ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
As Eleições nos EUA
OHIO
Fabuloso espetáculo com início marcado para o dia 1 de Fevereiro de 2016
QUEM QUER SER PRESIDENTE?
(contando com a presença garantida de muitas celebridades)
Bush, Christie, Clinton (D), Huckabee, Sanders (D), Trump, Paul
Rubio, O’Malley (D), Kasich, Fiorina, Cruz, Carson, Santorum
A 5 dias de distância do início das votações para a eleição de delegados à Convenção Democrática (votações para a nomeação do candidato a Presidente dos EUA nas próximas eleições de Novembro de 2016), a situação entre os dois principais candidatos permanece bastante confusa: enquanto duas sondagens realizadas nos últimos dez dias no estado do OHIO (onde se inicia a corrida presidencial do partido Democrata) apontam para a vitória de CLINTON outras três apontam para a vitória de SANDERS. Num estado que elegerá os primeiros 52 delegados à Convenção. Com o terceiro candidato O´MALLEY a não ter qualquer hipótese. Ou seja: o início da caminhada de Clinton ou a surpreendente vitória de Sanders. Com a média das cinco últimas sondagens realizadas aos candidatos Democratas a apontarem para o seguinte:
Candidato DEM | % |
Clinton | 46.0 |
Sanders | 45.4 |
O’Malley | 4.4 |
(realclearpolitics.com)
Já do lado Republicano e com o início das votações a estarem marcadas para o mesmo estado e para o mesmo dia, a situação parece muito mais clara e apesar de ainda faltarem 6 dias de fácil definição: das cinco sondagens realizadas apenas uma delas não dá a vitória a TRUMP (intrometendo-se aí o candidato Cruz). Com percentagens que deixam os mais próximos candidatos (e adversários) a uns bons pontos percentuais de distância e com tendência para aumentar. Num estado onde os Republicanos elegerão os seus primeiros 30 delegados (à sua Convenção) e em que dos seus 11 candidatos no máximo sobrarão 2 para Trump (CRUZ e RUBIO talvez só mesmo se ele quiser). Ou seja: se não houver nenhum tipo de surpresa que atire o favorito ao chão poderá começar logo aí a verdadeira ascensão de Trump (à nomeação Republicana). Com a média das cinco sondagens realizadas aos candidatos Republicanos a apontarem para o seguinte:
Candidato REP | % |
Trump | 33.6 |
Cruz | 27.2 |
Rubio | 11.8 |
(realclearpolitics.com)
Deste modo e se tudo decorrer conforme sugerem a generalidade das sondagens CLINTON e TRUMP poderão arrancar no OHIO a sua corrida a dois para as presidenciais norte-americanas. Apesar de mais apertada (em %) com maior probabilidade de êxito (inicial) por parte da candidatura de Clinton, do que por parte da candidatura de Trump (o método utilizado é suscetível de provocar surpresas em casos complicados – como o de Trump – e quando menos se espera). Mas por vezes às surpresas sucedem-se reviravoltas. Como parece sugerir aquele que talvez seja o melhor candidato à presidência dos EUA o Democrata SANDERS, que não se conformando com toda a muralha de proteção edificada em redor da candidata conservadora e sua adversária a Democrata Clinton, a tem confrontado com questões económicas relevantes desafiando-a a falar e ao fazê-lo a expor-se e a revelar-se.
Duelo | Candidato DEM | % | Candidato REP | % | Vitória |
1 | Sanders | 55 | Rubio | 37 | Sanders |
2 | Sanders | 56 | Cruz | 33 | Sanders |
3 | Sanders | 57 | Trump | 34 | Sanders |
4 | Clinton | 44 | Rubio | 45 | Rubio |
5 | Clinton | 47 | Cruz | 41 | Clinton |
6 | Clinton | 48 | Trump | 39 | Clinton |
E com eficácia como o provam sondagens recentemente realizadas em New Hampshire (o senhor que se segue para os DEM a 6 de Fevereiro; para os REP será a 9) e que colocam sempre o candidato Sanders como vitorioso por larga margem num confronto final contra qualquer um dos principais candidatos republicanos (exatamente o oposto de Clinton). Como a tabela anterior revela (publicada no twitter do candidato Sanders).
Mas o que interessa na realidade é tentar compreender o que cada um dos 14 candidatos presidenciais (para já 3 democratas e 11 republicanos) pretendem fazer se chegarem à presidência dos EUA (ainda hoje considerada a maior potência mundial), os reflexos da sua política social e económica no interior do seu próprio país, mas sobretudo a sua política externa e o seu reflexo nesta Europa cada vez mais adormecida, cada vez mais moribunda, cada vez mais sem futuro. E entre todos eles (talvez com a exceção de SANDERS) não vejo um futuro brilhante: com CLINTON, com TRUMP ou com outro qualquer, a América continuará o seu rumo (por outros mais poderosos) traçado.
(imagem: www.npr.org)