ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
A Merkel sucederá a Madrasta
“A total of 30 Syrian refugee children, aged between 8 and 12, have been sexually assaulted over a period of three months by a cleaning worker in Turkey’s Nizip refugee camp located in the southeastern province of Gaziantep and administered by the country’s Disaster and Emergency Management Authority (AFAD).”
(GAZİANTEP/hurriyetdailynews.com)
[AFAD é uma organização ligada ao gabinete do 1ºMinistro da Turquia Erdogan]
UM LADO FEIO (E VERDADEIRO) DA GUERRA
Destruição de um campo de refugiados instalado na Síria, nas proximidades da fronteira com a Turquia
Num momento em que a Guerra no Oriente parece nunca mais terminar e durante o qual por mais que os escondam os contingentes de refugiados continuam irreversivelmente a aumentar, a EUROPA em vez de tomar uma posição individual e decisiva sobre o assunto (que tão profundamente a tem vindo a afetar, num cenário económico de crise profunda e prolongada) resolve indiferente e covardemente nada continuar a fazer (como se nada tivesse com o assunto), colocando-se mais uma vez debaixo dos interesses e das ordens dos norte-americanas (como se este fosse um manto protetor). Apesar de todos já termos percebido o que foram as diversas Primaveras Árabes, quem e a razão de quem as promoveu e as reais consequências para todos os países da região: desde o SOFT retorno dos militares ao poder no Egito através de mais um golpe ilegal (mantendo este grande país africano sob o jugo de outros ditadores) até às situações HARD vividas na Síria e no Iémen (com o genocídio de milhares de civis, a destruição total de infraestruturas básicas e a invasão do seu território por multinacionais de mercenários colocados sobre a ordem de organizações terroristas como a AL-QAEDA e o ESTDO ISLÂMICO). Na área referida com a maioria dos Estados do Golfo liderados pela Arábia Saudita a serem a grande potência militar da região, demonstrando em conjunto capacidade de intervenção imediata e direta no terreno, naturalmente apoiados na retaguarda pelos seus grandes aliados globais (e grandes fornecedores logísticos) os EUA. Nunca esquecendo a terraplanagem da Líbia e a contínua destruição do Iraque.
Uma EUROPA que se sujeita agora e por uma mera aplicação de mais uma estratégia norte-americana (num país localizado do lado de lá do Atlântico) a ter que aceitar as pressões inadmissíveis de mais um ditador, ameaçando com retaliações unilaterais da sua parte caso não os aceitem na União Europeia nas condições por eles impostas: com um político como ERDOGAN que permite que o seu país se transforme em mais uma fonte dinamizadora do terrorismo global – bombardeando populações do seu próprio território e país por serem descendentes curdos logo equiparados a terroristas e por outro lado apoiando verdadeiros terroristas atuando na Síria aqui considerados combatentes da liberdade – enquanto vai aterrorizando a EUROPA com mais Guerra e Refugiados (caso não o aceitemos sem condições). Afinal de contas é a Turquia que vai ficar com aqueles que ninguém quer (nem mesmo os seus protetores) – o podre visível da guerra (mas vivos) os tais refugiados (ainda em movimento). E o que faz a EUROPA e a sua consciência política centrada na Alemanha por esta multidão desesperada (apesar dos constantes protestos por parte dos ingleses querendo protagonismo, apenas por serem um grande entreposto de lavagem de dinheiro)? Para os refugiados, personificada na figura da mãe alemã Ângela Merkel.
UM LADO RETOCADO (E HIPÓCRITA) DA GUERRA
Merkel e Erdogan em visita a um dos campos de refugiados instalados na Turquia e localizado em Nizip
Que se saiba para os lados do Entreposto dos EUA sediado na EUROPA – a Grã-Bretanha – David Cameron e a sua Rainha continuam entretidos com Chineses e Nigerianos: chamando malcriados a uns e corruptos aos outos. Com a acusação de corrupção à Nigéria a ser por coincidência lançada num país conhecido por nele serem constantes as lavagens de dinheiro incluindo com interesses nigerianos (com petróleo pelo meio) e por outro lado sendo dita pelo seu 1ºMinistro David Cameron líder de um país promotor, financiador e explorador do maior exemplo de convivência de ética e de dinheiro os OFFSHORE. E com a sua Rainha ainda não tendo percebido de onde hoje vêm os dólares (chineses certificados por ouro e não americano certificado por papel): da R. P. China. Mas centremo-nos na Alemanha e deixemos então a Ilha.
O que tem feito a Alemanha para travar Erdogan? Pelos vistos nada – pelo menos no que diz respeito à outra EUROPA, da profunda crise económica, do desregulamento total dos direitos dos seus cidadãos e do brutal desinvestimento público, asfixiando lentamente toda e qualquer hipótese de recuperação desta sociedade doente e extremamente desprotegida, absolutamente dependente do que possa dar o mundo reinante da especulação financeira. Precisamente aquilo que a Alemanha impõe aos outros países da UE e que no entanto recusa aplicar a si própria desafiando todas as diretivas e o próprio FMI – negando a indicação dada pelo FMI para iniciar desde já reformas económicas internas (despedimentos, descida de salários, maior desregulação no mundo laboral e tudo aquilo que todos os portugueses já conhecem) e optando por um forte investimento no consumo interno com subidas em salários, pensões e outros benefícios sociais de modo a dinamizar a economia (que tem demonstrado ultimamente um maior crescimento, apesar do logico aumento das importações) e contrabalançar a queda no mercado exportador (como é o caso das importantíssimas e estratégicas exportações para a Rússia – tanto para a Alemanha como para toda a Europa – agora suspensas até ordem em contrário – dos EUA).
Num cenário global em que uma grande potência agora em queda (os EUA ainda com o maior poderio militar) e tendo já outra mais poderosa para a substituir (a R. P. CHINA atualmente o maior poder económico e reconheçam ou não financeiro), ainda pensa poder reconquistar o Mundo à base de impressoras, de dólares e de guerras totais (e ameaçadoramente mortais): não hesitando em coligar-se com ditaduras das mais ferozes a nível global (desde que tenham matéria-prima a condizer) para combater outras mais moderadas mas não tão obedientes e por vezes contestatárias como o pretendido. Que o digam todos os países produtores de petróleo até pelas guerras brutais de que são testemunhas e vítimas (Iraque, Síria, Líbia); nunca esquecendo os outros que apesar de não estarem em guerra já caminham para o caos (Venezuela, Brasil); e ainda aqueles que sabendo resistir e não estando obcecados eternamente pelo dólar (como qualquer moeda tendo o seu ciclo de vida) e podendo pela sua força económica resistir ainda perduram (como a Rússia aliando-se à China na criação do Novo Banco Mundial o AIIB já com adesão a nível global, contrapondo ao outro Banco Mundial Norte-americano uma moeda certificada em OURO – e não em mero papel, por mais carismático e mentalmente obsessivo que este seja, nada valendo face ao peso do metal precioso). Uma tarefa com dificuldades mas na realidade inevitável: em relação a todas as dificuldades de trajetória económica e financeira a seguir que o comprovem os BRICKS com três países a resistirem – China, Rússia e Índia – e outros dois em alto risco – África do Sul e Brasil – tendo sempre por trás e como parte interessada as mãos do dono do Outro Banco Mundial (os EUA). Uma estratégia que até ao momento só tem fortalecido ainda mais o poderio da China e da Rússia no Mundo e que por outro lado tem transportado toda a EUROPA a caminho de um mundo e de uma sociedade que nunca nenhum de nós desejou – mais um palco de guerra e de intervenção entre dois blocos poderosos, julgando-se cada um deles o mais forte e vencedor final e como tal aniquilando-se mutuamente na aplicação da sua obsessão ideológica e como sempre até à morte e extinção (levando-nos com eles).
UM INSTRUMENTO (E REAL) DE GUERRA
Devido à sua intervenção na Guerra Civil Síria apoiando o Estado Islâmico (na luta destes contra as forças do presidente sírio ASSAD), arriscando-se a envolver-se integral e diretamente nessa guerra sangrenta alastrando-se desde o Iraque
E enquanto ERDOGAN vai sendo entronizado na Turquia com líder carismático de mais uma oligarquia ditatorial assente no seu poder militar (aplicado internamente sobre os seus cidadãos ditos curdos e externamente no apoio a organizações terroristas como o Estado Islâmico contra os sírios), na Alemanha as suas exigências são imediatamente escutadas e de uma forma ou de outra (direta ou indiretamente) instantaneamente cumpridas: assim se perseguindo um comediante (um cidadão alemão) e aceitando ameaças sobre uma Hamburgueria (uma empresa alemã) – como se disséssemos mal de todos os crimes de HITLER e fossemos presos ou ameaçados.
Mas reconheçamos que a continuar tudo assim (num status quo completamente obsessivo, apático e indiferente) a EUROPA não terá mais futuro e a própria ALEMANHA (com MERKEL à cabeça) se afundará – recorrendo-se aí e em desespero à estratégia da Madrasta!
(imagens: tribuneindia.com/undercoverinfo.wordpress.com/globalriskinsights.com)