ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
A Aventura Incendiária do Moinho de Pão de Albufeira
Um moinho de vento tradicional de tipologia mediterrânea, convertido num museu e permitindo a demonstração do antigo processo da moagem dos cereais. (na Wikipédia aplicando-se ao Moinho de Vento de Odeceixe, como o poderia ser ao de Albufeira, agora por jovens “lançado-na-fogueira”).
Exterior do Moinho
(antes do incêndio)
Rapidamente, não merecendo mais, apenas por uma questão de identificação (sempre necessária, até para esclarecimento e/ou proteção), a notícia de que o incêndio que destruiu um Moinho em Albufeira em 4 de novembro de 2021 (há dois meses atrás) recuperado para fins turísticos ─ originando um prejuízo de cerca de 150.000 euros, dinheiro necessário para a sua recuperação ─ foi praticado por um grupo de três jovens (de 21/22 anos de idade), constituído por um português e dois estrangeiros:
Agora detidos pela PJ e sabendo-se já o objetivo desses jovens (confessando), pela madrugada (por volta das 05:30) depois de arrombarem a porta, com o intuito de roubarem tudo o que lhes pudesse interessar e concluído o seu trabalho, lançando fogo ao moinho (para apagar indícios?).
Interior do Moinho
(antes do incêndio)
Um moinho aí existente e recuperado, património inocente e testemunho vivo da cultura e da memória de um povo aí presente e trabalhador (por este território tendo vivido e criado raízes profundas como as árvores), apenas aí permanecendo e sendo graciosamente embelezado (numa homenagem aos nossos antepassados, que hoje nos permitem aqui viver e usufruir deste espaço, ainda por recordações preservado), para divulgar alguma da cultura algarvia, a sua etnografia, algo indo do complexo ao mais simples, aqui com o extraordinário por “belo e arquitetónico” (a bola-de-cristal virtual, a nossa imaginação rodeando-o) o processo do fabrico do pão.
Uns dizendo vandalismo, mas outros, déficit de formação, consequência de antes se fazer uma generalização ─ invertendo-se o processo, colocando-nos de pernas-para-o-ar ─ ocorrer uma prematura especialização: antes de, generalizando-se dando-lhes a conhecer valores, eles e até acompanhando “a cena-dos-cotas”, especializando-se primeiro no mais eficaz a curto-prazo, no crime.
(imagens: DR/jn.pt ─ Filipa Fernandez/publico.pt)