ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
A passagem do ciclone Dineo por Moçambique
O ciclone tropical DINEO (2017)
Surge 10 anos depois do também destrutivo FAVIO (2007)
Com DINEO a provocar (para já) 7 vítimas mortais entre a população moçambicana
Ciclone Tropical Dineo
Num cenário onde as primeiras informações vieram de zonas turísticas (sempre com alguns observadores atentos) – com 16 golfinhos apanhados numa ratoeira entre a frente do ciclone e a Baía de Inhambane vitimando metade deles;
Mas com o mesmo a ser realisticamente construído e definido com os factos complementares oriundos do interior da província (onde toda a gente trabalha) – com milhares de casas danificadas, dezenas de milhares de pessoas afetadas e no mínimo 7 vítimas mortais.
Num balanço sobre a passagem do ciclone tropical DINEO no final do passado dia 15 de Fevereiro sobre a região do litoral sul de Moçambique – todos os transportes e comunicações estiveram paralisados durante o período da tempestade – as últimas informações recolhidas apontam para um rasto de grande destruição particularmente por toda a área pelo mesmo atravessado na província de Inhambane: deixando atrás de si 7 vítimas mortais.
Impacto do ciclone em Maputo
No seu caminho em direção à costa sul de Moçambique o ciclone DINEO atingiu terra classificado como um furacão de Categoria 1 (podendo atingir velocidades até 153Km/h), castigando de imediato todo o litoral e zonas do interior da região de Inhambane, com intensa e prolongada precipitação e ventos fortíssimos (com rajadas na ordem dos 130Km/h): danificando cerca de 20.000 habitações e afetando 130.000 pessoas.
Sendo as províncias mais afetadas além da de Inhambane, também a sua vizinha de Gaza (localizada maia a sul antes da província da capital – Maputo). Destacando-se na zona costeira – também uma das mais afetadas pela tempestade e tão importante para a economia, para o turismo e para muitos outros sectores da região, como o da produção e o da construção – a localidade de Massinga um dos destinos turísticos mais populares do litoral sul moçambicano.
Precipitação elevadíssima que conjugada com ventos fortíssimos, ondas de 2 a 3 metros e a chegada da maré-alta, além de destruir ou danificar muitas das infraestruturas turísticas localizadas junto à costa na Baía de Inhambane, infelizmente ainda vitimou uma criança atingida por uma árvore (em Massinga). E com a meteorologia a informar que o período de ventos fortes e de chuva intensa se poderá estender até amanhã (sábado,18).
O Rio Limpopo em Xai Xai
Com a tempestade apesar de enfraquecida (tendo passado de ciclone tropical a depressão tropical após atingir Moçambique) a continuar a dirigir-se mais para sul (em direção à África do Sul), ainda com elevada precipitação: segundo previsões podendo atingir particularmente a região sul-africana do Limpopo, com a tempestade a transportar chuva e a poder originar caudais nos rios (excessivos) extravasando as suas margens e provocando inundações.
[O ciclone tropical FAVIO atingiu a mesma região de Moçambique a 22 de Fevereiro de 2007 oriundo da região do atol de Diego Garcia (localizado a mais de 4.600Km de distância e onde a 11 se formou o ciclone), com a província de Inhambane a ser então atingida com elevados níveis de precipitação, acompanhados por rajadas de vento ultrapassando os 220Km/h (podendo-se considerar de Categoria 4); terminando a 23 e deixando no seu rasto no mínimo 70 feridos e 4 mortos. E colocando então toda a região num caos, vinda como vinha de outras grandes inundações anteriores – recentes.]
(imagens: watchers.news – @mwelimasilela – @IamTumelo/e invertida)