ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Acoma Pueblo, com Mil Anos de Idade
De uma aldeia com 2.000 habitantes (iniciais), passando para 1.400 (600 sendo mortos) e depois para uns 900 (500 deles sendo escravizados) ─ para sobreviverem de seguida e até hoje, sendo obrigados a pagar taxas, lutar e adaptar-se à civilização ─ atualmente tendo uns 250 (perdidos pelos edifícios),
Acoma Pueblo
(Novo México/EUA)
A informação complementar associada a esta aldeia, indicando-nos que o seu povo manteve da mesma forma o seu tipo de vida ─ inalterável e apesar de todas as adversidades passadas (e sofridas) ─ durante estes últimos 1.000 anos: sofrendo a perseguição dos espanhóis (chegando a levar toda a região à revolta e a derrota final dos invasores) e de tribos como os Apaches e os Comanches e só estabilizando mais a sua vida, com a chegada dos missionários.
Sobrevivendo ao longo destes 1.000 anos com uma perda significativa da sua população, hoje mantendo-se em valores baixos (reduzida a menos de 1/4)) tendo-se esta tornado num reportório cultural e de memória local, talvez transformado mais num museu ou numa “atração turística” do que prioritariamente num local de residência habitual de pessoas.
Localizada no estado norte-americano do novo México no povoado de ACOMA PUEBLO, no topo de um penhasco durante muito tempo só sendo possível de alcançar (só existindo alternativa há pouco mais de meio século) utilizando escadas (com os degraus construída na própria rocha), tornando-o numa verdadeira fortaleza.
Resistindo na verdade quase um milénio, restando ainda algumas das casas, mas claramente e tendo aqui chegado o processo (e o seu resultado), de casa com sujeitos (ou pessoas) passando-se progressivamente a museus (nem sequer tendo outros animais) agora oferecendo-nos objetos.
E desaparecidas as pessoas entre os edifícios (e como se lhes tivéssemos aplicado diretamente, uma bomba de neutrões) sobrando os fantasmas.
(dados: a partir de notícia Amusing Planet/Greensavers
─ imagem: greensavers.sapo.pt)
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1 comentário
De Zé Onofre a 06.12.2021 às 16:13
Ao ler este texto tive uma revelação.
A esta espécie -"Macaco Nu", como lhe chama Desmond Morris - e que arrogantemente se intitulou de "homo sapiens sapiens", deveríamos rebaptizarno-nos de "homo insanus insanus"
Zé Onofre