ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Atentado Terrorista em Paris
Francois Hollande: Paris attacks were ISIL 'act of war'
(USA TODAY)
Nunca deixando de recordar o atentado levado a cabo pela AL-QAEDA a 7 de Janeiro deste ano em PARIS ao semanário satírico CHARLES HEBDO (e que provocou 12 mortos e 10 feridos), neste caso levado a cabo por um grupo terrorista distinto do ESTADO ISLÂMICO (duas organizações fortemente apoiadas pela Arábia Saudita, contando esta com a passividade estratégica dos EUA seus aliados) e com raízes na Península Arábica (região do Médio Oriente onde a Arábia Saudita é o estado mais rico em petróleo e mais poderoso em armamento, tendo na cauda o Iémen recentemente terraplanado pelos bombardeamentos sauditas).
Entretanto passaram-se nove meses e com o recrudescimento da violência um pouco por todo o Médio Oriente (Síria, Iraque, Iémen) assim como no norte de África (Líbia), novos contingentes de populações desesperadas e em fuga puseram-se em marcha, engrossando cada vez mais as já extensas filas de homens, mulheres e crianças fugindo à destruição e à morte certa: por terra e por mar chegando às margens da Europa e atualmente atravessando-a em toda a sua extensão a caminho da salvação. Tendo curiosamente como destino preferencial os países que mais contribuíram para a destruição dos seus territórios e das suas vidas (como a França e a Grã-Bretanha ao juntarem-se aos EUA) e em alternativa os países frios do norte.
E então em menos de quinze dias e tal como todos os sinais anteriores assim apontavam, o Estado Islâmico atacou (a Europa) provocando mais de 400 mortos e de 500 feridos. A 31 de Outubro o voo 9268 das linhas aéreas russas METROJET é vítima de uma explosão a bordo, pouco mais de meia hora após a sua descolagem e quando atravessava os céus do Egito: acaba por se despenhar no solo provocando 224 mortos. Atentado posteriormente reivindicado pelos terroristas e mercenários ao serviço do Estado Islâmico, como resposta ao início da intervenção russa (contra os EI) no conflito a decorrer na Síria. Atentado esse que não teve grande repercussão nos meios de comunicação social ocidental apesar de associado à luta contra o terrorismo e às vítimas inocentes, pelo mesmo acontecimento provocado. Tendo ainda em atenção um outro caso semelhante ocorrido nos céus da Ucrânia e que provocou 298 mortos. E relembrando tudo o que se escreveu sobre ele (culpando PUTIN) enquanto se ignoravam os outros (Bem-feito, estavam a pedi-las, são russos!).
A 12 e 13 de Novembro sucederam-se dois grandes atentados: um em Beirute e outro logo de seguida (e de novo) em Paris. Com 43 mortos e 240 feridos contabilizados na capital libanesa e mais de 130 mortos e mais de 200 feridos na capital francesa. No primeiro caso utilizando cargas explosivas e bombistas suicidas colocados no meio de grandes ajuntamentos de pessoas e no segundo caso diversificando a sua intervenção (simultânea) entre locais próximos mas diferenciados de modo a criar mais caos e assim instalar o medo. Sempre recorrendo aos meios mais extremos de violência por efetivamente mortais, servindo-se de tiros, bombas, granadas, reféns e até de uma falsa ideologia. Autor: Estado Islâmico.
Talvez agora a Europa se ponha verdadeiramente a pensar sobre o assunto que a leva ao terrorismo e ao refletir sobre ele se questione finalmente sobre qual o seu real papel no meio da estratégia geopolítica norte-americana e do seu mordomo inglês. Se nos lembrarmos dos bombardeamentos levados a cabo pelos EUA, Grã-Bretanha e França na sua luta contra o terrorismo, só a França é que tem levado, A Alemanha? Essa nem se mete (pelo menos de caras)!
(imagens: nbcnews.com/ibtimes.com/dailymail.co.uk/dnd.com.pk/wpxi.com/startribune.com)