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A Terra – Quinze anos de Sismos (2001/2015)

Terça-feira, 06.12.16

Earth is a powerful and at times violent planet.

 

SISMOS.jpg

National Oceanic and Atmospheric Administration’s

Pacific Tsunami Warning Center

Earthquake as it occurred from Jan. 1, 2001, through Dec. 31, 2015

 

Para aqueles que acreditam que é o Homem que transforma o planeta, tal acontece porque a nossa espécie (dada a sua visão homocêntrica) ao considerar-se superior a tudo o que complementaria a Natureza do seu Mundo (animal, vegetal e mineral), ainda não interiorizou que tal pensamento (estritamente ideológico e manipulativo) não representa a Realidade (pelo menos do que ocorre em todo o planeta) mas a projeção de um desejo seu (do Homem) há muito perdido no (nosso) Imaginário e entretanto esmagado no Tempo (esse bem tão indefinido como fulcral e precioso). Com o Tempo a toldar a visão e impedindo-nos de ver (o todo).

 

Sendo o Homem apenas mais uma das muitas formas podendo ser observado evoluindo sobre a superfície do planeta Terra, inserido num tecido mais vasto e em constante transformação (que a envolve e protege), em que o mesmo (o Homem) é apenas mais uma peça de uma engrenagem complexa (Infinita) e com objetivos obviamente coletivos. E com a Terra (como célula e organismo vivo) a ser o laboratório de mais uma experiência evolutiva, no seu conjunto formando o Ovo (aglutinador de todos os constituintes) no meio de um grande Aviário: local onde o protagonista não é nenhuma unidade (como a gema e como a clara) mas todo o conjunto de fatos (ações/reações) que estes projetam no cenário.

 

Implantado num território por muitos visto como o Paraíso (compaixão maternal da espécie nativa), localizado num Sistema deveras pequeno e primitivo (como qualquer ponto colocado perante o seu próprio conjunto), passagem acidental de objetos e mistérios (rodeando e atravessando um caminho de âmbito local) e que no entanto apesar dos múltiplos motivos associados a estas passagens (naturais ou artificiais) ainda não foi abandonado, destruído ou transformado num simples território de caça: talvez por para os Outros não sermos verdadeiramente nada (exprimindo-nos preferencialmente através de atos violentos), confundindo-nos como camaleões (por um lado sendo bom) entre a cor da Natureza (para nós sendo mau por não sobressairmos) e não dando jamais importância a quem os não perturbe.

 

There’s no shortage of activity ― Earth’s tectonic plate boundaries light up like a Christmas tree.

 

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Para além da forte atividade vulcânica

Com o protagonismo Sismológico a dirigir-se inequivocamente para o Anel de Fogo do Pacífico

Afetando três continentes e dezenas de países

 

Um objeto de contornos aparentemente fechados e com a forma de uma esfera, que como qualquer outra estrutura baseada em (pelo menos) três estados usa um deles como fronteira, entre o berço-mãe que a gerou e a porta-aberta que futuramente lhe proporcionará o Espaço: num conjunto único, perfeito e inacreditável – agora que em nada acreditamos, depois de termos acreditado em tudo. Com uma História de vários biliões de anos e num friso cronológico próprio em que muito terá sucedido e nos teria mesmo surpreendido (com as memórias reduzindo-se a cinzas por acasos apocalípticos no Espaço), onde a Terra terá sido um peão meio-perdido no tabuleiro (do cosmos) até que algo se passou e dele a peça saltou e logo se transformou: chegando ao seu objetivo e evoluindo para Dama. E aos saltos, de um viveiro para o outro e sempre com as mesmas espécies (sendo uma delas o Homem portador único de Alma).

 

Entendendo-se que este Espaço é um todo sem donos nem privilégios, pelo que o que temos que olhar para melhor a entender, será mesmo ouvi-la (a Natureza) em vez de a explorar (como se fossemos mais que ela e não um seu subconjunto). Servindo-nos de todos os nossos órgãos dos sentidos para a olharmos de frente, ouvirmos todos os seus sons, sentirmo-la a tremer, a espalhar o seu odor e sentindo a água nos lábios, reclamar o nosso lugar e tudo á volta respeitar: é a Terra na sua evolução geológica que dita àqueles que a ajudaram a construir, o seu lugar no seu mundo (da Terra) que esta a todos reserva. Nesse sentido a Terra cria o Homem e este apenas a perde. Pelo que o Aquecimento Global não é uma consequência direta da ação do Homem sobre o planeta na total aceção da hipótese de que será este que a está verdadeiramente a destruir (a transformar), mas muito pelo contrário (em total oposição) uma das muitas alternativas que poderíamos escolher aleatoriamente logo à primeira (mesmo sem ver) e que por sua vez a Terra agora nos põe à nossa disposição (e usufruto) sabendo de antemão quem na realidade nós somos (pois fazemos claramente parte dela) e o que muitas das vezes contraditoriamente com a necessidade de preservar a nossa espécie, fazemos e praticamos: se quisermos ir por aí a Terra arranja maneira (ou não fossem bovinos e porcos dos maiores poluidores globais).

 

This time period includes some remarkable events, including several quakes that caused devastating tsunamis.

 

Num planeta onde segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) e analisando os sismos ocorridos nestes últimos 15 anos (2001/2015):

 

A maioria dos sismos ocorre nas fronteiras entre placas tectónicas;

A maioria dos grandes sismos (M8.0 ou superior) ocorre nas regiões de convergência das placas nas chamadas zonas de subdução (onde uma placa se afunda colocando-se sob a outra, numa zona de convergência);

Um sismo para poder originar um Tsunami terá (entre outras particularidades) que dar origem a um levantamento vertical do leito oceânico, registar M8.0 ou superior e ter profundidade* inferior a 100Km;

E onde durante quinze anos se registaram sismos de grande magnitude (M8.0 ou superior) espalhados por oceanos, ilhas e continentes – tendo como mais intensos:

 

América – Chile/no mar (M8.8/2010) e Peru/perto da costa (M8.4/2001)

Ásia – Japão/perto da costa (M9.1/2011) e Indonésia (M9.1/2004)

Oceânia – Nova Zelândia (M8.1/2004) e Ilhas Salomão (M8.1/2007)

 

O que se por um lado tranquiliza os residentes na Europa e em África (onde não costumam ocorrer com alguma regularidade sismos de grande intensidade) – apesar de ocorrerem sempre exceções à regra, a mais recente das quais e dada a proximidade (a Portugal), com um terremoto de M6.2 ocorrido em Itália em 24 de Agosto deste ano provocando 300 mortos; por outro lado deixa em estado de alerta os residentes no Anel de Fogo do Pacífico, não só devido ao grande número de terremotos (alguns de grande intensidade) que constantemente abalam a região, como também devido á grande atividade vulcânica característica da mesma.

 

(texto em itálico: huffingtonpost.com – imagens: ptwc.weather.gov)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 08:23