ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
A Questão de Tremer
O primeiro sismo registado e referido a 30 de Março (quinta-feira) verificou-se pelas 00:08 no norte da Califórnia com um pequeno sismo de M2.2 – na sequência de outros 6 de M2.6/4.2/2.6/5.7/3.3/2.0 registados ontem e de outros 3 de M2.9/3.0/4.3 registados hoje (e com os 4 últimos sismos referidos a Portugal e ocorridos todos ontem a serem, um de M2.2/1Km E de Vendas Novas, outro de M2.1/17Km N de Évora e ainda outros dois de M5.0 e M4.8/Açores sensivelmente no mesmo local).
Se olharmos para um mapa mostrando a atividade sísmica a nível mundial, é bem visível o lado oriental do Y que se estende através do Anel de Fogo do Pacífico e o lado ocidental do mesmo estendendo-se até à região do Mediterrâneo. Com a ponta inferior do Y bem assente sobre a Nova Zelândia (logo ali ao lado da Austrália). Um mapa carregadinho de pontos e carregadinho de muitos e fortes sismos (muitos deles de M> 5.0) – sobretudo decorando o Anel.
Mapa mundial de sismos
(registados hoje 29.03 até às 22:10)
Sendo um corpo movimentando-se no interior de um Sistema fictício cuja estrutura obedecerá certamente a determinados parâmetros, uns conhecidos e outros não, a Terra terá forçosamente de se integrar no conjunto restrito dos Organismos Vivos que por vezes, talvez por acaso talvez por necessidade, surgem nestes intervalos de transformação que polvilham o Universo – dando-lhe um certo grau de consciência coletiva (para o melhor e para o pior bem presente no Homem) e obviamente um sentido para sujeitos e objetos (pelo menos para nós e para o resto, réplicas do mesmo molde): pelo que se neste corpo celeste convivem em harmonia e simultaneamente componentes Minerais e componentes Orgânicos, esta evidência de algo mais (a que chamamos Vida) só poderá resultar não só de fatores externos como também de outros fatores mas neste caso internos.
A falha de Kekerengu
E se no caso do planeta Terra este tenha sofrido a influência de agentes ambientais externos no decurso do seu movimento agregando matéria e dando-lhe forma (criando de fato as condições para a existência de Vida) – maioritariamente oriunda de impactos, da ação dos raios solares e ainda dos raios cósmicos – nunca poderemos esquecer os efeitos provocados na Terra e à sua superfície (manto exterior e crosta terrestre) pelas poderosas forças oriundas do seu interior (núcleo interno) e que sempre se repercutem no ecossistema terrestre: com o poderoso campo eletromagnético gerado no interior da Terra e propulsionado a energia solar e a energia cósmica (energias renováveis) por uma máquina extraordinária (e que nos inclui), a juntar energia e matéria e conjugando movimento dando-lhe relevância evolutiva e capacidade criativa, por simples transformação e constante adaptação (a sucessivos cenários).
Num deslocamento de terras na ordem dos 10m x 2m (H/V)
Assim sendo importante o estudo da atividade sísmica (assim como vulcanológica), da sua evolução e até dos modelos (como os da previsão pela descoberta das causas e do conhecimento dos seus efeitos), pois será esta que debaixo dos nossos pés dará forma ao nosso território e ao nosso primeiro e talvez único lar. Com um desses pontos de interesse da crosta terrestre a ser o Anel de Fogo do Pacífico, uma região de intensa atividade vulcânica e constantemente sujeita a abalos sísmicos, alguns deles de grande magnitude: apanhando ilhas como a Nova Zelândia, todas as outras a norte da Austrália (como a PNG, a Indonésia e as Filipinas) e indo até ao Japão, terminando e fechando o círculo ao longo de toda a costa norte e sul-americana. 40000Km de extensão da crosta terrestre existente à superfície ou submersa, numa maioria da sua quilometragem estando debaixo de toneladas de água do oceano Pacífico, mas ainda numa percentagem apreciável da sua superfície (cobrindo uma boa área com várias ilhas), com cada uma delas sobrepondo-se à linha imaginária do Círculo de Fogo e acompanhando-o no seu caminho (no mínimo) turbulento.
Desnível positivo registado junto ao mar
Com um Evento geológico ocorrido nesta região e envolvendo fortes movimentações das placas tectónicas aí presentes e interagindo entre si (em diferentes meios, direções e profundidades), a dar origem a um fenómeno destrutivo (especialmente para as nossas infraestruturas) como o ocorrido em 13 de Novembro do ano passado na Nova Zelândia atingida por um violento sismo de M7.8 na escala. Num local de confluência de placas tectónicas umas erguendo-se outras afundando-se (sobre a superfície), por vezes colidindo violentamente entre si e por processos de interação e de replicação provocando movimentos de terra mais ou menos intensos (conforme a velocidade de propagação, a sua intensidade e ainda a confluência ocasional de processos semelhantes e como que encadeados), no caso deste Evento tal a sua dimensão, tantas as falhas associadas, atuando ao mesmo tempo e como que em cadeia (logo umas 6/12), mesmo não provocando grandes vítimas (2) e para lá dos grandes estragos (materiais), ter provocado alterações geológicas e topográficas no território da Nova Zelândia (à vista ou submerso): com zonas a erguerem-se sob o mar e outras sujeitas aos tsunamis subsequentes, a serem invadidas e a serem minadas ou progressivamente afundadas.
Numa área do litoral anteriormente submersa
Uma ilha do Pacífico que em 22 de Fevereiro de 2011 já tinha sido atingida na mesma região por um sismo de M6.3, apesar de menos intenso provocando 200 mortos e destruindo entre outras a localidade de Christchurch localizada nas proximidades do epicentro. Integrada no Círculo de Fogo do Pacífico – certamente a região da Terra com maior atividade sismológica e vulcânica à superfície do nosso planeta e sobre a qual assentam alguns territórios completamente rodeados de água (e de uma forma ou de outra melhor ou pior consolidados na crosta terrestre) – e aí incluindo ilhas como a Nova Zelândia, a PNG, Timor-Leste, as Filipinas, a Indonésia, o Japão e as Aleutas (entre outras). Sugerindo que se tal como no passado certas regiões da superfície terrestre se alteraram radicalmente a nível geológico e topográfico, umas afundando-se outras surgindo acima do nível da água do mar, tal como numa panela cheia de água a ferver a tampa que a cobre também condiciona o seu interior – como consequência criando uma zona limite sendo propícia a eventos mais radicais e extremos – um dia e num determinado cenário (mas expetável) essa tampa poderá saltar, alterando toda a paisagem e com ela levando a ilha (como terá acontecido com a Atlântida, fosse Ilha ou Continente – ou parte dele).
(imagens: emsc-csem.org e GNS Science/watchers.news)