas
“É esta divisão deliberada, incompreensível e criminosa que fomenta o terrorismo.”
Porque será que a Europa Política se indigna e valoriza tanto a morte de menos de 20 pessoas (incluindo os próprios terroristas) e não faz o mesmo (e com isso desvalorizando o acontecimento) quando se fala de mais de 2.000 pessoas mortas (com a esmagadora maioria sendo população civil, maioritariamente mulheres e crianças)? Faz-nos recordar toda a hipocrisia envolvendo o último surto do vírus hemorrágico Ébola e de como o mundo só se importou com o mesmo, quando ele se tentou aproximar de nossa casa.
Imagens da cidade nigeriana de Doro Baga
Antes e depois do ataque do grupo extremista Boko Haram
Observe-se a destruição das casas e da vegetação envolvente
Num ataque ocorrido no início deste ano a uma base militar nigeriana localizada na cidade de Baga (registado em 3 de Janeiro), além da destruição da mesma e da morte de dezenas de militares aí colocados, estima-se que tenham morrido mais de 2.000 pessoas (com a esmagadora maioria sendo civis) e sido destruídas quase o dobro de infra-estruturas (especialmente habitações). As imagens anteriores mostram os efeitos dessa terrível destruição ocorrida na cidade vizinha de Doro Baga (imagens registadas a 2 e 7 de Janeiro), podendo-se verificar até que ponto a cidade foi completamente arrasada (com casas completamente destruídas e o desaparecimento da vegetação envolvente).
“O que ficará na nossa memória sobre o atentado terrorista ocorrido em Paris será mais uma vez um objecto de coleccionador (a edição pós atentado de Charlie Hebdo), já que os sujeitos (ou mortos) se foram e outros mais virão a caminho. E a seguir poderemos ser nós.”
(dados e imagem: huffingtonpost.com)
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O Inferno pode Esperar? Ou o Diabo já nos reservou um lugar?
Iraque/Samarra/2014
Rebeldes a caminho de Bagdade
Vejam apenas o que se passa no Iraque com os terroristas da Al-Qaeda – fortemente armados pelos poderosos Estados Unidos da América, na guerra civil que se trava na Síria contra o governo de Bashar al-Assad – a deslocarem-se com todas as suas bagagens e armamento (graciosamente oferecidos para os mesmos, mas para outra guerra que não esta) para o país do ex-ditador Saddam Hussein. Além da nota de preocupação norte-americana com a sucessão de acontecimentos registados no norte do Iraque (e a sul?) – não querendo no entanto envolver-se directamente no conflito que provocaram desde que os seus poços de petróleo continuem protegidos pelos seus exércitos privados de mercenários – da Europa a única reacção conhecida e mesmo assim recente, vem do Primeiro-Ministro David Cameron: duma forma ingénua e como se nada soubesse do que se estava a passar no Iraque, desde o início da guerra civil na Síria – o que nada o abono na sua luta com Angela Merkel, pela liderança europeia. Afinal qual é o entendimento norte-americano sobre o fenómeno do terrorismo – promovido pelos Estados Unidos da América a tema fundamental de qualquer sociedade futura, que se queira livre e segura – quando o vemos a apoiar com armas pesadas a intervenção de elementos associados à Al-Qaeda na guerra civil a decorrer actualmente na Síria, mostrando-se depois surpreendidos por os verem logo ali ao lado no Iraque, a atacarem os seus interesses com essas mesmas armas.
Iraque/Talibans/2014
Assassínio colectivo de opositores
Hipótese A:
Vamos lá todos imaginar que um dia no futuro desse grande país que é os Estados Unidos da América, o estado do Novo México (devido a determinadas situações, que para eles poriam em causa a sua existência e soberania) afirma categoricamente e face aos protestos dos seus cidadãos, estar a ser violentado, atingido, diminuído e colonizado nos seus direitos básicos, face ao poder superior e intrusivo dos restantes estados norte-americanos. Em revolta o Novo México decide pedir aos restantes estados a sua autonomia e independência. Em resposta ao pedido, sem analisar as causas da revolta e sabendo deter em último caso o poder supremo de anular os contestatários, os Outros declaram inequivocamente esta gente – dirigindo-se àqueles que antes também eram como eles – potenciais terroristas, estando tal e qual um traidor ao serviço de outro país – por exemplo o México. Justificam desse modo as mortes inevitáveis como uma virtude de qualquer limpeza que se queira eficaz.
Hipótese B:
Vamos lá todos imaginar que esse futuro decorre agora muito mais perto de nós, não na casa do vizinho situada lá mais ao longe, mas mesmo ao lado de nós ou seja na porta seguinte: neste caso o conflito encontra-se instalado em Portugal, com o país a ser dividido em duas zonas distintas e adversárias, controladas e impulsionadas para a confrontação por políticos patrocinando ideologias diferenciadas, mas sem nenhuma ligação com os anseios da população que estes afirmam patrioticamente representar. Por exemplo (poderia ser o contrário ou outra cena qualquer): a norte do rio Tejo todos aqueles que propõem lançar fogo a Lisboa e expulsar do nosso território cristão todos os mouros que ainda existem e contaminam com as suas ideias Portugal (os bons) e a sul do mesmo rio fronteira a restante minoria de verdadeiros alienígenas, apenas interessados em não trabalhar ficando a dormir à sombra dum chaparro ou de um guarda-sol de praia (os maus). Não aceitando a obrigação da sua submissão face aos puros do norte, os mouros revoltam-se e declaram unilateralmente a sua independência. Como consequência do anúncio provocatório e após tomarem controlo da capital – por exemplo com o auxílio dos nossos aliados ingleses – os puros decidem: bombardear os mouros e expulsá-los para fora do país. Pelo meio famílias são destroçadas, direitos são violados e muitos portugueses perdem a sua terra e nacionalidade – nunca compreendendo o conflito, a acumulação indiferenciada de mortos e mutilados e a destruição das suas casas. Mas tudo fica agora muito mais controlado, livre e seguro, ficando todos nós bem mais longe dos subhumanos e afastados do perigo de contaminação por estes servos do Diabo.
Ex-Jugoslávia/Belgrado/1999
Bombardeamento humanitário da estação de TV pela NATO
O país do mundo que mais ofertas de solidariedade e amizade propõem a outras nações em guerra ou próximas disso – guerras por uma coincidência incrível sempre impulsionados por esse mesmo país, contando os necessitados e por esse motivo com o seu auxílio humanitário prévio, à base de bombas, mísseis e outros alimentos – está agora escandalizado por a Rússia estar a dar apoio às populações do leste da Ucrânia que combatem o poder instalado em Kiev e lá colocado pelos norte-americanos (à base duma estrutura de comando orientada por sectores extremistas e mercenários, que exteriormente controlam os militares), quando todo mundo sabe que os Estados Unidos da América só aparecem nas zonas de conflito que eles próprios criaram, quando é necessário defender a (sua) liberdade no mundo.
É clara aqui e mais do que evidente a responsabilidade da Rússia no agravamento dos acontecimentos no leste da Ucrânia, quando o que ela devia fazer era estar quietinha e caladinha perante o que se passava para além da sua fronteira, enquanto via outros cidadãos russos a serem perseguidos, mortos e se possível exterminados.
E porque não terraplanados à bomba atómica, tal e qual como seria o grande desejo de um dos mais recentes proto-ditadores ucranianos a ex-Primeira-Ministra Timochenko – anteriormente também presa por abuso do poder e corrupção – agora recuperada apenas porque é visceralmente anti-russa: pelo menos que fugissem para o seu maldito país como o fez o anterior presidente pró-russo Ianukovich.
Nunca dos Estados Unidos da América, vindos lá de longe como os Novos Cruzados Ocidentais – agora que a Europa morreu – unicamente para combater os novos mouros terroristas, ou seja as hordas invasoras vindas de leste com os russos e os chineses à cabeça: para os nunca nomeados por ninguém polícias do mundo, os seus únicos objectivos são sempre desinteressados e desligados da exploração de qualquer tipo de matéria-prima (mesmo que humana), apenas direccionados para a salvação e estabilização de qualquer região do mundo e sobretudo dos seus naturais e residentes.
ONU/Fundada após a II Grande Guerra Mundial/1945
O último edifício justificativo (de inocência) para quem manda no mundo (do crime)
Como o comprovam as sucessivas intervenções exemplares e vitoriosas desta nova polícia global, independente do mundo e correndo em paralelo com ele (convém nunca se misturar para não criar confusões): Vietname, Iraque, Afeganistão, Jugoslávia, Líbia, Síria, Ucrânia...e chega de exemplos que acabaram em destruição e genocídio.
Em vez de sermos hipócritas devíamos apoiar a esmagadora maioria dos ucranianos que nunca desejaram tal coisa para si, para os seus e para os restantes cidadãos do seu país, não nos colocando sempre e covardemente ao lado de quem vai à frente, na exploração dum povo e na destruição de toda a sua esperança no futuro, sejam eles russos, norte-americanos ou outros representantes de outro tipo qualquer de quadrilha (legal ou ilegal) apoiados pelos diversos tipos de mercenários.
Mas onde pára e para que serve a Organização das Nações Unidas, que consente que haja uma intervenção exterior num determinado país, apenas porque algo, alguém ou alguma coisa disse que certos cidadãos desse país invadido, eram mais cidadãos do que outros: ou seja uns são cidadãos e os outros não passam de estrangeiros convertidos ao terrorismo!
(imagens – Web)
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ADN de Terrorista
“O melhor meio de os Estados Unidos combaterem o terrorismo é deixarem de ser um dos principais terroristas do mundo”. (Noam Chomsky)
A palavra Awlaki está associada ao nome de uma família de cidadãos norte-americanos de origem árabe (lá está!) – regressados posteriormente ao Iémen onde o pai foi Ministro da Agricultura e reitor da Universidade de Sanaa – que por associação do seu nome a um familiar catalogado como terrorista acabaram vítimas da justiça automática (comandada à distância por crianças utilizando joysticks), sendo posteriormente considerados como danos colaterais inevitáveis e por questões de confidencialidade arquivados – e enterrados na valeta do esquecimento.
Anwar al-Awlaki – O clérigo radical e terrorista nascido no Novo México/USA
(também conhecido – como pregador – o Bin Laden da Internet)
“U.S. officials say that as imam at a mosque in Falls Church, Virginia (2001–02), which had 3,000 members, al-Awlaki spoke with and preached to three of the 9/11 hijackers, who were al-Qaeda members”. (Wikipedia)
O Terrorista morto foi o filho de nome Anwar al-Awlaki (na altura um influente líder da Al-Qaeda) mas também lhe mataram o neto (Abdulrahman de 16 anos) – e quem o contou foi o pai (Nasser al-Awlaki). Curiosamente em dois atentados independentes ambos levados a cabo por drones, primeiro tratando da saúde do filho e depois tratando da saúde do neto – que por acaso nada tinha a ver com o assunto. E não é por acaso que o pai tenha desistido de recorrer na Justiça, posto face às ordens emitidas por Obama (considerada uma confissão/assunção do erro grosseiro cometido): Confidencialidade.
(imagem – RT)
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From Ape to God (1)
Ficheiros Secretos – Albufeira XXI
[O Terrorismo Artificial Induzido (entre as vítimas) e a criação Natural do Super-Homem (entre os Escolhidos)]
“A nossa capacidade de compreendermos e aceitarmos o que nos é proposto para a recriação e fundação dum Novo Mundo, depende de como o interiorizamos, de como cumprimos as regras, do seu resultado imediato e da aceitação final e sem qualquer tipo de dúvidas de tudo o que dizem de nós – sujeitando-nos ao Superior infinito e assim incorporando-nos em Deus”.
Hoje levantei-me da minha cama cedinho e lá fui cumprir o dever no Zoológico de Lisboa. Ainda tive tempo para comer uns quantos pastéis de Belém e comprar um cacho de bananas, para assim cumprir com êxito o objecto da minha missão. No resto do trajecto cumprimentei educadamente todos os que vi, à chegada à bilheteira dei os bons dias ao funcionário e educadamente pedi uma entrada para criança: o tipo olhou para mim, riu-se na minha cara e perguntou-me no gozo se não queria antes um para a terceira-idade. Paguei a quantia por ele pedida, recolhi o meu bilhete e sem piedade nem remorso dei-lhe logo um tiro nos cornos. Limpei a arma cuidadosamente, coloquei-a nas mãos ainda a tremer do funcionário e antes que este caísse definitivamente no chão no meio do seu estertor e lançando o último suspiro, cuspi-lhe na cara e fiz-lhe um grande manguito: “An Ape Will Be God, But Not You”! Transposta finalmente a porta entreguei-me à bicharada e fui em busca de Deus.
Human Evolution or Human Transformation: Not the Same?
(As Sete Maravilhas do Mundo)
Fui directamente para a área de diversões e desde logo vi os golfinhos, comprei um gelado no fim e ainda fui dar uma volta de comboio e outra de teleférico. A parte mais gira na volta de teleférico foi registada aquando da passagem sobre a zona dos leões, na altura meio adormecidos e a apanhar os raios quentes do Sol: como não via mais ninguém à minha volta a não ser o meu colega de viagem – acompanhava um velhote com algumas dificuldades de locomoção – resolvi melhorar o cenário demasiado pacífico para mim, transformando-o num instante num thriller, arrepiante e sanguinário. Balancei com uma grande amplitude o habitáculo onde nos encontrávamos, abri ao mesmo tempo a sua porta e com um pontapé violento atirei-o lá para baixo: caiu em cheio em cima do macho mais velho que surpreendido ainda o olhou por segundos, soltando então um rugido medonho e degolando-o de seguida com uma única dentada. Os membros ainda estrebucharam um pouco, o que chamou ali os restantes leões.
Uma parte das pessoas que àquela hora se encontravam no interior do zoológico, pareciam dirigir-se apressadas em direcção à avenida das barracas de refrigerantes e farturas que ia desembocar na entrada: inclinando-me um pouco para a direita e espreitando entre dois ramos verticais dum denso arbusto visivelmente ainda por podar, podia facilmente vislumbrar uma multidão constituída predominantemente por jovens e mulheres, rodeando numa algazarra tremenda um grupo de educadores, de funcionários e de polícias, enquanto as luzes e as sirenes das viaturas de socorro não paravam de funcionar, confundindo-os e finalmente enlouquecendo-os. Ainda não me doíam as costas devido à inclinação corporal entretanto assumida e já a batalha campal se instalava no meu campo de visão, com as educadoras aos gritos tentando impor a ordem entre os seus alunos, os funcionários em gestos ameaçadores e munidos de cordas atrás destas e dos mais pequenos e como sempre acontecia nestas situações mais problemáticas, calhando aos polícias a responsabilidade da manutenção da ordem pública custasse o que custasse: à entrada e desembainhados os respectivos cassetetes, a polícia de choque só aguardava ordens superiores para entrar em acção. Protegido pela sombra duma árvore já morta e de raízes ressequidas, saquei da arma e dei um tiro para o ar: o suficiente para assistir aos primeiros segundos da carga policial e aos gritos das crianças enquanto fugiam aterrorizadas da violência dos X-Man.
Dirigi-me então para o local onde habitualmente o elefante tocava o sino. Sentei-me num banco situado nas proximidades e certifiquei-me de que ninguém estava a olhar para mim: com a confusão que se instalara do outro lado do parque eram poucas as pessoas que assistiam ao espectáculo, vislumbrando-se apenas três adultos e quatro crianças interessadas no que os dois tratadores e o elefante iam fazendo. Mais afastado um outro elefante parecendo mais velho, parecia observar a cena sem a compreender muito bem – aquele barulho que vinha lá do fundo incomodava-o cada vez mais e só lhe recordava o barulho maldito produzido pelo badalo. Peguei então no meu eficiente canudo portátil e com a colaboração da minha pressão de ar ejectei o meu projéctil. Assustado com o inesperado impacto sobre o seu corpo o elefante saltou em frente esmagando com as suas patas dianteiras o primeiro tratador, colocando-se em fuga e fazendo tocar o sino por contacto e colisão à sua passagem desorientada; no segundo seguinte o elefante mais velho – que parecia adormecido – como que acordou repentinamente de um pesadelo, nomeando logo ali o segundo tratador como seu alvo preferido e destino de todos os seus traumas acumulados durante anos sucessivos de cativeiro. No entretanto a reduzida assistência observava os acontecimentos completamente paralisada e de boca totalmente aberta, só despertando e pondo-se numa fuga louca e sem direcção determinada, quando os elefantes acabaram de desfazer de vez os seus carrascos e insatisfeitos se viraram para eles – com as suas enormes orelhas a abanar e a tromba em riste para os apanhar – assinalando-os em tom ameaçador. Acontecimento de que resultaram mais três mortos entre os presentes: os pais e o filho de quatro anos que transportavam num carrinho, dilacerados pelas presas dos elefantes que no meio de toda esta violência despropositada mas sempre possível, os confundiram com o carrinho dos seus ex-tratadores.
Por essa altura já tinha dado sequência a quatro acontecimentos. Como previamente combinado dirigi-me então ao gabinete do responsável pelo zoológico, onde o fui encontrar tranquilamente sentado na sua cadeira giratória a olhar para além do vidro da janela, que o separava do seu mundo exterior. Acompanhando visualmente todos os pontos abrangidos pelo seu campo de visão, podia-se ver que no exterior do edifício o ambiente acalmara na zona de entrada do parque, verificando-se a tentativa por parte dos elementos de socorro e de segurança aí presentes em estabilizar o cenário e dar-se início à sua limpeza, redefinição e normal reabertura: estavam apenas condicionados pela próxima chegada da brigada anti-terrorista e pelo que a sua mais que previsível intervenção pudesse provocar no normal desenvolvimento desta situação, solução pela qual todos ansiavam e pela qual trabalhavam esforçadamente, sem colocarem questões e em conjunto. O director parecia indiferente ao que se ia passando no exterior, continuando estático na sua cadeira, sem emitir um único som e quase como se ignorasse a minha presença junto de si. Foi então que como se controlado por um comando remoto e sem demonstrar qualquer tipo de emoção ou outro tipo qualquer de percepção ou sensação, se virou na minha direcção e com o seu indicador esquerdo me apontou um documentos que se encontravam sob a sua secretária: como um sonâmbulo levantou-se, olhou-me com uma expressão desestruturada por vazia, entregou-me com as suas mãos secas e rígidas o documento que se encontrava sobre a mesa e entrou na sala contígua, pedindo-me para aguardar um pouco e fechando com estrondo a porta atrás de si. O documento referia-se à estabilização do número de animais habitando aquele espaço restrito e cada vez mais reduzido, provocado pela pressão exercida pela urbe exponencialmente crescente que o rodeava e pelos interesses impossíveis de controlar vindos da parte das forças vivas da terra, apenas interessadas na sua valorização pessoal e no preço dos terrenos por metro quadrado: o que era mais interessante numa primeira e superficial análise do documento – que ele já conhecia nas suas bases pois contribuirá para a sua elaboração – não era o processo de eliminação adoptado para o número agora considerado excessivo de animais em exposição (justificado com o problema da consanguinidade crescente entre as diversas espécies e com todos os perigos que daí poderiam advir por reprodução e hereditariedade) mas o seu alargamento ao ramo racional que aí também permanecia, mesmo que nalguns casos temporariamente. O tempo e o espaço eram apenas referências mas o número excessivo e problemático residia nos seres vivos racionais ou não: um novo método de controlo populacional mesmo que não aceite por moralmente violento e desrespeitador, seria sempre bem-vindo num mundo perto do caos apocalíptico e sem outra alternativa de salvamento e protecção, contra a sua própria e inexorável extinção. Os nacionais-socialistas na Alemanha tinham sido um dos seus mais conhecidos e importantes precursores e os EUA na calha destes (e aproveitamento os seus ensinamentos e os seus próprios cientistas, reconvertendo-os) os seus maiores e poderosos discípulos e profetas – até na sua ideologia de imposição, intolerância e desrespeito. E quando ouvi o tiro vindo da sala contígua já sabia o que se tinha passado: com o crânio completamente desfeito o corpo do director apresentava-se caído no centro da sala, enquanto no registo do pessoal associado ao zoológico a contabilidade electrónica indicava agora menos um. Cada animal tinha o seu respectivo chip e desde o início do dia a descida tinha sido anormalmente abrupta, pulverizando todos os anteriores recordes – de racionais (R) de não racionais (NR). Por essa altura estava eu a abandonar o edifício central quando reparei no avanço pelo interior do parque das forças especiais de intervenção: finalmente todo o cenário se compunha e me aproximava do final desde há muito projectado para este evento. Faltava apenas mais um acontecimento (o anterior fora o quinto) para eu chegar às portas do Paraíso, no interior do qual mil virgens intocadas desde sempre me esperavam: à entrada do portão celestial realizaria o teste definitivo e final, o acto de contrição, de fé e de consagração. Deus esperava-me para compartilhar! É claro que não me esqueci do Envelope enviado em anexo ao referido documento, chegado mesmo em cima do acontecimento e em correio expresso registado e oriundo dum remetente desconhecido provavelmente localizado num país do Médio Oriente.
The Butterfly Effect
(A Teoria do Caos e o Efeito Borboleta)
“In chaos theory, the butterfly effect is the sensitive dependency on initial conditions in which a small change at one place in a deterministic nonlinear system can result in large differences in a later state” (Wikipedia).
Um helicóptero da Unidade Estratégica da PSP sobrevoava agora o complexo do Zoológico de Lisboa, tendo como missão a coordenação das subunidades de vigilância aérea em acção directa no terreno, aqui e no momento levada a cabo por uma nova geração de drones recentemente adquiridas a empresas de armamento norte-americanas, por coincidência também subsidiárias de outras empresas instaladas no mercado e associadas a projectos de construção e de implantação local. Daí a minha opção lógica e facilmente compreensível pelo desenvolvimento e conclusão o mais rapidamente que me fosse possível de todo este procedimento associado à intervenção, isto se quisesse que o efeito provocado fosse evidente e efectivo e se reproduzisse indefinidamente e sem limites, em cascata e por todo o lado: eu sabia que mesmo que estivesse morto a minha acção e influência se repercutiria até ao infinito, reproduzindo sucessivas reacções e interacções entre mundos paralelos ou concorrenciais por simples e mesmo que desprezível interacção. “Na verdade o Universo não era um, mas um conjunto de muitos uns”.
Afastei-me rapidamente do local onde me encontrava e dirigi-me até uma zona mais afastada do zoológico, situada muito perto das Palancas. Era um ponto situado perto da periferia do parque, numa referência um pouco mais elevada e dispondo de razoável visibilidade, mas sobretudo oferecendo tranquilidade e uma certa reserva e protecção pelo menos temporária, para o muito que ainda tinha que desenvolver – além de ser o sitio ideal para a propagação programada. Libertei então o meu duplo. Do lugar onde me encontrava pude vê-lo a dirigir-se para o parque de merendas onde acabou por se sentar mesmo ao lado da zona de restauração: rodeando o espaço reservado aos mais novos, um grupo de dois agentes verificava cuidadosamente o interior das suas instalações, enquanto outros dois perscrutavam intensamente toda a zona envolvente, dirigindo-se um terceiro grupo mais para oeste precisamente na sua direcção. Do lado das Girafas também se notava alguma movimentação, destacando-se mesmo a presença de alguns homens armados e acompanhados por cães, que avançavam muito lentamente e a intervalos de tempo certos, investigando cada canto ou buraco que encontravam e estando extremamente atentos aos menores movimentos que lhes parecessem suspeitos. Mas o que mais despertou a atenção do meu duplo foi a utilização que os agentes já estavam a dar ao teleférico existente no zoológico – tentando a partir daí descortinar melhor o que se passava e descobrir onde poderia estar o principal causador ou causadores deste problema – e o movimento do próprio comboio do zoo que com o seu habitual motorista e percorrendo o circuito de todos os dias, ia distribuindo outros agentes enquanto percorria o trajecto: o ser humano era na realidade muito imitativo e repetitivo nas suas aventuras aparentemente experimentais, parecendo nas suas escolhas uma criança ingénua e irresponsável – e extremamente previsível nas suas atitudes e opções – como tal e em consequência facílimo de controlar e limitar. Agora era só recuperar a localização dos pontos, activá-los sequencialmente de acordo com a evolução prevista para o guião e divertir-se um pouco mais com a confrangedora fragilidade humana.
No entanto era necessário manter um nível mínimo de segurança na utilização temporária do duplo, já que certos raios luminosos sujeitos a determinadas condições atmosféricas poderiam revelar ao incidirem directamente sobre ele, a sua movimentação e posição: a maior dificuldade para manter a sua invisibilidade estava basicamente associada aos dias sujeitos a maior actividade electromagnética atmosférica, muitas dessas vezes intensificada por fortes e sucessivas tempestades solares. Ao libertar-se o nosso duplo para um mundo que já ocupamos, é lógico que este teria que ter a sua própria componente física e psíquica independente e um espaço material onde se pudesse colocar e daí actuar. Se no caso da componente psíquica o processo era de fácil execução por simples bipartição do nosso Eu – com a nossa Alma abstracta, sempre intacta e não parametrizada, espalhada por todas as nossas células, centralizada no cérebro e comunicando pelos neurónios – quando se tratava da parte física o processo de libertação do duplo apesar de ter um nível de acessibilidade muito idêntico ao anterior, era mais cuidadoso e pormenorizado por essencialmente técnico e multi-opções. Numa sequência programada e projectada para um já referenciado (apesar de indeterminado) número de Universos, coexistentes e paralelos, era definido o ponto de concentração a partir do qual se faria a extracção do volume solicitado, neste caso um objectivo vivo equivalente à sua imagem e a ser utilizado temporariamente e em substituição condicionada: os modelos gerais mais solicitados distribuíam-se maioritariamente por sonâmbulos, indivíduos em estados de semi-consciência – como nos sonhos – e até em estado de coma. Ao libertar-se do seu abrigo o duplo usufruía do duplo do corpo por ele agora utilizado e partilhado, transportando consigo e por motivos de segurança o duplo desse Eu subdividido, apenas para estar presente para qualquer necessidade de regressão imediata mas sempre num estado completamente inconsciente, submisso e comatoso.
Fim da 1.ª parte de 2
(imagens – Web)
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Terrorismo
“Terrorismo é o uso de violência, física ou psicológica, através de ataques localizados a elementos ou instalações de um governo ou da população governada, de modo a incutir medo, terror, e assim obter efeitos psicológicos que ultrapassem largamente o círculo das vítimas, incluindo, antes, o resto da população do território. É utilizado por uma grande gama de instituições como forma de alcançar seus objectivos, como organizações políticas de esquerda e direita, grupos separatistas e até por governos no poder”. (Wikipedia)
Alguma vez há-de ser de vez
O fecho das Agências Federais norte-americanas enviando perto de 1.000.000 de indivíduos para casa sem salário para sobreviverem e sem saberem quando voltarão a ter trabalho, além de ser o sonho de qualquer Estado que não se preze e que respeite selvaticamente a necessária e fundamental iniciativa privada – perceba-se as grandes Corporações Mundiais, agora que o Estado se encontra em insolvência – acaba por demonstrar cabalmente e especialmente para quem não quer ver:
- O crescimento exponencial, sem controlo e irreversível, da dívida norte-americana – por inadaptação da estrutura social e económica do governo dos EUA, ao respeito pelos direitos mínimos de sobrevivência dos seus cidadãos;
- O fim do estado de graças dos investidores internacionais para com o Tesouro Norte-Americano e o risco a ele associado de perda de confiança no dólar – até agora e apenas, a moeda de referência mundial;
- Como consequência o aparecimento dum enorme contingente de indivíduos anteriormente ligados às mais diversas agências federais, agora desempregados, sem dinheiro, nem qualquer tipo de perspectivas futuras;
- Finalmente a possibilidade de se estar já a construir um cenário que levará a consequências catastróficas para o Estado e para a esmagadora maioria dos seus cidadãos – talvez deliberado e projectado conjuntamente entre forças internas e externas aos EUA – criando o caos social e levando-o à queda definitiva e irreversível e abrindo as portas para o acesso livre e sem restrições da iniciativa privada, ao controlo sem justiça nem direitos de todo e qualquer cidadão desde que registado (excluindo desde logo os indivíduos excedentários e sujeitos a requalificação).
Objectivo da velhinha: receber a renda
E no meio de toda esta confusão a velhinha Europa lá continua a ser governada por uma mulher vinda do lado de lá do muro, por um velho psicologicamente afectado e por um país de novo vitorioso – primeiro militarmente, depois economicamente – que um dia depois de se auto-perdoar pelos seus crimes e atrocidades cometidas sobre todos os seus familiares e vizinhos europeus, se auto-proclamou como o novo protector da Europa – tal como os EUA relativamente ao resto do mundo – passando em seu nome uma procuração de todos os outros países, para os poderem orientar racionalmente com a sua experiência recente de reconstrução. Só que agora o plano era muito simples:
- Tomar conta do Banco Central Europeu e em seu nome projectar e impor a Alemanha como o seu Único Gestor, recebendo esta dinheiro-livre vindo de todo o mundo sem fiscalização e controlo – essencial para a lavagem de dinheiro – e emprestando-o a juros acrescidos aos seus associados, em princípio ilegalmente já que deveriam ter o mesmo estatuto de igualdade; nunca esquecendo que é esta Plataforma de Guerra que suporta hoje o poder económico asfixiante e paralisante da Alemanha – com a sua Indústria já em decadência e o mercado financeiro a aniquilar e a asfixiar todo os restantes negócios – sobre toda a Europa, fazendo-nos lembrar por associação a imagem duma velhinha já sem grande esperança e objectivos de vida, que inteligentemente e não se preocupando mais com os outros vivendo à sua volta, resolve vender a sua fábrica (com os seus vizinhos lá dentro) e viver dos seus rendimentos.
Contra os polícias e ladrões
No meu país?
- Os Chefes curvam-se para obterem uma gorjeta da velha (para mostrarem que aprenderam);
- Os Outros entretêm-se a olhar para o cu de quem se curva (para mostrarem que querem aprender).
Note-se que não são mencionados os elementos excedentários sujeitos a requalificação, reforçados agora por elementos vindos dos Outros e agora em processo de expulsão, por apoio indevido ao grupo anteriormente mencionado e estatisticamente inexistente.
(imagens – Web)
Autoria e outros dados (tags, etc)
Terrorismos e Complexos
“A inexistência de um conceito amplamente aceite pela comunidade internacional e pelos estudiosos do tema, significa que o terrorismo não é um fenómeno entendido da mesma forma, por todos os indivíduos, independente do contexto histórico, geográfico, social e político”
(Wikipédia)
“O truque da filosofia é começar por algo tão simples, que ninguém ache digno de nota e terminar por algo tão complexo, que ninguém entenda”
(Bertrand Russell)
Complexo habitacional – Portugal
Portugal é o terceiro país da União Europeia com mais desigualdades, fazendo parte da lista negra dos países, com uma taxa de pobreza superior à média europeia: mais de 20% da sua população, conta com cerca de 12 euros por dia para viver. Acabou de adquirir 3 submarinos.
Complexo habitacional – Paquistão
O Paquistão é um país asiático de 180 milhões de habitantes – sexto país do mundo em população – muitos deles com pouco mais de 2 euros por dia para viver. É também uma potência nuclear.