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A Caixa Que Ainda Muda o Mundo

Sábado, 27.11.21

“Mesmo com o seu balanço comercial bem no vermelho (que o diga a CNN),

nunca abandonando a caixa (a Televisão),

jamais deixando de se expandir (abrindo agora a sua filial de Lisboa).”

Para aqueles que vivendo neste canto da Europa ─ com Portugal tendo sido fundado em 5 de outubro de 1143 (já lã vão mais de 878 anos)

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E depois de séculos de grande experimentação prática (como o da Era dos Navegadores), ainda acreditam mais nos descendentes de Salazar (a tradicional nobreza) do que nos descendentes de Cerejeira (o clero tradicional) ─ agora num novo ambiente e servindo-se de indumentárias adaptadas ─ da mesma forma que estes já não acreditam que os filhos dos que divinamente nos dirigem (desde sempre) sejam diferentes dos seus pais (por hereditariedade/na defesa de direitos adquiridos), estes poderão em alternativa e como o fizeram já múltiplas vezes (sendo incontáveis) ─ em tempos de reis e de repúblicas ─ optar pelo seu último recurso, o espiritual, recorrendo em desespero de causa (tentando sobreviver à doença e à fome) a um produto nacional (divino) a Nossa Senhora de Fátima:

Oficialmente declarando-se ao nosso serviço há mis de um século, através das Aparições da Virgem-Maria na Cova da Iria (Fátima/Santarém) no ano de 1917.

No fundo dois pontos como resultado de uma interceção (tendo um objetivo comum e confirmando assim a sua existência) só existindo dada a presença simultânea de ambas, com uma sem a outra não sendo nada:

E podendo separá-las derrubando-as (nós a esmagadora maioria dos já amanhã, 8 biliões), parecendo até á eternidade ter ambas no nosso trajeto como parceiros (impostos), parecendo até por todos desejados.

Para tal tendo um importante papel os Média e entre eles a (tão enterrada, mas sempre com a cabeça de fora, como a ponta de um icebergue) Televisão.

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Televisão para muitos ligada 24 horas por dia. Inventada no século passado por volta dos anos 20 (patenteada apenas em 1923) pelo russo-norte-americano Vladimir Zworykin, com os primeiros serviços (analógicos) a serem produzidos em 1928 (Nova Iorque), com os primeiros serviços de alta-definição (limitado a poucas salas) a surgirem em 1935 (transmissão dos Jogos Olímpicos de Berlim), para terminada a II Guerra Mundial a sua utilização aumentar (até pela melhoria na sua qualidade técnica) no entanto mantendo-se um produto caro e para além do mais com programação escassa.

Até ao ano de 1954 com as emissões a P/B e nesse mesmo ano passando-se a transmissão a cores (NBC).

Para no ano de 1960 os japoneses revolucionarem a TV (SONY) introduzindo as televisões com transístores (que em Portugal se designariam “as eletrónicas”).

E entrando aí os satélites (ajudando na transmissão) e a miniaturização (tornando-se os aparelhos mais pequenos e mais leves), seguindo-se os LCD, os Plasma, a TV Digital.

Em Portugal com a 1ª emissão de TV a ocorrer em 1956 ─ a P/B ─ e com a 1ª emissão a cores a dar-se em 1980 (com a transmissão do Festival da Canção) ─ um atraso não de 50 (talvez o sendo hoje), mas de cerca de 20 anos.

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Durante muito tempo (já com percurso de mais de 90 anos) com a Televisão a ser considerada a “Caixa que mudou o Mundo” ─ atualmente vendendo bem mais de 200 milhões de unidades por ano ─ acompanhando-nos quase que ininterruptamente desde há mais de meio século (agora 24 horas/dia), com este meio de comunicação social por presencial (dois órgãos dos sentidos essenciais, logo em contacto), tendo não só som como imagem mas podendo simultaneamente ser transmitido ao vivo ─ logo pondo-nos em contacto mesmo que parcialmente (unidirecional) uns com os outros ─ revolucionando as relações e proporcionando aos por qualquer razão estando isolados ou pensando erradamente está-lo, uma hipótese de que mesmo que virtualmente estivessem presentes (na situação, na sua solução), se relançarem e saindo do seu isolamento, persistirem (um pouco mais): sendo essa caixa um objeto para nossa defesa pessoal (serviço, como um robot) transformada num sujeito (como se tivesse um tipo de IA), alguém ou algo como nós sendo capaz de estabelecer um mínimo de comunicação (hoje até e graças a certas plataformas, podendo ser multidirecional).

Em casa e para muita gente ─ dos 7 aos 77 como diria a revista Tintim (e mesmo para além destes limites, vejam os velhos e as crianças) ─ a casa sendo mais um divertimento, mais uma pessoa, mais uma companhia, mais um amigo (estando para muitos ausentes os mais próximos, os familiares), assegurando-nos minimamente que nunca ficaremos totalmente sozinhos e garantindo-nos adicionalmente que enquanto a mesma estiver ligada, o mundo terá forçosamente de contar também connosco, estando-se de alguma forma (mesmo que incompleta) presente.

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Com certamente 50% a 100% dos portugueses já tendo ligado uma televisão e no mínimo com mais de 50% vendo-a habitualmente (entre menos de 1 minuto e 24 horas), sendo-se suscetível de aceitar que dadas as circunstâncias e de ninguém dizer verdadeiramente o que pensa (só assim se tendo alguma vantagem), uns 50% dos portugueses se não mais (perdure a Pandemia e isolemo-nos ainda mais em casa) dada a sua habituação e falhando-lhe na prescrição a televisão, poderá entrar numa forte depressão e até sucumbir, deixando de ter o seu último instrumento de recurso (disponível), a “Caixa que um dia mudou o seu Mundo e que continuando e acreditando ─ como o quer fazer a CNN vindo para Portugal ─ poderá continuar a mudá-lo”.

Sem um ecrã de recurso onde nos possamos ver ─ refletidos ─ é como que se não existíssemos (uma imagem, sem objeto correspondente).

Ainda-por-cima com cada um de nós podendo no presente usufruir de três periféricos, apresentando-se com o seu respetivo ecrã o progenitor (a televisão) e os seus dois descendentes mais conhecidos (igualmente ecrã-dependentes) o PC e o Telemóvel:

Agora tendo-se “3 caixinhas que mudaram o Mundo”, cada uma delas e pela sua importância (no poder brutal dos Média) com o seu lugar e trabalhando todas para o mesmo, condicionar-nos e servir quem paga a estes fornecedores de imagem (como a CNN, podendo ter prejuízo, “no problema”) mesmo que falidos … pois do outro lado estando nós (que por qualquer coisinha, “engolimos”).

(imagens: wallpaperaccess.com ─ zoekennedy15495.wordpress.com

─ scumcinema.com ─ wort.lu)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 00:36