ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Amazónia
“Indigenous and environmental rights under attack in Brazil, UN rights experts warn”
(08.06.2017/un.org)
Manifestação do povo indígena brasileiro
Contra a violação sistemática dos seus direitos
(Brasília/Gregg Newton/Reuters)
Depois do processo aberto contra o ex-Presidente LULA e da perseguição eficaz levada a cabo contra o último Presidente eleito (em Eleições) DILMA, o Brasil agora nas mãos do ex-vice-de Dilma (após a declaração de impeachment) TEMER, encontra-se neste momento verdadeiramente entregue aos Bichos: com a selva da Amazónia a ser de novo uma das maiores vítimas deste abandono (deliberado e criminoso) da concretização do objetivo de preservação desta grande Reserva Ecológica e Pulmão do Mundo (devendo ser considerado Património da Humanidade), com os políticos a oferecerem-na com contrapartidas aos Bichos (pega lá/dá cá) e com estes como consequência a darem cabo da madeira (como o faz o caruncho, o gorgulho e a broca), a desflorestarem a Amazónia (fazendo desaparecer de uma forma completa e definitiva a floresta) e a substituírem a anterior Selva por terrenos agrícolas (exploração intensiva e com recurso a pesticidas) ou de prospeção mineira (ainda pior dados os produtos químicos perigosos e extremamente tóxicos envolvidos como o mercúrio).
Tribo de índios de uma remota região da Amazónia
Descoberta há anos e preferindo manter-se isolada
(Gleison Miranda/Funai/EPA)
Um processo fazendo-nos de novo recuar ao tempo antigo das ditaduras militares instaladas no Brasil (como em toda a América Latina) em que tudo era possível (para o poder) ‒ até fazer desaparecer pessoas incluindo as residindo fora das cidades, como era o caso de certos aglomerados populacionais como os das tribos da Amazónia ‒ com grandes extensões de terrenos a serem controlados por fazendeiros (os tais coronéis) reduzindo os trabalhadores agrícolas ao estatuto de escravos, ou então face à riqueza mineral do subsolo desta região do Brasil (por exemplo em ouro e estendendo-se por países limítrofes e tendo a selva em comum como o Perú) com garimpeiros e outros exploradores (acompanhados por mercenários bem armados) a lançarem-se pela selva Amazónia dentro e a destruírem (abatendo as árvores), a matarem (abatendo os residentes e indígenas) e a poluírem (todo o ecossistema suporte de vida local, regional mas também Global).
“The Brazilian agency charged with protecting nearly a million indigenous people and their extensive reserves is barely functioning after a debilitating assault from a powerful group of conservative politicians and a cost-cutting government.”
(10.07.2017/theguardian.com)
Possíveis sinais de mais um ataque de garimpeiros contra os indígenas
Com casas destruídas e queimadas
(Funai)
Um sintoma significando o aprofundamento da doença que toda a sociedade brasileira atualmente atravessa, num país desgovernado (e sem Presidente eleito), com a Justiça sem poder (real) para alterar o processo (dada a generalização e banalização da corrupção bem estampada no topo da pirâmide do poder brasileiro), com um mercado sempre perto da bancarrota apesar de toda a sua formidável riqueza (até em petróleo), com os preços a subirem, o desemprego a aumentar e com muitas infraestruturas básicas (saúde, educação, transportes) cada vez mais próximas do colapso (financeiro) ‒ e com todo este conjunto a formar um determinado padrão convidando cada vez mais à prepotência e ao crime (como arma).
Vale Javari onde terá ocorrido o massacre (de pelo menos 10 índios)
‒ Dos mais de 50 já mortos já registados na primeira metade de 2017
(AFP)
Segundo notícias recentes com os crimes a voltarem de novo e em força à região da selva Amazónica (neste caso envolvendo tribos habitando perto de regiões fronteiriças localizadas entre o Brasil e o Perú) com prospetores de ouro no seu caminho através da floresta (na procura do tão precioso metal) a depararem-se com tribos de indígenas opondo-se a esta invasão e ocupação dos seus territórios e simplesmente a matarem (como animais) e a prosseguirem no seu objetivo. Com as vítimas a serem provavelmente elementos integrando uma tribo local (aparentemente incontactável) observada por uma das primeiras vezes em 2014 por um grupo de investigadores: apenas graças à Fundação Nacional do Índio do Brasil conseguindo pôr este caso (do assassinato de membros de uma tribo do Brasil por prospetores de ouro em ação ilegal e clandestina na Amazónia) na agenda dos promotores da Justiça brasileira, dado o desinteresse das autoridades governamentais por tudo o que se passa nessa região (deixando o tempo correr, as vítimas aumentar e a floresta desaparecer). Uma tribo de índios, descoberto há poucos anos por uma equipa de investigadores/estudiosos, preferindo o isolamento, vivendo na região da Amazónia entre o Brasil e o Perú (Vale Javari) e muito provavelmente em conjunto com outros elementos/tribos (fala-se em mais de uma dúzia de tribos) dos dois lados da fronteira (até com possíveis ligações de sangue) sendo atualmente e no seu próprio território (muito dele ainda virgem) invadido, atacado e finalmente assassinado. Com todo o Mundo em silêncio.
(imagens: as indicadas em legenda)