ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
A Rota da Seda – vestígios
A Rota da Seda contribuiu na sua época para o desenvolvimento de todo o mundo. Desde a China, passando pelo Egipto ou pela Mesopotâmia e chegando até ao Ocidente, ela deu início ao mundo tal e qual hoje o conhecemos. Até que Vasco da Gama descobriu a Índia e os oceanos a substituíram.
Figura dum veado
(originalmente pintado)
Quando olhamos para estas imagens de construções edificadas há mais de 1.700 anos em pleno continente asiático, perguntamo-nos frequentemente se somos nós que não nos desenvolvemos ou se eles existiram mesmo. Como assim uma lenda pode ser uma história e os adereços poderão ser sempre implantados.
Neste caso particular as construções descobertas fazem parte de um cemitério localizado na região chinesa de Kucha, atravessada no passado pelas extensas caravanas da Rota da Seda, que ligavam através de milhares de quilómetros a civilização da imensa China à Europa do Império Romano.
Túmulos construídos em tijolos
(orientados na direcção norte)
Quando as caravelas portuguesas se lançaram sobre as ondas do oceano Atlântico, o que os seus comandantes pretendiam resumia-se simplesmente ao cumprimento de duas referências fundamentais (comuns a qualquer sociedade ou cultura em expansão): a aventura (cultural) e a descoberta (económica).
No caso da Rota da Seda o processo cultural e económico é muito semelhante ao período dos Descobrimentos portugueses, só que concretizado por terra em vez de o ser pelo mar. Que o diga Marco Polo o mais conhecido europeu a ter viajado pela China, utilizando os intrincados caminhos que constituíam a Rota da Seda.
Ocupantes enterrados nos túmulos
(únicos sobreviventes de roubos sucessivos)
E no meio deste grande acontecimento foram os portugueses através de Vasco da Gama e da descoberta do caminho marítimo para a Índia, que acabaram por contribuir com o passar dos anos para o abandono progressivo desta lendária rota terrestre – onde o Oriente contactava o Ocidente.
Poderíamos imaginar grandes caravanas de camelos partindo da longínqua e misteriosa China, carregados de mercadorias maravilhosas e nunca vistas por cá e dirigindo-se para os confins da terra – até as embarcações se verem e com o mar a lá estar: transportando para o lado de cá um mundo até aí desconhecido por nós e construindo nos dois sentidos a maior rede de trocas do Mundo Antigo.
(imagens – livescience.com)