ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Banco de Esperma Natural
SKY surgiu na Noite vinda dos Céus
(e não foi só pelo sexo)
Apresentou-se em minha casa afirmando ser uma alienígena vinda do distante planeta Plutão (entretanto despromovido pelos terrestres), cuja nave tivera um acidente fatal com o seu motor de inversão, o qual teria acabado por explodir quando já se encontrava no interior da nossa atmosfera, levando desse modo ao seu inevitável despenhamento. Uma ocorrência inesperada.
Tinha caído em pleno oceano a cerca de 3km da costa de Albufeira. Segundo ela ninguém se tinha apercebido do acontecimento e a sua nave acabara por se afundar, encontrando-se neste momento bem no fundo do mar. Com a ajuda de umas luzes (barcos, faróis) que conseguia ver ao longe, pôs-se a caminho delas, atingindo a costa horas depois.
De seguida atravessou todo o areal, deslocando-se de imediato para a primeira zona habitacional que encontrou: à esquerda encontrou um grande bloco (de apartamentos) alto, extenso e monolítico, fazendo parecer uma muralha; à sua direita terrenos vedados e plantados (relvado, árvores), com habitações no seu interior e parecendo muito mais acolhedores. Logicamente escolheu a sua direita.
Deparou-se com seis espaços muito semelhantes e numerados de 1 a 6. Sem hesitar escolheu o último desses espaços (para dispor de algum tempo para pensar) e enquanto se aproximava dele viu um vulto enorme a sair do número três: era um indivíduo do sexo masculino, louro, forte, musculado e de olhos azuis, que quase a fez mudar de ideias. Olhou-a, apreciou-a de cima a baixo, assobiou e lá seguiu o seu caminho.
Chegada à porta tocou à campainha. E ao abrir a porta vi-me perante uma mulher jovem e esbelta, apresentando sobre o seu corpo uma simples camisa de noite e com os seus poderosos seios tentando expor-se sofregamente ao mundo. Mas simultaneamente parecendo perdida neste espaço para ela (talvez) desconhecido e transmitindo ainda para o exterior alguma ingenuidade.
Nada disse enquanto transpunha a porta e se ia sentar no sofá. Sem saber o que fazer fechei a porta, dirigi-me para ela e apresentei-me. Não percebi o que disse, que língua utilizava ou se a mesma existiria. E aí ela fixou o seu olhar sobre o meu e nunca mais o largou. Enquanto me olhava ia esfregando lenta e suavemente a sua perna esquerda, subindo ligeiramente a camisa suportada pelo seu corpo e que progressiva e deliberadamente ia escorregando pelos seus ombros.
O seu corpo transpirava de evidente desejo e expondo-se ao exterior convidava à intrusão. Ela sabia muito bem o que me estava a provocar e assim, enquanto o seu corpo parecia vibrar ininterruptamente enviando ondas de timbre profundamente sexual ao meu encontro, o meu membro começava irreversivelmente a manifestar-se. E ela apercebia-se disso, estática, provocativa.
É fácil de adivinhar o que aconteceu: agarrei-a, despi-a e logo à primeira penetrei-a. Ficamos assim tempos indeterminados, com a sua vagina a chupar-me sofregamente o meu pénis até o mesmo atingir a sua maior erecção e explodir num orgasmo absoluto, a alta pressão, quente e quase me fazendo cair de prazer. Adormecemos e voltamos a repetir vezes sem conta (talvez sempre a mesma mas diluída no espaço).
Ainda de madrugada a mulher levantou-se, vestiu-se, ainda agradeceu e sem mais explicação saiu e desapareceu na noite. Deixei-me ficar deitado na cama a olhar, sem compreender muito bem o que se tinha na realidade passado naquelas últimas horas. E ao virar a minha cabeça em direcção ao lado da mesinha de cabeceira vi o bilhete. Dizia apenas: “teste de impregnação positivo”.
(imagens – boytoydolls.com)